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R10_dia mandioca.pdf - Embrapa Mandioca e Fruticultura

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<strong>Embrapa</strong> comemora Dia da <strong>Mandioca</strong><br />

A <strong>Embrapa</strong> <strong>Mandioca</strong> e <strong>Fruticultura</strong> Tropical (Cruz das Almas - BA), Unidade da<br />

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - <strong>Embrapa</strong>, vinculada ao Ministério da<br />

Agricultura, Pecuária e Abastecimento, comemora, em 22 de abril, a partir das 14h, o Dia<br />

da <strong>Mandioca</strong>.<br />

A data coincide com a do descobrimento do Brasil. “Foi aqui que os colonizadores<br />

portugueses descobriram também a <strong>mandioca</strong>, o ‘pão dos trópicos’, como a batizou o<br />

padre José de Anchieta, em 1560”, explica o pesquisador Joselito da Silva Motta,<br />

especialista nos usos da <strong>mandioca</strong>. “Base alimentar em todo o período de<br />

desbravamento, sem ela não seria viável a colonização do nosso país. Seus derivados<br />

encantaram os portugueses, a exemplo dos beijus que foram descritos por Pero Vaz de<br />

Caminha ao rei de Portugal como ‘tão alvos e saborosos que superam em muito o pão<br />

desse reino’”, recorda ele.<br />

Originária da América do Sul, a <strong>mandioca</strong> (Manihot esculenta Crantz) constitui um<br />

dos principais alimentos energéticos para mais de 700 milhões de pessoas,<br />

principalmente nos países em desenvolvimento. Mais de 80 países produzem <strong>mandioca</strong>,<br />

sendo que o Brasil participa com mais de 15% da produção mun<strong>dia</strong>l (é o segundo maior<br />

produtor do mundo).<br />

Usos da <strong>mandioca</strong><br />

De fácil adaptação, a <strong>mandioca</strong> é cultivada em todos os estados brasileiros,<br />

situando-se entre os nove primeiros produtos agrícolas do país, em termos de área<br />

cultivada, e o sexto em valor de produção. É uma cultura bastante versátil e produtiva,<br />

além de tolerante às condições ambientais do semi-árido. Por esta característica de<br />

rusticidade, as áreas destinadas ao cultivo nas propriedades têm sido as marginais,<br />

menos férteis, com pouco ou nenhum uso de tecnologias apropriadas.<br />

“A <strong>mandioca</strong> é ainda uma riqueza muito pouco conhecida e explorada. Seus usos<br />

ainda são vistos com muita surpresa, passando por métodos rudimentares de<br />

aproveitamento a usos industriais sofisticados, ampliando a cada <strong>dia</strong> a complexidade de


sua cadeia produtiva”, afirma Joselito Motta.<br />

Os usos mais comuns da <strong>mandioca</strong> são na alimentação humana (a exemplo dos<br />

beijus, bolachinhas de goma e pães de queijo) e na alimentação animal, em forma de<br />

raspa, feno e silagem. Até mesmo a parte área (folhas e caules) e a manipueira, o líquido<br />

tóxico originado da prensagem das raízes, podem ser aproveitadas. A manipueira pode<br />

ser usada, por exemplo, na confecção de tijolos e tintas e como herbicida, inseticida e<br />

adubo orgânico.<br />

Um projeto de lei apresentado em 2001 pelo deputado Aldo Rebelo prevê a<br />

obrigatoriedade de inclusão de 10 a 20% de fécula de <strong>mandioca</strong> nas massas. O objetivo<br />

seria incentivar a produção nacional e garantir mercado para os produtores de <strong>mandioca</strong>,<br />

a maioria familiares. “A fécula atua na mistura como um diluidor do glúten presente no<br />

trigo, conferindo ao produto final poucas alterações”, explica Joselito.<br />

Programação<br />

As comemorações do Dia da <strong>Mandioca</strong> incluem a palestra “<strong>Mandioca</strong>, a raiz do<br />

Brasil”, ministrada por Joselito Motta sobre os inúmeros usos da <strong>mandioca</strong>. O pesquisador<br />

Hermes Peixoto, também poeta, fará uma homenagem ao poeta cearense Patativa do<br />

Assaré, cuja réplica da poesia “O puxadô de roda” está materializada na casa de farinha<br />

rústica que leva seu nome, com equipamentos centenários fazendo contraste à Unidade<br />

modelo do Centro de Tecnologia em <strong>Mandioca</strong> da <strong>Embrapa</strong>.<br />

Na oportunidade, será homenageada também a pesquisadora Wania Fukuda,<br />

vencedora da 30ª edição do Prêmio Frederico de Menezes Veiga 2008, promovido pela<br />

<strong>Embrapa</strong>, cujo tema foi “Integração Pesquisa e Extensão: Fator de sucesso da moderna<br />

agricultura brasileira”. Engenheira agrônoma e mestre em genética e melhoramento,<br />

Wania Fukuda é pesquisadora da <strong>Embrapa</strong> há 34 anos, onde é a curadora responsável<br />

pela coleção de <strong>mandioca</strong> da Unidade, que possui 2.012 variedades mantidas em campo.<br />

Desde 1993, desenvolve um trabalho baseado na inclusão de agricultores e<br />

extensionistas de forma mais ativa no processo de melhoramento genético da <strong>mandioca</strong>.<br />

Aberto a representantes de entidades, técnicos e produtores, o evento acontece no<br />

Centro de Tecnologia em <strong>Mandioca</strong>, onde são desenvolvidos trabalhos de pesquisa e o<br />

treinamento de produtores e técnicos da cultura, formado por casa de farinha, fecularia,<br />

áreas de panificação e de captação de manipueira, além de auditório.<br />

A <strong>Embrapa</strong>


A Unidade localizada em Cruz das Almas pesquisa a cultura da <strong>mandioca</strong> desde<br />

1975. Dos 73 pesquisadores, 20 dedicam-se aos estudos da cultura. Além de atender a<br />

produtores e técnicos em palestras, <strong>dia</strong>s-de-campo e cursos intensivos, a instituição é<br />

responsável, a cada dois anos, pelo treinamento de técnicos do Timor Leste (Ásia) e de<br />

países africanos de língua portuguesa (Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau,<br />

São Tomé e Príncipe), resultado de um acordo de cooperação técnica entre Brasil e<br />

Japão.<br />

Jornalista: Léa Cunha (DRT-BA 1633)<br />

<strong>Embrapa</strong> <strong>Mandioca</strong> e <strong>Fruticultura</strong> Tropical<br />

Telefone: (75) 3621-8076 Fax: (75) 3621-8092<br />

E-mail: leacunha@cnpmf.embrapa.br

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