Compreensão de Texto prof. Daniel Lima - Caminho das Pedras
Compreensão de Texto prof. Daniel Lima - Caminho das Pedras
Compreensão de Texto prof. Daniel Lima - Caminho das Pedras
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
15<br />
18<br />
21<br />
Prof. <strong>Daniel</strong> <strong>Lima</strong><br />
Pelo mo<strong>de</strong>lo em vigor, apenas a ANEEL faz o inventário <strong>de</strong> um rio. Só <strong>de</strong>pois da sua<br />
aprovação, são conduzidos estudos <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> técnica e <strong>de</strong> impacto ambiental, que<br />
consubstanciam o relatório EIA-RIMA, necessário para se obter licença prévia.<br />
À mudança se contrapõem as entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa do meio ambiente, que alegam que os<br />
estudos para aprovação <strong>de</strong> obras como uma usina hidrelétrica são mesmo <strong>de</strong>morados e <strong>de</strong>vem ser<br />
feitos com muito cuidado, com a análise <strong>de</strong>talhada <strong>de</strong> todos os impactos sobre a natureza.<br />
É importante, portanto, que haja um <strong>de</strong>bate sobre as mudanças em curso, para que a<br />
redução nos prazos <strong>de</strong> autorização <strong>de</strong> projetos tão necessários não seja acompanhada pelo<br />
<strong>de</strong>sprezo às questões ambientais.<br />
Valor Econômico, Editorial, 9/10/2008 (com adaptações).<br />
Em relação às estruturas lingüísticas e às idéias do texto acima, julgue os itens.<br />
35. (MCT/CTI/CARGO N.SUPERIOR/16/11/2008) Depreen<strong>de</strong>-se <strong>das</strong> informações do texto que o<br />
objetivo <strong>das</strong> mudanças nos trâmites <strong>de</strong> licenciamento para construção e funcionamento <strong>de</strong> hidrelétricas<br />
é agilizar o processo.<br />
36. (MCT/CTI/CARGO N.SUPERIOR/16/11/20088) Subenten<strong>de</strong>-se <strong>das</strong> informações do texto que as<br />
entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa do meio ambiente se opõem às mudanças propostas argumentando que estas<br />
po<strong>de</strong>riam ser acompanha<strong>das</strong> pela diminuição da importância <strong>de</strong> serem leva<strong>das</strong> em conta,<br />
cuidadosa e <strong>de</strong>talhadamente, as questões ambientais.<br />
37. (MCT/CTI/CARGO N.SUPERIOR/16/11/2008) Estruturas como ―É preciso‖ (linha 4) e ―É importante‖<br />
(linha 18) conferem ao texto, <strong>de</strong> forma explícita, um tom subjetivo e pessoal, visto que sempre<br />
expressam uma opinião.<br />
―É preciso que vozes <strong>de</strong> todos os matizes e interesses se manifestem para que a transição <strong>de</strong> uma<br />
política para outra ocorra sem prejuízos para as gerações futuras.<br />
(...)<br />
―É importante, portanto, que haja um <strong>de</strong>bate sobre as mudanças em curso, para que a redução nos<br />
prazos <strong>de</strong> autorização <strong>de</strong> projetos tão necessários não seja acompanhada pelo <strong>de</strong>sprezo às questões<br />
ambientais.‖<br />
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------<br />
1<br />
4<br />
7<br />
11<br />
15<br />
18<br />
21<br />
24<br />
27<br />
Os garotos alexandrinos não trataram os dois sábios com o escárnio dos garotos<br />
cipriotas. A terra era grave como a íbis pousada numa só pata, pensativa como a esfinge,<br />
circunspecta como as múmias, dura como as pirâmi<strong>de</strong>s; não tinha tempo nem maneira <strong>de</strong> rir.<br />
Cida<strong>de</strong> e corte, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> muito tinham notícias dos nossos dois amigos, fizeram-lhes um<br />
recebimento régio, mostraram conhecer seus escritos, discutiram as suas idéias, mandaram-lhes<br />
muitos presentes, papiros, crocodilos, zebras, púrpuras. Eles, porém, recusaram tudo, com<br />
simplicida<strong>de</strong>, dizendo que a filosofia bastava ao filósofo, e que o supérfluo era um dissolvente. Tão<br />
nobre resposta encheu <strong>de</strong> admiração tanto aos sábios como aos principais e à mesma plebe. E<br />
aliás, diziam os mais sagazes, que outra coisa se podia esperar <strong>de</strong> dois homens tão sublimes, que<br />
em seus magníficos tratados...<br />
— Temos coisa melhor do que esses tratados, interrompia Stroibus. Trago uma doutrina,<br />
que, em pouco, vai dominar o universo; cuido nada menos que em reconstituir os homens e os<br />
Estados, distribuindo os talentos e as virtu<strong>de</strong>s.<br />
— Não é esse o ofício dos <strong>de</strong>uses? Objetava um.<br />
— Eu violei o segredo dos <strong>de</strong>uses, acudia Stroibus. O homem é a sintaxe da natureza, eu<br />
<strong>de</strong>scobri as leis da gramática divina...<br />
— Explica-te.<br />
— Mais tar<strong>de</strong>; <strong>de</strong>ixa-me experimentar primeiro.<br />
Quando a minha doutrina estiver completa, divulgá-la-ei como a maior riqueza que os<br />
homens jamais po<strong>de</strong>rão receber <strong>de</strong> um homem.<br />
Imaginem a expectação pública e a curiosida<strong>de</strong> dos outros filósofos, embora incrédulos<br />
<strong>de</strong> que a verda<strong>de</strong> recente viesse aposentar as que eles mesmos possuíam. Entretanto, esperavam<br />
todos. Os dois hóspe<strong>de</strong>s eram apontados na rua até pelas crianças. Um filho meditava trocar a<br />
avareza do pai, um pai a prodigalida<strong>de</strong> do filho, uma dama a frieza <strong>de</strong> um varão, um varão os<br />
<strong>de</strong>svarios <strong>de</strong> uma dama, porque o Egito, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os Faraós até aos Lági<strong>de</strong>s, era a terra <strong>de</strong> Putifar, da<br />
<strong>prof</strong>essordaniellima@gmail.com Página 12