17.04.2013 Views

narrativa sobre o "et de varginha" - UninCor

narrativa sobre o "et de varginha" - UninCor

narrativa sobre o "et de varginha" - UninCor

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Conforme Asimov (1984, p. 130) no inicio do século XX, mais especificamente<br />

nas décadas <strong>de</strong> 20 e 30, as histórias <strong>de</strong> ficção cientifica já tratavam <strong>de</strong> temas relevantes<br />

na época como: energia atômica, superpopulação, televisão, computadores, <strong>de</strong>ntre<br />

outros. O próprio surgimento do termo ficção científica está ligado à produção <strong>de</strong><br />

revistas <strong>de</strong> conteúdos fantásticos e futuristas que fascinavam a juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta época.<br />

Na década <strong>de</strong> 40 do século passado surgiu uma geração <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s escritores do<br />

gênero como o próprio Isaac Asimov, Robert Heinlein, E. Van Vogt, <strong>de</strong>ntre outros. As<br />

histórias <strong>de</strong> ficção científica eram publicadas em revistas <strong>de</strong> brochuras feitas com papel<br />

barato. O cenário <strong>de</strong>stas histórias eram plan<strong>et</strong>as exóticos e raças alienígenas. Estas<br />

histórias narravam aventuras intergalácticas e exploravam o imaginário das invenções<br />

científicas da época. É preciso registrar, que, embora estas histórias montassem seus<br />

cenários em plan<strong>et</strong>as distantes, os temas se referiam sempre ao aqui e agora.<br />

A explosão da bomba atômica, em 1945, é o marco que revela a importância da<br />

ficção científica e lhe confere credibilida<strong>de</strong> tanto na crítica, como no público em geral.<br />

Asimov assim se refere a ele:<br />

36<br />

o primeiro indício claro <strong>de</strong> que as pessoas que liam e escreviam ficção<br />

científica viviam num mundo real e <strong>de</strong> que todas as <strong>de</strong>mais viviam nos<br />

domínios da fantasia, ocorreu no dia 06 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1945, quando o<br />

mundo ficou sabendo que explodira uma bomba atômica em<br />

Hiroshima (ASIMOV, 1984, p. 146).<br />

Foi a explosão da bomba atômica que <strong>de</strong>u maior credibilida<strong>de</strong> ao gênero, mas,<br />

também provocou a sua mudança. A explosão da bomba, este artefato da tecnologia<br />

bélica, aumentou a <strong>de</strong>silusão das pessoas com o progresso, pois ficava claro que os<br />

avanços científicos não necessariamente serviriam para o bem da humanida<strong>de</strong>, muito<br />

pelo contrário, po<strong>de</strong>riam produzir mais violência e <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s como se vinha<br />

assistindo, primeiro foi o caso do uso bélico do avião; <strong>de</strong>pois, da guerra bacteriológica<br />

(durante a I Guerra); e agora a bomba atômica. Como explica Asimov:<br />

E a ciência, a gran<strong>de</strong> força que <strong>de</strong>veria conduzir toda a humanida<strong>de</strong> à<br />

utopia, era capaz, nas guerras, <strong>de</strong> horrores nunca vistos, sob a forma<br />

<strong>de</strong> explosivos po<strong>de</strong>rosos, bombar<strong>de</strong>ios provindos do ar e, mais terrível<br />

que tudo, gases venenosos (ASIMOV, 1984, p.127).<br />

Esta <strong>de</strong>silusão se refl<strong>et</strong>iu mais claramente nos movimentos <strong>de</strong> contracultura, como<br />

aconteceu em Berkeley e em Paris, em maio <strong>de</strong> 1968. E foram estes movimentos <strong>de</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!