psicologia organizacional md4 - Faculdade Machado de Assis
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DISCIPLINA SEMIPRESENCIAL<br />
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Psicologia<br />
Organizacional<br />
—————————————————————<br />
José Zaib Antonio<br />
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Módulo IV
——————————-––––———— Psicologia Organizacional —–—––––––——————––––––<br />
Professor:<br />
Disciplina:<br />
Carga Horária:<br />
SUMÁRIO<br />
José Zaib Antonio<br />
Psicologia Organizacional<br />
60 ha<br />
Contextualização da disciplina....................................p. 02<br />
1. Estágios <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do grupo.................p. 03<br />
2. Tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão em equipe...............................p. 05<br />
3. Conflito .............................................................p. 09<br />
3.1 Conflito substantivos e emocionais................p.09<br />
3.2 Níveis do Conflito.............................................p.09<br />
4. Bibliografia.............................................................p.10<br />
MÓDULO IV<br />
Estágio do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> grupos. Tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão em equipe. Conflito<br />
CONTEXTUALIZAÇÃO DA DISCIPLINA<br />
A Psicologia é uma ciência que procura compreen<strong>de</strong>r o comportamento do ser humano.<br />
Investiga uma série <strong>de</strong> fenômenos próprios do animal homem: a percepção, a emoção, o <strong>de</strong>sejo, a<br />
patologia, a aprendizagem, o <strong>de</strong>senvolvimento, o comportamento, entre muitos outros. Com isso,<br />
po<strong>de</strong>mos inferir que o campo da Psicologia é muito amplo e lida com questões fascinantes para todos<br />
os interessados em compreen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> maneira mais apurada a si mesmos e as outras pessoas. É um<br />
conhecimento imprescindível para os profissionais que têm <strong>de</strong> lidar <strong>de</strong> modo direto com outras<br />
pessoas. Para os profissionais ligados à Organização, a <strong>psicologia</strong> vem, até hoje, <strong>de</strong>senvolvendo<br />
recursos para otimizar a qualida<strong>de</strong> do ambiente <strong>de</strong> trabalho, seja através da análise do sujeito em sua<br />
ativida<strong>de</strong> e na sua relação com outros indivíduos ou através da análise da própria estrutura<br />
<strong>organizacional</strong>.<br />
Preten<strong>de</strong>mos, portanto, apresentar, através <strong>de</strong> nossa disciplina algumas das contribuições da<br />
<strong>psicologia</strong> que ajudam o gestor a compreen<strong>de</strong>r melhor o sujeito humano e sua Organização.<br />
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Módulo IV<br />
1 ‐ ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO DE GRUPOS<br />
1) FORMAÇÃO<br />
No início, os membros estão ansiosos para saber quais tarefas eles realizarão, como eles po<strong>de</strong>m‐se<br />
beneficiar do trabalho em grupo e o que é consi<strong>de</strong>rado um comportamento aceitável. Os membros<br />
geralmente perguntam sobre regras que <strong>de</strong>vem seguir. Algumas preocupações são: “O que o grupo<br />
po<strong>de</strong> me oferecer?”, “O que vão me pedir para fazer?”, “Minhas necessida<strong>de</strong>s serão satisfeitas ao<br />
mesmo tempo em que contribuo para o grupo?” Nesse estágio, as pessoas se interessam em <strong>de</strong>scobrir<br />
o que é consi<strong>de</strong>rado um comportamento aceitável. Confusão, cautela e comunhão são elementos<br />
típicos durante a fase inicial do <strong>de</strong>senvolvimento do grupo.<br />
2) TEMPESTADE (ATRITO ou DISTÚRBIO ou TUMULTO)<br />
Durante esse período “trêmulo”, os estilos individuais freqüentemente entram em conflito.<br />
Hostilida<strong>de</strong>, brigas internas , tensões e confrontações são típicas. Os membros po<strong>de</strong>m discutir para<br />
esclarecer as expectativas das suas contribuições. As pessoas começam a compreen<strong>de</strong>r os estilos <strong>de</strong><br />
cada uma, e são feitos esforços para encontrar formas <strong>de</strong> realizar as metas e ao mesmo tempo<br />
satisfazer necessida<strong>de</strong>s individuais. Coalizações e facções po<strong>de</strong>m ser formadas no grupo e um ou<br />
dois membros po<strong>de</strong>m ser alvo <strong>de</strong> exclusão. Subgrupos po<strong>de</strong>m forçar uma pauta <strong>de</strong> seu interesse.<br />
3) NORMAÇÃO<br />
Após a tempesta<strong>de</strong> vem a calmaria, com a superação das resistências e o estabelecimento dos<br />
padrões <strong>de</strong> conduta do grupo (normas). Coesão e comprometimento começam a se <strong>de</strong>senvolver. O<br />
grupo começa a funcionar como uma unida<strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nada e a harmonia prevalece. Ao se sentirem<br />
gratificadas pela nova sensação <strong>de</strong> harmonia, os membros do grupo provavelmente vão procurar<br />
manter esse equilíbrio; as opiniões da minoria e a tendência <strong>de</strong> <strong>de</strong>svios ou questionamentos da<br />
direção do grupo po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>sestimulados.<br />
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As normas nascem <strong>de</strong> três fontes: O próprio grupo rapidamente estabelece os limites para os<br />
membros, freqüentemente pelo uso eficaz <strong>de</strong> olhares e movimentos <strong>de</strong> cabeça. Por exemplo, o<br />
membro que ofen<strong>de</strong>r o lí<strong>de</strong>r receberá olhares <strong>de</strong> reprovação por parte dos outros integrantes. Há,<br />
também, normas que <strong>de</strong>rivam da organização e dos códigos <strong>de</strong> conduta profissional. Uma terceira<br />
fonte <strong>de</strong> normas po<strong>de</strong> ser um membro influente que inspire o grupo a melhorar o <strong>de</strong>sempenho ou<br />
comportamento.<br />
4) DESEMPENHO<br />
Quando o grupo atinge o estágio <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, ele está preparado para se focar na realização <strong>de</strong><br />
suas ativida<strong>de</strong>s principais. A integração iniciada no estágio anterior é completada nesse período.<br />
Questões envolvendo relações interpessoais e <strong>de</strong>signação <strong>de</strong> tarefas são postas <strong>de</strong> lado quando o<br />
grupo se torna uma unida<strong>de</strong> que funciona bem. A motivação intrínseca e a criativida<strong>de</strong> ten<strong>de</strong>m a se<br />
<strong>de</strong>senvolver com o <strong>de</strong>sempenho do grupo. Os membros sentem que estão trabalhando “pela causa”,<br />
como uma equipe <strong>de</strong> uma campanha eleitoral ou uma equipe lançando um produto inovador no<br />
mercado.<br />
5) ENCERRAMENTO (DISSOLUÇÃO)<br />
Um grupo bem integrado é capaz <strong>de</strong> se dissolver, se necessário, quando seu trabalho estiver<br />
pronto. O estágio <strong>de</strong> dissolução é especialmente importante para os grupos temporários. Os<br />
membros <strong>de</strong>sses grupos <strong>de</strong>vem po<strong>de</strong>r se reunir rapidamente, realizar suas tarefas num cronograma<br />
apertado e <strong>de</strong>pois ir embora. Os membros do grupo, contudo, <strong>de</strong>senvolveram relacionamentos e<br />
entendimentos, que po<strong>de</strong>m ser usados se algum dia eles novamente se tornarem integrantes do<br />
mesmo grupo.<br />
{DuBRIN, Andrew. Fundamentos do Comportamento Organizacional. São Paulo: Thomson, 2002.}<br />
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2 – TOMADA DE DECISÃO EM EQUIPE<br />
CONSENSO ‐ A tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões por consenso é on<strong>de</strong> todos os membros <strong>de</strong> equipe têm a chance<br />
<strong>de</strong> expressar suas opiniões e, no final, <strong>de</strong>verão concordar com o resultado. Se qualquer membro<br />
discordar, as discussões continuarão. A conciliação <strong>de</strong>ve ser usada para que todos os membros da<br />
equipe possam concordar e se comprometer com o resultado.<br />
Vantagens ‐ Produz uma <strong>de</strong>cisão inovadora, criativa, <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>; obtém o compromisso <strong>de</strong><br />
todos os membros e implementa a <strong>de</strong>cisão; usa os recursos <strong>de</strong> todos os membros; a habilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>cisória futura da equipe é fortalecida; é útil na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões sérias, importantes e complexas<br />
com as quais todos os membros estarão comprometidos.<br />
Desvantagens ‐ Requer muito tempo e energia psicológica e um alto grau <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong> por parte<br />
dos membros. A pressão relacionada ao tempo <strong>de</strong>ve ser mínima. Não po<strong>de</strong> haver uma emergência<br />
em andamento. Traga seu pijama ‐ você po<strong>de</strong>rá passar a noite inteira fazendo isso.<br />
MAIORIA ‐ Tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão por maioria é a <strong>de</strong>mocracia em ação. A equipe vota, a maioria vence.<br />
Simples<br />
Vantagens ‐ Po<strong>de</strong> ser usada quando não há tempo para uma <strong>de</strong>cisão formal <strong>de</strong> consenso, ou quando<br />
a <strong>de</strong>cisão não é importante o suficiente para uma <strong>de</strong>cisão por consenso e quando o compromisso <strong>de</strong><br />
cem por cento dos membros faz‐se necessário; encerra a discussão <strong>de</strong> questões não muito<br />
importantes para a equipe.<br />
Desvantagens ‐ Geralmente <strong>de</strong>ixa para trás uma minoria alienada, uma bomba‐relógio para a<br />
eficácia futura da equipe; talentos importantes da minoria po<strong>de</strong>m ser ofendidos; o compromisso com<br />
a implementação está apenas parcialmente presente; não se verifica o benefício da interação total da<br />
equipe.<br />
MINORIA ‐ O processo <strong>de</strong>cisório por minoria geralmente tem a forma <strong>de</strong> um subcomitê <strong>de</strong> uma<br />
equipe maior que investiga informações e apresenta recomendações para ação.<br />
Vantagens ‐ Po<strong>de</strong> ser usado quando nem todos po<strong>de</strong>m se reunir para uma tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão;<br />
quando a equipe está apertada quanto à disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo e é obrigada a <strong>de</strong>legar autorida<strong>de</strong><br />
a um subcomitê; quando apenas poucos membros têm habilida<strong>de</strong>s ou conhecimentos relevantes;<br />
quando o compromisso mais amplo da equipe não é necessário para a implementação da <strong>de</strong>cisão; útil<br />
para <strong>de</strong>cisões simples e rotineiras.<br />
Desvantagens ‐ Não utiliza o talento <strong>de</strong> todos os membros da equipe; não <strong>de</strong>senvolve um<br />
compromisso amplo para a implementação da <strong>de</strong>cisão; conflitos e controvérsias não‐resolvidos<br />
po<strong>de</strong>m prejudicar a eficácia da equipe no futuro; pouco beneficia a interação da equipe.<br />
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POR MEDIAÇÃO ‐ Decisões por mediação são a epítome da conciliação; é como nosso estimado<br />
congresso dos EUA <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>: os membros da equipe regateiam, pechincham, engambelam e negociam<br />
uma posição intencionalmente conciliatória. Normalmente apenas os mo<strong>de</strong>rados da equipe ficam<br />
satisfeitos.<br />
Vantagens ‐ Erros individuais e opiniões extremadas ten<strong>de</strong>m a se anular, fazendo <strong>de</strong>ste um método<br />
melhor do que o <strong>de</strong> “domínio da autorida<strong>de</strong> sem discussão”.<br />
Desvantagens ‐ As opiniões dos membros menos experientes po<strong>de</strong>m anular as dos mais experientes.<br />
Pouco envolvimento da equipe no processo <strong>de</strong>cisório, levando a um fraco compromisso com a<br />
<strong>de</strong>cisão. Permitir que os membros com maior experiência tomem a <strong>de</strong>cisão que é quase sempre<br />
melhor do que fazê‐lo por mediação.<br />
POR ESPECIALISTA ‐ Isto é simples. Ache ou contrate especialistas, ouça o que têm a dizer, e siga<br />
suas recomendações.<br />
Vantagens ‐ Útil quando o conhecimento específico <strong>de</strong> uma pessoa é tão maior que o dos <strong>de</strong>mais<br />
membros da equipe, que a discussão passa a ter pouca valia; <strong>de</strong>ve ser usado quando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
ação por parte dos membros na implementação é pequena.<br />
Desvantagens ‐ Como você <strong>de</strong>termina qual é o melhor especialista? Não se cria compromisso para a<br />
implementação da <strong>de</strong>cisão; per<strong>de</strong>m‐se as vantagens <strong>de</strong>correntes da interação da equipe;<br />
ressentimentos e discordâncias po<strong>de</strong>m levar à sabotagem e <strong>de</strong>terioração da eficácia da equipe;<br />
conhecimentos e habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> outros membros não são utilizados.<br />
DOMÍNIO DA AUTORIDADE SEM DISCUSSÃO ‐ É on<strong>de</strong> geralmente não há espaço para<br />
discussão; como <strong>de</strong>cisões pre<strong>de</strong>terminadas recebidas <strong>de</strong> nível hierárquico superior. Como Moisés no<br />
Monte Sinai. Muitas vezes a confiança sucumbe com a utilização <strong>de</strong>ste método, quando um lí<strong>de</strong>r da<br />
equipe tenta enganar os <strong>de</strong>mais membros, fazendo‐os pensar que suas opiniões têm efeito real sobre<br />
a <strong>de</strong>cisão. Os membros da equipe sabem quando estão sendo usados.<br />
Vantagens ‐ Aplica‐se mais às necessida<strong>de</strong>s administrativas; <strong>de</strong>ve ser usado quando há muito pouco<br />
tempo para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão; quando os membros da equipe esperam que o lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong>signado tome<br />
a <strong>de</strong>cisão; e quando os membros não possuem as habilida<strong>de</strong>s e informações para tomar a <strong>de</strong>cisão.<br />
Desvantagens ‐ Uma só pessoa não po<strong>de</strong> ser um bom recurso para todas as <strong>de</strong>cisões; per<strong>de</strong>m‐se as<br />
vantagens da interação da equipe; <strong>de</strong>senvolve‐se um nível <strong>de</strong> compromisso zero para com a<br />
implementação da <strong>de</strong>cisão; ressentimentos e discordâncias po<strong>de</strong>m levar à sabotagem e <strong>de</strong>terioração<br />
da equipe; não são utilizados os recursos dos <strong>de</strong>mais membros da equipe.<br />
DOMÍNIO DA AUTORIDADE COM DISCUSSÃO ‐ Este método é conhecido como Tomada <strong>de</strong><br />
Decisão Participativa. Infelizmente, a maioria das pessoas não sabe o que isto realmente significa.<br />
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Muitos lí<strong>de</strong>res pensam que têm que abrir mão <strong>de</strong> sua responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisória. Nada está mais<br />
longe da verda<strong>de</strong>. Por este método, os que estão no papel <strong>de</strong>cisório tornam claro <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início que a<br />
tarefa <strong>de</strong>cisória é <strong>de</strong>les. Então participam <strong>de</strong> uma animada discussão das questões; suas opiniões têm<br />
o mesmo peso que as dos <strong>de</strong>mais membros da equipe. Quando ouviram o suficiente para po<strong>de</strong>rem<br />
tomar uma <strong>de</strong>cisão educada, encerram a discussão, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>m e retornam aos <strong>de</strong>mais membros da<br />
equipe para informá‐los <strong>de</strong> como as suas contribuições afetaram a <strong>de</strong>cisão. A maioria dos membros<br />
da equipe se sentirá ouvida e estará pronta a participar em outra <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> equipe através <strong>de</strong>ste<br />
método.<br />
Vantagens ‐ Recebe o compromisso <strong>de</strong> todos os membros da equipe. Desenvolve uma discussão<br />
animada das questões, utilizando as habilida<strong>de</strong>s e conhecimentos <strong>de</strong> todos. Deixa claro quem, em<br />
última análise, será o responsável pela <strong>de</strong>cisão da equipe.<br />
Desvantagens ‐ Requer boa habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação da parte dos membros da equipe; requer um<br />
bom lí<strong>de</strong>r disposto a tomar <strong>de</strong>cisões.<br />
Embora a moda ocasionalmente privilegie uma ou outra <strong>de</strong>ssas abordagens, não existe um<br />
processo certo ou errado <strong>de</strong> se <strong>de</strong>cidir uma questão. O importante é que a equipe <strong>de</strong>cida, <strong>de</strong> antemão,<br />
qual o método <strong>de</strong>cisório que será usado. Sem surpresas. Se os membros são informados do processo,<br />
mesmo os métodos mais autocráticos adquirem o consentimento e as bênçãos <strong>de</strong> todos.<br />
(ROBBINS, Harvey & FINLEY, Michel. Por que as equipes não funcionam. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Campus, 1997)<br />
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3 – CONFLITO<br />
Ocorre conflito sempre que houver <strong>de</strong>sacordos numa situação social com relação a questões<br />
importantes, ou sempre que um antagonismo emocional cria um atrito entre pessoas ou grupos. Os<br />
gerentes gastam 20% do tempo lidando com conflitos, incluindo aqueles em que eles estão<br />
diretamente envolvidos. Em certas situações, o gerente po<strong>de</strong> agir como mediador, ou terceira parte,<br />
cujo trabalho é resolver os conflitos <strong>de</strong> outras pessoas. Em todos os casos, ele precisa ser um<br />
participante habilidoso na dinâmica do conflito interpessoal. Também <strong>de</strong>ve conseguir reconhecer as<br />
situações que são potencialmente conflitantes e trabalhar com elas da melhor maneira possível,<br />
aten<strong>de</strong>ndo os propósitos tanto da organização como das pessoas envolvidas.<br />
3.1. Conflitos Substantivos e Emocionais<br />
O conflito substantivo é um <strong>de</strong>sacordo fundamental com relação aos fins ou objetivos e aos meios<br />
para atingi‐los. Discordar do patrão com relação a um plano <strong>de</strong> ação a ser seguido (por exemplo,<br />
sobre a estratégia <strong>de</strong> marketing <strong>de</strong> um produto novo) é um exemplo <strong>de</strong> conflito substantivo. Quando<br />
as pessoas trabalham juntas diariamente é mais do que natural que diferentes pontos <strong>de</strong> vista surjam<br />
sobre diversas questões substantivas no local <strong>de</strong> trabalho. É comum as pessoas, às vezes,<br />
discordarem em questões como metas do grupo ou da organização, sobre a distribuição <strong>de</strong><br />
recompensas, políticas e procedimentos e atribuição <strong>de</strong> tarefas. Lidar bem com estes conflitos é um<br />
<strong>de</strong>safio diário para a maioria dos gerentes.<br />
O conflito emocional envolve dificulda<strong>de</strong>s interpessoais que surgem nos sentimentos <strong>de</strong> raiva,<br />
<strong>de</strong>sconfiança, antipatia, medo, ressentimento, etc. É comumente conhecido como “choque <strong>de</strong><br />
personalida<strong>de</strong>s”. Os conflitos emocionais po<strong>de</strong>m drenar as energias das pessoas e distraí‐las <strong>de</strong><br />
outras priorida<strong>de</strong>s importantes no trabalho. Po<strong>de</strong>m surgir em vários tipos <strong>de</strong> cenários e são comuns<br />
entre colegas <strong>de</strong> trabalho, assim como na relação superior‐subordinado.<br />
3.2. Níveis <strong>de</strong> Conflito<br />
No trabalho, as pessoas po<strong>de</strong>m encontrar estes conflitos no nível intrapessoal (conflito <strong>de</strong>ntro do<br />
indivíduo), no nível interpessoal (conflito indivíduo com indivíduo), no nível intergrupal, ou no<br />
nível inter<strong>organizacional</strong>.<br />
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‐ Conflito Intrapessoal<br />
Entre os conflitos importantes que afetam o comportamento nas organizações estão os que<br />
envolvem a pessoa isoladamente. Estes conflitos intrapessoais geralmente envolvem pressões reais<br />
ou percebidas <strong>de</strong> objetivos ou expectativas incompatíveis dos seguintes tipos: o conflito<br />
aproximação‐aproximação ocorre quando uma pessoa precisa escolher entre duas alternativas<br />
positivas e igualmente atraentes. Um exemplo é ter que escolher entre uma promoção valorizada na<br />
organização ou um novo emprego interessante em outra empresa. O conflito evitação‐evitação<br />
ocorre quando uma pessoa precisa escolher entre duas alternativas negativas e igualmente<br />
<strong>de</strong>sagradáveis. O conflito aproximação‐evitação ocorre quando uma pessoa precisa <strong>de</strong>cidir a<br />
respeito <strong>de</strong> fazer uma coisa que tem conseqüências positivas e negativas. Um exemplo é receber uma<br />
oferta <strong>de</strong> um emprego cujo salário é maior, mas exige uma carga horária <strong>de</strong> trabalho muito maior.<br />
‐ Conflito Interpessoal<br />
O conflito interpessoal ocorre entre duas ou mais pessoas que estão em lados opostos; ele po<strong>de</strong> ter<br />
natureza substantiva, emocional ou ambas.<br />
‐ Conflito Intergrupo<br />
Nas organizações também existe o conflito entre grupos, que também po<strong>de</strong> ter fatores<br />
substantivos e/ou emocionais. O conflito intergrupos é bastante comum e po<strong>de</strong> dificultar muito a<br />
coor<strong>de</strong>nação e integração das ativida<strong>de</strong>s.<br />
‐ Conflito Inter<strong>organizacional</strong><br />
Normalmente se pensa no conflito inter<strong>organizacional</strong> em termos <strong>de</strong> concorrência e rivalida<strong>de</strong> que<br />
caracterizam as empresas que atuam nos mesmos mercados.<br />
(SCHERMERHORN, John R. Fundamentos do comportamento <strong>organizacional</strong>. São Paulo: Bookman, 2000.<br />
268p.-269p.)<br />
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BIBLIOGRAFIA:<br />
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BERGAMINI, C. W. Psicologia aplicada à administração <strong>de</strong> empresas. SP, Atlas, 1990.<br />
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 1998.<br />
DuBRIN, Andrew. Fundamentos do Comportamento Organizacional. São Paulo: Thomson, 2002.<br />
MACÊDO, Ivanildo (org.) Aspectos comportamentais da gestão <strong>de</strong> pessoas. Rio <strong>de</strong> Janeiro: FGV,<br />
2007.<br />
ROBBINS, Harvey & FINLEY, Michel. Por que as equipes não funcionam. Rio <strong>de</strong> Janeiro:<br />
Campus, 1997.<br />
SCHERMERHORN, John R. Fundamentos do comportamento <strong>organizacional</strong>. São Paulo: Bookman,<br />
2000.<br />
SPECTOR, Paul. Psicologia nas Organizações. São Paulo: Saraiva, 2002.<br />
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