Catálogo de Plan - CNCFlora - Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Catálogo de Plan - CNCFlora - Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Catálogo de Plan - CNCFlora - Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
48<br />
Amaranthaceae<br />
AMARANTHACEAE<br />
Luisa Ramos Senna & Josafá Carlos <strong>de</strong> Siqueira<br />
Ervas, arbustos ou subarbustos. Folhas simples, sésseis ou pedunculadas, lisas nas margens,<br />
inteiras ou fendidas e por vezes mucronadas no ápice. Flores pequenas, 3- ou 5-meras, monoclamí<strong>de</strong>as, monoclinas ou<br />
diclinas (plantas monóicas, dióicas ou ginodióicas) isostêmones; tépalas escariosas ou suculentas, livres ou fundidas na base<br />
ou mais raramente fundidas até a altura mediana; estames livres ou fundi<strong>do</strong>s em um tubo estaminal, eventualmente com<br />
projeções alternas aos filetes (pseu<strong>do</strong>-estaminódios), anteras com <strong>de</strong>iscência longitudinal, introrsa ou latrorsa; gineceu<br />
2- ou 3-carpelar, unilocular geralmente com 1 (eventualmente muitos) óvulo por lóculo.<br />
Amaranthaceae inclui 169 gêneros e 2.360 espécies e está amplamente distribuída em regiões temperadas e tropicais<br />
<strong>do</strong> globo (APG, 1998; Judd, 1999). São encontradas principalmente em ambientes ári<strong>do</strong>s, salinos, em áreas <strong>de</strong> restinga,<br />
no contato <strong>de</strong> vegetação com a praia ou em áreas antropizadas; poucas espécies são referidas para áreas <strong>de</strong> florestas ou<br />
ambientes montanhosos (Kuhn et al., 1993; Townsend, 1993). São referidas cerca <strong>de</strong> 100 espécies (Barroso, 1998) e 17<br />
gêneros no Brasil; esse número, no entanto, é subestima<strong>do</strong>. O gênero mais representativo no país é Gomphrena, com 47<br />
espécies (Siqueira, 1992; Pe<strong>de</strong>rsen, 2000), segui<strong>do</strong> por Alternanthera com 45 (Senna, da<strong>do</strong>s não publica<strong>do</strong>s) e Pffafia com<br />
20 (Marchioretto, Inéd.). São encontradas principalmente em áreas <strong>de</strong> caatinga, cerra<strong>do</strong> e campos rupestres. São apontadas<br />
17 espécies raras, mas revisões taxonômicas em gêneros como Alternanthera e mais estu<strong>do</strong>s florísticos para o Brasil<br />
po<strong>de</strong>rão indicar muitas outras espécies raras na família.<br />
Alternanthera <strong>de</strong>currens J.C.Siqueira<br />
Distribuição: MINAS GERAIS: Januária, Vale <strong>do</strong> <strong>Rio</strong><br />
Peruaçu (15º11’S, 44º09’W).<br />
Comentários: Subarbusto; caule <strong>de</strong>cumbente, levemente<br />
piloso. Folhas oblongo-lanceoladas, com até 11 cm <strong>de</strong><br />
comprimento, acuminadas no ápice, <strong>de</strong>correntes na base.<br />
(Siqueira, 2004)<br />
Alternanthera januarensis J.C.Siqueira<br />
Distribuição: MINAS GERAIS: Januária, Vale <strong>do</strong> <strong>Rio</strong><br />
Peruaçu (15º07’S, 44º34”W).<br />
Comentários: Erva com cerca <strong>de</strong> 50 cm <strong>de</strong> altura, com<br />
tricomas amarela<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>ndriformes. Inflorescências sésseis.<br />
Ocorre em mata ciliar. (Siqueira, 2004)<br />
Froelichiella grisea R.E.Fries<br />
Distribuição: GOIÁS: Alto Paraíso <strong>de</strong> Goiás, Parque<br />
Nacional da Chapada <strong>do</strong>s Vea<strong>de</strong>iros (13º58’S, 47º21’W).<br />
Comentários: Erva ereta, pouco ramificada. Folhas<br />
opostas, raramente con<strong>de</strong>nsadas na base <strong>do</strong>s ramos, cartáceas.<br />
Ocorre nos campos rupestres da Chapada <strong>do</strong>s Vea<strong>de</strong>iros.<br />
Floresce e frutifica entre setembro e novembro.<br />
(Marchioretto et al., 2002)<br />
Gomphrena centrota Holzh.<br />
Distribuição: MATO GROSSO DO SUL: Corumbá,<br />
Serra <strong>do</strong> Urucum (18º55’S, 56º43’W).<br />
Comentários: Subarbusto <strong>de</strong>cumbente e ramoso. Folhas<br />
subcoriáceas, fasciculadas a semi-amplexicaules. Ocorre<br />
em ambientes úmi<strong>do</strong>s e pedregosos. Encontrada com flores<br />
e frutos em abril e setembro. (Siqueira, 1992)<br />
Gomphrena chrestoi<strong>de</strong>s C.C.Towns.<br />
Distribuição: BAHIA: Mucugê (13º01’S, 41º22’W); Palmeiras<br />
(12º31’S, 41º33’W); Piatã (13º06’S, 41º55’W).<br />
Comentários: Erva com até 60 cm <strong>de</strong> altura; caule ereto,<br />
não ramifica<strong>do</strong>. Folhas crassas. Ocorre nos campos<br />
rupestres da Chapada Diamantina. Floresce e frutifica <strong>de</strong><br />
novembro a abril. (Siqueira, 1992; Senna, inéd.)<br />
Gomphrena hatschbachiana Pe<strong>de</strong>rsen<br />
Distribuição: BAHIA: Boquira (12º43’S, 42º35’W);<br />
Macaúbas, Serra Poções (12º54’S, 42º38’W).<br />
Comentários: Erva reptante, <strong>de</strong>nsamente piloso-ferrugínea.<br />
Folhas ovadas, mucronadas no ápice. Ocorre em<br />
campos rupestres. Floresce e frutifica entre janeiro e junho.<br />
(Pe<strong>de</strong>rsen, 2000; Senna, inéd.)