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Projeto História das Missões na Paraíba - Uepb

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Ruí<strong>na</strong>s atribuí<strong>das</strong> a Almagra – Cabedelo-PB (SPA)<br />

<strong>Projeto</strong> <strong>História</strong> <strong>das</strong> <strong>Missões</strong> <strong>na</strong> <strong>Paraíba</strong><br />

O HISTORIADOR VANDERLEY de Brito (sócio fundador da SPA) iniciou em março<br />

o <strong>Projeto</strong> “<strong>Missões</strong> de Catequese indíge<strong>na</strong>s <strong>na</strong> <strong>Paraíba</strong>”, que visa estudar minuciosamente<br />

a história <strong>das</strong> <strong>Missões</strong> ocorri<strong>das</strong> durante os séculos XVI, XVII e XVIII, administra<strong>das</strong><br />

pelas ordens religiosas dos Jesuítas, Franciscanos, Carmelitas e Beneditinos no território<br />

paraibano.<br />

O projeto visa expedições de campo e estudos em fontes documentais <strong>das</strong> mais<br />

diversas e pretende se materializar em forma de livro, formando quadro histórico-crítico<br />

destas atividades missionárias, com especial ênfase para as <strong>Missões</strong> estabeleci<strong>das</strong> no


Boletim Informativo da Sociedade Paraiba<strong>na</strong> de Arqueologia - Nº 71<br />

Pla<strong>na</strong>lto da Borborema, cujo estudo é ainda muito incipiente e apresenta muitas<br />

incorreções que precisam ser re-a<strong>na</strong>lisa<strong>das</strong> à luz de pesquisas diretas e imparciais.<br />

Vanderley pretende publicar o livro seja ainda este ano para que possa se dedicar a<br />

outros trabalhos em andamento que vem se empenhando no campo da história local,<br />

genealogia e literatura de cordel.<br />

Para o projeto estão previstas expedições de campo para os municípios de João<br />

Pessoa, Conde, Alhandra, Pitimbu, Bayeux, Pilar, Fagundes, Boqueirão, Ba<strong>na</strong>neiras, Lagoa<br />

de Roça, Sousa, Piancó, Aguiar, Coremas, Catolé do Rocha, não necessariamente nesta<br />

ordem, onde o pesquisador pretende buscar possíveis vestígios de povoamentos coloniais<br />

indíge<strong>na</strong>s e acessar Livros de Tombo eclesiásticos. As pesquisas de Vanderley já vêm<br />

recebendo apoio de muitos consócios da SPA e historiadores de diversas regiões, como<br />

os estudiosos Thomas Bruno Oliveira, Pe. João Jorge Rietveld, Guilherme d’Ávila Lins,<br />

Juvandi de Souza Santos, Erik Brito, Adauto Ramos, Carlos Alberto Azevedo, José<br />

Octávio de Arruda Mello entre outros.<br />

<strong>Projeto</strong>s em curso<br />

AS PESQUISAS E<br />

PRODUÇÕES no campo da<br />

arqueologia e ciências afins<br />

continuam em marcha<br />

para que as gerações<br />

futuras possam se apoiar e<br />

dar seguimento aos<br />

estudos. Porque a ciência é<br />

um conjunto perene de<br />

contribuições.<br />

Para referenciar<br />

alguns dos estudos que<br />

estarão em breve<br />

disponíveis, podemos citar<br />

Trecho da Passagem <strong>das</strong> Pedras, Vale dos Dinossauros – Sousa-PB (SPA)<br />

o consócio Prof. Dr. Juvandi de Souza Santos, que está em fase fi<strong>na</strong>l num estudo etnohistórico<br />

sobre os <strong>na</strong>tivos Tarairiú que viveram nos sertões nordestinos no período protocolonial.<br />

Já no campo da história da paleontologia paraiba<strong>na</strong>, nosso sócio Carlos Alberto<br />

Azevedo está trabalhando num livro específico sobre o Vale dos Dinossauros onde<br />

deverá abordar diversos aspectos deste importante sítio paleontológico que se estende por<br />

todo o vale do Rio do Peixe, no sertão do Estado.<br />

No campo da arqueoastronomia, o consócio Luiz Galdino está concluindo um<br />

trabalho que pretende abordar os testemunhos arqueológicos de que os <strong>na</strong>tivos do Brasil<br />

tinham conhecimentos sobre os astros e os expressava erguendo monumentos com fins<br />

astronômicos e registrando eventos desta ordem em inscrições rupestres.<br />

Quem também está em fase conclusiva de um trabalho, no campo da história local,<br />

é a confreira Zélia Almeida que deverá abordar aspectos sócio-econômicos do brejo<br />

paraibano. Em muito breve estes trabalhos deverão estar sendo publicados para o<br />

enriquecimento bibliográfico da história, arqueologia, paleontologia e etnografia do<br />

Nordeste.<br />

Março de 2012<br />

2


Boletim Informativo da Sociedade Paraiba<strong>na</strong> de Arqueologia - Nº 71<br />

Fóssil de quintal<br />

NO INÍCIO DE MARÇO, uma<br />

senhora residente no bairro do<br />

Presidente Médici, em Campi<strong>na</strong><br />

Grande, fez contato com o<br />

historiador Vanderley de Brito<br />

Fóssil – Escala de 20cm (SPA)<br />

(SPA) para anunciar a existência de<br />

um grande osso fossilizado em seu<br />

quintal. Tratava-se de um fragmento<br />

fóssil da megafau<strong>na</strong> sul-america<strong>na</strong><br />

que o antigo morador da casa, um<br />

caminhoneiro, havia trazido, a título<br />

de curiosidade, de uma viagem que<br />

fizera ao Piauí. Não se sabe a<br />

procedência exata do fóssil, mais se trata de uma fossilização em sílica muito antiga.<br />

O fóssil foi entregue aos cuidados do historiador, que doará ao acervo do Museu<br />

de <strong>História</strong> Natural do Ingá.<br />

4ª edição de ‘A Pedra do Ingá’<br />

EM MARÇO SAIU DA GRÁFICA (CampGraf) a quarta<br />

edição do cordel A Pedra do Ingá <strong>na</strong> visão de um sertanejo, do<br />

consócio Vanderley de Brito. O cordel é o primeiro da Série<br />

Arqueológica de Literatura de Cordel da SPA, cuja primeira<br />

edição é de setembro de 2007.<br />

Com 3.000 exemplares vendidos em ape<strong>na</strong>s quatro<br />

anos, o Cordel de Vanderley demonstra grande aceitação entre<br />

o público, especialmente estudantil. O que é impressio<strong>na</strong>nte,<br />

sobretudo porque tem caráter puramente científico e não<br />

levanta questões fantasiosas sobre a intrigante pedra com<br />

inscrições do riacho do Bacamarte.<br />

O cordel é um resumo mais leve do livro “A Pedra do Ingá: itacoatiaras <strong>na</strong><br />

<strong>Paraíba</strong>”, lançado no mês de janeiro, também de 2007, e que também já está em sua<br />

quarta edição.<br />

Dicionário temático da poesia nordesti<strong>na</strong><br />

NO DIA 16 DE MARÇO houve o lançamento do livro<br />

“Dicionário Temático da Poesia popular Nordesti<strong>na</strong>” do poeta e<br />

escritor Rui Vieira, que reúne mais de 1000 temas poéticos, mais<br />

de 400 poetas de diversas épocas e lugares do nordeste brasileiro e<br />

todo o escopo cultural que representa a poesia nordesti<strong>na</strong>. Na<br />

pági<strong>na</strong> 341 o escritor faz referência aos trabalhos do consócio<br />

Vanderley de Brito e a importância da Série Arqueológica de<br />

Literatura de Cordel da SPA criada em 2007 por este historiadorpoeta.<br />

Março de 2012<br />

3


Boletim Informativo da Sociedade Paraiba<strong>na</strong> de Arqueologia - Nº 71<br />

Expedição à Fagundes<br />

NO DIA 09 DE MARÇO, em<br />

função do projeto “<strong>História</strong> <strong>das</strong> <strong>Missões</strong><br />

<strong>na</strong> <strong>Paraíba</strong>”, uma equipe de consócios<br />

da SPA, composta pelos professores<br />

Vanderley de Brito e Thomas Bruno<br />

Oliveira, foi até o município de<br />

Fagundes, distante 15km de Campi<strong>na</strong><br />

Grande, com objetivo de localizar umas<br />

supostas ruí<strong>na</strong>s da antiga missão<br />

catequética indíge<strong>na</strong> que houve neste<br />

município.<br />

Já era antiga a informação de que<br />

Sítio Francisco Reis – Fagundes-PB (SPA)<br />

o município de Fagundes ainda continha<br />

ruí<strong>na</strong>s desta Missão e os pesquisadores foram informados por um padre do Seminário de<br />

Campi<strong>na</strong> Grande-PB de que as ruí<strong>na</strong>s se localizavam no sítio Francisco Reis.<br />

De fato, nesta localidade, os pesquisadores encontraram um conjunto de prédios<br />

abando<strong>na</strong>dos que serviu de morada de religiosos e uma peque<strong>na</strong> igreja já cobertas pelo<br />

mato, contudo, as edificações são relativamente recentes com traços arquitetônicos e<br />

materiais que devem datar de fins da década de 1960 e início do decênio posterior.<br />

Obviamente, não deixam de representar vestígios do passado deste município,<br />

mas, certamente, não remontam o século XVIII e, portanto, não dizem respeito à missão<br />

capuchinha italia<strong>na</strong> que se estabeleceu <strong>na</strong> região no período colonial. Todavia, os<br />

professores não se deram por satisfeito e acreditam que ainda possam existir restos<br />

testemunhos desta antiga missão no município e pretender efetuar novas expedições com<br />

objetivo desta busca.<br />

Arqueólogo estadunidense ministra curso no Brasil<br />

O ARQUEÓLOGO NEIL<br />

ASHER Silberman, docente do<br />

departamento de Antropologia da<br />

Universidade de Massachusetts<br />

(Amherst), estará no Brasil<br />

ministrando palestras e um curso.<br />

Silberman é uma referência<br />

inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l nos estudos<br />

relacio<strong>na</strong>dos ao Patrimônio, à<br />

Memória, Arqueologia Pública,<br />

Silberman (LAP)<br />

Arqueologia Bíblica e aos usos da<br />

<strong>História</strong> e da Arqueologia <strong>na</strong> construção do passado. Suas atividades em território<br />

brasileiro serão <strong>na</strong> Unicamp entre os dias 21 de maio e 03 de junho de 2012, ministrando<br />

o curso "Usos políticos da Arqueologia" e palestras liga<strong>das</strong> aos seus temas de pesquisa.<br />

Para maiores informações acerca do evento, assim como inscrições e visualização<br />

do calendário de atividades, acesse a pági<strong>na</strong> do site do Laboratório de Arqueologia Pública<br />

Paulo Duarte (http://www.nepam.unicamp.br/lap/).<br />

Março de 2012<br />

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Boletim Informativo da Sociedade Paraiba<strong>na</strong> de Arqueologia - Nº 71<br />

Nova espécie Collembola descoberta em escavação <strong>na</strong> <strong>Paraíba</strong><br />

Allysson Alan<br />

Mestrando em arqueologia UFPE<br />

DURANTE O ANO DE 2008 foram coletados microartrópodes de solo da ordem<br />

Collembola, grupo com mais de 8 mil espécies (vide http://collembola.org), e vários<br />

textos de divulgação foram publicitados em prol do trabalho paralelo feito durante e após<br />

as escavações, quando já tínhamos registros de várias espécies novas para <strong>Paraíba</strong>, em<br />

especial nos sítios arqueológicos escavados pelo Prof. Dr. Juvandi de Souza Santos<br />

durante a etapa de doutoramento do mesmo.<br />

Com muita dedicação para termi<strong>na</strong>r as atividades de escavação e ainda conseguir<br />

tempo para coletar o material, um dos resultados foi meu trabalho monográfico, que<br />

testou através de análise estatística e teve como resultado a diversidade maior em<br />

cemitérios indíge<strong>na</strong>s do que em rios ou aldeamentos. Um número relevante de espécies<br />

foi coletado, e desta forma foram feitos resultados prelimi<strong>na</strong>res durante a vigência do<br />

PIBIC-CNPq 2009/2010 sob orientação do Prof. Dr. Juvandi de Souza Santos.<br />

Tentamos publicar estes resultados <strong>na</strong> Jour<strong>na</strong>l of Archaeological Science, mas, segundo<br />

me informaram, era um trabalho um tanto ecológico para essa revista, reprovados<br />

tentamos o Jour<strong>na</strong>l of Arid Environments, que também rejeitou o trabalho por existir em<br />

demais espécies não descritas.<br />

O material coletado foi montado, armaze<strong>na</strong>do e conservado no Laboratório de<br />

Sistemática e Conservação de Collembola em João Pessoa, local ideal para manter a<br />

coleção zoológica e descrevê-la de fato. O tempo foi passando, e o material que estava<br />

armaze<strong>na</strong>do ganhou literatura especializada. O resultado saiu em 2011, inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>lizado<br />

através deste artigo em inglês: “Bellini, Bruno; Zeppelini, Douglas (2011) New genus and<br />

species of Seirini (Collembola, Entomobryidae) from Caatinga Biome, Northeastern<br />

Brazil. Zoosystema (33) 4”.<br />

A revista Zoosystema é referência <strong>na</strong> área, e não foi só uma espécie Tyrannoseira<br />

sex, mas um gênero novo Tyrannoseira. O holótipo e parátipos foram coletados no sítio<br />

Fur<strong>na</strong> dos Ossos, cidade de São João do Cariri. Graças à competência dos especialistas<br />

em Collembola, Prof. Dr. Douglas Zeppelini (UEPB – Campus V) e Prof. Dr. Bruno<br />

Bellini (UFRN) o material foi descrito, e depositado <strong>na</strong>s coleções do Museu de <strong>História</strong><br />

Natural de Paris e Museu Nacio<strong>na</strong>l.<br />

Perceba que o trabalho é estritamente zoológico de descrição pura de espécie, um<br />

trabalho feito em laboratório com microscópio com contraste de fases, desenhando cerda<br />

por cerda, apêndice por apêndice, criada uma chave de gênero, e caracteres comparados<br />

entre espécies da mesma família culmi<strong>na</strong>ndo com a criação do gênero Tyrannoseira.<br />

Gênero qual pelo artigo podemos ver incluí<strong>das</strong> outras espécies também encontra<strong>das</strong> <strong>na</strong><br />

Caatinga como a T. bicolornuta e a T. raptora, e com a T. sex compreende três espécies no<br />

gênero. Um trabalho de paciência e alta competência para identificar as cer<strong>das</strong>, descrever<br />

as espécies em inglês e ainda defender as espécies novas frente ao editor e revisores da<br />

revista Zoosystema. Deem uma lida no artigo para entenderem as especificidades e<br />

complexidades <strong>na</strong> descrição de espécies.<br />

Como diriam os revisores da revista Jour<strong>na</strong>l of Archaeological Science <strong>na</strong> rejeição<br />

há alguns anos atrás “esse trabalho tem mais dados ecológicos que arqueológicos”,<br />

podemos perceber que o trabalho zoológico já foi feito, e é um pontapé inicial para vários<br />

Março de 2012<br />

5


Boletim Informativo da Sociedade Paraiba<strong>na</strong> de Arqueologia - Nº 71<br />

trabalhos de valorização dos sítios arqueológicos através de divulgação científica, e com<br />

um trabalho mais apurado de forma experimental poderemos a<strong>na</strong>lisar a destruição ou<br />

conservação de ossos, descontextualização a partir de movimentação de artefatos para<br />

superfície e se algumas dessas espécies vivem estritamente em sítios arqueológicos.<br />

Tudo isso tem que ser feito com dados, rigor e estatística adequada pela revista, de<br />

preferência inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, onde poderemos dialogar têt-a-têt com Schifferianos e<br />

arqueólogos descrentes em perturbações pos-deposicio<strong>na</strong>is causa<strong>das</strong> por invertebrados e<br />

vertebrados, incluindo até mesmo os únicos perturbadores a quem quase sempre damos<br />

crédito, os <strong>na</strong>tivos e caçadores de equívocos. É algo que tem sido tentado, e pode<br />

culmi<strong>na</strong>r com uma revisão geral dos invertebrados de solo, que por meio de uma análise<br />

de fator (a<strong>na</strong>lysis factor) uma <strong>das</strong> inúmeras ferramentas estatísticas poderemos a partir do<br />

levantamento dos caracteres tanto de alimentação, ambiente, diversidade, dentre outros<br />

fatores, agrupar os táxons-alvo para arqueologia. Dai em diante, só crescem as hipóteses e<br />

os grupos que podem influenciar os anos do processo de pós-deposição.<br />

Tudo que começou com a coleta durante o doutoramento do Prof. Dr. Juvandi<br />

atualmente é de impacto inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, de início com verbas da Universidade Estadual da<br />

<strong>Paraíba</strong> e do próprio bolso do mesmo. Depois da coleta, o material foi montado no<br />

laboratório do Prof. Dr. Douglas com verbas da UEPB e do CNPq. Com a competência<br />

dos Profs. Drs. Douglas e Bruno temos o prazer de inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>lizar as potencialidades<br />

de nosso Estado e de nossos sítios arqueológicos, fazendo com que chineses, japoneses,<br />

franceses, dentre outros povos se apropriem desse conhecimento fazendo com que a<br />

ciência avance. Agradeço aos três como grandes orientadores tanto em campo quanto em<br />

laboratório. Competência <strong>na</strong> <strong>Paraíba</strong> é o que não falta, que venham os próximos<br />

trabalhos.<br />

Sonho sobre a Pedra do Ingá vira cordel<br />

A SÉRIE ARQUEOLÓGICA de Literatura de Cordel da<br />

SPA apoiou mais um trabalho neste gênero. Trata-se da obra<br />

“Um Sonho de Andorinha”, da jovem cordelista Shirley<br />

Farias.<br />

Com ape<strong>na</strong>s 12 anos de idade, a meni<strong>na</strong> compôs um<br />

trabalho muito inteligente, no estilo São Saruê, onde conta<br />

um sonho que a reportou para um mundo onde o homem<br />

vivia em ple<strong>na</strong> harmonia com a Natureza e, estando neste<br />

universo inusitado, a jovem teria tentado traçar a cinzel<br />

numa pedra os detalhes deste mundo perfeito, mas foi<br />

acordada antes de completar seu enredo. Depois, no mundo<br />

em que vivemos, por acaso ela descobre que a mensagem<br />

que começou a traçar <strong>na</strong> pedra para eternizar o mundo da<br />

harmonia era aquela mesma que existe <strong>na</strong> famosa Pedra do<br />

Ingá.<br />

Seu lançamento se deu no dia 20 de março <strong>na</strong> escola em que estuda (Sonho e<br />

Realidade) em Campi<strong>na</strong> Grande. O cordel da prematura poetisa, que tem prefácio do<br />

cordelista Manoel Monteiro e posfácio do presidente da SPA, Thomas Bruno Oliveira,<br />

pretende chamar o leitor para um sonho coletivo em prol da <strong>na</strong>tureza e dos testemunhos<br />

do passado.<br />

Março de 2012<br />

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Boletim Informativo da Sociedade Paraiba<strong>na</strong> de Arqueologia - Nº 71<br />

ARTIGO ____________________________________________________________________<br />

Esse vai longe!<br />

Thomas Bruno Oliveira<br />

Mestrando em <strong>História</strong> PPGH-UFCG e Presidente da SPA<br />

O jovem consócio<br />

da SPA Erik de Brito<br />

(Neto), desde criança nos<br />

acompanha em expedições<br />

arqueológicas no<br />

interior do Estado e<br />

sempre contribuiu com<br />

nossos estudos, mesmo<br />

que ainda muito jovem<br />

para a pesquisa científica.<br />

Filho do amigo e<br />

historiador Vanderley de<br />

Brito, o jovem desde os<br />

Erick e Vanderley em campo (SPA)<br />

seus oito anos já se<br />

habituou a subir serras, transpassar cercas, tomar águas meteóricas represas em tanques e<br />

andar quilômetros por entre a mata para visitar sítios arqueológicos junto ao seu pai e a<br />

mim.<br />

Sempre muito útil no serviço de fotografar, medir, aferir coorde<strong>na</strong><strong>das</strong> geográficas,<br />

mapear e desenhar nestas visitas exploratórias, Neto vez por outra nos impressio<strong>na</strong>va por<br />

suas astutas reflexões, tanto que seu Pai me incumbiu de orientá-lo. Desde cedo, o jovem<br />

Erick começou a participar de encontros científicos e culturais, até chegando a publicar<br />

artigos em jor<strong>na</strong>is, revistas científicas e capítulos de coletânea, ora sozinho, ora em coautoria<br />

(alguns em parceria comigo) com pesquisadores experimentados ou mesmo sob<br />

orientação.<br />

Em fins do ano passado, o nosso companheiro de pesquisas que deixou de ser<br />

sócio-aprendiz da SPA tor<strong>na</strong>ndo-se sócio efetivo, concluiu o ensino médio e prestou<br />

concurso para o ENEM e vestibular da UEPB com o intuito de cursar a faculdade de<br />

<strong>História</strong>, discipli<strong>na</strong> que sempre esteve muito presente em seu dia-a-dia. Para a nossa<br />

alegria, recebemos em janeiro o resultado dos exames, onde o nosso jovem Erik nos<br />

orgulhou ao ser aprovado em ambos os exames.<br />

Com ape<strong>na</strong>s 17 anos, o menino Neto ingressa no ensino científico superior e agora<br />

é um historiando. Diante <strong>das</strong> opções, decidiu cursar <strong>História</strong> <strong>na</strong> UEPB, que foi berço de<br />

estudos de muitos membros da SPA, como Vanderley de Brito, Juvandi de Sousa Santos,<br />

Dennis Mota Oliveira e eu. Em termos de currículo, Netinho já entra <strong>na</strong> Universidade<br />

com o cabedal de publicações e cursos igual ou superior a muitos concluintes e é<br />

exatamente por sua perspicácia, caráter e zelo pela pesquisa, que encaramos esta<br />

graduação com grande expectativa.<br />

Todos nós da SPA parabenizamos o jovem estudioso pela vitória e desejamos<br />

muito êxito <strong>na</strong> vida acadêmica. Esse vai longe!<br />

Março de 2012<br />

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Boletim Informativo da Sociedade Paraiba<strong>na</strong> de Arqueologia - Nº 71<br />

Colaboração de leitores<br />

NO BOLETIM ANTERIOR lançamos um espaço específico para que os leitores que<br />

acompanham nosso trabalho possam também contribuir com os estudos arqueológicos<br />

da <strong>Paraíba</strong>, no sentido de socializar conhecimentos.<br />

Sempre estamos às voltas com dados que nos surgem em salas de aula, palestras e<br />

até conversas informais sobre ocorrências de sítios históricos e pré-históricos esquecidos<br />

nos rincões do Estado. Logicamente, nem to<strong>das</strong> as informações são possíveis de serem<br />

constata<strong>das</strong> in loco por nossa equipe, mas to<strong>das</strong> são registra<strong>das</strong> em cadernos de<br />

notificações a espera de ocasião oportu<strong>na</strong> para ser registrada nos moldes científicos.<br />

Geralmente são informações trazi<strong>das</strong> por leigos e algumas até são pseudoocorrências<br />

arqueológicas, mas to<strong>das</strong> precisam ser devidamente verifica<strong>das</strong> e registra<strong>das</strong><br />

para os a<strong>na</strong>is da arqueologia paraiba<strong>na</strong>, pois tanto podem se tratar de embustes e malentendidos<br />

quanto também se tratar de ocorrência verídica e até extraordinárias, que<br />

poderá vir a suprir lacu<strong>na</strong>s nos muitos estudos que estão em marcha.<br />

Ao longo dos anos também recebemos publicações raras como a Revista Brasileira<br />

de Arqueologia (publicada em 1964) enviada pelo advogado carioca Allan Caetano que,<br />

encontrando a SPA em uma pesquisa <strong>na</strong> internet, gentilmente enviou a publicação para<br />

integrar nossa Bilioteca. Divulgamos o envio no Boletim 57 (p.14).<br />

Por isso, decidimos abrir um espaço para que os leitores possam divulgar seus<br />

achados fortuitos e toda a comunidade arqueológica possa usufruir destas informações.<br />

Portanto, se você leitor tiver conhecimento de algum dado como inscrição rupestre,<br />

fósseis, ruí<strong>na</strong>s antigas, objetos estranhos à nossa cultura ou meio <strong>na</strong>tural, basta enviar a<br />

informação para o e-mail sparqueologia@gmail.com, de preferência com foto do achado,<br />

que, caso demonstre relevância, teremos prazer de divulgar sua descoberta neste Boletim.<br />

– Mapa de atuação da SPA em março de 2012 –<br />

Março de 2012<br />

8


Boletim Informativo da Sociedade Paraiba<strong>na</strong> de Arqueologia - Nº 71<br />

Março de 2012<br />

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