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Ihesse o versiculo 2 do capitulo v do Cüiztico cios Cülzticos - Ego rlon~iio, et cor rneuiiz vigilul, que o orador assim tracluziu: Aitrclu clepois de iirol-to o riiel~ comçüo está vigilurite. A traducão livre da perícope bíhlica era intencional- iiienie einhleinática. Todo o discurso constitui uin panegirico exaltante, de tom épico, do monarca que doou o seu coracão i cidade invicta, para que fosse sentinela vigilante, baluarte da liberdade e terror do despotismo. A partição da prédica é fixada em três pontos. destinados a denionstrar a adjectivação atribiiida a D. Pcdro IV: haver sido como principe grnlzcie, coiiio soldado maiol- e i~iüximo como liomem. Os referentes factuais escolliidos inscrevem-se niiina actuacão política ini- ciada no momento em que, no Brasil, ecoa a revolucão do I'orto de 24 de Agosto de 1820, revelando-se o príncipe contm os -áulicos insensatos.; apos- iados em sufocar o grito nacional que ele próprio havia assuniido coiiio por- tuguês e defensor da lilheniade. Dai não se llie afigurar contraditório o decreto de 24 de Fevereiro de 1821, quando D. João 111 embarca para o reino, e rain- héiii o de 26, pois, ao constituir-se chefe de um povo ainotinado, D. Pedro iiianteve em sossego a capital do Iiiipério. E, tomando siiniles clássicos e bíblicos, enlatiza o gesto do Iierói que na varanda do Teatro do Rio de Janeiro. outro Capitólio, se ergue como .novo Gedao a enfrentar portiigiieses'i. Se deixou o Brasil foi para colocar-se i frente da causa da liherdade da pátria, arrancando-a ao terror do despotisiiio: de colónia portuguesa tornou-a inetró- pele de Portligal. No gesto lravia o deseio de apagar a nódoa que fizera cair solxe a pátria liumilhada o ditador da Eiiropa, Napoleão, quando em Milão lavroii a sentença: .a casa de Bragança deixou de reinar,,I6. Estavam lancados assiin os ftindanientos para a revolução qne f;italniente havia de rebentar. Eis, para o orador. a razão por que D. Pedro foi gmnc/e. Se o grito da independência há anos se previa, antepô-la coiiio iiiiia lhaireira aos furores popiilares. Evitando a luta frdtricida, aií'orou-se em centro valorizador de todas as faccões, a fiin de salvar o Império e a Mie pátria: ,,Tudo acceitoii. e tiido repartio: deu ao pai o titulo d' Imperador, e ao Filho [D. Migiiell a coroa oifeitadaz," A contra-revolu~ão, que rebentou ein I'ernaiiiI>uco e, se vencesse, iiiergulharia o Brasil no "horroroso soivedouro da anarcliia,,, fora sus-
A I'IIEUAÇAO FÚNEBRE NA IGREJA DA LAPA tiáa pelo bra~o de Cochrane que, na metáfora emprcgiie, clecepou "a cabeça 2 hydra destruidora dos reinos e dos i~nperios"'~. O Brasil nÃo estava amadurecido para ser livre, reconhece, pois, sendo livre, "não sabia dar aprep aos bens da liherclude,,, o qiie tomava mais espi- nliosa a rareFa do príncipe". I>or outro lado, a morte de D. Joâo VI, eni 10 de hlarço de 1826. levou-o i outorga da Ccirtu Coialitiicional que, como cartista confesso, o p:idir Soledade Sillos classifica de .C»digo imortal.. e ver Iiiirieni. pp. 10~11 '- ihirieiii. p. 11.
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