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O Ponto entrevista Leandro Cadenas, juiz federal em - Ponto dos ...

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Vicente Paulo: Qual foi a primeira vez que você pensou <strong>em</strong> ser servidor<br />

público? Qual foi a motivação para isso?<br />

<strong>Leandro</strong> <strong>Cadenas</strong>: Meu amigo Vicente Paulo, inicialmente, quero agradecer a<br />

gentileza das palavras, e o inegável exagero, fruto, s<strong>em</strong> dúvida, da amizade sincera e<br />

fraternal que nos une há tantos anos. Sinto-me bastante à vontade para falar no<br />

assunto “concursos”, pois vivo nesse “mundo concursal” há duas décadas.<br />

Venho de uma família s<strong>em</strong> nenhuma tradição no serviço público. Ninguém nela buscou<br />

essa via, ao contrário, meus parentes s<strong>em</strong>pre atuaram no setor privado.<br />

Contudo, b<strong>em</strong> por acaso, esses “acasos” que mudam c ompletamente o rumo das<br />

nossas vidas, passei diante de uma agência <strong>dos</strong> correios e vi um cartaz que dizia que<br />

estavam abertas as inscrições para o concurso para preenchimento de cargos na<br />

Justiça Federal do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com vagas para Curitiba,<br />

onde eu nasci e morava.<br />

Eu não tinha a menor idéia do que era um T RF, só sabia que o salário era bom, cerca<br />

de oito vezes o que eu recebia como estagiário de Engenharia Elétrica, curso que eu<br />

freqüentava.<br />

Fiz a inscrição e ali mesmo comprei uma apostila com o conteúdo da prova: português<br />

e noções de Direito. Costumo brincar que eu não tinha a menor noção da diferença<br />

entre STF e STJ, carta precatória ou carta rogatória, por ex<strong>em</strong>plo.<br />

Mas estudei, fiz a prova e passei!!! Recebi um telegrama (sim, telegrama...)<br />

comunicando minha nomeação no meu aniversário de 21 anos!! Grande presente que<br />

mudaria, daí por diante, toda minha vida.<br />

Então, esse foi meu primeiro grande contato com o serviço público e, confesso, creio<br />

que minha motivação foi quase que exclusivamente salarial. Não me l<strong>em</strong>bro de algum<br />

outro motivo que me levou a fazer aquela prova.<br />

Vicente Paulo: E qual foi o primeiro concurso que você prestou? Olhando,<br />

hoje, depois de tantas aprovações, como você “julgaria” essa sua primeira<br />

experiência de preparação?<br />

<strong>Leandro</strong> <strong>Cadenas</strong>: Eu havia feito outras provas antes. Fiz “concursos” para estagiário<br />

e também um para um cargo t<strong>em</strong>porário no DET RAN do Paraná, que, apesar de<br />

aprovado, sequer assumi, pois o salário era baixo e havia previsão de multa se o<br />

abandonasse antes do fim do prazo. Mas esses não contam.<br />

O primeiro sério foi esse de técnico judiciário. Mas, sejamos honestos, era outro<br />

t<strong>em</strong>po. Estamos falando <strong>em</strong> 1993 quando fiz a prova. O “mundo concursal” não existia<br />

como é hoje. Ninguém falava <strong>em</strong> c oncurso, não existia cursinho, editoras na área eram<br />

raras, e se limitavam a apostilas muito resumidas, mal feitas, desatualizadas e difíceis<br />

de achar. Internet? Não existia. Bons livros pra concurso? N<strong>em</strong> se sonhava com isso.<br />

Acesso a provas anteriores? Ne m pensar.<br />

A prova, então, era o que se poderia classificar hoje como “uma piada”. As questões<br />

eram fáceis, diretas, s<strong>em</strong> a menor preocupação com o raciocínio do candidato.<br />

www.ponto<strong>dos</strong>concursos.com.br

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