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3.3. Fantasias<br />
O figurinista escolhido pela comissão <strong>de</strong> Carnaval <strong>de</strong>verá ser obrigado a realizar um sério<br />
trabalho <strong>de</strong> pesquisa em torno do enredo, procurando adaptar a execução dos figurinos aos<br />
anseios dos componentes da Portela.<br />
Se possível <strong>de</strong>verão ser recrutados auxiliares diretos do figurinista entre pessoas que pertençam á<br />
escola e que já tenham participado anteriormente <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong>sse gênero, capazes <strong>de</strong> refletir<br />
os gostos e <strong>de</strong>sejos dos portelenses.<br />
Para facilitar a fiel execução do figurino por parte das alas, será preparada uma fantasia mo<strong>de</strong>lo<br />
para cada ala, com indicação <strong>de</strong> tipos <strong>de</strong> tecido a serem usados, preços dos materiais e local on<strong>de</strong><br />
po<strong>de</strong>rão ser adquiridos.<br />
A comissão <strong>de</strong> Carnaval ficará encarregada da fiscalização direta da confecção por parte das<br />
alas.<br />
Deverá ser criado um grupo sob o comando <strong>de</strong> um representante da comissão <strong>de</strong> Carnaval, que<br />
disponha <strong>de</strong> amplos po<strong>de</strong>res para retirar da concentração pessoas estranhas à Portela vestindo<br />
fantasias não aprovadas pela comissão <strong>de</strong> Carnaval.<br />
Esse grupo teria autorida<strong>de</strong> para controlar também as alas que <strong>de</strong>sobe<strong>de</strong>çam ao critério <strong>de</strong><br />
redução.<br />
3.4. Alegorias<br />
É muito importante a escolha <strong>de</strong> um artista capaz <strong>de</strong> dar confecção leve, com material mo<strong>de</strong>rno,<br />
à concepção dos carros. O artista precisa estar integrado à escola, não criando isoladamente. E<br />
<strong>de</strong>ve também formar um grupo egresso da própria escola, que irá ajudá-lo e será aprimorado por<br />
ele.<br />
Os carros <strong>de</strong>vem contar o enredo e terão seu número <strong>de</strong>terminado <strong>de</strong> acordo com as reais<br />
necessida<strong>de</strong>s do mesmo. Também as alegorias <strong>de</strong> mão terão seu número reduzido apenas ao<br />
imprescindível à ilustração do enredo.<br />
Vale <strong>de</strong>ixar clara nossa posição: alegorias como fantasias só têm razão <strong>de</strong> ser enquanto arte<br />
popular.<br />
Como existe, por força <strong>de</strong> regulamento, o caráter <strong>de</strong> competição, a escola é obrigada a contratar<br />
artistas mas, <strong>de</strong>ve, <strong>de</strong>ntro do possível, limitar a criação <strong>de</strong>ssas pessoas ao âmbito da cultura<br />
popular, que caracteriza a escola <strong>de</strong> samba. E lutar para quer, no futuro, integrantes da escola<br />
reúnam condições <strong>de</strong> fazer, eles mesmos, as alegorias e fantasias.<br />
3.5. <strong>Samba</strong> enredo<br />
É preciso urgentemente rever os conceitos criados a partir da idéia <strong>de</strong> que o samba curto é o mais<br />
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