ESTUDO DOS MECANISMOS ENVOLVIDOS NAS ALTERAÇÕES ...
ESTUDO DOS MECANISMOS ENVOLVIDOS NAS ALTERAÇÕES ...
ESTUDO DOS MECANISMOS ENVOLVIDOS NAS ALTERAÇÕES ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Introdução<br />
plasmático intravascular e consequente choque hipovolêmico, que pode levar à<br />
morte (Kurane, 2007; Special Programme for Research and Training in Tropical<br />
Diseases. e World Health Organization., 2009; Teixeira e Barreto, 2009).<br />
Considerando que a Dengue apresenta uma vasta sintomatologia, existem<br />
diferentes técnicas empregadas para a confirmação da infecção pelo DENV.<br />
Os exames diagnósticos laboratoriais são divididos em exames<br />
inespecíficos, que auxiliam e subsidiam o diagnóstico clínico. São eles:<br />
hemograma, coagulograma e exames bioquímicos. Pelo hemograma verifica-<br />
se uma contagem de leucócitos variável, podendo ocorrer desde leucopenia<br />
até leucocitose leve. Linfocitose com atipia linfocitária é um achado comum,<br />
além do aumento de hematócrito em 20% do valor basal e a trombocitopenia<br />
(contagem de plaquetas abaixo de 100.000/mm 3 ). Através do coagulograma<br />
verifica-se aumento nos tempos de protrombina, tromboplastina parcial e<br />
trombina, diminuição de fibrinogênio, fator VIII, fator XII, antitrombina e α<br />
antiplasmina. Com relação às dosagens bioquímicas, ocorre diminuição da<br />
albumina plasmática, albuminúria e discreto aumento de enzimas hepáticas<br />
(aminotransferase aspartato sérica e aminotransferase alanina sérica) (Special<br />
Programme for Research and Training in Tropical Diseases. e World Health<br />
Organization., 2009; Teixeira e Barreto, 2009). Existem ainda exames<br />
específicos como o isolamento viral, cujo objetivo é identificar o patógeno e<br />
monitorar os sorotipos virais circulantes (Peeling et al., 2010).<br />
O isolamento viral deve ser realizado a partir de uma amostra de<br />
sangue, até cinco dias após o início dos sintomas. Após o isolamento, o vírus<br />
deve ser identificado e sorotipado. Isso é comumente realizado por<br />
imunofluorescência, utilizando anticorpos monoclonais sorotipos-específicos,<br />
com a transcrição reversa seguida de reação em cadeia de polimerase (RT-<br />
PCR), utilizando iniciadores (primers) sorotipos-específicos, com a análise dos<br />
amplicons em gel de agarose e/ou com real-time polymerase chain reaction<br />
(RT-PCR) (Teixeira e Barreto, 2009; Banoo et al., 2010; Peeling et al., 2010).<br />
Os testes sorológicos complementam o isolamento do vírus e o<br />
diagnóstico sorológico é comumente feito pela detecção de IgM específica por<br />
teste imunoenzimático de captura (Mac-ELISA). A IgM aparece logo depois de<br />
terminar a febre e começa a diminuir depois de trinta a sessenta dias após a<br />
infecção. Os métodos sorológicos clássicos podem também ser utilizados, e<br />
43