DISCURSO DO PARANINFO - Clínica Prof. Antonio Carlos Lopes
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Palavras que revivem agora, por vossa causa. Vossa grande bondade<br />
manifesta-se em exagerado agradecimento. Mas, os vossos sentimentos e os vossos<br />
prop¢sitos sÆo puros e nobres. E muito contribuem para ir-se firmando e<br />
fortalecendo o esp¡rito desta Escola tÆo nova, mas de futuro tÆo promissor, na<br />
qual h tÆo pouco tempo, lutam os mestres, os alunos, os funcion rios, o<br />
governo.<br />
Em nossa carreira, palp veis j sÆo as realiza‡äes.<br />
Sob a ‚gide da Funda‡Æo Lus¡ada, a Faculdade de Ciˆncias M‚dicas de Santos<br />
enriqueceu-se com o Hospital Guilherme µlvaro, da Secretaria de Sa£de do Estado<br />
de SÆo Paulo. Neste hospital conseguimos instalar a Maternidade com 36 leitos.<br />
E, neste, o Servi‡o Pr‚-Natal se encontra em franca atividade, registrando cerca<br />
de oitenta consultas por dia. A Enfermaria de Patologia M‚dica na Gravidez<br />
abriga gestantes com intercorrˆncias cl¡nicas, que, mais do que nunca, exigem<br />
assistˆncia toda especial, dentro do conceito das chamadas gesta‡äes de alto<br />
risco. No Centro Obst‚trico, as parturientes recebem toda a assistˆncia<br />
requerida, quer no parto normal, quer no parto operat¢rio, com a rigorosa<br />
observƒncia dos padräes da obstetr¡cia cl ssica; a¡ sÆo os alunos encaminhados<br />
para a saud vel fuga … triste era epidˆmica das ces reas. A¡ sÆo os jovens<br />
orientados no caminho da b“a obstetr¡cia.<br />
A Maternidade vem possibilitando aos alunos do 4o e 5o anos o aprendizado<br />
intenso da pr tica obst‚trica. E, quando finalmente se libertarem das muletas,<br />
que lhes sÆo impostas pelo estudo fora da Escola, os alunos do 6o ano, bem como<br />
os residentes, encontrarÆo … sua espera essa admir vel c‚lula de ensino<br />
tocol¢gico.<br />
Com a valiosa colabora‡Æo e o acompanhemanto dos chefes de equipe, a<br />
Maternidade vem cumprindo com elevado esp¡rito cient¡fico ‚tico o seu grande<br />
papel na Faculdade de Ciˆncias M‚dicas de Santos. E h de, com a Escola, crescer<br />
e prosperar. Porque o Brasil est precisando muito desse crescimento e dessa<br />
prosperidade, como j uma vez dissemos: temos muito o que fazer para ampliar a<br />
distribui‡Æo dos benef¡cios da ciˆncia m‚dica e oferecer, em todos os cantos de<br />
nosso pa¡s, a orienta‡Æo dos exames pr‚-natais e da assistˆncia ao parto e ao<br />
puerp‚rio. A mortalidade infantil e materna, as toxicoses, as infec‡äes, as<br />
sequelas do parto, as marcas da anoxia e dos traumatismos, tudo isso a¡ est<br />
para alertar-nos em nossa luta. Os exames peri¢dicos, a orienta‡Æo higiˆnica e<br />
diet‚tica, a profilaxia de um grande n£mero de enfermidades das gestantes,<br />
algumas com s‚rias repercussäes sobre o feto, tudo isso reveste a Obstetr¡cia de<br />
um valor incalcul vel no ƒmbito m‚dico e social.<br />
Meus afilhados:<br />
Se juntos alguma coisa j fizemos aqui, nÆo ‚ pouco o que ainda temos a<br />
fazer. Agora, ainda mais vos pesa sobre os ombros, porque sois m‚dicos, enorme<br />
responsabilidade.<br />
Mas, atentai bem para estas palavras que muito a prop¢sito desejo repetir:<br />
ao m‚dico nÆo ‚ dado ser um profissional qualquer. o vosso “nus severo e<br />
imperdo ve3l.<br />
Digam o que disserem. Falem em injusti‡as, nos abusos de errada<br />
socializa‡Æo da medicina, em desprest¡gio da classe, seja o que for. Nada exime<br />
o m‚dico de sua tremenda responsabilidade.<br />
O trabalho do m‚dico - e a¡ est a sua peculiaridade gritante - envolve a<br />
sa£de e a vida, os bens mais preciosos do homem.