A Megafauna Pleistocênica na Região do Cariri Paraibano - Uepb
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TARAIRIÚ – Revista eletrônica <strong>do</strong> Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da UEPB<br />
Na região <strong>do</strong> <strong>Cariri</strong>, estas ocorrências são bastante freqüentes poden<strong>do</strong> contribuir para o<br />
estu<strong>do</strong> da pré-história <strong>na</strong> Paraíba desde que seja feito um estu<strong>do</strong> detalha<strong>do</strong> <strong>do</strong> seu conteú<strong>do</strong><br />
bem como que se faça um levantamento e catalogação dessas jazidas para pesquisas futuras.<br />
CONSIDERAÇÕES<br />
Nos vizinhos esta<strong>do</strong>s de Per<strong>na</strong>mbuco, Grande <strong>do</strong> Norte, Sergipe e Ceará as pesquisas<br />
paleontológicas tem si<strong>do</strong> realizadas por equipes de paleontólogos das universidades Estadual e<br />
Federal, produzin<strong>do</strong> discípulos e segui<strong>do</strong>res que darão continuidade às pesquisas e<br />
enriquecen<strong>do</strong> os conhecimentos sobre a Paleontologia <strong>do</strong> Nordeste.<br />
Nestes esta<strong>do</strong>s, os vestígios fósseis encontra<strong>do</strong>s são identifica<strong>do</strong>s com precisão e<br />
servem de referência para pesquisas futuras. Recebem tratamento e classificação adequa<strong>do</strong>s e<br />
são deposita<strong>do</strong>s em segurança nos centros de pesquisa, como é o caso <strong>do</strong> Museu Câmara<br />
Cascu<strong>do</strong>, da UFRN e da Fundação Mossoroense de VIngt Um Rosa<strong>do</strong>, no município norte-<br />
riograndense de Mossoró.<br />
Sem desmerecer o esforço <strong>do</strong>s que lutam para ver uma Paraíba melhor, eu gostaria de<br />
encerrar este texto incentivan<strong>do</strong> ao poder público e às autoridades por ele constituídas para que<br />
estes venham a atentar para o patrimônio cultural e <strong>na</strong>tural enquanto ainda há tempo.<br />
Lamentavelmente, após 49 <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s de Paula Couto no <strong>Cariri</strong> da Paraíba, 22 anos depois<br />
das pesquisas de Lilian Paglarelli e 18 anos depois da ocorrência de fósseis no tanque <strong>do</strong><br />
Marinho, verifica-se que de lá para cá muito pouco mu<strong>do</strong>u.<br />
Até quan<strong>do</strong> os paraibanos vão ter que aguardar ações das Universidades e <strong>do</strong>s<br />
governos no senti<strong>do</strong> de criar museus de história <strong>na</strong>tural e centros de pesquisa capazes de<br />
abrigar o acervo existente em solo paraibano? Até quan<strong>do</strong> será necessário requisitar professores<br />
visitantes e especialistas para cuidar os acha<strong>do</strong>s arqueológicos e paleontológicos deste Esta<strong>do</strong>?<br />
Sabe-se que existem pesquisa<strong>do</strong>res interessa<strong>do</strong>s e comprometi<strong>do</strong>s com a preservação <strong>do</strong><br />
patrimônio local, mas isso não basta, pois estes necessitam de mais apoio e de<br />
comprometimento <strong>do</strong> poder público para viabilizar estu<strong>do</strong>s.<br />
Existem muitos hiatos quanto a origem pré-histórica paraiba<strong>na</strong> aguardan<strong>do</strong> por<br />
respostas que só poderão ser conhecidas à custa de muito trabalho e de muita pesquisa.<br />
Enquanto não houver um espaço dedica<strong>do</strong> a arqueologia e a paleontologia <strong>na</strong> Paraíba,<br />
infelizmente não se poderá ir muito longe.<br />
Campi<strong>na</strong> Grande, Ano II – Vol. 1 - Número 03 – Set/Out 2011