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Polinização da Aceroleira - Embrapa Mandioca e Fruticultura

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Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária<br />

<strong>Embrapa</strong> <strong>Mandioca</strong> e <strong>Fruticultura</strong><br />

Ministério <strong>da</strong> Agricultura, Pecuária e Abastecimento<br />

Rua <strong>Embrapa</strong> s/n - CP. 007 - 44380-000 - Cruz <strong>da</strong>s Almas, BA<br />

Tel: (75) 621-8000 - Fax: (75) 621-8097<br />

www.cnpmf.embrapa.br<br />

sac@cnpmf.embrapa.br<br />

<strong>Polinização</strong> <strong>da</strong> <strong>Aceroleira</strong><br />

ACEROLA EM FOCO<br />

Número 07 Julho/2004<br />

Rogério Ritzinger 1<br />

Luis Cláudio Vieira Silva 2<br />

Maria <strong>da</strong>s Graças Vi<strong>da</strong>l Alves 3<br />

A aceroleira floresce e frutifica várias vezes durante o ano, especialmente na primavera e<br />

verão, quando as temperaturas são mais eleva<strong>da</strong>s. Com freqüência, baixos índices de frutificação<br />

são obtidos apesar do florescimento ser abun<strong>da</strong>nte. Dentre os fatores envolvidos na redução<br />

do número de frutos vingados, destaca-se a falta de uma efetiva polinização. Este trabalho visa<br />

proporcionar um melhor entendimento sobre o assunto, descrevendo a biologia floral, os insetos<br />

polinizadores e como eles atuam na polinização <strong>da</strong> aceroleira.<br />

BIOLOGIA FLORAL<br />

A aceroleira produz pequenas inflorescências<br />

(cachos) na axila <strong>da</strong>s folhas de ramos novos ou<br />

em esporões laterais, constituí<strong>da</strong>s de 3 a 5 flores<br />

perfeitas. As flores apresentam cinco sépalas<br />

verdes, em cuja base estão localiza<strong>da</strong>s de seis a<br />

dez glândulas grandes, produtoras de óleo, cinco<br />

pétalas franja<strong>da</strong>s, de coloração variando de branca<br />

a diferentes tonali<strong>da</strong>des de rosa, dez estames<br />

(órgão reprodutor masculino) e três carpelos unidos<br />

na base formando o ovário com três estiletes e<br />

estigmas (órgão reprodutor feminino). Em geral,<br />

os estigmas estão situados na mesma altura <strong>da</strong>s<br />

anteras (A) ou, conforme observado em alguns<br />

genótipos, um pouco acima <strong>da</strong>s mesmas (B), como<br />

forma de prevenir a autopolinização. A flor<br />

permanece aberta durante um único dia, período<br />

em que está receptiva à polinização. Apesar <strong>da</strong><br />

proximi<strong>da</strong>de entre anteras e estigmas, os grãos<br />

de pólen liberados pelas anteras dependem de<br />

insetos polinizadores para que cheguem até os<br />

estigmas e fecun<strong>da</strong>r a flor. Os grãos de pólen são<br />

pegajosos, não sendo dissemináveis pelo vento<br />

nem pela ação <strong>da</strong> gravi<strong>da</strong>de.<br />

1 Pesquisador <strong>da</strong> <strong>Embrapa</strong> <strong>Mandioca</strong> e <strong>Fruticultura</strong>, Rua <strong>Embrapa</strong> s/n, Caixa Postal 007, CEP 44380-000, Cruz <strong>da</strong>s Almas, BA.<br />

2 Aluno de mestrado <strong>da</strong> EAUFBA, Cruz <strong>da</strong>s Almas, BA.<br />

3 Professora <strong>da</strong> EAUFBA, Cruz <strong>da</strong>s Almas, BA.


Tiragem: 1000 exemplares<br />

INSETOS POLINIZADORES<br />

Abelhas <strong>da</strong> família Api<strong>da</strong>e, especialmente<br />

dos gêneros Centris (A) e Epicharis (B), têm sido<br />

relata<strong>da</strong>s como principais polinizadores <strong>da</strong><br />

aceroleira. São insetos de vi<strong>da</strong> solitária, que<br />

constróem seus ninhos, geralmente, em cavi<strong>da</strong>des<br />

no solo.<br />

As abelhas Irapuá (Trigona spp.) também têm<br />

sido observa<strong>da</strong>s visitando as flores <strong>da</strong> aceroleira<br />

com certa freqüência, porém sua eficiência na<br />

polinização é questionável. As abelhas melíferas<br />

(Apis mellifera) não são atraí<strong>da</strong>s pelas flores <strong>da</strong><br />

aceroleira, possivelmente pela ausência ou baixa<br />

concentração de néctar.<br />

A polinização é realiza<strong>da</strong> quando as abelhas<br />

visitam as flores para coletar pólen ou óleo (C).<br />

Durante as visitas, a abelha segura-se na flor com<br />

suas patas medianas e traseiras, enquanto coleta<br />

o óleo <strong>da</strong>s glândulas com as patas dianteiras.<br />

Nesta posição, a parte ventral do seu corpo toca<br />

anteras e estigmas, ficando o pólen aí aderido. O<br />

movimento <strong>da</strong>s abelhas entre flores <strong>da</strong> mesma<br />

planta e entre plantas de diferentes genótipos leva<br />

à autopolinização e polinização cruza<strong>da</strong>,<br />

respectivamente, sendo que esta última tende a<br />

favorecer uma maior produção de frutos.<br />

Para uma maior eficiência na polinização <strong>da</strong><br />

aceroleira, recomen<strong>da</strong>m-se medi<strong>da</strong>s que possam<br />

preservar e aumentar as populações dos insetos<br />

polinizadores, que na sua maioria são abelhas<br />

nativas. Destacam-se a conservação de áreas com<br />

a vegetação natural e a não pulverização de<br />

pestici<strong>da</strong>s quando as plantas estiverem em<br />

florescimento.<br />

Para maiores informações contate a equipe de acerola, telefone (75) 621-8059, fax (75) 621-8097.<br />

E-mail: sac@cnpmf.embrapa.br<br />

Ministério <strong>da</strong> Agricultura,<br />

Pecuária e Abastecimento

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