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Compreensão de Texto prof. Daniel Lima - Caminho das Pedras

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Prof. <strong>Daniel</strong> <strong>Lima</strong><br />

Pelo mo<strong>de</strong>lo em vigor, apenas a ANEEL faz o inventário <strong>de</strong> um rio. Só <strong>de</strong>pois da sua<br />

aprovação, são conduzidos estudos <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> técnica e <strong>de</strong> impacto ambiental, que<br />

consubstanciam o relatório EIA-RIMA, necessário para se obter licença prévia.<br />

À mudança se contrapõem as entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa do meio ambiente, que alegam que os<br />

estudos para aprovação <strong>de</strong> obras como uma usina hidrelétrica são mesmo <strong>de</strong>morados e <strong>de</strong>vem ser<br />

feitos com muito cuidado, com a análise <strong>de</strong>talhada <strong>de</strong> todos os impactos sobre a natureza.<br />

É importante, portanto, que haja um <strong>de</strong>bate sobre as mudanças em curso, para que a<br />

redução nos prazos <strong>de</strong> autorização <strong>de</strong> projetos tão necessários não seja acompanhada pelo<br />

<strong>de</strong>sprezo às questões ambientais.<br />

Valor Econômico, Editorial, 9/10/2008 (com adaptações).<br />

Em relação às estruturas lingüísticas e às idéias do texto acima, julgue os itens.<br />

35. (MCT/CTI/CARGO N.SUPERIOR/16/11/2008) Depreen<strong>de</strong>-se <strong>das</strong> informações do texto que o<br />

objetivo <strong>das</strong> mudanças nos trâmites <strong>de</strong> licenciamento para construção e funcionamento <strong>de</strong> hidrelétricas<br />

é agilizar o processo.<br />

36. (MCT/CTI/CARGO N.SUPERIOR/16/11/20088) Subenten<strong>de</strong>-se <strong>das</strong> informações do texto que as<br />

entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa do meio ambiente se opõem às mudanças propostas argumentando que estas<br />

po<strong>de</strong>riam ser acompanha<strong>das</strong> pela diminuição da importância <strong>de</strong> serem leva<strong>das</strong> em conta,<br />

cuidadosa e <strong>de</strong>talhadamente, as questões ambientais.<br />

37. (MCT/CTI/CARGO N.SUPERIOR/16/11/2008) Estruturas como ―É preciso‖ (linha 4) e ―É importante‖<br />

(linha 18) conferem ao texto, <strong>de</strong> forma explícita, um tom subjetivo e pessoal, visto que sempre<br />

expressam uma opinião.<br />

―É preciso que vozes <strong>de</strong> todos os matizes e interesses se manifestem para que a transição <strong>de</strong> uma<br />

política para outra ocorra sem prejuízos para as gerações futuras.<br />

(...)<br />

―É importante, portanto, que haja um <strong>de</strong>bate sobre as mudanças em curso, para que a redução nos<br />

prazos <strong>de</strong> autorização <strong>de</strong> projetos tão necessários não seja acompanhada pelo <strong>de</strong>sprezo às questões<br />

ambientais.‖<br />

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Os garotos alexandrinos não trataram os dois sábios com o escárnio dos garotos<br />

cipriotas. A terra era grave como a íbis pousada numa só pata, pensativa como a esfinge,<br />

circunspecta como as múmias, dura como as pirâmi<strong>de</strong>s; não tinha tempo nem maneira <strong>de</strong> rir.<br />

Cida<strong>de</strong> e corte, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> muito tinham notícias dos nossos dois amigos, fizeram-lhes um<br />

recebimento régio, mostraram conhecer seus escritos, discutiram as suas idéias, mandaram-lhes<br />

muitos presentes, papiros, crocodilos, zebras, púrpuras. Eles, porém, recusaram tudo, com<br />

simplicida<strong>de</strong>, dizendo que a filosofia bastava ao filósofo, e que o supérfluo era um dissolvente. Tão<br />

nobre resposta encheu <strong>de</strong> admiração tanto aos sábios como aos principais e à mesma plebe. E<br />

aliás, diziam os mais sagazes, que outra coisa se podia esperar <strong>de</strong> dois homens tão sublimes, que<br />

em seus magníficos tratados...<br />

— Temos coisa melhor do que esses tratados, interrompia Stroibus. Trago uma doutrina,<br />

que, em pouco, vai dominar o universo; cuido nada menos que em reconstituir os homens e os<br />

Estados, distribuindo os talentos e as virtu<strong>de</strong>s.<br />

— Não é esse o ofício dos <strong>de</strong>uses? Objetava um.<br />

— Eu violei o segredo dos <strong>de</strong>uses, acudia Stroibus. O homem é a sintaxe da natureza, eu<br />

<strong>de</strong>scobri as leis da gramática divina...<br />

— Explica-te.<br />

— Mais tar<strong>de</strong>; <strong>de</strong>ixa-me experimentar primeiro.<br />

Quando a minha doutrina estiver completa, divulgá-la-ei como a maior riqueza que os<br />

homens jamais po<strong>de</strong>rão receber <strong>de</strong> um homem.<br />

Imaginem a expectação pública e a curiosida<strong>de</strong> dos outros filósofos, embora incrédulos<br />

<strong>de</strong> que a verda<strong>de</strong> recente viesse aposentar as que eles mesmos possuíam. Entretanto, esperavam<br />

todos. Os dois hóspe<strong>de</strong>s eram apontados na rua até pelas crianças. Um filho meditava trocar a<br />

avareza do pai, um pai a prodigalida<strong>de</strong> do filho, uma dama a frieza <strong>de</strong> um varão, um varão os<br />

<strong>de</strong>svarios <strong>de</strong> uma dama, porque o Egito, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os Faraós até aos Lági<strong>de</strong>s, era a terra <strong>de</strong> Putifar, da<br />

<strong>prof</strong>essordaniellima@gmail.com Página 12

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