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2º bloco - casos clínicos - Proac

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE<br />

INSTITUTO BIOMÉDICO - DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E<br />

FARMACOLOGIA<br />

MÓDULO DE FARMACOLOGIA – MEDICINA INTEGRAL DA<br />

CRIANÇA<br />

E DO ADOLESCENTE I<br />

ESTUDO DIRIGIDO 1 / <strong>2º</strong> BLOCO<br />

Estudo Dirigido: Colinérgicos, Anticolinérgicos e Anticolinesterásicos<br />

Questão 01<br />

LM, estudante de medicina, 22 anos, 65Kg, apresentou em principio dificuldades para pronunciar<br />

a letra “s” que se acentuava quando a paciente falava durante um período prolongado.<br />

Posteriormente, notou-se também dificuldades para pronunciar outras sílabas. Há 2 meses, a<br />

paciente relata ter começado a trabalhar como ajudante em um laboratório de microbiologia, onde<br />

o uso do microscópio lhe exigia um maior esforço visual e, ao final dos dias de trabalho, a<br />

paciente diz ter apresentado visão dupla. Então, a paciente procurou atendimento médico no qual<br />

um clínico prescreveu Diazepam e lhe encaminhou ao neurologista. O neurologista pode observar,<br />

além dos sinais anteriormente descritos, fraqueza nos músculos peri-orbitários e uma ligeira ptose<br />

palpebral esquerda. O restante do exame físico apresentou-se sem achados patológicos.<br />

A) Você, como neurologista de LM, suspeitando de Miastenia Graves, indicaria qual<br />

procedimento para confirmar suas suspeitas? Explique esse procedimento e qual a base<br />

farmacológica existente nele.<br />

B) Qual o tratamento você prescreveria para melhorar os sintomas de LM ?<br />

C) LM começa o tratamento e no segundo dia, depois de 15 minutos após tomar a medicação,<br />

experimentou fortes dores abdominais e ao levantar sofre um desvanecimento e caiu. Segundo<br />

amigos apresentou também sudorese, pulso de 45 bpm, taquipnéia e respiração superficial.<br />

O que promoveu essa situação? Como você trataria a paciente? Haveria alguma forma de<br />

prevenir a paciente ?<br />

Questão 02<br />

AMC, 52 anos, tabagista 20 cigarros ao dia, branco, solteiro, professor, residente no Rio de<br />

Janeiro deu entrada na emergência com dores precordiais que irradiavam para o MSE. O ECG<br />

revelou Supra do segmento ST (IAM) na área do NSA. O paciente apresentou: náuseas, vômitos,<br />

PA 90x70 mmHg e um pulso de 48 bpm.<br />

Obs* uma ampola de atropina contém 1 ml e 0,25 mg ou 0,50 mg e a dose mínima preconizada na<br />

PCR é de 1 mg.<br />

A) Um estudante do 5 º período que estava acompanhando o quadro, foi instruído a ministrar<br />

atropina IV ao paciente. Sem saber a dose, ele ministrou 0,20 mg I.V, notando que o paciente teve<br />

sua FC reduzida para 38 bpm. Diante dessa bradicardia importante, ficou preocupado e resolveu<br />

pedir ajuda. Como o médico do plantão estava atendendo uma parada cardio - respiratória, ele<br />

resolveu pedir ajuda para você.<br />

Como você cuidaria desse caso e como explicaria o ocorrido anteriormente?<br />

B) Se ao invés de 0,20 mg de atropina esse estudante resolvesse aplicar 7,0 mg. O que ocorreria<br />

com esse paciente? Qual seria sua conduta se fosse solicitado?<br />

Questão 03<br />

L. S. R., masculino, 2 anos e 10 meses de idade, 14 Kg, 94 cm, negro, brasileiro, natural do Rio<br />

de Janeiro e residente em Rio do Ouro. A Mãe relata que a criança brincava próxima a um local<br />

onde havia diversos produtos e objetos, sem a sua supervisão direta, quando começou a<br />

apresentar vômitos e dor abdominal “chorava segurando a barriga” sic., além de sudorese profusa<br />

e diarréia, que se agravou nas 2 horas seguintes. A mãe não procurou auxílio imediato, pois


achava que se tratava de uma indigestão. Porém, depois encontrou no depósito onde a criança<br />

estava, um frasco de veneno para rato pela metade. Após evolução de 3 horas o paciente passou<br />

a apresentar quadros de agitação, miose, sialorréia, piloereção, sudorese profusa, broncorréia,<br />

contratura de MMSS, miofasciculações de língua.<br />

A) Como plantonista qual a conduta você adotaria e como você explicaria os sintomas<br />

apresentados pelo paciente?<br />

B) Considerando-se que se trata de intoxicação, após 5h de evolução e depois de já ter sido<br />

iniciado tratamento de suporte e administração do antídoto no hospital, o paciente passou a<br />

apresentar quadro de alucinações, PA 140 x 100 mmHg, FC 160bpm, pele quente e seca,<br />

redução da peristalse intestinal e midríase acentuada.<br />

Supondo que você está conduzido o caso, qual seria a sua explicação para tal evolução? Como<br />

você faria para reverter esse quadro?<br />

Questão 04<br />

JMA, 45 anos, masculino, trabalhador rural em lavoura de cana de açúcar desde os 13 anos,<br />

ingeriu produto classificado como organofosforado (sarina) diluído em 300 ml de água em<br />

tentativa de suicídio. Foi levado à emergência cerca de 40 minutos após a ingesta, ainda<br />

acordado e orientado relatando a história acima, apresentando miose puntiforme, sudorese<br />

profusa, broncorréia (ausculta pulmonar com roncos difusos) e sialorréia, dispnéia com uso de<br />

musculatura acessória e estava com odor forte de urina e com as calças molhadas. Diante da<br />

forte suspeita de intoxicação por organofosforado foi iniciado o tratamento de suporte, além de<br />

administração IV de atropina e pralidoxima. De acordo com o mecanismo de intoxicação e<br />

observando o gráfico abaixo, justifique o uso da pralidoxima.<br />

Questão 05<br />

FVGA, 73 anos, masculino, branco, natural do Rio de Janeiro Há cinco dias iniciou tosse produtiva<br />

com expectoração de muco claro, cianose, falta de ar, taquipnéia, estertores em ambas as bases,<br />

acompanhado de sibilos. Rx de tórax demonstra bronquectasia. O paciente relata tabagismo<br />

durante 23 anos com média de duas carteiras de cigarros por dia, uso moderado de bebidas<br />

alcoólicas e vida sedentária. Você encontra na farmácia do hospital somente dois fármacos<br />

disponíveis para o tratamento: Ipratrópio e Tiotrópio.<br />

A) Qual o mecanismo de ação dos dois fármacos e qual seria o grande benefício observado no<br />

seu uso para tratamento da DPOC?<br />

B) Qual dos dois fármacos você recomendaria para este paciente? Por quê?<br />

Questão 06<br />

LVD, feminina, 58 anos, 65 kg, hipertensa, refere enterorragia (perda de sangue vivo nas fezes) e<br />

perda ponderal de 8 kg. Há 3 dias houve quadro de obstrução intestinal com parada de eliminação<br />

de gases e fezes. Ao toque retal foi constatado ausência de fezes na ampola retal e sangramento<br />

em dedo de luva. Relata que a mãe faleceu com 62 anos após diagnóstico de CA de cólon. Foi<br />

submetida a colonoscopia que evidenciou lesão vegetante e ulcerada em ângulo esplênico,


medindo cerca de 3 cm de diâmetro na primeira porção do sigmóide. A paciente foi submetida a<br />

laparotomia para ressecção da lesão e biópsia.<br />

a) Na indução anestésica para o procedimento foi utilizado 1,0 mg de atropina 2 minutos antes<br />

da intubação (dose 0,02 mg/kg até máx. 1,0 mg). Como você justifica o uso deste medicamento<br />

nessa situação.<br />

b) Após a cirurgia a paciente evoluiu com parada dos movimentos peristálticos (íleo paralítico), o<br />

que pode ocorrer após manipulação das vísceras durante o ato cirúrgico. Que medicamento<br />

poderia ser usado nesse pós-operatório?

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