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Avaliaçâo e aplicaçâo dos resultados de Jar-test - BVSDE

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22º Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Engenharia Sanitária e Ambiental<br />

14 a 19 <strong>de</strong> Setembro 2003 - Joinville - Santa Catarina<br />

I-186 - AVALIAÇÃO E APLICAÇÃO DOS RESULTADOS DE JAR-TEST NO<br />

MÓDULO DECANTO FLOCULADOR DE ALTA TAXA<br />

Tarso Luís Cavazzana(1)<br />

Graduando em Engenharia Civil pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia da UNESP – Campus <strong>de</strong><br />

Ilha Solteira<br />

Tsunao Matsumoto<br />

Engenheiro Civil<br />

Mestre e Doutor em Hidráulica e Saneamento<br />

Professor Assistente Doutor do Departamento <strong>de</strong> Engenharia Civil da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Engenharia da UNESP – Campus <strong>de</strong> Ilha Solteira<br />

En<strong>de</strong>reço(1): UNESP - Campus <strong>de</strong> Ilha Solteira - Departamento <strong>de</strong> Engenharia Civil -<br />

Alameda Bahia, 550 – CEP 15385-000 - Ilha Solteira - SP - Brasil - Fone/Fax: (18) 3743-<br />

1125 - e-mail: tatarso@ig.com.br.<br />

RESUMO<br />

O presente trabalho <strong>de</strong> investigação avaliou em <strong>Jar</strong>-Test, com posterior aplicação em<br />

floculador <strong>de</strong> manta <strong>de</strong> lodo seguido <strong>de</strong> <strong>de</strong>cantador <strong>de</strong> alta taxa, à diferentes taxas <strong>de</strong><br />

filtração e diferentes polieletrólitos, o tratamento <strong>de</strong> água bruta - preparada em laboratório -<br />

para fins <strong>de</strong> abastecimento.<br />

De experiências realizadas, comparando-se a eficiência <strong>de</strong> remoção <strong>de</strong> turbi<strong>de</strong>z em<br />

diferentes taxas <strong>de</strong> filtração, aplicadas à floculação hidráulica <strong>de</strong> manta <strong>de</strong> lodo associada a<br />

<strong>de</strong>cantador <strong>de</strong> alta taxa, tinha-se a indicação do aumento da taxa <strong>de</strong> aplicação no <strong>de</strong>cantador<br />

possibilitada pelo floculador <strong>de</strong> manta <strong>de</strong> lodo que, com sua forma <strong>de</strong> tronco <strong>de</strong> pirâmi<strong>de</strong><br />

invertido <strong>de</strong> fluxo ascen<strong>de</strong>nte, preserva um equilíbrio da manta formada <strong>de</strong>ixando os flocos<br />

maiores e mais pesa<strong>dos</strong> sempre na parte inferior (da manta) e os menores na superior.


Dessa forma, essa manta comporta-se como um meio filtrante, facilitando o contato e a<br />

posterior adsorção <strong>dos</strong> colói<strong>de</strong>s pelo polieletrólito utilizado.<br />

Como alguns resulta<strong>dos</strong> já obti<strong>dos</strong> haviam <strong>de</strong>monstrado boa redução em termos <strong>de</strong> turbi<strong>de</strong>z<br />

para a água <strong>de</strong>cantada no sistema utilizado, à taxas <strong>de</strong> aplicação até 120 m3/m2/dia no filtro<br />

(GUILHERME, 2001), quando comparado ao floculador hidráulico <strong>de</strong> chicanas verticais,<br />

fez-se nesse trabalho, a verificação do comportamento do aparato experimental para as<br />

taxas maiores <strong>de</strong> 160, 200 e 240 m3/m2/dia no filtro.<br />

Assim, a estação <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> água experimental apresentou um bom potencial <strong>de</strong><br />

rendimento em termos <strong>de</strong> água tratada por espaço ocupado, já que possibilita o aumento das<br />

carreiras <strong>de</strong> filtração em função da boa qualida<strong>de</strong> da água <strong>de</strong>cantada, o que representa<br />

vantagens <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m econômica e ambiental. Os resulta<strong>dos</strong> colhi<strong>dos</strong> até o momento -<br />

carreira <strong>de</strong> filtração <strong>de</strong> 24h - comprovam esse potencial <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> espaço.<br />

Palavras-chave: tratamento, manta <strong>de</strong> lodo, polieletrólito, rendimento, ambiental.<br />

INTRODUÇÃO<br />

As Estações <strong>de</strong> Tratamento <strong>de</strong> Água (E.T.A.) tradicionais precisam ser, otimizadas e<br />

atualizadas. Otimizadas por ainda apresentarem gran<strong>de</strong>s espaços ocupa<strong>dos</strong>, e atualizadas<br />

por ainda não terem um sistema <strong>de</strong> <strong>dos</strong>agem <strong>de</strong> coagulante automatizado, o que diminuiria<br />

<strong>de</strong>sperdícios <strong>de</strong> produtos químicos e <strong>de</strong> água aduzida no processo.<br />

Essas características conferem à E.T.A. maiores custos <strong>de</strong> operação e prazos <strong>de</strong><br />

amortização po<strong>de</strong>ndo, <strong>de</strong>ssa forma, inviabilizar economicamente a implantação <strong>de</strong>ssa<br />

importante infraestrutura, ou ainda, impedir aplicações <strong>de</strong> recursos para outros<br />

investimentos em uma comunida<strong>de</strong>.<br />

Sob esses aspectos, o sistema <strong>de</strong> floculador hidráulico <strong>de</strong> manta <strong>de</strong> lodo associado a<br />

<strong>de</strong>cantador <strong>de</strong> alta taxa diminuiria o espaço ocupado em relação à quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água<br />

tratada por período <strong>de</strong> tempo, tornando a E.T.A. compacta - questão <strong>de</strong> otimização -<br />

diminuindo o custo <strong>de</strong> aquisição da área e <strong>de</strong> operação. Os ensaios <strong>de</strong> <strong>Jar</strong>-Test<br />

<strong>de</strong>terminariam as <strong>dos</strong>agens <strong>de</strong> coagulante e, dispositivos semi-automáticos controlariam sua<br />

aplicação - questão <strong>de</strong> atualização.<br />

Com a redução <strong>de</strong> espaço para a potabilização da água, abre a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incorporarse<br />

às estações dispositivos para a recuperar águas <strong>de</strong> lavagem <strong>de</strong> filtro e unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sidratação e análise do lodo retirado, o que certamente irá reduzir o impacto ambiental<br />

causado pela E.T.A. tradicional, por permitir direcionar o <strong>de</strong>trito retirado à alguma<br />

aplicação prática.<br />

Quanto ao tipo <strong>de</strong> coagulante, uns <strong>dos</strong> insumos mais utiliza<strong>dos</strong> na E.T.A., <strong>de</strong>ve também ser<br />

mais estudado, principalmente em vista da população a ser atendida. Isso se faz pertinente<br />

uma vez que certos coagulantes tradicionais (por exemplo: Sulfato <strong>de</strong> Alumínio granulado)


po<strong>de</strong>m causar afecção neurológica se aplica<strong>dos</strong> incorretamente. Por esse fato, os<br />

coagulantes utiliza<strong>dos</strong> para <strong>test</strong>es do presente trabalho foram polieletrólitos<br />

industrializa<strong>dos</strong>, por ter melhor controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

Os resulta<strong>dos</strong> no Módulo Experimental apresentaram-se bons (em torno <strong>de</strong> 4 UT na saída<br />

do <strong>de</strong>cantador) para as taxas <strong>de</strong> 160, 200 e 240 m3/m2/dia e, conforme comentários quanto<br />

aos aspectos observa<strong>dos</strong> e potencialida<strong>de</strong>s do sistema utilizado, fez-se pertinente a sua<br />

aplicação.<br />

OBJETIVOS<br />

Os principais objetivos constantes do trabalho foram:<br />

<strong>Jar</strong>-Tests para <strong>de</strong>terminar o melhor polímero e a melhor <strong>dos</strong>agem (em cada taxa e turbi<strong>de</strong>z),<br />

para <strong>test</strong>es no módulo floculador <strong>de</strong> manta <strong>de</strong> lodo seguido <strong>de</strong> <strong>de</strong>cantador <strong>de</strong> alta taxa.<br />

Avaliação da eficiência do tratamento <strong>de</strong> água com o Módulo Experimental para taxas <strong>de</strong><br />

160, 200 e 240 m3/m2/dia;<br />

METODOLOGIA UTILIZADA<br />

Com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> resulta<strong>dos</strong> em ensaios <strong>Jar</strong>-Test, fez-se necessário o<br />

levantamento <strong>dos</strong> parâmetros hidráulicos, basicamente gradientes <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>, e tempos<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção para cada etapa do tratamento, na or<strong>de</strong>m: mistura rápida, floculação e<br />

<strong>de</strong>cantação. Isso foi feito <strong>de</strong>senvolvendo-se a equação (1), como segue:<br />

(1)<br />

on<strong>de</strong>:<br />

G: gradiente <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> (s-1);<br />

P: potência introduzida no sistema (W);<br />

m : viscosida<strong>de</strong> dinâmica da água (10-3 Pa.s);<br />

V: Volume (m3).<br />

Substituindo-se a potência, levando-se em consi<strong>de</strong>ração o coeficiente <strong>de</strong> resistivida<strong>de</strong><br />

apresentado por DI BERNARDO (1993) e, o colocado por VIANNA (1992), quanto à<br />

relação <strong>de</strong> espaçamento e altura <strong>de</strong> encontro <strong>de</strong> jatos sucessivos, chega-se à equação (2):<br />

(2)


on<strong>de</strong>:<br />

g: gravida<strong>de</strong>, m/s2;<br />

Q: vazão <strong>de</strong> ensaio, m3/s;<br />

n : viscosida<strong>de</strong> cinemática da água, 10-6 m2/s;<br />

A: área da seção em que se quer <strong>de</strong>terminar o gradiente, m2;<br />

Lf: espessura do meio filtrante, m;<br />

kr: coeficiente <strong>de</strong> resistivida<strong>de</strong>, s/m.<br />

Assim, discretizando-se o módulo em três partes - início, meio e fim - tornou-se possível o<br />

cálculo <strong>dos</strong> gradientes médios para cada taxa <strong>de</strong> aplicação. E consi<strong>de</strong>rando-se o gradiente<br />

do meio igual à soma <strong>dos</strong> gradientes inicial e final dividido por três (a peça é piramidal),<br />

tem-se que o gradiente para <strong>Jar</strong>-Test (Gmédio) é uma pon<strong>de</strong>ração <strong>dos</strong> gradientes pelas<br />

respectivas alturas, conforme a equação (3):<br />

(3)<br />

on<strong>de</strong>:<br />

h: altura do floculador menos h’, m;<br />

h’ altura <strong>de</strong> encontro do jato <strong>de</strong> entrada com as pare<strong>de</strong>s do floculador, m;<br />

hp+d a altura do prolongador mais <strong>de</strong>cantador, m;<br />

Gmédio, o gradiente médio para o floculador, s-1.<br />

Os tempos <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção <strong>de</strong> cada etapa foram obti<strong>dos</strong> conforme seus volumes e a taxa <strong>de</strong><br />

aplicação no filtro (vazão).<br />

Em seguida, foram feitos ensaios <strong>de</strong> <strong>Jar</strong>-Test e <strong>de</strong> aplicação no módulo, como <strong>de</strong>scrito na<br />

seqüência:<br />

JAR-TEST<br />

Foram realiza<strong>dos</strong> ensaios <strong>de</strong> <strong>Jar</strong>-Test nas turbi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> 10, 30 e 100 UT para três diferentes<br />

polieletrólitos (coagulantes) - nas taxas <strong>de</strong> 160, 200 e 240 m3/m2/dia <strong>de</strong> filtração<br />

equivalentes no Módulo Experimental, sendo possível, junto aos resulta<strong>dos</strong>, <strong>de</strong>terminar o<br />

melhor polieletrólito, em cada par, taxa - turbi<strong>de</strong>z, para <strong>test</strong>es no módulo <strong>de</strong>canto floculador<br />

<strong>de</strong> manta <strong>de</strong> lodo.


O critério <strong>de</strong> escolha entre os polímeros <strong>test</strong>a<strong>dos</strong> era a turbi<strong>de</strong>z final no <strong>Jar</strong> Test, limitada à<br />

2 UT, em conjunto com a <strong>dos</strong>agem (quanto menor a <strong>dos</strong>agem para um mesmo nível <strong>de</strong><br />

turbi<strong>de</strong>z, melhor). Esse critério é mais bem explicado no item: "RESULTADOS<br />

OBTIDOS", no qual são compara<strong>dos</strong> dois resulta<strong>dos</strong> <strong>de</strong> igual característica <strong>de</strong> ensaio para<br />

polímeros diferentes.<br />

TESTE NO MÓDULO<br />

Para a realização <strong>de</strong>sses <strong>test</strong>es fazia-se uma relação entre a <strong>dos</strong>agem obtida no <strong>Jar</strong>-Test para<br />

2L <strong>de</strong> água bruta preparada em laboratório, e a vazão correspon<strong>de</strong>nte à taxa <strong>de</strong> aplicação<br />

(160, 200, 240 m3/m2/dia.) do ensaio.<br />

Por fim, pu<strong>de</strong>ram ser compara<strong>dos</strong> os resulta<strong>dos</strong> do módulo com os do <strong>Jar</strong>-Test e também<br />

com os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> por MATSUMOTO & GUILHERME, 2000, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

avaliação da eficiência do módulo para as novas taxas <strong>de</strong> aplicação (equivalentes no filtro)<br />

<strong>de</strong> 160, 200 e 240 m3/m2/dia.<br />

RESULTADOS OBTIDOS<br />

Os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> para realização <strong>de</strong> <strong>Jar</strong>-Test estão apresenta<strong>dos</strong> nas Tabelas 1 e 2. Para<br />

os resulta<strong>dos</strong> da Tabela 1, o produto foi consi<strong>de</strong>rado constante igual à 0,15 s <strong>de</strong> acordo<br />

com a geometria do floculador.<br />

TABELA 1: Estimativa <strong>dos</strong> gradientes médios no floculador em função da taxa <strong>de</strong> filtração.<br />

Taxa <strong>de</strong> filtração<br />

160 m3/m2/dia<br />

200 m3/m2/dia<br />

240 m3/m2/dia<br />

Gmédio (s-1)<br />

33<br />

41<br />

50<br />

Os tempos <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção hidráulico da Tabela 2 foram obti<strong>dos</strong> a partir <strong>dos</strong> volumes <strong>de</strong> cada<br />

etapa do tratamento e das taxas <strong>de</strong> aplicação (vazões) correspon<strong>de</strong>ntes.<br />

TABELA 2: Tempos <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção no modulo experimental.


Taxa <strong>de</strong> filtração<br />

160 m3/m2/dia<br />

200 m3/m2/dia<br />

240 m3/m2/dia<br />

Mistura rápida*<br />

7,5 s<br />

6 s<br />

5 s<br />

Floculador<br />

6,5 min.<br />

5 min.<br />

4 min.<br />

Decantador<br />

20 min.<br />

15 min.<br />

10 min.<br />

*A mistura rápida possui gradiente 600 s-1.<br />

Apresenta-se na Tabela 03 abaixo os resulta<strong>dos</strong> colhi<strong>dos</strong> nos <strong>Jar</strong>-Test:<br />

TABELA 03: Indicação, conforme <strong>Jar</strong> Test, do polieletrólito a ser <strong>test</strong>ado em cada situação.<br />

Taxa<br />

(m3/m2.dia)<br />

Turbi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> ensaio (UT)<br />

Polieletrólito


Melhor <strong>dos</strong>agem (mg/L)<br />

Turbi<strong>de</strong>z da água <strong>de</strong>cantada (UT)<br />

Polieletrólito a ser <strong>test</strong>ado<br />

160<br />

10<br />

A<br />

7,5<br />

3,1<br />

160<br />

10<br />

B<br />

2,5<br />

6,6<br />

160<br />

10<br />

C<br />

17,5<br />

1,3<br />

X<br />

200<br />

10<br />

A<br />

2,5


6,3<br />

200<br />

10<br />

B<br />

5,0<br />

7,0<br />

200<br />

10<br />

C<br />

30,0<br />

2,0<br />

X<br />

240<br />

10<br />

A<br />

2,5<br />

7,3<br />

240<br />

10<br />

B<br />

22,5<br />

8,1<br />

240<br />

10


C<br />

30,0<br />

1,5<br />

X<br />

160<br />

30<br />

A<br />

50,0<br />

2,0<br />

160<br />

30<br />

B<br />

15,0<br />

14,5<br />

160<br />

30<br />

C<br />

15,0<br />

2,0<br />

X<br />

200<br />

30<br />

A


10,0<br />

15,3<br />

200<br />

30<br />

B<br />

12,5<br />

14,3<br />

200<br />

30<br />

C<br />

27,5<br />

1,9<br />

X<br />

240<br />

30<br />

A<br />

12,5<br />

14,0<br />

240<br />

30<br />

B<br />

30,0<br />

14,8<br />

240


30<br />

C<br />

27,5<br />

1,6<br />

X<br />

160<br />

100<br />

A<br />

55,0<br />

2,0<br />

160<br />

100<br />

B<br />

15,0<br />

49,1<br />

160<br />

100<br />

C<br />

22,5<br />

2,0<br />

X<br />

200<br />

100


A<br />

50,0<br />

2,1<br />

200<br />

100<br />

B<br />

60,0<br />

38,4<br />

200<br />

100<br />

C<br />

40,0<br />

1,5<br />

X<br />

240<br />

100<br />

A<br />

60,0<br />

2,0<br />

240<br />

100<br />

B<br />

40,0


43,5<br />

240<br />

100<br />

C<br />

45,0<br />

1,9<br />

X<br />

200<br />

30<br />

E<br />

37,5<br />

2,0<br />

200<br />

30<br />

F<br />

2,5<br />

9,1<br />

240<br />

30<br />

F


37,5<br />

13<br />

240<br />

30<br />

E<br />

50,0<br />

2,3<br />

240<br />

30<br />

D<br />

50,0<br />

2,1<br />

TABELA 04: Vazão <strong>de</strong> solução <strong>de</strong> polieletrólito para os ensaios no módulo<br />

Taxa<br />

(m3/m2.dia)<br />

Turbi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> ensaio (UT)<br />

Polieletrólito<br />

Melhor <strong>dos</strong>agem (mg/L)<br />

Vazão


(mL/s)<br />

160<br />

10<br />

C<br />

17,5<br />

0,20<br />

160<br />

30<br />

C<br />

15,0<br />

0,17<br />

160<br />

100<br />

C<br />

22,5<br />

0,26<br />

200<br />

10<br />

C<br />

30,0<br />

0,44<br />

200<br />

30<br />

C


27,5<br />

0,40<br />

200<br />

100<br />

C<br />

40,0<br />

0,58<br />

240<br />

10<br />

C<br />

30,0<br />

0,52<br />

240<br />

30<br />

C<br />

27,5<br />

0,48<br />

240<br />

100<br />

C<br />

45,0<br />

0,79


Para a realização <strong>dos</strong> <strong>test</strong>es no Módulo Experimental foi necessário obter-se a vazão da<br />

solução do polímero a ser <strong>test</strong>ado em cada taxa <strong>de</strong> aplicação e turbi<strong>de</strong>z, conforme o<br />

apresentado anteriormente em "TESTE NO MÓDULO". A Tabela 04 mostra essas vazões.<br />

A seguir estão os resulta<strong>dos</strong> <strong>de</strong> <strong>Jar</strong>-Test para os polieletrólitos A e C na turbi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> 30 UT e<br />

taxa <strong>de</strong> 200 m3/m2/dia. E, consi<strong>de</strong>rando-se como aceitável turbi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> 2 UT na saída do<br />

<strong>de</strong>cantador, tem-se a maior eficiência <strong>de</strong> C em relação à A, pois, apesar <strong>de</strong>ste possuir<br />

melhor <strong>dos</strong>agem (10 mg/L) menor que a <strong>de</strong> C (27,5 mg/L) para a menor turbi<strong>de</strong>z ao final<br />

do <strong>test</strong>e, possui água <strong>de</strong>cantada com turbi<strong>de</strong>z superior à aceitável (2 UT), indicando, <strong>de</strong>ssa<br />

forma, o polímero C para <strong>test</strong>e no Módulo Experimental. Isso fica mais evi<strong>de</strong>nte<br />

observando as curvas das Figuras 01 e 02 para os respectivos polímeros, como segue:<br />

Figura 01: Resulta<strong>dos</strong> do polímero A em <strong>Jar</strong>-Test.<br />

Figura 02: Resulta<strong>dos</strong> do polímero C em <strong>Jar</strong>-Test.<br />

DISCUSSÕES ECOMENTÁRIOS<br />

Um fato interessante a ser analisado são os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> no Módulo Experimental a<br />

partir <strong>dos</strong> ensaios <strong>de</strong> <strong>Jar</strong>-Test apresenta<strong>dos</strong> anteriormente, para o polímero C, conforme<br />

Figuras 03 e 04.<br />

Figura 03: Resulta<strong>dos</strong> do Módulo Experimental - Polímero C, taxa <strong>de</strong> 200 e 30 UT.<br />

Figura 04: Resulta<strong>dos</strong> da manta no Módulo Experimental - Polímero C, taxa <strong>de</strong> 200 e 30<br />

UT.<br />

Quando da aplicação no Módulo Experimental, po<strong>de</strong>-se observar que os resulta<strong>dos</strong> só<br />

melhoraram, ficando mais em acordo com o do <strong>test</strong>e preliminar, após o início da formação<br />

<strong>de</strong> uma manta <strong>de</strong> aproximadamente 50 cm, com 2 h <strong>de</strong> ensaio. Já o filtro satisfez o esperado<br />

(turbi<strong>de</strong>z menor que 0,1 UT) até o fim do <strong>test</strong>e. Assim, as melhores <strong>dos</strong>agens obtidas nos


ensaios <strong>Jar</strong>-Test foram provenientes do polieletrólito catiônico <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> C (d=1,415)<br />

o qual foi <strong>test</strong>ada no Módulo Experimental. Ainda neste <strong>test</strong>e, um fato interessante<br />

observado, foi que a não-formação e a formação dispersa da manta (não a<strong>de</strong>nsamento <strong>dos</strong><br />

flocos no floculador), afetava os resulta<strong>dos</strong> no Módulo Experimental.<br />

Nos <strong>test</strong>es realiza<strong>dos</strong> às taxas <strong>de</strong> 200 e 240 m3/m2/dia, teve-se a ocorrência <strong>de</strong> formação<br />

bolhas na entrada do floculador, não simuladas em <strong>Jar</strong>-Test; essas bolhas <strong>de</strong>struíam ou, até<br />

mesmo, impediam a formação <strong>de</strong> manta. Quando a <strong>de</strong>struía, os flocos foram carrea<strong>dos</strong> até<br />

ao final do <strong>de</strong>cantador fazendo às vezes a água apresentar turbi<strong>de</strong>z da or<strong>de</strong>m da água bruta.<br />

Como tentativas <strong>de</strong> melhorar os resulta<strong>dos</strong> adotou-se o seguinte procedimento:<br />

No início <strong>dos</strong> ensaios, fechava-se parcialmente a plug <strong>de</strong> entrada do floculador, para<br />

diminuir o tamanho das bolhas formadas e consequentemente a incidência <strong>de</strong> flocos no<br />

<strong>de</strong>cantador;<br />

Adição <strong>de</strong> argila na entrada do floculador para formação <strong>de</strong> uma manta mais <strong>de</strong>nsa, muitas<br />

vezes foi dispersa pelas bolhas em seguida;<br />

Descargas da "manta" na tentativa <strong>de</strong> abaixar os flocos leva<strong>dos</strong> ao final do <strong>de</strong>cantador pelas<br />

bolhas.<br />

A formação <strong>de</strong> bolhas foi observada no <strong>test</strong>e à taxa <strong>de</strong> 200 m3/m2/dia e 100 UT (primeiro<br />

<strong>test</strong>e acima da taxa <strong>de</strong> 160 m3/m2/dia), o que tornou necessário a sua repetição, uma vez<br />

que não era feito o fechamento do plug <strong>de</strong> entrada.<br />

Por fim, conforme as observações feitas em um ensaio <strong>de</strong> 24 h - Figuras 05, 06, 07 e 08 a<br />

seguir -, resolveu-se colocar um tubo anterior à entrada do floculador, <strong>de</strong> altura superior à<br />

do arranjo experimental, com objetivos <strong>de</strong> dar saída às bolhas formadas no sistema <strong>de</strong><br />

alimentação e eliminá-las do floculador.<br />

A introdução do tubo <strong>de</strong> purga foi bem sucedida quando observa<strong>dos</strong> os resulta<strong>dos</strong><br />

apresenta<strong>dos</strong> nas Figuras 05 à 08, as quais permitem a comparação entre dois <strong>test</strong>es, <strong>de</strong><br />

iguais características, no Módulo.<br />

Os resulta<strong>dos</strong> do final do <strong>test</strong>e foram influencia<strong>dos</strong> pela ocorrência <strong>de</strong> curto - circuito, uma<br />

vez que a manta trabalhou após 5 h <strong>de</strong> ensaio na interface floculador - <strong>de</strong>cantador e, os<br />

flocos <strong>de</strong>positaram nas placas paralelas <strong>de</strong> tal forma, que nem uma gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga no final<br />

do ensaio possibilitou que os resulta<strong>dos</strong> voltassem a ser bons quanto os obti<strong>dos</strong><br />

anteriormente. Tal observação vem sendo pesquisada <strong>de</strong> forma a minimizar tais efeitos e<br />

obter um sistema <strong>de</strong> tratamento ainda mais eficiente.`<br />

Figura 05: Resulta<strong>dos</strong> <strong>de</strong> turbi<strong>de</strong>z no <strong>test</strong>e 1 <strong>de</strong> 24 h à taxa <strong>de</strong> 240 m3/m2.d e turbi<strong>de</strong>z <strong>de</strong><br />

30UT, na parte superior, sem a purga e na inferior, com a purga, respectivamente.


Figura 06: Resulta<strong>dos</strong> da manta no <strong>test</strong>e 1 <strong>de</strong> 24 h à taxa <strong>de</strong> 240 m3/m2.d e turbi<strong>de</strong>z <strong>de</strong><br />

30UT, na parte superior, sem a purga e na inferior, com a purga, respectivamente.<br />

Figura 07: Resulta<strong>dos</strong> <strong>de</strong> turbi<strong>de</strong>z no <strong>test</strong>e 2 <strong>de</strong> 24 h à taxa <strong>de</strong> 240 m3/m2.d e turbi<strong>de</strong>z <strong>de</strong><br />

30UT, na parte superior, sem a purga e na inferior, com a purga, respectivamente.<br />

Figura 08: Resulta<strong>dos</strong> da manta no <strong>test</strong>e 2 <strong>de</strong> 24 h à taxa <strong>de</strong> 240 m3/m2.d e turbi<strong>de</strong>z <strong>de</strong><br />

30UT, na parte superior, sem a purga e na inferior, com a purga, respectivamente.<br />

CONCLUSÕES<br />

Os resulta<strong>dos</strong> alcança<strong>dos</strong> com o <strong>Jar</strong> Test e o modulo experimental foram bastante próximos<br />

no que refere a <strong>dos</strong>agem, mas a turbi<strong>de</strong>z remanescente para água <strong>de</strong>cantada foi melhor no<br />

ensaio <strong>de</strong> <strong>Jar</strong> Test.<br />

O aumento <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> aplicação no conjunto experimental foi positivo e bem sucedido, pois<br />

com a aplicação <strong>de</strong> uma taxa <strong>de</strong> filtração na orem <strong>de</strong> 240 m3/m2.d em ensaio <strong>de</strong> 24 horas,<br />

po<strong>de</strong> obter água <strong>de</strong>cantada com turbi<strong>de</strong>z sempre abaixo <strong>de</strong> 6 UT e água filtrada abaixo <strong>de</strong><br />

0,1 UT, uma vez que a unida<strong>de</strong> foi projetada para uma taxa <strong>de</strong> 120 m3/m2.d.<br />

O modulo <strong>de</strong>canto floculador mostrou ser eficiente na remoção da turbi<strong>de</strong>z á partir da<br />

espessura da manta atingir acima <strong>de</strong> 0,5m, e melhorando ainda mais quando atingir a<br />

espessura <strong>de</strong> 1,0m, foi limitado em operação uma espessura máxima em torno <strong>de</strong> 2,0m com<br />

<strong>de</strong>scargas sucessivas durante o ensaio.<br />

Espessura da manta acima <strong>de</strong> 2,0m acarreta no carreamento da manta no efluente<br />

prejudicando a qualida<strong>de</strong> da água <strong>de</strong>cantada e conseqüentemente irá diminuir a carreira do<br />

filtro <strong>de</strong> areia, limitando a produção <strong>de</strong> água filtrada.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

DI BERNARDO, L. (1993) - Méto<strong>dos</strong> e técnicas <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> água - 2 vol, ABES, Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro, 498 p.<br />

MATSUMOTO, T. & GUILHERME, C. M. (2000) – Comportamento do Decanto-<br />

Floculador <strong>de</strong> Manta <strong>de</strong> Lodo e Decantador <strong>de</strong> Alta Taxa no Tratamento <strong>de</strong> Água <strong>de</strong><br />

Abastecimento Utilizando Sulfato <strong>de</strong> Alumínio e Diferentes Polieletrólitos - In:


CONGRESO INTERAMERICANO DE INGENIERIA SANITARIA Y AMBIENTAL,<br />

XXVII, Porto Alegre, Brasil, Anais em CD-ROM.<br />

TANGERINO, E.P., MATSUMOTO, T. & DALL'AGLIO SOBRINHO (1998) -<br />

Floculador <strong>de</strong> manta <strong>de</strong> lodo associado a <strong>de</strong>cantador laminar em tratamento <strong>de</strong> água - In:<br />

CONGRESO INTERAMERICANO DE INGENIERÍA SANITÁRIA Y AMBIENTAL<br />

(AIDIS), XXVI, 01 a 05 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1998, Lima, Peru. (Trabalho aceito para<br />

apresentação)<br />

VIANNA, M. R. (1992) - Hidráulica Aplicada às estações <strong>de</strong> Tratamento <strong>de</strong> Água - 1 ed.<br />

Belo Horizonte - MG: Instituto <strong>de</strong> Engenharia Aplicada Editora, 344 p.

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