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Prezado(a) Professor(a): Nesses mais de 39 anos ... - Global Editora

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ALUÍSIO AZEVEDO<br />

Seleção e prefácio <strong>de</strong><br />

Ubiratan Machado<br />

Aluísio Azevedo (1857 ‑1913)<br />

Natural <strong>de</strong> São Luís, MA<br />

1 a edição – 200 páginas<br />

ISBN 978 ‑85 ‑260 ‑1278 ‑3<br />

Consi<strong>de</strong>rado a figura máxima do romance naturalista,<br />

no Brasil, Aluísio Azevedo <strong>de</strong>ixou também uma série <strong>de</strong><br />

contos, <strong>de</strong> excelente qualida<strong>de</strong> literária, envolventes e for‑<br />

tes, que transmitem ao leitor a mesma sensação <strong>de</strong> vida<br />

que palpita em seus romances.<br />

Sem a estrita preocupação <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> ao cânon na‑<br />

turalista, que caracterizava o romancista, as histórias curtas<br />

<strong>de</strong> Aluísio revelam um escritor <strong>de</strong> humor irreverente, por<br />

vezes lírico, com uma vaga nostalgia da juventu<strong>de</strong>, preocu‑<br />

pado com a passagem do tempo e a fugacida<strong>de</strong> da vida,<br />

menos pessimista do que em seus romances, mas sem se<br />

afastar da atitu<strong>de</strong> crítica e <strong>de</strong> combate que sempre man‑<br />

teve em relação à sua terra, em particular, e à socieda<strong>de</strong>,<br />

em geral.<br />

Crítico e combativo, duro e cruel algumas vezes, ou‑<br />

tras prestes a se comover, sentimento logo afastado com<br />

um piparote ou uma ironia, nunca ingênuo, o contista<br />

aborda temas e motivos variados: vai do fantástico a situa‑<br />

ções típicas do naturalismo, incluindo páginas <strong>de</strong> reminis‑<br />

cências em forma <strong>de</strong> ficção.<br />

Os críticos se divi<strong>de</strong>m na escolha do melhor trabalho:<br />

“O ma<strong>de</strong>ireiro”, em que o autor se <strong>de</strong>licia com as manhas<br />

e as astúcias femininas; o contun<strong>de</strong>nte “Heranças”, retrato<br />

<strong>de</strong> um conflito <strong>de</strong> gerações; o angustiante “A serpente”; a<br />

avassaladora paixão pelo jogo abordada em “Último<br />

lance”; “Fora <strong>de</strong> horas”, uma reivindicação do simples e<br />

humano direito <strong>de</strong> amar, e quinze outros trabalhos, nos<br />

quais se resumiu a obra <strong>de</strong> contista <strong>de</strong> Aluísio.<br />

Todos esses vinte contos, reunidos em dois volumes,<br />

intitulados Demônios e Pégadas, foram incluídos no vo‑<br />

lume <strong>de</strong> Melhores contos Aluísio Azevedo, que, <strong>de</strong>ssa<br />

forma, não apresenta apenas os melhores trabalhos do es‑<br />

critor, mas sua obra completa no gênero.<br />

M e l h o r e s C o n t o s<br />

ANÍBAL MACHADO<br />

Seleção e prefácio <strong>de</strong><br />

Antonio Dimas<br />

Aníbal Machado (1894 ‑1964)<br />

Natural <strong>de</strong> Sabará, MG<br />

7 a edição – 224 páginas<br />

ISBN 85 ‑260 ‑0059 ‑4<br />

Durante muitos <strong>anos</strong> Aníbal Machado foi o escritor<br />

inédito <strong>mais</strong> conceituado do Brasil. Publicava na imprensa<br />

alguns ensaios, trechos do famosíssimo João Ternura e con‑<br />

tos dispersos que, sem a unida<strong>de</strong> em volume, impediam<br />

uma avaliação global do escritor. Apesar do ineditismo,<br />

exercia imensa influência nos meios literários cariocas, um<br />

papel semelhante ao <strong>de</strong>sempenhado por Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong><br />

em São Paulo. Sua casa <strong>de</strong> Ipanema era ponto <strong>de</strong> reunião<br />

<strong>de</strong> escritores, jornalistas, sambistas. Mas o livro sempre<br />

aguardado ia ficando para as calendas gregas. Com a pu‑<br />

blicação, afinal, <strong>de</strong> Vila feliz, em 1944, o público leitor <strong>de</strong>s‑<br />

cobriu que estava diante <strong>de</strong> um dos maiores contistas<br />

brasileiros <strong>de</strong> todos os tempos. O volume reunia apenas<br />

cinco contos (classificados como novelas) <strong>de</strong> excepcional<br />

qualida<strong>de</strong>, elaborados e reelaborados ao longo <strong>de</strong> muitos<br />

<strong>anos</strong>, numa ânsia permanente <strong>de</strong> perfeição. Em verda<strong>de</strong>, o<br />

livro já nascia clássico, com pelo menos duas obras ‑primas,<br />

“Tati, a garota” e “A morte da porta ‑estandarte”. Quinze<br />

<strong>anos</strong> <strong>de</strong>pois, nas Histórias reunidas, Aníbal acrescentava à<br />

lista <strong>de</strong> suas obras ‑primas <strong>mais</strong> dois trabalhos, “O Iniciado<br />

do vento” e “Viagem aos seios <strong>de</strong> Duília”. Os <strong>de</strong><strong>mais</strong>, se<br />

não chegam a tanto, são, porém, inesquecíveis. Quem se es‑<br />

quecerá da pequena epopeia doméstica contada em “O<br />

piano” ou <strong>de</strong> “O <strong>de</strong>funto inaugural”, cujo enterro é quase<br />

uma festa? Dessa forma, sua obra completa <strong>de</strong> contista,<br />

trabalhada ao longo <strong>de</strong> <strong>mais</strong> <strong>de</strong> 30 <strong>anos</strong>, resume ‑se a<br />

doze trabalhos, soldados entre si por uma atmosfera muito<br />

peculiar, entre concreto e imaginário, realida<strong>de</strong> e sonho,<br />

meio surrealista, meio fantástico, mas sem ja<strong>mais</strong> per<strong>de</strong>r a<br />

coerência psicológica. A análise psicológica dos persona‑<br />

gens, aliás, é penetrante, mas sem cruelda<strong>de</strong>, antes com<br />

simpatia, ternura, pieda<strong>de</strong> por suas fragilida<strong>de</strong>s, tudo ame‑<br />

nizado por uma intensa carga <strong>de</strong> poesia.<br />

M e l h o r e s C o n t o s<br />

5

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