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o papel dos edulcorantes na indústria de laticínios - Revista Laticínios

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42<br />

Matéria <strong>de</strong> capa<br />

o <strong>papel</strong> <strong>dos</strong> <strong>edulcorantes</strong> <strong>na</strong><br />

<strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>laticínios</strong><br />

Introdução<br />

Roberta Sasso<br />

Farmacêutica Bioquímica – Divisão AminoScience –<br />

Ajinomoto do Brasil – Fone: 11-5908-8788<br />

A <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>laticínios</strong> tem se adaptado bem aos anseios do consumidor<br />

por alimentos que além <strong>de</strong> nutrir, proporcionem benefícios adicio<strong>na</strong>is à<br />

saú<strong>de</strong>. Nessa linha temos o crescimento <strong>dos</strong> leites fermenta<strong>dos</strong> e iogurtes<br />

contendo probióticos e prebióticos, requeijão com teor reduzido <strong>de</strong> gorduras<br />

e iogurtes com menos calorias por redução <strong>de</strong> açúcares, principalmente.<br />

O estilo <strong>de</strong> vida atual das pessoas tem <strong>de</strong>spertado a atenção quanto<br />

aos cuida<strong>dos</strong> com a alimentação e como ela po<strong>de</strong> contribuir para uma<br />

melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

A <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> alimentos po<strong>de</strong> explorar o potencial do uso <strong>dos</strong> aditivos <strong>edulcorantes</strong><br />

nos <strong>de</strong>riva<strong>dos</strong> do leite que levam açúcar, para aten<strong>de</strong>r esta nova <strong>de</strong>manda,<br />

principalmente com a aplicação do aspartame, dada sua boa aceitação do<br />

ponto <strong>de</strong> vista sensorial.<br />

o AspArtAme<br />

Descoberto em 1965 e aprovado como aditivo alimentício há mais <strong>de</strong> 25 anos, o aspartame<br />

tem o sabor muito semelhante ao açúcar, sendo, porém, aproximadamente<br />

200 vezes mais doce. Por to<strong>dos</strong> os benefícios que o Aspartame proporcio<strong>na</strong> como<br />

substituto do açúcar, seu uso consagrou-se em mais <strong>de</strong> 120 países, nos quais é aprovado<br />

como a melhor alter<strong>na</strong>tiva <strong>de</strong> edulcorante apresentada até hoje no mercado.<br />

Este edulcorante tem sido aplicado nos diversos tipos <strong>de</strong> alimentos e bebidas, contribuindo<br />

<strong>de</strong> forma marcante <strong>na</strong> popularização <strong>de</strong> alimentos “diet”, “light” e “zero<br />

açúcar”, não só entre as pessoas que necessitam seguir uma dieta com restrição <strong>de</strong><br />

açúcares, mas também àaqueles que buscam uma alimentação mais saudável.<br />

um produto dIgerIdo nAturAlmente<br />

Embora classificado como um edulcorante artificial, os constituintes do aspartame<br />

são os aminoáci<strong>dos</strong> L-ácido aspártico e L-fenilalani<strong>na</strong>, encontra<strong>dos</strong> em muitos<br />

alimentos que já fazem parte da dieta da maioria das pessoas, como: carne, leite,<br />

ovos, basicamente tudo o que contém proteí<strong>na</strong>s. Tal como as proteí<strong>na</strong>s, o aspartame<br />

é metabolizado pelo nosso organismo, resultando nos seus aminoáci<strong>dos</strong> <strong>de</strong><br />

origem e, como tal, são absorvi<strong>dos</strong> no processo digestivo.<br />

Durante a ingestão, o aspartame é rapidamente hidrolisado, resultando no dipeptí<strong>de</strong>o<br />

L-aspartil-L-fenilalani<strong>na</strong> e gerando um pequeno resíduo <strong>de</strong> metanol, muito<br />

aquém do nível <strong>de</strong> toxicida<strong>de</strong>. Abaixo mesmo das quantida<strong>de</strong>s contidas em algumas<br />

fontes <strong>na</strong>turais <strong>de</strong> alimentos, como as frutas, quando comparadas ingestões<br />

<strong>de</strong> porções habituais <strong>de</strong>sses alimentos <strong>na</strong>turais com a <strong>de</strong> produtos contendo aspartame.<br />

Por exemplo, um copo <strong>de</strong> suco <strong>de</strong> tomate contém 6 vezes mais metanol<br />

do que um volume equivalente <strong>de</strong> uma bebida adoçada com 100% <strong>de</strong> aspartame.<br />

Conforme mostra o gráfico da pági<strong>na</strong> seguinte.


O dipeptí<strong>de</strong>o é metabolizado <strong>na</strong>s células da mucosa<br />

intesti<strong>na</strong>l em seus aminoáci<strong>dos</strong> constituintes: ácido aspártico<br />

e fenilalani<strong>na</strong>. A fenilalani<strong>na</strong> é um aminoácido<br />

essencial, ou seja, o organismo humano não a sintetiza<br />

e, portanto, a fenilalani<strong>na</strong> <strong>de</strong>ve ser obtida através <strong>dos</strong><br />

alimentos que ingerimos.<br />

A dieta normal oferece uma quantida<strong>de</strong> muito superior<br />

FenIlAlAnInA nos AlImentos<br />

Fonte: Wucherpfenning et al Flussiges Obst., 348-354, 1983<br />

<strong>de</strong>stes aminoáci<strong>dos</strong> do que a ingestão do aspartame proporcio<strong>na</strong><br />

e, ainda assim, quantida<strong>de</strong>s muito aquém das<br />

que po<strong>de</strong>riam trazer alguma preocupação pela ingestão<br />

singular <strong>de</strong> um <strong>de</strong>stes aminoáci<strong>dos</strong>. Na mesma comparação<br />

anterior, com a bebida adoçada com aspartame, um<br />

copo <strong>de</strong> leite <strong>de</strong>s<strong>na</strong>tado, por exemplo, contém 6 vezes<br />

mais fenilalani<strong>na</strong> e 13 vezes mais ácido aspártico.<br />

Fontes: Manual so USDA # 8, Butchko et al., 2002<br />

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Fontes: Manual so USDA # 8, Butchko et al., 2002<br />

Matéria <strong>de</strong> capa<br />

ÁcIdo AspÁrtIco nos AlImentos<br />

Fontes: Manual so USDA # 8, Butchko et al., 2002<br />

No próprio leite materno encontramos quantida<strong>de</strong>s elevadas <strong>de</strong> fenilalani<strong>na</strong> e ácido aspártico, conforme mostra<br />

quadro abaixo.


esclArecImentos sobre A FenIlcetonúrIA<br />

Os produtos contendo aspartame, no mundo todo,<br />

<strong>de</strong>vem conter em seu rótulo a informação: “Fenilcetonúricos:<br />

contém fenilalani<strong>na</strong>”. No caso do leite e <strong>de</strong><br />

seus <strong>de</strong>riva<strong>dos</strong>, esta menção chega a ser até redundante,<br />

dada a <strong>na</strong>tureza protéica <strong>de</strong>stes alimentos. Assim<br />

sendo, estes alimentos <strong>na</strong>turalmente já têm restrição<br />

ao consumo pelos fenilcetonúricos.<br />

A Fenilcetonúria afeta 1 em cada 12.000 recém-<strong>na</strong>sci<strong>dos</strong><br />

no Brasil, po<strong>de</strong>ndo ser diagnosticada precocemente<br />

logo após o <strong>na</strong>scimento, através <strong>de</strong> exame <strong>de</strong> sangue<br />

(teste do pezinho).<br />

É uma doença congênita, <strong>de</strong> herança autossômica recessiva,<br />

causada pela ausência ou <strong>de</strong>ficiência da enzima<br />

fenilalani<strong>na</strong> hidroxilase que converte a fenilalani<strong>na</strong><br />

em tirosi<strong>na</strong>, também um aminoácido.<br />

Este bloqueio <strong>na</strong> conversão <strong>de</strong> fenilalani<strong>na</strong> provoca<br />

acúmulo <strong>de</strong>ste aminoácido em to<strong>dos</strong> os líqui<strong>dos</strong> corporais<br />

(sangue, uri<strong>na</strong>, etc.). O nível sanguíneo <strong>de</strong> fenilalani<strong>na</strong><br />

em portadores <strong>de</strong> fenilcetonúria é 20 vezes<br />

maior do que em pessoas não portadoras da doença.<br />

Por este motivo, portadores <strong>de</strong>ssa doença <strong>de</strong>vem seguir<br />

uma dieta rigorosa com restrição <strong>de</strong>ste aminoácido<br />

(embora seja essencial). É importante ressaltar<br />

que os portadores <strong>de</strong>sta doença tem consciência <strong>de</strong><br />

que não po<strong>de</strong>m ingerir alimentos como carne, queijo,<br />

leite, soja, arroz, feijão, e outros, porém, <strong>na</strong> ocasião<br />

da aprovação do aspartame, não se po<strong>de</strong>ria esperar<br />

que estes indivíduos tivessem a mesma ciência sobre<br />

um produto como um refrigerante adoçado com o<br />

aspartame. Daí surgiu o requisito da informação sobre<br />

a fenilalani<strong>na</strong> nos produtos contendo este edulcorante.<br />

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46<br />

Matéria <strong>de</strong> capa<br />

A AplIcAção do AspArtAme em <strong>de</strong>rIvA<strong>dos</strong> do<br />

leIte<br />

Quando o açúcar é retirado <strong>de</strong> um alimento, aditivos <strong>de</strong>vem<br />

ser utiliza<strong>dos</strong> para preservar as proprieda<strong>de</strong>s que<br />

ele confere. Não só os <strong>edulcorantes</strong>, para proporcio<strong>na</strong>r<br />

o sabor doce, mas também agentes <strong>de</strong> corpo, para compensar<br />

a perda <strong>de</strong> volume e <strong>de</strong> viscosida<strong>de</strong> - dado que<br />

os <strong>edulcorantes</strong> em geral têm dulçor mais intenso que o<br />

açúcar e, portanto são utiliza<strong>dos</strong> em menor quantida<strong>de</strong>.<br />

Como agentes <strong>de</strong> corpo, em geral são utiliza<strong>dos</strong> os polióis<br />

e, para ajuste <strong>de</strong> viscosida<strong>de</strong>, as gomas. No caso das aplicações<br />

clássicas entre <strong>de</strong>riva<strong>dos</strong> <strong>de</strong> leite adoça<strong>dos</strong>, como<br />

iogurtes e leites fermenta<strong>dos</strong>, os aditivos usa<strong>dos</strong> <strong>na</strong> substituição<br />

do açúcar, além <strong>dos</strong> <strong>edulcorantes</strong>, têm como propósito<br />

ajustar a viscosida<strong>de</strong>, mais do que compensar volume,<br />

já que a parte uma vez ocupada pelo açúcar acaba<br />

sendo preenchida pelo próprio leite, aumentando o valor<br />

nutricio<strong>na</strong>l do produto, quando consi<strong>de</strong>rado como fonte<br />

<strong>de</strong> proteí<strong>na</strong>.<br />

A principal fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> da adição <strong>dos</strong> agentes <strong>edulcorantes</strong><br />

é, além <strong>de</strong> proporcio<strong>na</strong>r o sabor doce, atenuar a aci<strong>de</strong>z do<br />

produto, promovendo a melhoria do sabor e diminuição<br />

das calorias.<br />

O sabor e aroma fi<strong>na</strong>l das bebidas lácteas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m muito<br />

do tipo e da qualida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> ingredientes utiliza<strong>dos</strong> <strong>na</strong><br />

formulação do produto. Pesquisas recentes mostram que<br />

os fatores <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ntes para a aceitação e para a escolha<br />

<strong>de</strong>stes produtos estão no sabor e no seu aspecto nutritivo.<br />

O aspartame é obtido por síntese química a partir <strong>dos</strong><br />

aminoáci<strong>dos</strong> L-ácido aspártico e L-fenilalani<strong>na</strong>, sendo<br />

consi<strong>de</strong>rado um edulcorante artificial pelo processo <strong>de</strong> fabricação.<br />

Porém, sob a ótica nutricio<strong>na</strong>l, é um edulcorante<br />

metabolizável e , resulta da digestão <strong>de</strong>stes dois aminoáci<strong>dos</strong>,<br />

já conti<strong>dos</strong> em abundância no próprio leite. Sob<br />

esse aspecto, é uma opção <strong>de</strong> edulcorante quase óbvia<br />

para aplicação em produtos lácteos.<br />

Entretanto, por suas características <strong>de</strong> sabor, como um <strong>dos</strong><br />

<strong>edulcorantes</strong> <strong>de</strong> perfil mais próximo ao do açúcar, sem residuais<br />

in<strong>de</strong>sejáveis, como amargo ou metálico, tem sido<br />

largamente utilizado <strong>na</strong> <strong>indústria</strong> <strong>de</strong> <strong>laticínios</strong>. Em bebidas<br />

lácteas convencio<strong>na</strong>is, se utiliza 4,5% a 6% <strong>de</strong> sacarose<br />

para proporcio<strong>na</strong>r o dulçor <strong>de</strong>sejado. Já uma bebida<br />

láctea com 0,025% <strong>de</strong> aspartame proporcio<strong>na</strong> o mesmo<br />

dulçor, sem diferença <strong>de</strong> sabor perceptível e ainda com a<br />

gran<strong>de</strong> vantagem <strong>de</strong> reduzir 52% das suas calorias.<br />

Além disso, o aspartame é um edulcorante perfeitamente<br />

estável <strong>na</strong>s condições <strong>de</strong> aplicação principalmente <strong>de</strong><br />

lácteos refrigera<strong>dos</strong>, como o iogurte, cujo pH típico <strong>de</strong>stas<br />

aplicações está <strong>de</strong>ntro da faixa <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> ótima<br />

do aspartame (vi<strong>de</strong> figura 1). A <strong>de</strong>gradação do aspartame<br />

aumenta à medida que o pH varia para fora <strong>de</strong>sta faixa<br />

– muito ácido, neutro ou básico – e em temperaturas<br />

crescentes (vi<strong>de</strong> figura 2). Nos lácteos refrigera<strong>dos</strong>, as condições<br />

<strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem e distribuição do produto para<br />

venda e <strong>de</strong> conservação no lar, não geram preocupação<br />

quanto à <strong>de</strong>gradação do aspartame, principalmente se<br />

consi<strong>de</strong>rarmos sua valida<strong>de</strong> relativamente curta. Os processos<br />

clássicos <strong>de</strong> tratamento térmico <strong>na</strong> industrialização<br />

<strong>de</strong> alimentos (esterilização, pasteurização, UHT, etc. – vi<strong>de</strong><br />

fig. 3), em geral também não chegam a comprometer a<br />

formulação dado o curto tempo para uma <strong>de</strong>gradação<br />

significativa do aspartame.<br />

Efeito do pH (fig.1)<br />

Estabilida<strong>de</strong> X Calor (fig.2)<br />

Fonte: Ajinomoto Co. inc<br />

Fonte: Ajinomoto Co. inc


Tratamento Térmico ( fig.3)<br />

Fonte: Ajinomoto Co. inc<br />

estabilida<strong>de</strong> do Aspartame em processos térmicos<br />

pH perda<br />

Ultra Alta Temperatura (UHT)<br />

(15s/121ºC-135ºC)<br />

2.5-3.5 0.5;1.5%<br />

Pasteurização Longa<br />

(15min/80ºC)<br />

2.6-4.2 2.0;4.0%<br />

Alta Temperatura / Tempo<br />

Curto (HTST) (15s / 72ºC)<br />

3.5


48<br />

Matéria <strong>de</strong> capa<br />

tos e águas aromatizadas, por exemplo. Já em aplicações<br />

secas – como prepara<strong>dos</strong> sóli<strong>dos</strong> para refresco ou para sobremesas<br />

– o aspartame é muito mais estável, não havendo<br />

praticamente qualquer tipo <strong>de</strong> preocupação quanto à<br />

sua <strong>de</strong>gradação.<br />

processos <strong>de</strong> Fabricação <strong>de</strong> produtos lácteos<br />

Refrigera<strong>dos</strong><br />

Embora estejam surgindo diversos tipos <strong>de</strong> iogurtes<br />

no mercado, <strong>de</strong>screvemos abaixo seus principais<br />

processos <strong>de</strong> obtenção utilizando o aspartame como<br />

edulcorante.<br />

Na obtenção do Iogurte Tradicio<strong>na</strong>l, temos um produto<br />

mais firme, com uma maior viscosida<strong>de</strong> contendo em sua<br />

formulação 12% <strong>de</strong> sóli<strong>dos</strong> não gordurosos para atingir a<br />

consistência <strong>de</strong>sejada. Durante este processo o aspartame<br />

é adicio<strong>na</strong>do antes do processo fermentativo. A massa se<br />

mantém íntegra, já que a incubação é realizada no momento<br />

do envase. O resfriamento é a última etapa neste<br />

tipo <strong>de</strong> processo.<br />

Já para a obtenção do Iogurte Batido, que apresenta ser<br />

um produto <strong>de</strong> consistência menos firme que o anterior,<br />

<strong>de</strong>ve conter em sua formulação 8,5% a 10% <strong>de</strong> sóli<strong>dos</strong><br />

não gordurosos. Neste processo o aspartame é adicio<strong>na</strong>do<br />

após o resfriamento, no mesmo momento em que a<br />

massa é quebrada, para se obter a textura menos <strong>de</strong>nsa.<br />

O envase é a última etapa do processo.<br />

Para enten<strong>de</strong>r os processos, veja abaixo diagrama simplificado<br />

para a obtenção <strong>dos</strong> iogurtes.


Vale ressaltar que a etapa <strong>de</strong> refrigeração, em ambos<br />

os processos, é um <strong>dos</strong> pontos mais críticos <strong>na</strong> fabricação<br />

do iogurte, pois tem a função <strong>de</strong> reduzir a ativida<strong>de</strong><br />

da cultura inicial, controlando assim a aci<strong>de</strong>z do<br />

produto.<br />

A temperatura i<strong>de</strong>al para sua conservação está entre 1ºC<br />

a 10°C e, sendo conservada nestas condições, sua vida <strong>de</strong><br />

prateleira é <strong>de</strong> aproximadamente 35 dias.<br />

Uma característica marcante do aspartame é a <strong>de</strong> não<br />

promover alterações <strong>na</strong>s características físico-químicas das<br />

bebidas lácteas tais como gordura, sóli<strong>dos</strong> totais, aci<strong>de</strong>z e<br />

proteí<strong>na</strong>s.<br />

O aspartame é mais potente em baixas concentrações<br />

e em produtos consumi<strong>dos</strong> em temperatura ambiente,<br />

acentuando o aroma principalmente <strong>de</strong> frutas ácidas.<br />

Conforme tratado inicialmente, há uma <strong>de</strong>manda crescente<br />

por <strong>de</strong>riva<strong>dos</strong> <strong>de</strong> leite que proporcionem benefícios<br />

à saú<strong>de</strong>, além <strong>dos</strong> nutricio<strong>na</strong>is. Os <strong>de</strong>riva<strong>dos</strong> do<br />

leite têm sido reconheci<strong>dos</strong> como uma opção saudável<br />

e agradável para um consumo regular. Como parte<br />

da preocupação crescente com a ingestão <strong>de</strong> alimentos<br />

mais saudáveis, a utilização do aspartame como redutor<br />

das quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> açúcares e calorias ingeri<strong>dos</strong>, é uma<br />

gran<strong>de</strong> aliada da <strong>indústria</strong> e <strong>dos</strong> consumidores, especialmente<br />

em categorias <strong>de</strong> alimentos cada vez mais consumidas<br />

pela população.<br />

reFerencIAs bIblIogrÁFIcAs<br />

RAEL, S. Artificial sweeteners – What’s out there? EHPP<br />

Nutrition Newsletter, v.1, n.3, Ago. 2000. Disponível em:<br />

<br />

MARUJO, R. Aspartame. In: ANGELUCCI, E.; FURLANETTO,<br />

S. M. C. Seminário: <strong>edulcorantes</strong> em alimentos. Campi<strong>na</strong>s:<br />

ITAL, 1989, 46 p.<br />

Avaliação da vida-<strong>de</strong>-prateleira <strong>de</strong> bebidas lácteas preparadas<br />

com “fat replacers”. Ciência e Tecnologia <strong>de</strong> Alimentos.<br />

vol. 22 no .1 Campi<strong>na</strong>s Jan./Apr. 2002<br />

A Dinâmica econômica <strong>de</strong> inovação no campo <strong>dos</strong> <strong>edulcorantes</strong><br />

sintéticos. V. Pelaez. Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> Ciência e Tecnologia,<br />

Brasília, v.10, n1/3, p93-117, 1993.<br />

Edulcorante artificial: Aspartame - uma revisão <strong>de</strong> literatura.<br />

<strong>Revista</strong> Eletrônica Multidiscipli<strong>na</strong>r Pindorama<br />

do Instituto Fe<strong>de</strong>ral da Bahia – IFBA Nº 01 – Ano I –<br />

Agosto/2010<br />

O puro dulçor proveniente <strong>dos</strong> aminoáci<strong>dos</strong><br />

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