Compreensão de Texto prof. Daniel Lima - Caminho das Pedras
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Prof. <strong>Daniel</strong> <strong>Lima</strong><br />
pensar, <strong>de</strong> xingar meus captores, <strong>de</strong> ter uma religião (caso quisesse uma), <strong>de</strong> escolher minhas<br />
convicções políticas. Tinha liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> sonhar. Contudo, <strong>de</strong> que me adiantava isso, se estava<br />
preso <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um porão?<br />
Rubem Fonseca. Vastas emoções e pensamentos imperfeitos.<br />
São Paulo: Schwarcz, 2003, p. 227 (com adaptações).<br />
Acerca <strong>das</strong> idéias e dos aspectos lingüísticos do texto, julgue os itens a seguir.<br />
100. (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) O autor do texto <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a idéia <strong>de</strong> que a<br />
crença em Deus torna o ser humano capaz <strong>de</strong> avaliar a importância dos bens que possui.<br />
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As vivências do tempo e do espaço constituem dimensões fundamentais <strong>de</strong> to<strong>das</strong> as<br />
experiências humanas. O ser, <strong>de</strong> modo geral, só é possível nas dimensões reais e objetivas do<br />
espaço e do tempo. Portanto, o tempo e o espaço são, ao mesmo tempo, condicionantes<br />
fundamentais do universo e estruturantes básicos da experiência humana. Para o físico Newton e<br />
para o filósofo Leibnitz, o espaço e o tempo se produzem exclusivamente fora do homem e têm uma<br />
realida<strong>de</strong> objetiva plena. São realida<strong>de</strong>s in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do ser humano. Em contraposição a essa<br />
noção, Kant <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que o espaço e o tempo são dimensões básicas que possibilitam todo e<br />
qualquer conhecimento, intrínsecas ao ser humano enquanto ser cognoscente. Em sua opinião, não<br />
se po<strong>de</strong> conhecer realmente nada que exista fora do tempo e do espaço.<br />
Paulo Dalgalarrondo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos<br />
mentais. Porto Alegre: ARTMED, 2000, p. 77 (com adaptações)<br />
A relação entre as estruturas linguísticas e as i<strong>de</strong>ias do texto mostra que<br />
101. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009)B o tempo é o condicionante fundamental<br />
do universo; o espaço é o estruturante básico da experiência humana.<br />
102. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009)C o tempo ter ―realida<strong>de</strong> objetiva plena‖<br />
(linha 6) significa possibilitar ―todo e qualquer conhecimento‖ (linha 7-8).<br />
―Para o físico Newton e para o filósofo Leibnitz, o espaço e o tempo se produzem exclusivamente fora<br />
do homem e têm uma realida<strong>de</strong> objetiva plena. São realida<strong>de</strong>s in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do ser humano. Em<br />
contraposição a essa noção, Kant <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que o espaço e o tempo são dimensões básicas que<br />
possibilitam todo e qualquer conhecimento, intrínsecas ao ser humano enquanto ser cognoscente.‖<br />
103. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009)D a expressão ―Em sua opinião‖ (linha 8)<br />
remete às opiniões <strong>de</strong> Newton, Leibnitz e Kant.<br />
―Para o físico Newton e para o filósofo Leibnitz, o espaço e o tempo se produzem exclusivamente fora<br />
do homem e têm uma realida<strong>de</strong> objetiva plena. São realida<strong>de</strong>s in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do ser humano. Em<br />
contraposição a essa noção, Kant <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que o espaço e o tempo são dimensões básicas que<br />
possibilitam todo e qualquer conhecimento, intrínsecas ao ser humano enquanto ser cognoscente. Em<br />
sua opinião, não se po<strong>de</strong> conhecer realmente nada que exista fora do tempo e do espaço.‖<br />
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Em nosso continente, a colonização espanhola caracterizou-se largamente pelo que faltou<br />
à portuguesa: por uma aplicação insistente em assegurar o predomínio militar, econômico e político<br />
da metrópole sobre as terras conquista<strong>das</strong>, mediante a criação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s núcleos <strong>de</strong> povoação<br />
estáveis e bem or<strong>de</strong>nados. Um zelo minucioso e previ<strong>de</strong>nte dirigiu a fundação <strong>das</strong> cida<strong>de</strong>s<br />
espanholas na América.<br />
Já à primeira vista o próprio traçado dos centros urbanos <strong>de</strong>nuncia o esforço <strong>de</strong>terminado<br />
<strong>de</strong> vencer e retificar a fantasia caprichosa da paisagem agreste: é um ato <strong>de</strong>finido da vonta<strong>de</strong><br />
humana. As ruas não se <strong>de</strong>ixam mo<strong>de</strong>lar pela sinuosida<strong>de</strong> e pelas asperezas do solo: impõem-lhes<br />
antes o acento voluntário da linha reta. O plano regular não nasce, aqui, nem ao menos <strong>de</strong> uma<br />
i<strong>de</strong>ia religiosa, como a que inspirou a construção <strong>das</strong> cida<strong>de</strong>s do Lácio e mais tar<strong>de</strong> a <strong>das</strong><br />
colônias romanas <strong>de</strong> acordo com o rito etrusco; foi simplesmente um triunfo da aspiração<br />
<strong>de</strong> or<strong>de</strong>nar e dominar o mundo conquistado. O traço retilíneo, em que se exprime a direção da<br />
vonta<strong>de</strong> a um fim previsto e eleito, manifesta bem essa <strong>de</strong>liberação.<br />
Sérgio Buarque <strong>de</strong> Holanda. Raízes do Brasil. São Paulo:<br />
Companhia <strong>das</strong> Letras, 2000, p. 95-6 (com adaptações).<br />
<strong>prof</strong>essordaniellima@gmail.com Página 30