SANTA CRUZ DE LA SIERRA - BOLIVIA

NEUROSUR
I Congreso - Federación Latinoamericana de Neurología
25 a 28 de Agosto de 2004
SANTA CRUZ DE LA SIERRA - BOLIVIA

Faculdade de
Medicina
Universidade de São
Paulo
Departamento de Neurologia
Departamento de Radiologia

Neuroimagem nas Molestias
Cerebrovasculares
Luiz A. Bacheschi

Vantagens da TC
• Disponibilidade & Custo
• Rapidez & Cooperação do paciente
• Compatibilidade com objetos metálicos
• Monitores
• Ventiladores
• Dispositivos de fixação e hemostasia
• Corpos estranhos metálicos
• Dispositivos eletrônicos
• Local de instalação
• Detecção precoce de sangue
• Controle de seguimento

Vantagens da RM
• Capacidade multiplanar
• Melhor caracterização da lesão tecidual
• Quanto ao tipo
• Quanto à gravidade
• Quanto à localização
• Quanto à extensão
• Melhor visualização do tronco cerebral
• Angiografia
• Difusão e Perfusão
• Espectroscopia

Doença Cerebrovascular
- Diagnóstico de lesão vascular isquêmica
- características morfológicas (sinais)
- territórios vasculares
- Caracterização da idade da lesão
- características morfológicas
- presença de hemorragias
- realce pelo contraste
- Análise funcional da lesão
- Estudos dos vasos

AVCI há 8 horas

AVCI há 4 dias

AVCI há 2 dias

Transformação hemorrágica

Difusão Perfusão

Difusão CBV MTT

Difusão
MTT

AVCI há 8 horas

AVCI há 3 dias

AVCI há 4 horas

AVCI há 4 horas

AVCI há 4 horas

AVCI há 4 horas

DAM, masc, 50 anos, branco, comerciante
HMA: Há 24 horas estava nervoso e discutindo ao telefone
quando começou a ter dificuldade de encontrar as palavras para
responder, deixando logo após de falar completamente. Desligou
o telefone, começou balbuciar sons e palavras e após cerca de 5
minutos conseguia falar em voz alta. Foi ao seu cardiologista que
fez um ECG que foi normal e o encaminhou ao neurologista.
AP: história de labilidade emocional e hipertensão arterial
moderada, sem outros antecedentes
AF: O pai teve quadro semelhante, foi operado da carótida
esquerda e veio a falecer.
Exame: BEG, FC=72 bat/min, PA= 140x90mmHg
Exame neurológico normal

T1
T2
AVCI há 24
horas

QJN, fem, 64 anos, branca, “do lar”
HMA: Há 6 horas sentiu mal estar súbito, seguido de
cefaléia e de de intensas parestesias no hemicorpo
direito, sem deficits motores ou alterações sensitivas.
AP: História de hipertensão arterial há pelo menos 20
anos e de diabetes melito há 8 anos, sem outros
antecedentes importantes
Exame: BEG, FC=96 bat/min, PA= 170x110mmHg
Exame neurológico mostra hiperestesia no
hemicorpo direito a qualquer estímulo superficial,
especialmente no membro inferior direito, que não
aparece à compressão profunda.

AVCI há 6 h

AVCI há 6 h

S.R.S. fem, 80 anos, branca, prendas,
procedente da Capital
HMA – Há 4 dias subitamente passou a falar
com dificuldade, sem perda de consciência,
voltando após 2 a 3 minutos ao normal. Este
episódio se repetiu no dia de ontem
AP - Tem história de epilepsia desde os 12 anos
de idade, inicialmente com crises convulsivas
generalizadas, e há 20 anos crises parciais
complexas esparsas com uso de medicação
anticonvulsivante. Hipertensa moderada,
controlada com medicamentos.
AF e ISDA: ndn

EXAME FÍSICO: BEG, corada hidratada.
FC = 72 (rítmica) PA = 160 x 80 mmHg.
EXAME NEUROLÓGICO: consciente,
orientada, colaborante Motricidade:
discreta paresia facial central esquerda.
Sem alterações de fala no momento.
Reflexos profundos simétricos, ausência
de reflexos patológicos. Sensibilidade:
normal. Nervos cranianos sem alterações
exceto a paresia facial antes descrita.

26/03/2002

26/03/2002

26/03/2002

26/03/2002

26/03/2002 05/04/2002

05/05/2002

B.G.S. - 72 anos, masc, branco, aposentado,
procedente da Capital
H.M.A. - Há 2 horas estava jantando, sentiu mal estar súbito e
deixou cair a faca da mão E (é canhoto), e não mais conseguia
segurá-la. Passou a falar com dificuldade para a compreensão da
filha que notou tambem que a boca repuxava para a direita. Ao
levantar-se, não conseguia firmar-se com a perna esquerda. Com
ajuda, a filha trouxe-o imediatamente ao Pronto-atendimento do
Hospital. Chegou consciente, sendo imediatamente atendido pelo
plantonista que encontrou hemiparesia E completa, alteração da
fala, moderada hipertensão arterial e escutou sopro na face lateral
direita do pescoço. O plantonista solicitou imediatamente
tomografia computadorizada de crânio, Doppler de carótidas e a
presença do neurologista.
A.P. - Hipertenso moderado controlado com captopril 50mg ao
dia. Diagnóstico antigo de insuficiência coronariana com períodos
de arritmia, usando amiodarona. Episódios esparsos de labirintite
e zumbidos no ouvido E, toma cinarizina.

EXAME FÍSICO: B.E.G., corado, hidratado, eupneico
P=FC= 96 (arrítmico), P.A.= 170x11mmHg
Ausculta do pescoço: sopro rude, intenso, na face
lateral direita do pescoço, mais intenso junto ao
ângulo da mandíbula. Ausculta cardíaca: arritmia
arrítmica. Pulsos periféricos normais.
EXAME NEUROLÓGICO: Consciente, orientado,
disártrico. Hemiparesia esquerda completa e
desproporcionada. Tono normal. Reflexos
profundos normais, abolição dos cutâneoabdominais
à E e Babinski à E. Sensibilidade
normal.

LFR, masc, 16 anos, branco, estudante
HMA: Há 40 dias jogando handebol, bateu a cabeça com
outro jogador caindo ao chão, sem perda de consciência. Desde
então crises de cefaléia latejante acompanhadas de alterações
em campos visuais esquerdos. Em duas crises referiu visão
dupla. Foi a oftalmologista que encontrou exame normal e o
encaminhou a neurologista que pediu RM de crânio que foi
normal, e medicou-o para enxaqueca. Há 24 horas, novamente
jogando handebol, caiu ao chão e passou a debater-se. Estava
inconsciente e foi levado ao PA do HIAE. Chegou ainda
inconsciente e apresentou duas crises convulsivas
generalizadas. Foi hidantalizado e levado a tomografia.
Retornou ao PA onde permaneceu inconsciente e passou a
apresentar crises de descerebração bilateralmente. Foi então
levado para realizar RM de crânio.

Neurology 1988 Sep;38(9):
‘Convulsions' in basilar artery
occlusion.
Ropper AH.
Neurology/Neurosurgery Intensive Care Unit,
Massachusetts General Hospital, Boston 02114.

Mulher, 23 anos, parda, solteira, desempregada.
HMA: Há 20 dias passou a ter cefaléia, a que se
seguiram vômitos e depois sonolência progressiva.
Como não melhorasse, foi encaminhada a serviço de
neurologia onde fez inicialmente, TC de crânio e
depois RM de crânio. Com os achados foi medicada
com dexametasona, preticamente desaparecendo a
cefaléia e a sonolência.
Foi então proposta biópsia cerebral, pelo
neurocirurgião e a família resolveu ouvir outra
opinião.
AP: Tuberculose pulmonar e renal tratada há 4 anos.
Exame físíco e neurológico normais

TROMBOSE VENOSA
CEREBRAL

Mulher, 21 anos, branca, solteira, estudante.
HMA: Há 2 dias acordou com cefaléia, que se intensificou no
decorrer do dia, com náuseas seguidas de vômitos. A cefaléia era
holocraniana, intensa, por vezes latejante. Melhorou parcialmente
com medicação sintomática. Não conseguiu dormir pela cefaléia e
pelos vômitos e ao acordar estava com visão dupla e intenso
desequilíbrio, não podendo andar ou manter-se em pé. A cefaléia
continuava intensa, com vômitos, passou a ficar muito sonolenta
e prostrada, sendo levada a serviço de pronto atendimento. Não
havia referência à febre, nem a qualquer processo médico ou
traumático.
ISDA, AP E AF: Nenhum dado digno de nota.
EF: Bom estado geral, corada, eupneica, levemente desidratada,
FC: 84 batimentos por minuto, rítmicos, PA: 110x70 mmHg, Temp:
36,5 o C. Sem anormalidades no exame dos outros aparelhos. EN:
Inconsciente, não verbaliza, localiza estímulos dolorosos nos 4
membros. Estrabismo convergente bilateralmente, pupilas
isocóricas, foto-reagentes. Fundo de olho com papilas de bordos
nítidos e ausência de pulso venoso bilateralmente. Ausência de
sinais de irritação meníngea.