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16 Revista da Catequese<br />
NATAL NATAL DE DE FANTASIA<br />
FANTASIA<br />
Chegou o Natal! Tudo o anuncia!...<br />
A cidade enfeitou-se, vestiu sedas,<br />
Perdeu todo o seu ar de nostalgia!<br />
Ardem nas ruas, labaredas:<br />
De sonho d’ilusão e fantasia!<br />
Música, luz e cor, em demasia,<br />
Dão à cidade um tom extravagante!<br />
Como um palhaço, ri… finge alegria…<br />
E o mundo, tudo aplaude, delirante!<br />
Que importa a dor do nosso semelhante,<br />
Toda a tristeza e lágrimas vertidas?!...<br />
Isso não conta, é menos importante<br />
Do que essas fantasias divertidas!<br />
Que importa a alguém a vida d’outras vidas,<br />
Que uns tenham pão na mesa e outros não!...<br />
A miséria que vive às escondidas?!...<br />
- Porque o mundo se nega a dar-lhe a mão!...<br />
O que conta – é o egoísmo, a ambição,<br />
O desamor, o ódio, a hipocrisia!<br />
Tudo…menos Natal de amor cristão!...<br />
Tanta luz… e tão pouco ela alumia!<br />
Natal assim… sem luz no coração!...<br />
Não é Natal, - é pura Fantasia!<br />
(Do livro de Poemas “Cântico Liberto”)<br />
Ano III – Nº 8<br />
Poesia<br />
MENSAGEM MENSAGEM DE DE NATAL<br />
NATAL<br />
É Natal, meus irmãos, tempo sagrado.<br />
Tempo de Amor e Paz e de Poesia!...<br />
Tempo de caminharmos lado a lado<br />
Como Arautos de um sonho que nos guia!<br />
É Natal, meus irmãos, tempo lembrado,<br />
P’la chama fraternal que ele anuncia!...<br />
Sempre tão esquecido e desejado,<br />
- Na esp’rança dum Natal em cada dia!<br />
É Natal, meus irmãos, tempo de Amar,<br />
De escrevermos Poesia e de a cantar,<br />
Pois sentimos Natal dentro de nós!...<br />
É Natal, meus irmãos, tempo bendito,<br />
Somos poetas, é este o nosso grito,<br />
- Que o Mundo escute, enfim, a nossa voz!<br />
NATAL NATAL NATAL AFRICANO<br />
AFRICANO<br />
Não há pinheiros nem há neve,<br />
Nada do que é convencional,<br />
nada daquilo que se escreve<br />
ou que se diz…Mas é Natal<br />
que ar abafado! A chuva banha<br />
a terra morna e vertical.<br />
Plantas da flora mais estranha,<br />
Aves da fauna tropical.<br />
Nem luz, nem cores, nem<br />
lembranças<br />
Da hora única e imortal.<br />
(Castro Reis)<br />
A Sementinha<br />
Somente o riso da criança<br />
Que em toda a parte é sempre<br />
igual.<br />
Não há pastores nem ovelhas,<br />
Nada do que é tradicional.<br />
As orações, porém, são velhas<br />
E a noite é Noite de Natal.<br />
(Cabral do Nascimento)<br />
Out./Nov./Dez. ‘09<br />
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