14.06.2013 Views

diagnóstico dos processos gerenciais para implementação de ... - UFF

diagnóstico dos processos gerenciais para implementação de ... - UFF

diagnóstico dos processos gerenciais para implementação de ... - UFF

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE<br />

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO CIÊNCIAS CONTÁBEIS E TURISMO<br />

CURSO DE TURISMO<br />

LUCIANA BOLZAN<br />

DIAGNÓSTICO DOS PROCESSOS GERENCIAIS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE<br />

UM PROGRAMA DE QUALIDADE NO DEPARTAMENTO DE TURISMO DA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE<br />

Niterói<br />

2008


LUCIANA BOLZAN<br />

DIAGNÓSTICO DOS PROCESSOS GERENCIAIS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE<br />

UM PROGRAMA DE QUALIDADE NO DEPARTAMENTO DE TURISMO DA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE<br />

Trabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> curso apresentado<br />

ao Curso <strong>de</strong> Graduação em Turismo da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense como<br />

requisito final <strong>para</strong> obtenção do título <strong>de</strong><br />

Bacharel em Turismo.<br />

Orientador: Profº Carlos Alberto Lidízia Soares,<br />

Ms.C<br />

Niterói<br />

2008


LUCIANA BOLZAN<br />

DIAGNÓSTICO DOS PROCESSOS GERENCIAIS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE<br />

UM PROGRAMA DE QUALIDADE NO DEPARTAMENTO DE TURISMO DA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE<br />

Trabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> curso apresentado<br />

ao Curso <strong>de</strong> Graduação em Turismo da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense como<br />

requisito final <strong>para</strong> obtenção do título <strong>de</strong><br />

Bacharel em Turismo.<br />

BANCA EXAMINADORA<br />

___________________________________________________________________<br />

Prof. Msc. Carlos Alberto Lidízia Soares, Orientador - <strong>UFF</strong><br />

___________________________________________________________________<br />

Prof. Dsc. Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas - <strong>UFF</strong><br />

___________________________________________________________________<br />

Profª Msc. Fábia Trentin - <strong>UFF</strong><br />

Niterói, <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2008


RESUMO<br />

A qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma instituição <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da boa organização e<br />

funcionamento <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> principais e <strong>de</strong> apoio. O processo principal <strong>de</strong> uma<br />

instituição <strong>de</strong> ensino é o ensino-aprendizagem que <strong>para</strong> atingir seu melhor<br />

<strong>de</strong>sempenho precisa <strong>de</strong> <strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong> <strong>de</strong> apoio que atendam aos requisitos<br />

<strong>dos</strong> conceitos <strong>de</strong> gestão pela qualida<strong>de</strong>. O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi elaborar um<br />

<strong>diagnóstico</strong> que sirva como um plano <strong>para</strong> pôr em prática melhorias nos <strong>processos</strong><br />

principais do Departamento <strong>de</strong> Turismo da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense. Para<br />

realizá-lo foram utilizadas na coleta <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> a pesquisa documental e entrevistas<br />

com os representantes da coor<strong>de</strong>nação e <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo. No <strong>diagnóstico</strong><br />

do <strong>de</strong>partamento foram i<strong>de</strong>ntificadas diversas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhorias com base<br />

nos critérios <strong>de</strong> excelência, adota<strong>dos</strong> pela categoria <strong>de</strong> premiação do Prêmio<br />

Qualida<strong>de</strong> Rio e a partir <strong>de</strong>stas foi possível elaborar um quadro <strong>para</strong> cada critério <strong>de</strong><br />

excelência, apresentando propostas <strong>de</strong> melhorias <strong>para</strong> os <strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong><br />

relaciona<strong>dos</strong> com cada critério.<br />

Palavras-chave: Qualida<strong>de</strong>. Critérios <strong>de</strong> Excelência. Ensino Superior


ABSTRACT<br />

The quality of an educational institution relies upon the organization and the<br />

operation of the main processes as well as the support processes. The major<br />

process of an educational institution is the teaching-learning process which, in or<strong>de</strong>r<br />

to achieve its best, requires managerial support processes that meet the<br />

requirements of quality-management concepts. This paper aims at elaborating a<br />

diagnosis that can be used as a plan to bring improvements of the main processes of<br />

the Tourism Department at <strong>UFF</strong> into effect. To carry out such project, documental<br />

survey and interviews with representatives from the coordination and tourism<br />

<strong>de</strong>partment have been utilized during data collection. During the diagnosis, several<br />

opportunities for improvements have been i<strong>de</strong>ntified. Such improvements would be<br />

based upon excellence criteria. Those criteria are currently adopted by Prêmio<br />

Qualida<strong>de</strong> Rio, and through those we were able to elaborate a table for each and<br />

every excellence criterium, showing propositions for improving managerial processes<br />

related to each criterium.<br />

Key words: Quality. Excellence Criteria. Higher Education


SUMÁRIO<br />

1INTRODUÇÃO........................................................................................................ 06<br />

2 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................... 10<br />

2.1 HISTÓRICO DA QUALIDADE............................................................................ 10<br />

2.2 OS GRANDES MESTRES DA QUALIDADE...................................................... 12<br />

2.3 ABORDAGENS DA QUALIDADE - CONCEITOS INTRODUTÓRIOS............... 17<br />

2.4 QUALIDADE EM PRODUTOS X QUALIDADE EM SERVIÇOS........................ 22<br />

2.5 AS FERRAMENTAS DA QUALIDADE............................................................... 24<br />

2.6 FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE........................................................ 30<br />

2.6.1 Prêmios <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong>: Deming Prize e Malcom Baldrige National Quality<br />

Award....................................................................................................................... 31<br />

2.6.2 Prêmio Nacional da Qualida<strong>de</strong> – PNQ............................................................ 34<br />

2.6.3 Prêmio Qualida<strong>de</strong> Rio – PQ-Rio...................................................................... 38<br />

3 ENSINO SUPERIOR DE TURISMO NO BRASIL................................................. 41<br />

4 ESTUDO DE CASO: DEPARTAMENTO DE TURISMO DA UNIVERSIDADE<br />

FEDERAL FLUMINENSE......................................................................................... 46<br />

4.1 PROCEDIMENTOS METDOLÓGICOS.............................................................. 46<br />

4.2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................. 48<br />

4.3 O CURSO DE TURISMO NA <strong>UFF</strong>...................................................................... 49<br />

4.4 PROGRAMA QUALIDADE TURISMO: PANORAMA DA SITUAÇÃO ATUAL<br />

DOS PROCESSOS GERENCIAIS DO DEPARTAMENTO DE TURISMO.............. 56<br />

4.4.1 Pesquisa do Nível <strong>de</strong> Satisfação <strong>dos</strong> Principais Processos............................ 60<br />

5 DIAGNÓSTICO DO PROGRAMA DE QUALIDADE NO DEPARTAMENTO DE<br />

TURISMO.................................................................................................................. 67<br />

CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 74<br />

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 77<br />

ANEXO 1................................................................................................................... 83<br />

ANEXO 2................................................................................................................... 84


1 INTRODUÇÃO<br />

Buscar a excelência tem sido a intenção da maioria das organizações que<br />

prestam serviços. Atingir níveis <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> em serviços que satisfaçam a<br />

percepção <strong>de</strong> cada indivíduo não é tarefa fácil, consi<strong>de</strong>rando a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

motivos e <strong>de</strong>sejos intrínsecos do ser humano. Muitas organizações têm dificulda<strong>de</strong><br />

em atingir níveis <strong>de</strong> excelência em serviços, pois seus clientes externos e internos<br />

possuem diferentes expectativas.<br />

Muitas vezes <strong>de</strong>senvolver um ensino <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> em instituições públicas se<br />

<strong>de</strong><strong>para</strong> em obstáculos e na burocracia. Espera-se que a <strong>implementação</strong> do<br />

Programa Qualida<strong>de</strong> Turismo, programa que foi criado visando à candidatura do<br />

<strong>de</strong>partamento ao Prêmio Qualida<strong>de</strong> Rio (PQ-Rio), colabore <strong>para</strong> o aumento da<br />

produtivida<strong>de</strong> no Departamento <strong>de</strong> Turismo da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense.<br />

Não basta que a organização possua manuais <strong>de</strong> procedimentos e faça o<br />

mapeamento e melhoria <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> internos <strong>para</strong> atingir o nível <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sejável. O foco <strong>de</strong>ve ser o cliente, por isso é preciso investir em pesquisa e<br />

monitoramento contínuo <strong>para</strong> conhecer os <strong>de</strong>sejos <strong>dos</strong> clientes e suas insatisfações.<br />

A partir das informações obtidas as organizações po<strong>de</strong>rão tomar a melhor <strong>de</strong>cisão.<br />

A qualida<strong>de</strong> nos <strong>processos</strong> <strong>de</strong> gestão será atingida se houver a disseminação<br />

do aprendizado organizacional 1 adquirido pelas pessoas que compõem a estrutura<br />

da empresa, do <strong>de</strong>partamento ou da equipe com base nos critérios rumo a<br />

excelência da Fundação Nacional da Qualida<strong>de</strong> (FNQ). O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

pesquisa e mão-<strong>de</strong>-obra qualificada <strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r as <strong>de</strong>mandas da socieda<strong>de</strong>,<br />

somente po<strong>de</strong>rá ser alcançado a partir do momento em que os integrantes do<br />

1 Aprendizado organizacional representa o “conhecimento adquirido no âmbito da organização a partir <strong>de</strong> um<br />

processo <strong>de</strong> feedback, no qual se percebem, monitoram e examinam, continuamente, informações relevantes<br />

advindas do ambiente interno e do externo” (CALMON, 1999, p. 6).


<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo compreendam que a colaboração <strong>dos</strong> membros do<br />

<strong>de</strong>partamento e aplicação <strong>de</strong> estratégias <strong>para</strong> serviços <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> são questões<br />

essenciais <strong>para</strong> <strong>implementação</strong> <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

Vivencia-se um momento em que o capital intelectual 2 é o principal recurso<br />

das organizações. As pessoas precisam ser valorizadas e não mais tratadas como<br />

máquinas <strong>para</strong> que uma organização tenha um <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Como<br />

afirma Drucker (2006 p.148): “os trabalhadores do conhecimento <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da<br />

organização <strong>para</strong> trabalhar, mas ao mesmo tempo são donos <strong>dos</strong> ‘meios <strong>de</strong><br />

produção’: seu conhecimento.”<br />

Segundo Ansarah (2002, p.16) apud Catramby e Costa (2004, p.28) “Para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do turismo, no sentido <strong>de</strong> se caracterizar como uma oferta <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong>, faz-se necessária uma formação profissional também <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>”.<br />

Alinhado a este pensamento, este trabalho visa propor melhorias nos <strong>processos</strong><br />

<strong>gerenciais</strong> do Departamento <strong>de</strong> Turismo por meio do programa <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

proporcionando benefícios aos principais envolvi<strong>dos</strong> nesse sistema – os alunos, os<br />

professores e a socieda<strong>de</strong>.<br />

A importância da qualida<strong>de</strong> <strong>para</strong> o Departamento se faz com a resposta da<br />

questão problema <strong>de</strong>sta pesquisa, ou seja: De que forma é possível melhorar os<br />

<strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong> 3 do curso <strong>de</strong> Turismo da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, a<br />

fim <strong>de</strong> possibilitar a eficiência no processo ensino-aprendizagem 4 ? Pressupõe-se<br />

que a compreensão das ferramentas da qualida<strong>de</strong> e da importância <strong>de</strong> um ensino<br />

superior <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> sejam fatores motivadores <strong>para</strong> implementar melhorias nos<br />

<strong>processos</strong> do <strong>de</strong>partamento.<br />

2 Capital intelectual representa os ativos intangíveis <strong>de</strong> uma organização: a capacida<strong>de</strong> inovadora da organização,<br />

o número <strong>de</strong> patentes <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> da organização, a marca, a carteira <strong>de</strong> clientes, a motivação e<br />

comprometimento <strong>de</strong> seus emprega<strong>dos</strong>. O capital intelectual se divi<strong>de</strong> em Capital Humano (conhecimento,<br />

experiências e habilida<strong>de</strong>s das pessoas), Capital Estrutural (tecnologias, inovação, da<strong>dos</strong>, publicações e<br />

<strong>processos</strong> da organização) e Capital do Cliente (relações com as pessoas e organizações <strong>para</strong> as quais a<br />

organização ven<strong>de</strong> seus produtos e serviços) (BATOCCHIO e BIAGIO, 1999).<br />

3 Os <strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong> são realiza<strong>dos</strong> pelos lí<strong>de</strong>res da organização e incluem as ações <strong>de</strong> medição e ajuste do<br />

<strong>de</strong>sempenho da organização (GONÇALVES, 2000).<br />

4 O processo principal <strong>de</strong> uma Instituição <strong>de</strong> Ensino Superior é o ensino-apredizagem que representa o processo<br />

<strong>de</strong> produção do serviço o qual o <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo oferece: a educação, que resulta no produto entregue<br />

ao cliente externo do <strong>de</strong>partamento, conhecimento e mão-<strong>de</strong>-obra qualificada.


Portanto, o objetivo geral do presente trabalho é elaborar um <strong>diagnóstico</strong> 5 que<br />

sirva como um plano <strong>para</strong> a <strong>implementação</strong> <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> no curso<br />

<strong>de</strong> turismo da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense.<br />

Para atingir o resultado proposto, foram traça<strong>dos</strong> os seguintes objetivos<br />

específicos: rever os conceitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> em serviços; apresentar os<br />

critério Rumo à excelência que orientam o Prêmio <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> Rio; i<strong>de</strong>ntificar as<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> implementar um programa <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> no Departamento objeto<br />

<strong>de</strong>ste estudo e i<strong>de</strong>ntificar os pontos críticos <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong> do<br />

<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo.<br />

A metodologia usada na presente pesquisa é o estudo <strong>de</strong> caso caracterizado<br />

pela análise <strong>de</strong> uma ou mais unida<strong>de</strong>s do universo escolhido <strong>para</strong> investigação, que<br />

será <strong>de</strong>senvolvida por meio <strong>de</strong> pesquisa bibliográfica, pesquisa documental no<br />

Departamento <strong>de</strong> Turismo da <strong>UFF</strong> e pesquisa <strong>de</strong> campo com utilização <strong>de</strong><br />

questionários que foram aplica<strong>dos</strong> pelos alunos membros do Programa Qualida<strong>de</strong><br />

Turismo.<br />

O trabalho compõe-se <strong>de</strong> 5 capítulos que estão assim estrutura<strong>dos</strong>: Os<br />

referenciais teóricos, <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong> nos capítulos 2 e 3 <strong>de</strong>ste estudo, caracterizam-<br />

se pela pesquisa bibliográfica com consulta a livros, periódicos, e material<br />

disponibilizado pela internet. Nestes capítulos são aborda<strong>dos</strong> os temas relativos ao<br />

universo escolhido <strong>para</strong> estudo: qualida<strong>de</strong>, critérios <strong>dos</strong> prêmios <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

vincula<strong>dos</strong> a FNQ e o ensino superior <strong>de</strong> turismo no Brasil.<br />

No capítulo 4 é <strong>de</strong>scrito o estudo <strong>de</strong> caso, realizado com base em uma<br />

pesquisa documental e empírica com uso <strong>de</strong> entrevistas, que segundo Gil (1987,<br />

apud SOARES, 2004) consiste na coleta <strong>de</strong> informações que o entrevistado fornece<br />

ao entrevistador. Este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> pesquisa apresenta limitações quanto ao pequeno<br />

tamanho da amostra, a ausência <strong>de</strong> critérios amostrais rigorosos e a natureza<br />

subjetiva do processo <strong>de</strong> mensuração <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>. A pesquisa também está limitada<br />

por uma abordagem qualitativa <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>.<br />

O capítulo 5 apresenta propostas <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> melhorias nos <strong>processos</strong><br />

<strong>gerenciais</strong> do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo com o objetivo <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r os requisitos <strong>dos</strong><br />

5 Para este trabalho, <strong>diagnóstico</strong> <strong>de</strong>ve ser entendido como um instrumento <strong>para</strong> enten<strong>de</strong>r e compreen<strong>de</strong>r as<br />

condições em que se encontram os <strong>processos</strong> e a própria organização, ou <strong>para</strong> medir e avaliar o quanto foi<br />

modificada em relação a realida<strong>de</strong> inicial (CÂNDIDO, GAUTHIER, HERMENEGILDO, 1999).


critérios <strong>de</strong> excelência em gestão que são avalia<strong>dos</strong> nas organizações candidatas<br />

ao Prêmio Qualida<strong>de</strong> Rio.


2 REFERENCIAL TEÓRICO<br />

Os conceitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> estuda<strong>dos</strong> e aplica<strong>dos</strong> nos dias atuais foram ao<br />

longo <strong>dos</strong> anos, atualiza<strong>dos</strong> e agregaram valor conforme as mudanças e<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong> clientes <strong>para</strong> quem a qualida<strong>de</strong> faz a diferença na escolha do<br />

produto ou serviço. A qualida<strong>de</strong> que se tornou característica fundamental <strong>para</strong> a<br />

competitivida<strong>de</strong> e construção do diferencial no mercado.<br />

2.1 HISTÓRICO DA QUALIDADE<br />

Até o século XIX o controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> era feito pelo trabalhador que<br />

produzia <strong>de</strong>terminado serviço. A produção <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> consumo em gran<strong>de</strong> escala<br />

começou com a Revolução Industrial no século XVIII, porém ainda não existiam<br />

núcleos, <strong>de</strong>partamentos ou responsáveis pelo controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

O controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> até o início do século XX era feito <strong>de</strong> forma simples,<br />

visual, apenas com a se<strong>para</strong>ção <strong>dos</strong> produtos conformes <strong>dos</strong> não-conformes <strong>de</strong><br />

acordo com um padrão <strong>de</strong> características exigidas pelo solicitante do produto ou<br />

serviço. Esta observação é feita por Juran (1992), segundo o qual, a percepção da<br />

qualida<strong>de</strong> surgiu no setor industrial da inspeção on<strong>de</strong> era feito o controle e a<br />

se<strong>para</strong>ção <strong>dos</strong> “bons” e “maus” produtos. Eram verifica<strong>dos</strong> os insumos, a matéria-<br />

prima, produtos intermediários e finais. Esta época representa <strong>para</strong> os estu<strong>dos</strong> da<br />

qualida<strong>de</strong> como a era da Inspeção que tinha como característica principal às<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> controle e a i<strong>de</strong>ntificação do problema <strong>de</strong>pois do evento ocorrido.<br />

A segunda era da qualida<strong>de</strong>, que se iniciou por volta <strong>de</strong> 1930, foi chamada <strong>de</strong><br />

Controle da Qualida<strong>de</strong>, que consistia na busca pela a<strong>de</strong>quação do produto com a


eliminação das causas <strong>de</strong> não-conformida<strong>de</strong> nos produtos. Segundo Bezerra (2004),<br />

após a fase <strong>de</strong> inspeção e com o aumento da produção, o controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

evoluiu e passou a fazer o uso da estatística e assim as inspeções passaram a ser<br />

feitas por amostragem. Para alcançar este objetivo foi necessário adotar medidas <strong>de</strong><br />

rotina como a inspeção e análise <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> <strong>para</strong> o ajuste <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> que<br />

apresentassem erros e também a aplicação <strong>de</strong> técnicas estatísticas. Com isso a<br />

inspeção <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser feita em 100% <strong>dos</strong> produtos finais e começou a ser feita por<br />

amostragem. Nesta fase i<strong>de</strong>ntificavam-se problemas nos <strong>processos</strong> <strong>de</strong> produção e<br />

suas causas, e a partir <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong>, as correções necessárias podiam ser<br />

aplicadas durante a produção como forma <strong>de</strong> diminuir a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> não-<br />

conformida<strong>de</strong>s.<br />

A terceira era da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>nominou-se Garantia da Qualida<strong>de</strong>, nesta fase<br />

as gran<strong>de</strong>s indústrias atuavam na produção <strong>de</strong> equipamentos bélicos <strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r<br />

as <strong>de</strong>mandas da II Guerra Mundial. Evi<strong>de</strong>ncia-se a necessida<strong>de</strong> da garantia da<br />

qualida<strong>de</strong> na produção, pois um erro po<strong>de</strong>ria causar gran<strong>de</strong>s problemas por causa<br />

das matérias primas que eram usa<strong>dos</strong>, neste caso, materiais explosivos. Este é um<br />

<strong>dos</strong> motivos pelos quais a era da qualida<strong>de</strong> tinha por objetivo a geração da<br />

confiança na a<strong>de</strong>quação do produto. As práticas adotadas na era anterior <strong>para</strong> o<br />

controle da qualida<strong>de</strong> continuam e <strong>de</strong>sta vez outras ativida<strong>de</strong>s passam a ser<br />

realizadas: as auditorias da qualida<strong>de</strong> e a documentação <strong>dos</strong> sistemas da qualida<strong>de</strong>.<br />

Nesta fase, Feigenbaum (MARSHALL JUNIOR et al., 2007) formulou os princípios<br />

<strong>de</strong> Controle da Qualida<strong>de</strong> Total que tinha por objetivo prover um controle preventivo<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a concepção do projeto até os serviços <strong>de</strong> pós-venda. Essas medidas<br />

objetivavam a prevenção <strong>dos</strong> problemas <strong>para</strong> diminuir os custos <strong>de</strong> produção não-<br />

conforme e a garantia da qualida<strong>de</strong> (BEZERRA, 2004).<br />

Logo, os gestores i<strong>de</strong>ntificaram que os clientes, cada vez mais, exigiam<br />

melhor qualida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> produtos e serviços e <strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r tais expectativas estes<br />

precisavam ser melhora<strong>dos</strong>. Começa então a era da Gestão da Qualida<strong>de</strong> que tem<br />

por objetivo a geração <strong>de</strong> confiança e melhoria contínua <strong>dos</strong> bens e serviços. As<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas nas outras eras continuam a existir e novas ativida<strong>de</strong>s <strong>para</strong><br />

a melhoria contínua <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> são incorporadas <strong>para</strong> a conseqüente entrega <strong>de</strong><br />

um produto ou serviço com maior valor agregado, marcando assim a passagem <strong>de</strong><br />

uma era <strong>para</strong> outra a partir da adoção das novas práticas.


Para proporcionar a melhoria contínua, as empresas adotaram novos<br />

elementos comportamentais com foco no ser humano e novas práticas <strong>gerenciais</strong><br />

<strong>para</strong> a flexibilização da produção. Desta forma, os gestores promovem a prevenção<br />

<strong>dos</strong> problemas e a melhoria contínua. Um conceito <strong>de</strong>senvolvido consagrado e muito<br />

utilizado nesta fase é o Total Quality Management – TQM (Gestão da qualida<strong>de</strong><br />

total).<br />

Segundo Bergamo Filho (1991), na gestão da qualida<strong>de</strong> total, o ciclo <strong>para</strong> a<br />

elaboração <strong>de</strong> um produto ou serviço <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> começa com a i<strong>de</strong>ntificação das<br />

características, necessida<strong>de</strong> e exigências do consumidor. A partir <strong>de</strong>stas<br />

informações são estabeleci<strong>dos</strong> os padrões <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> forma a planejar e<br />

efetuar no sistema da empresa o controle total da qualida<strong>de</strong> do produto ou do<br />

serviço, consi<strong>de</strong>rando a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e do trabalho. O produto ou serviço <strong>de</strong>sse<br />

sistema <strong>de</strong>ve promover a satisfação do cliente que irá gerar o retorno <strong>para</strong> a<br />

organização por meio <strong>de</strong> informações, também <strong>de</strong>nominado feedback 6 , necessárias<br />

<strong>para</strong> manter a fabricação do produto ou prestação do serviço <strong>de</strong> acordo com as<br />

expectativas <strong>dos</strong> clientes. No caso <strong>de</strong> feedback negativo <strong>de</strong>ve-se orientar o início <strong>de</strong><br />

um novo ciclo <strong>de</strong> planejamento e i<strong>de</strong>ntificação das reais necessida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong><br />

consumidores.<br />

2.2 OS GRANDES MESTRES DA QUALIDADE<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento da literatura sobre os conceitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> teve sua<br />

origem nos trabalhos <strong>dos</strong> autores como Shewhart, Deming, Juran, Feigenbaum,<br />

Ishikawa e Crosby (BEHARA, 2001), consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> os gurus 7 da qualida<strong>de</strong>.<br />

Sobre Shewhart, Mann (1992) afirma que na década <strong>de</strong> 1930, este autor<br />

ofereceu uma importante contribuição <strong>para</strong> os conceitos <strong>de</strong> controle da qualida<strong>de</strong>.<br />

Este pesquisador <strong>de</strong>senvolveu metodologias <strong>para</strong> o controle estatístico <strong>dos</strong><br />

<strong>processos</strong>.<br />

6 Feedback neste caso <strong>de</strong>ve ser entendido como fluxo recíproco <strong>de</strong> informações sobre as e ações e <strong>processos</strong><br />

executa<strong>dos</strong> pela organização. Po<strong>de</strong> ser chamado <strong>de</strong> retroalimentação (BIGGS, 1998).<br />

7 A expressão Guru é aplamente utilizada na literatura referente a qualida<strong>de</strong> <strong>para</strong> mencionar os gran<strong>de</strong>s mestres<br />

que contribuíram <strong>para</strong> a evolução <strong>dos</strong> conceitos e práticas da Gestão pela Qualida<strong>de</strong>.


Segundo Mann (1992), Edward W. Deming foi o mestre da qualida<strong>de</strong> que<br />

percebeu o potencial do uso da estatística como uma ferramenta importante <strong>para</strong><br />

melhoria contínua <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> <strong>de</strong> produção e entrega <strong>de</strong> um produto com<br />

qualida<strong>de</strong>, inclusive em serviços. Já Deming participou <strong>de</strong> cursos que foram<br />

ofereci<strong>dos</strong> sob a coor<strong>de</strong>nação do Departamento <strong>de</strong> Educação Americano, em 1943,<br />

sobre controle estatístico da qualida<strong>de</strong> em diversas universida<strong>de</strong>s americanas.<br />

Nessa época, os cursos contribuíram <strong>de</strong> forma significativa <strong>para</strong> a qualida<strong>de</strong> e o<br />

volume <strong>de</strong> produção da II Guerra Mundial.<br />

Entretanto, os administradores americanos <strong>de</strong>moraram a perceber que a<br />

gestão da qualida<strong>de</strong> favorece a competitivida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> produtos e serviços. Somente<br />

por volta da década <strong>de</strong> 1980, a alta administração americana percebeu a<br />

importância <strong>de</strong> se comprometer com a qualida<strong>de</strong> e <strong>para</strong>r <strong>de</strong> exigir lucros em curto<br />

prazo, sem planejamento a<strong>de</strong>quado (MAXIMIANO, 2006). Por outro lado, no Japão,<br />

ao contrário <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>, a alta administração “compreen<strong>de</strong>u que a inserção<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> num produto resulta em aumento <strong>de</strong> posição competitiva” (MANN,<br />

1992, p. 9).<br />

A primeira conferência <strong>de</strong> Deming, no Japão, foi realizada em mea<strong>dos</strong> <strong>de</strong><br />

1950. Neste período pós II Guerra Mundial, as empresas japonesas recuperam-se<br />

rapidamente, mas a preocupação principal era aumentar a quantida<strong>de</strong> e varieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> produtos e não a qualida<strong>de</strong>. Produzia-se muito bem no setor bélico, porém os<br />

japoneses possuíam uma péssima reputação na produção <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> consumo<br />

(MANN, 1992).<br />

Deming é consi<strong>de</strong>rado o responsável pela “Revolução da Qualida<strong>de</strong>” no<br />

Japão, pois foi ele quem mostrou a alta administração japonesa como aplicar a<br />

qualida<strong>de</strong> na produção <strong>para</strong> garantir a qualida<strong>de</strong> do produto. Conseguiu motivar as<br />

empresas <strong>para</strong> que to<strong>dos</strong> se envolvessem na busca da melhoria da qualida<strong>de</strong>. Ainda<br />

no Japão, ministrou cursos <strong>de</strong> méto<strong>dos</strong> estatísticos e em 1951 foi criado em sua<br />

homenagem o Prêmio Deming <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong>. O aumento da qualida<strong>de</strong> representou<br />

o aumento da produtivida<strong>de</strong> no Japão e foi Deming quem ajudou a <strong>de</strong>senvolver a<br />

cultura da qualida<strong>de</strong> neste país.<br />

Este mestre elaborou os 14 pontos que representam o Método Deming <strong>de</strong><br />

Administração que é consi<strong>de</strong>rado chave <strong>para</strong> a implantação do sistema da qualida<strong>de</strong><br />

nas empresas. Os quatorze princípios <strong>de</strong> Deming segundo Mann (1992) são práticas


necessárias <strong>para</strong> a <strong>implementação</strong> <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão pela qualida<strong>de</strong> na<br />

organização.<br />

O primeiro princípio <strong>de</strong> Deming orienta a organização a “criar constância <strong>de</strong><br />

propósitos no sentido <strong>de</strong> melhorar produtos e serviços” (MANN, 1992, p. 27) <strong>de</strong><br />

forma que os recursos sejam planeja<strong>dos</strong> <strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s da<br />

organização <strong>de</strong> longo prazo. De acordo com o segundo princípio, a organização<br />

<strong>de</strong>ve buscar a estabilida<strong>de</strong>, evitando o erro e as não conformida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong> serviços<br />

junto aos fornecedores e no produto final da organização que conseqüentemente irá<br />

contribuir com o cumprimento do terceiro princípio que orienta <strong>para</strong> a diminuição da<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inspeção em massa e fazer o uso da estatística <strong>para</strong> a medição da<br />

qualida<strong>de</strong>.<br />

Mudanças nas atitu<strong>de</strong>s das organizações relativas a melhoria nos <strong>processos</strong><br />

<strong>de</strong> acordo com quarto e quinto princípio <strong>de</strong> Deming <strong>de</strong>vem ser: o controle sobre os<br />

fornecedores <strong>para</strong> eliminar os que não se qualificam nos requisitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da<br />

organização e a procura contínua <strong>dos</strong> problemas que ocorrem no sistema da<br />

organização <strong>para</strong> que sejam elimina<strong>dos</strong> e os <strong>processos</strong> continuamente melhora<strong>dos</strong><br />

(MANN, 1992).<br />

Os princípios, do sexto ao décimo terceiro, estão relaciona<strong>dos</strong> com as<br />

necessida<strong>de</strong>s da força <strong>de</strong> trabalho da organização e po<strong>de</strong>m ser sintetiza<strong>dos</strong> como:<br />

instituir méto<strong>dos</strong> <strong>de</strong> treinamento <strong>para</strong> obter o melhor <strong>de</strong>sempenho da força <strong>de</strong><br />

trabalho; ter uma supervisão que apóie os trabalhadores na solução <strong>dos</strong> problemas<br />

e não-conformida<strong>de</strong>s durante prestação <strong>de</strong> serviço e na fase final <strong>de</strong> elaboração do<br />

produto final da organização; estímulo da comunicação efetiva <strong>para</strong> auxiliar as<br />

pessoas a trabalhar mais produtivamente; eliminar barreiras entre os setores da<br />

organização <strong>de</strong> forma que estimule o trabalho em equipe combinando pessoas das<br />

diferentes áreas da organização; eliminar o uso <strong>de</strong> metas numéricas, cartazes e<br />

slogans que exigem aumento da produtivida<strong>de</strong> sem mencionar os meios necessários<br />

<strong>para</strong> tal objetivo; fazer o uso da estatística <strong>para</strong> análise do <strong>de</strong>sempenho da força <strong>de</strong><br />

trabalho <strong>de</strong> maneira que os estimule a buscar a melhoria contínua <strong>de</strong> suas<br />

ativida<strong>de</strong>s; remover as barreiras que impeçam o trabalhador <strong>de</strong> se orgulhar do<br />

trabalho realizado; oferecer programa <strong>de</strong> atualização e retreinamento constante a fim<br />

<strong>de</strong> manter a equipe a par das mudanças as técnicas <strong>de</strong> trabalho e novas<br />

ferramentas que po<strong>de</strong>m ser adotadas pela organização (MANN, 1992).


O décimo quarto princípio <strong>de</strong> Deming está direcionado <strong>para</strong> a li<strong>de</strong>rança da<br />

organização que <strong>de</strong>ve assumir o compromisso com a adoção <strong>de</strong> medidas <strong>para</strong> a<br />

gestão pela qualida<strong>de</strong> e aumento da produtivida<strong>de</strong>, assim como a adoção <strong>de</strong>stes<br />

princípios que orientam <strong>para</strong> as mudanças na organização na <strong>implementação</strong> <strong>de</strong> um<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão. Estes princípios não <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> isoladamente,<br />

to<strong>dos</strong> precisam ser cumpri<strong>dos</strong> <strong>para</strong> ser colocada em prática a gestão pela qualida<strong>de</strong>.<br />

Todas as partes da organização fazem parte <strong>de</strong> um sistema, e <strong>para</strong> o bom<br />

funcionamento das práticas propostas, todas as partes <strong>de</strong>vem estar em harmonia.<br />

Estes princípios po<strong>de</strong>m ser aplica<strong>dos</strong> em to<strong>dos</strong> os níveis <strong>de</strong> uma organização<br />

(MANN, 1992).<br />

Além <strong>dos</strong> 14 princípios elabora<strong>dos</strong> por Deming, outra ferramenta por ele<br />

<strong>de</strong>senvolvida <strong>para</strong> aplicar na prática os conceitos <strong>de</strong> melhoria contínua foi o Ciclo<br />

PDCA (Plan, Do, Check, Act). Esta ferramenta é aceita universalmente e propicia o<br />

controle e melhoria contínua <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> <strong>de</strong> maneira eficiente. O conceito sobre<br />

esta e outras ferramentas da qualida<strong>de</strong> estão no item 2.5 <strong>de</strong>ste trabalho.<br />

Outro mestre da qualida<strong>de</strong> foi Joseph M. Juran ( MARSHALL JUNIOR et al.,<br />

2007) que <strong>de</strong>senvolveu e li<strong>de</strong>rou trabalhos <strong>para</strong> a administração pela qualida<strong>de</strong>.<br />

Este autor foi o responsável pela transformação <strong>dos</strong> cargos <strong>de</strong> alta e média gerência<br />

das empresas japonesas, a partir <strong>de</strong> 1954 e atingiu este objetivo apresentando que<br />

a qualida<strong>de</strong> começa com planejamento no nível estratégico da organização e passa<br />

a disseminar aos outros setores da organização, um trabalho que <strong>de</strong>ve fluir <strong>de</strong><br />

“cima” <strong>para</strong> “baixo”, isto é, <strong>para</strong> alcançar a qualida<strong>de</strong> em todas as funções da<br />

organização, estas precisam estar integradas. Este mestre elaborou a Trilogia Juran<br />

<strong>para</strong> a administração e implantação <strong>de</strong> melhoria na gestão pela qualida<strong>de</strong>. Estas<br />

três ações básicas são: planejamento da qualida<strong>de</strong> em que são i<strong>de</strong>ntifica<strong>dos</strong> os<br />

clientes e suas necessida<strong>de</strong>s e estabelecem-se padrões, procedimentos e rotinas<br />

<strong>para</strong> os <strong>processos</strong>; controle da qualida<strong>de</strong> que visa à manutenção do processo,<br />

aten<strong>de</strong>ndo aos padrões planeja<strong>dos</strong>; e a melhoria da qualida<strong>de</strong> que é a parte focada<br />

no aumento da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> satisfazer os requisitos da qualida<strong>de</strong> que dizem<br />

respeito às partes interessadas (JURAN, 1992).<br />

Atuou na era da Gestão pela qualida<strong>de</strong> total (TQM), um conceito que consiste<br />

em um conjunto <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s dirigido a encantar os clientes, energizar os<br />

emprega<strong>dos</strong>, aumentar a rentabilida<strong>de</strong> e diminuir os custos. I<strong>de</strong>ntificou as forças que<br />

impactaram a qualida<strong>de</strong>, a revolução japonesa pela qualida<strong>de</strong> e as exigências <strong>dos</strong>


clientes na qualida<strong>de</strong> nos produtos, fatores que influenciaram as mudanças da<br />

gestão pela qualida<strong>de</strong>.<br />

O Japão, após a II Guerra Mundial, seguiu rumo à revolução pela qualida<strong>de</strong>,<br />

foi uma fase em que as indústrias voltadas <strong>para</strong> a produção <strong>de</strong> suprimentos militares<br />

tiveram que se voltar <strong>para</strong> a produção <strong>de</strong> bens civis. Nesse processo <strong>de</strong> mudança,<br />

os japoneses realizaram uma revolução e se tornaram lí<strong>de</strong>res mundiais em<br />

qualida<strong>de</strong>. Nesta revolução, <strong>de</strong>stacaram-se dois gran<strong>de</strong>s mestres da qualida<strong>de</strong>, os<br />

americanos Deming e Juran que foram convida<strong>dos</strong> <strong>para</strong> a realizar conferências no<br />

Japão. Os japoneses ficaram impressiona<strong>dos</strong> com a <strong>de</strong>dicação <strong>de</strong>stes dois mestres<br />

da qualida<strong>de</strong> e assumiram um compromisso <strong>de</strong> voltarem <strong>para</strong> suas companhias e<br />

aplicarem o que tinham aprendido com eles (JURAN, 1995).<br />

De acordo com Maximiano (2006) A. V. Feigenbaum foi o mestre da<br />

qualida<strong>de</strong> responsável pelo <strong>de</strong>senvolvimento do conceito <strong>de</strong> Gestão da Qualida<strong>de</strong><br />

Total 8 (TQM). Este conceito organiza todas as funções da organização<br />

sistematicamente Feigenbaum <strong>de</strong>senvolveu também os 40 príncipios da TQM e<br />

elaborou as <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> custos da qualida<strong>de</strong> (custos <strong>de</strong> prevenção, avaliação e<br />

falhas).<br />

Segundo Mann (1992), Kaoru Ishikawa era presi<strong>de</strong>nte da Japanese Union of<br />

Scientist and Engineers (JUSE) quando conheceu Deming que o procurou <strong>para</strong><br />

compartilhar seus conhecimentos sobre qualida<strong>de</strong> com a alta administração das<br />

empresas japonesas. Ishikawa <strong>de</strong>senvolveu estratégias específicas <strong>para</strong> o Japão a<br />

partir <strong>dos</strong> ensinamentos <strong>de</strong> Deming e Juran e enfatizou a necessida<strong>de</strong> do<br />

envolvimento que a organização precisa <strong>de</strong>senvolver, <strong>de</strong> baixo <strong>para</strong> cima e <strong>de</strong> cima<br />

<strong>para</strong> baixo, durante todo o ciclo <strong>de</strong> vida do produto.<br />

Este estudioso <strong>de</strong>senvolveu os Círculos <strong>de</strong> Controle da Qualida<strong>de</strong> 9 como<br />

ferramenta <strong>de</strong> atuação a fim <strong>de</strong> buscar as soluções <strong>para</strong> melhoria da qualida<strong>de</strong>,<br />

envolvendo voluntariamente os membros da organização.<br />

8 Gestão da Qualida<strong>de</strong> Total é uma metodologia voltada <strong>para</strong> a busca pela excelência, apoiada na certeza <strong>de</strong> que<br />

somente as empresas capazes <strong>de</strong> oferecer um diferencial sobreviverão (ARAÚJO; GARCIA, 2006, p.332).<br />

Consiste no planejamento estratégico, estabelecimento <strong>de</strong> objetivos, educação e treinamento que <strong>de</strong>vem ser<br />

li<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> pelo executivo principal <strong>para</strong> administrar a qualida<strong>de</strong>.<br />

9 Os Círculos <strong>de</strong> Controle da Qualida<strong>de</strong> consiste em reuniões periódicas das quais participam funcionários<br />

voluntários <strong>de</strong> uma mesma área da organização <strong>para</strong> estudar, i<strong>de</strong>ntificar e aperfeiçoar sugestões <strong>para</strong> melhorias<br />

nas situações <strong>de</strong> trabalho por meio <strong>de</strong> levantamento <strong>de</strong> da<strong>dos</strong>, análise, alternativas <strong>de</strong> soluções e recomendações,<br />

que são encaminhadas ao lí<strong>de</strong>r da área (ABREU, 1991).


Outra ferramenta <strong>de</strong>senvolvida por Ishikawa, reconhecida e muito utilizada na<br />

gestão pela qualida<strong>de</strong>, foi o diagrama <strong>de</strong> causa-e-efeito, também conhecido como<br />

“espinha <strong>de</strong> peixe” que está exemplificado no item 2.5 <strong>de</strong>ste trabalho<br />

(MAXIMIANO,2006).<br />

Por último, outro gran<strong>de</strong> mestre que apresenta suas consi<strong>de</strong>rações<br />

importantes <strong>para</strong> a Gestão da Qualida<strong>de</strong>, foi Crosby que <strong>de</strong>senvolveu princípios<br />

absolutos sobre qualida<strong>de</strong>, que são os seguintes: qualida<strong>de</strong> é o cumprimento <strong>dos</strong><br />

requisitos e conformida<strong>de</strong> aos requerimentos; o sistema que gera a qualida<strong>de</strong> é a<br />

prevenção; o padrão <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho é o “zero-<strong>de</strong>feito”; a medida da qualida<strong>de</strong> é o<br />

preço do não-cumprimento, pois o custo da qualida<strong>de</strong> é só uma medida útil.<br />

2.3 ABORDAGENS DA QUALIDADE – CONCEITOS INTRODUTÓRIOS<br />

Existem diversas <strong>de</strong>finições <strong>para</strong> a palavra qualida<strong>de</strong>. As mais importantes<br />

segundo Juran (1992) são: as características <strong>dos</strong> produtos, ou seja, quanto<br />

melhores as características do produto, mais alta a sua qualida<strong>de</strong> e a ausência <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ficiências, quanto menos <strong>de</strong>ficiência melhor a qualida<strong>de</strong>.<br />

Além <strong>dos</strong> conceitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e das ferramentas <strong>de</strong>senvolvidas pelos<br />

gran<strong>de</strong>s mestres da qualida<strong>de</strong>, existem outros conceitos das teorias <strong>de</strong><br />

administração que são necessários <strong>para</strong> a compreensão do <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

qualida<strong>de</strong>.<br />

Segundo Juran (1992) cliente é qualquer pessoa que seja impactada pelo<br />

produto ou pelo processo. Po<strong>de</strong> haver dois tipos <strong>de</strong> clientes: interno e externo.<br />

Clientes externos são impacta<strong>dos</strong> pelo produto, mas não são membros da empresa<br />

que faz o produto, são os consumidores, aqueles que pagam pela aquisição <strong>de</strong> um<br />

produto ou serviço. Clientes internos são impacta<strong>dos</strong> pelo produto e são também<br />

membros da empresa que o produz. São os trabalhadores ou força <strong>de</strong> trabalho, que<br />

em serviços, incluem os funcionários da “linha <strong>de</strong> frente”, são os que lidam<br />

diretamente com o público pagante (JURAN, 1992).<br />

Para aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong> clientes a organização precisa<br />

acompanhar se as ações <strong>dos</strong> gerentes e os recursos disponíveis permitem o alcance<br />

<strong>dos</strong> objetivos traça<strong>dos</strong>, <strong>para</strong> os quais, segundo Soares (2004), precisam ser criadas


“medidas <strong>de</strong> eficiência, eficácia e efetivida<strong>de</strong> que em resumo, me<strong>de</strong>m o<br />

<strong>de</strong>sempenho da organização”. Tenório (2003, apud SOARES, 2004, p. 25) <strong>de</strong>fine<br />

eficiência, eficácia e efetivida<strong>de</strong> como: “Eficiência é a melhor forma <strong>de</strong> fazer algo<br />

com os recursos disponíveis. Eficácia é fazer o que <strong>de</strong>ve ser feito, isto é, cumprir o<br />

objetivo <strong>de</strong>terminado. Efetivida<strong>de</strong> é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r às expectativas da<br />

socieda<strong>de</strong>”.<br />

Para Maximiano (2006, p.7), “eficácia é a palavra usada <strong>para</strong> indicar que a<br />

organização realiza seus objetivos. Quanto mais alto o grau <strong>de</strong> realização <strong>dos</strong><br />

objetivos, mais a organização é eficaz”. Um <strong>de</strong>sempenho eficaz com<strong>para</strong> os<br />

objetivos (<strong>de</strong>sempenho esperado) e resulta<strong>dos</strong> (<strong>de</strong>sempenho realizado) e obtém um<br />

bom índice <strong>para</strong> a avaliação da organização. O mesmo autor cita que “eficiência é a<br />

palavra usada <strong>para</strong> indicar que a organização utiliza produtivamente, ou <strong>de</strong> maneira<br />

econômica, seus recursos”. Maior grau <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> mais eficiente a<br />

organização. Sobre produtivida<strong>de</strong>, este autor observa que é uma maneira simples<br />

<strong>para</strong> avaliar a eficiência <strong>de</strong> um processo, organização ou sistema.<br />

De acordo com as afirmações <strong>de</strong> Drucker (2006), mesmo com o surgimento<br />

<strong>de</strong> novas tecnologias, a produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> bens e serviços continua a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r das<br />

pessoas, pois a tecnologia no trabalho do conhecimento é uma ferramenta e não um<br />

fator <strong>de</strong> produção. Drucker (2006, p. 158) afirma ainda que:<br />

As ferramentas ajudam ou atrapalham a produtivida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do que<br />

as pessoas fazem com elas, do propósito com que são utilizadas ou da<br />

habilida<strong>de</strong> do usuário [...] a principal força por trás da explosão <strong>de</strong><br />

produtivida<strong>de</strong> é a inteligência.<br />

Desta forma, enten<strong>de</strong>-se que a produtivida<strong>de</strong> é basicamente a relação entre<br />

os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> e os recursos utiliza<strong>dos</strong>. Ou seja, a produtivida<strong>de</strong> será maior,<br />

ou melhor, quando for produzido em gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> com menor número <strong>de</strong><br />

recursos possíveis. Estes recursos po<strong>de</strong>m ser humano, financeiro ou intelectual.<br />

Soares (2004) argumenta que as organizações são constituídas <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

com o objetivo <strong>de</strong> projetar, produzir, comercializar, entregar e sustentar seu produto.<br />

Estas ativida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m ser classificadas como os <strong>processos</strong> <strong>de</strong> apoio da<br />

organização e o processo principal 10 . Os <strong>processos</strong> <strong>de</strong> apoio oferecem subsídios<br />

10 Estruturar as ativida<strong>de</strong>s da organização conforme a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor <strong>de</strong> Porter constitui-se em <strong>de</strong>sagregá-las em<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> relevância estratégica, que estão relacionadas ao processo principal do negócio e em ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>


que po<strong>de</strong>m ser insumos, tecnologias, recursos humanos e outras funções <strong>para</strong> a<br />

realização do processo principal do negócio.<br />

As ativida<strong>de</strong>s do processo principal da organização, na visão <strong>de</strong> Soares<br />

(2004), po<strong>de</strong>m ser classificadas em quatro categorias genéricas: Logística <strong>de</strong><br />

entrada que consiste no recebimento e distribuição <strong>de</strong> insumos; Produção/Serviços<br />

que é a transformação <strong>dos</strong> insumos no produto final; Logística <strong>de</strong> saída é a<br />

distribuição do produto ou serviço aos clientes; e Marketing e vendas que <strong>de</strong>vem ser<br />

um meio pelo qual os clientes conhecem e adquirem os produtos ou serviços. Em<br />

algumas situações <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços, a transformação do produto final ocorre<br />

simultaneamente à entrega.<br />

Os <strong>processos</strong> <strong>de</strong> apoio, segundo Soares (2004), po<strong>de</strong>m ser os seguintes:<br />

Aquisição, ativida<strong>de</strong> relacionada a compra <strong>de</strong> matéria-prima e obtenção <strong>de</strong> recursos<br />

necessários <strong>para</strong> execução do processo principal; Tecnologia, são as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

apoio relacionadas a melhoria do produto e processo principal por meio do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos projetos e pesquisa; Gestão <strong>de</strong> recursos humanos<br />

consiste nas ativida<strong>de</strong>s relacionadas ao recrutamento, treinamento e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pessoal; Infraestrutura abrange ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gerência em<br />

geral, ativida<strong>de</strong>s do corpo <strong>de</strong> funcionários administrativos, ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

planejamento, <strong>de</strong> gestão da qualida<strong>de</strong> e outras.<br />

Cada etapa <strong>para</strong> a realização <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> <strong>de</strong> apoio <strong>de</strong>ve ser conhecida<br />

<strong>para</strong> que possa ser efetuado o controle necessário <strong>para</strong> obter o objetivo <strong>de</strong><br />

realização do processo principal com qualida<strong>de</strong>, aten<strong>de</strong>ndo as necessida<strong>de</strong>s e<br />

expectativas <strong>dos</strong> clientes. Para medir <strong>processos</strong> operacionais é preciso haver metas<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e medições do <strong>de</strong>sempenho em relação às metas e <strong>para</strong> isso <strong>de</strong>vem<br />

ser mapeadas as freqüências das <strong>de</strong>ficiências, do re-trabalho, atrasos e <strong>de</strong>sperdício<br />

<strong>de</strong> material.<br />

“Uma boa base <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> é um recurso importante <strong>para</strong> os planejadores”<br />

(JURAN,1992,p. 413). Para o planejamento da qualida<strong>de</strong> precisa-se <strong>de</strong> uma base <strong>de</strong><br />

da<strong>dos</strong> que são informações <strong>dos</strong> ciclos anteriores <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> forma organizada,<br />

<strong>para</strong> que possa colaborar na condução <strong>de</strong> ciclos futuros. São as experiências<br />

humanas sobre os fatos que se transformam em lições aprendidas, compostas pela<br />

apoio, que são os <strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong> e organizacionais necessários <strong>para</strong> suporte ao processo principal. Isto<br />

permite avaliar o funcionamento <strong>de</strong> cada ativida<strong>de</strong> e torna-se possível i<strong>de</strong>ntificar os pontos potenciais <strong>de</strong><br />

diferenciação no mercado (SOARES, 2004).


análise <strong>dos</strong> fatos históricos aconteci<strong>dos</strong>. As experiências tornam-se conhecimentos<br />

úteis que são importantes <strong>para</strong> a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, estas informações e<br />

conhecimentos retornam <strong>para</strong> a organização por meio do feedback. Estas<br />

informações servirão <strong>para</strong> elaborar o <strong>diagnóstico</strong> <strong>de</strong> como cada processo da<br />

organização se apresenta.<br />

Para Juran (1992), processo é uma série sistemática <strong>de</strong> ações dirigidas à<br />

realização <strong>de</strong> uma meta. Segundo o mesmo autor <strong>para</strong> realizar o planejamento da<br />

qualida<strong>de</strong> do processo é necessário o planejamento prévio da qualida<strong>de</strong> do produto.<br />

Para efetuar a análise do processo, os passos a serem segui<strong>dos</strong> compreen<strong>de</strong>m<br />

transformar fatos em da<strong>dos</strong>, organizar os da<strong>dos</strong>, processar os da<strong>dos</strong> e tirar<br />

conclusões. Para a coleta <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> é preciso planejar a coleta, comprometer o<br />

coletor com o processo, treinar o coletor.<br />

“Projeto <strong>de</strong> processo é a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>dos</strong> meios específicos a<br />

serem usa<strong>dos</strong> pelas forças operacionais <strong>para</strong> atingir as metas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> do<br />

produto” (JURAN, 1992, p. 226). Para isso são necessárias informações das metas<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> do produto, das condições operacionais, da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>processos</strong><br />

alternativos informações das metas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> do produto, das condições<br />

operacionais, da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>processos</strong> alternativos.<br />

O mapeamento <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> é uma ativida<strong>de</strong> na qual a partir <strong>de</strong> uma<br />

análise constrói-se um fluxograma ou um relatório contendo as ativida<strong>de</strong>s e<br />

<strong>de</strong>limitando on<strong>de</strong> o processo se inicia e termina. Esta ativida<strong>de</strong> permite conhecer e<br />

conseqüentemente controlar os <strong>processos</strong> que po<strong>de</strong>m ser aprimora<strong>dos</strong>. (JURAN,<br />

1992). Conforme observa Araújo (2001), o processo tem sempre um início e um fim<br />

claramente <strong>de</strong>limita<strong>dos</strong>. Conhecer os <strong>de</strong>talhes <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> permite dinamizar o<br />

dia-a-dia das organizações. Para o estudo <strong>dos</strong> <strong>processos</strong>, Araújo (2001) ressalta<br />

que eliminar passos é uma das alternativas na simplificação <strong>de</strong> <strong>processos</strong>; a<br />

omissão <strong>de</strong> algum passo do processo compromete o resultado final; o processo não<br />

acontece isolado, po<strong>de</strong> haver reflexo nos outros e que a análise <strong>de</strong> <strong>processos</strong> é,<br />

portanto, uma ferramenta importante no estudo organizacional.<br />

O conceito <strong>de</strong> melhoria contínua consta nas normas ISO 9000:2000 e ISO<br />

9004:2000 11 como um <strong>dos</strong> princípios <strong>para</strong> conduzir à gestão da qualida<strong>de</strong>. Melhoria<br />

contínua <strong>de</strong>ve ser um objetivo permanente da organização. Mann (1992) enten<strong>de</strong><br />

11 As normas ISO 9000:2000 e ISO 9004:2000 promovem a adoção <strong>de</strong> requisitos <strong>de</strong> uma abordagem <strong>de</strong> processo<br />

<strong>para</strong> <strong>implementação</strong> <strong>de</strong> um Sistema <strong>de</strong> Gestão da Qualida<strong>de</strong> (ARAÚJO, 2004).


que <strong>para</strong> a organização colocar em prática os conceitos <strong>de</strong> melhoria contínua <strong>de</strong>ve<br />

engajar to<strong>dos</strong> trabalhadores e a administração, setores essenciais <strong>para</strong> melhoria da<br />

qualida<strong>de</strong> e produtivida<strong>de</strong>. Outras atitu<strong>de</strong>s que precisam ser tomadas são conhecer<br />

e ouvir os clientes internos e externos. Gerentes que trabalham na direção da<br />

contínua melhoria da qualida<strong>de</strong> sabem que o feedback dado pelo cliente oferece<br />

informações vitais que não po<strong>de</strong>m ser obtidas <strong>de</strong> outra fonte.<br />

Segundo Juran (1992) a participação do trabalhador no planejamento da<br />

qualida<strong>de</strong> mostrou-se importante <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>dos</strong> conceitos<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Esta participação começa com os Círculos <strong>de</strong> Controle da Qualida<strong>de</strong><br />

(CCQ) que são forma<strong>dos</strong> por grupo voluntário <strong>de</strong> trabalhadores que receberam<br />

treinamento <strong>para</strong> a solução <strong>de</strong> problemas relaciona<strong>dos</strong> ao trabalho. “A abordagem<br />

conceitual sobre CCQ: no Japão era consi<strong>de</strong>rada uma extensão <strong>dos</strong> esforços feitos<br />

nos anos 50 <strong>para</strong> melhorar a qualida<strong>de</strong> por meios <strong>gerenciais</strong>” (JURAN,1992, p. 402).<br />

Este conceito foi estendido aos trabalhadores e aos treinamentos em CCQ, a partir<br />

<strong>de</strong> 1962 <strong>para</strong> a obtenção <strong>de</strong> novos melhoramentos e ampliação da participação <strong>dos</strong><br />

trabalhadores nos negócios da empresa. Com a crise da qualida<strong>de</strong> no Japão, houve<br />

treinamento em massa da hierarquia gerencial japonesa <strong>para</strong> o gerenciamento pela<br />

qualida<strong>de</strong>. Em 1962, os gerentes estavam pre<strong>para</strong><strong>dos</strong> <strong>para</strong> dirigir os CCQ aos<br />

canais produtivos. O movimento foi coor<strong>de</strong>nado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, pela Japanese<br />

Union of Scientist and Engineers (JUSE). Esta organização preparou tudo o que foi<br />

necessário <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento do CCQ: materiais <strong>de</strong> treinamento, cursos,<br />

assistência consultiva, organizou conferências e publicou estu<strong>dos</strong>.<br />

De acordo com Behara (2001), o foco <strong>dos</strong> pesquisadores e <strong>dos</strong> teóricos da<br />

qualida<strong>de</strong> era a produção <strong>de</strong> bens tangíveis. Para eles, aplicação em serviços era<br />

semelhante ao que era <strong>de</strong>senvolvido <strong>para</strong> produtos tangíveis. A a<strong>de</strong>quação <strong>dos</strong><br />

conceitos e das ferramentas da qualida<strong>de</strong> <strong>para</strong> as organizações <strong>de</strong> serviços serão<br />

discutidas a seguir. Hoje há um crescente esforço <strong>para</strong> aplicar a gestão da<br />

qualida<strong>de</strong> em serviços. As organizações que prestam serviços buscam nos mo<strong>de</strong>los<br />

<strong>de</strong> gestão melhorar seus <strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong> e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus serviços com a<br />

participação e o comprometimento <strong>de</strong> sua força <strong>de</strong> trabalho.


2.4 QUALIDADE EM PRODUTOS X QUALIDADE EM SERVIÇOS<br />

No <strong>de</strong>senvolvimento <strong>dos</strong> conceitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> nota-se que o foco sempre<br />

foi a qualida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> produtos que ao longo <strong>dos</strong> anos foi adaptada ao foco da indústria<br />

<strong>de</strong> bens <strong>para</strong> as organizações que prestam serviços. Devido a características <strong>dos</strong><br />

serviços como a abstração e intangibilida<strong>de</strong>, os poucos estu<strong>dos</strong> foram <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong><br />

nesta área. Para Juran, a aplicação da qualida<strong>de</strong> em serviços não po<strong>de</strong> ser feita da<br />

mesma da mesma forma que é aplicada em produtos.<br />

Ainda segundo Juran (1992), bens são coisas físicas, por exemplo, carro,<br />

celular. Serviço é o trabalho executado <strong>para</strong> alguém. Os serviços incluem os<br />

trabalhos executa<strong>dos</strong> <strong>para</strong> alguém <strong>de</strong>ntro das empresas, por exemplo, pre<strong>para</strong>ção<br />

da folha <strong>de</strong> pagamentos, recrutamento <strong>de</strong> novos funcionários. Tais serviços são<br />

muitas vezes chama<strong>dos</strong> <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> apoio.<br />

Sobre a diferença da qualida<strong>de</strong> em serviços e manufaturas alguns aspectos<br />

<strong>de</strong>vem ser analisa<strong>dos</strong>. Manufaturas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> são tangíveis. Os produtos<br />

manufatura<strong>dos</strong> <strong>para</strong> que sejam <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem possuir três aspectos principais:<br />

ser resistentes, ser um produto que possa ser produzido e ser um produto confiável.<br />

E também <strong>de</strong>ve possuir as seguintes características: <strong>de</strong>sempenho, atributos,<br />

confiabilida<strong>de</strong>, conformida<strong>de</strong>, durabilida<strong>de</strong>, manutenção, estética, qualida<strong>de</strong><br />

percebida (LAS CASAS, 2004).<br />

Portanto, serviços <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> possuem características predominantemente<br />

intangíveis. A qualida<strong>de</strong> em serviços po<strong>de</strong> ser dimensionada por algumas variáveis<br />

qualitativas, tais como: confiabilida<strong>de</strong>, responsivida<strong>de</strong> 12 , garantia e empatia. O objeto<br />

<strong>de</strong> comercialização <strong>de</strong> serviços é intangível, po<strong>de</strong>ndo algumas vezes estar<br />

associado ao consumo na mesma ocasião <strong>de</strong> um produto tangível, o serviço <strong>de</strong><br />

hospedagem em um hotel, por exemplo, apresenta estes tipos <strong>de</strong> características.<br />

Las Casas (2004) compreen<strong>de</strong> que a prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> ocorre<br />

quando os mesmos são bem feitos ao mesmo tempo em que se consi<strong>de</strong>ra a forma<br />

como eles são percebi<strong>dos</strong> pelos clientes. Para causar a “boa impressão” o prestador<br />

<strong>de</strong> serviço <strong>de</strong>ve dar enfoque <strong>para</strong> a parte intangível que acompanha ou não algum<br />

12 A responsivida<strong>de</strong> é um <strong>de</strong>terminante da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços, sendo entendida como a prontidão no trato com<br />

solicitações <strong>dos</strong> clientes ou como o tempo que estes <strong>de</strong>vem esperar por ajuda, resposta ou atenção (SILVA,<br />

2004).


em. No final o cliente estará satisfeito ou não. Satisfação é um sentimento,<br />

portanto, a qualida<strong>de</strong> do serviço é variável <strong>de</strong> acordo com o momento e o tipo <strong>de</strong><br />

pessoa.<br />

Para uma organização oferecer serviços <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> precisa estar bem<br />

estruturada e estar na busca da melhoria contínua. Este processo envolve pesquisa,<br />

mudança cultural na organização, marketing interno, treinamento, comunicação,<br />

controle.<br />

Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Serviços, na <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> Juran (1992), apresenta os seguintes<br />

itens: características, <strong>de</strong>sempenho, competitivida<strong>de</strong>, pontualida<strong>de</strong>, cortesia,<br />

capacida<strong>de</strong> do processo, ausência <strong>de</strong> erros, conformida<strong>de</strong> com os padrões e<br />

procedimentos. Por sua vez, Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Produtos possui alguns itens similares ao<br />

<strong>de</strong> serviços, mas com uma abordagem diferente, tais como: características,<br />

<strong>de</strong>sempenho, competitivida<strong>de</strong>, segurança do produto, ausência <strong>de</strong> falhas no uso,<br />

confiabilida<strong>de</strong>, facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manutenção, disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> reposição,<br />

durabilida<strong>de</strong>, apelo estético, rendimentos do processo, custo da má qualida<strong>de</strong>,<br />

conformida<strong>de</strong> com especificações, padrões e procedimentos.<br />

A qualida<strong>de</strong> em serviços apresenta características abstratas. Para medir o<br />

nível <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> é preciso quantificar o número <strong>de</strong> violações a essas abstrações.<br />

Para Juran (1992, p. 125) “Uma outra abordagem <strong>para</strong> se lidar com abstrações é<br />

dividi-las em realida<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ntificáveis”. Por exemplo, <strong>de</strong>finir os itens que em conjunto<br />

constituem a aparência <strong>de</strong> um quarto <strong>de</strong> hotel.<br />

Os conceitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> evoluíram acompanhando a crescente expectativa<br />

em relação à qualida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> produtos e serviços. Behara (2001) cita que no <strong>de</strong>correr<br />

do <strong>de</strong>senvolvimento da gestão pela qualida<strong>de</strong>, a predominância era a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> orientada <strong>para</strong> conformida<strong>de</strong> com especificações que aos poucos<br />

começou a abranger o cliente como peça fundamental <strong>para</strong> o conceito <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

Com a importância que o segmento <strong>de</strong> serviços adquiriu nos estu<strong>dos</strong> <strong>de</strong> gestão da<br />

qualida<strong>de</strong>, um conceito atualizado <strong>para</strong> qualida<strong>de</strong> é o atendimento ou superação das<br />

expectativas <strong>dos</strong> clientes. Qualida<strong>de</strong> em serviços é mais difícil <strong>de</strong> ser medida e ainda<br />

são poucas as ferramentas aplicáveis a serviços <strong>de</strong>vido a sua característica<br />

principal: a abstração. Cada tipo <strong>de</strong> serviço apresenta uma particularida<strong>de</strong> <strong>para</strong> a<br />

medição da qualida<strong>de</strong>.<br />

Para Broh (1982, apud MARSHALL et al., 2007), qualida<strong>de</strong> é o grau <strong>de</strong><br />

excelência a um preço aceitável e o controle da variabilida<strong>de</strong> a um custo aceitável.


Karl Albrecht conceitua qualida<strong>de</strong> em serviços como a capacida<strong>de</strong> que uma<br />

experiência ou qualquer outro fator tenha <strong>para</strong> satisfazer uma necessida<strong>de</strong>, resolver<br />

um problema ou fornecer benefícios a alguém (ALBRECHT, 1992).<br />

Para implantar um programa <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, a organização, por iniciativa do<br />

setor estratégico, <strong>de</strong>ve divulgar os conceitos básicos a to<strong>dos</strong> os membros da<br />

organização. Para isto, faz-se necessário um sistema <strong>de</strong> comunicação eficiente e<br />

cultura organizacional integrada em busca da melhoria contínua. Esta idéia é<br />

também <strong>de</strong>fendida por Las Casas (2004, p.138) na seguinte afirmação: “A<br />

comunicação é o meio principal <strong>para</strong> implantar qualquer mudança na organização”.<br />

Além da comunicação eficiente toda organização <strong>de</strong>ve preocupar-se com um <strong>dos</strong><br />

principais bens intangíveis que possui: o conhecimento. Da mesma forma,<br />

segundo Albrecht (1992), existem várias formas <strong>para</strong> que envolvi<strong>dos</strong> em uma<br />

organização possam lidar com um programa <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. O autor propõe um<br />

mo<strong>de</strong>lo no qual os envolvi<strong>dos</strong> tenham um comprometimento pessoal com a<br />

excelência do serviço como diretriz <strong>de</strong> marketing e disposição <strong>para</strong> aplicar o<br />

programa a<strong>de</strong>quado. A organização <strong>de</strong>ve ter consciência que são necessários dois<br />

ou mais anos <strong>para</strong> serem percebi<strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> substanciais e permanentes. Para<br />

que a <strong>implementação</strong> <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e mudanças ocorra na<br />

organização são fundamentais a aproximação <strong>dos</strong> indivíduos com os propósitos <strong>dos</strong><br />

estu<strong>dos</strong> e torná-lo integrante do processo <strong>de</strong> mudança. E conseqüentemente, <strong>para</strong><br />

isso precisa-se ter competência na gestão <strong>de</strong> pessoas (ARAUJO, 2001).<br />

Para que um programa <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> se concretize e se torne operacional faz-<br />

se necessário o aprendizado <strong>de</strong> diversas técnicas que neste trabalho está<br />

estruturado no item a seguir – as ferramentas da qualida<strong>de</strong>.<br />

2.5 AS FERRAMENTAS DA QUALIDADE<br />

As principais ferramentas utilizadas na gestão pela qualida<strong>de</strong> <strong>para</strong> estudo da<br />

organização e <strong>dos</strong> <strong>processos</strong>, gerenciamento e controle são: fluxograma, folha <strong>de</strong><br />

verificação, gráfico <strong>de</strong> pareto, diagrama <strong>de</strong> causa e efeito, histograma, 5W 2H e o<br />

ciclo PDCA.


Segundo Marshall Junior (2007), o fluxograma é uma representação gráfica<br />

que permite a fácil visualização <strong>dos</strong> passos <strong>de</strong> um processo apresentando a<br />

seqüência <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> forma lógica, usando símbolos padroniza<strong>dos</strong> que<br />

facilitam a representação <strong>dos</strong> <strong>processos</strong>. O fluxograma po<strong>de</strong> conter e dispor que<br />

qualquer quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> símbolos, conforme a necessida<strong>de</strong> do processo que se<br />

<strong>de</strong>seja representar. Um mo<strong>de</strong>lo básico <strong>de</strong>sta ferramenta está representado na figura<br />

a seguir.<br />

Figura 1: Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Fluxograma<br />

Fonte: www.vipnet.pt/saibamais.htm<br />

De acordo com o mesmo autor, a folha <strong>de</strong> verificação é uma ferramenta<br />

usada <strong>para</strong> quantificar a freqüência com que certos eventos ocorrem num<br />

<strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong> tempo. Po<strong>de</strong> ser analisada horizontalmente ou<br />

verticalmente <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificar o impacto do período <strong>de</strong> tempo consi<strong>de</strong>rado. Esta<br />

ferramenta <strong>de</strong>ve ser elaborada a partir das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informações da<br />

organização (MARSHALL JUNIOR, 2007). Um mo<strong>de</strong>lo básico encontra-se na figura<br />

a seguir.


Figura 2: Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Folha <strong>de</strong> Verificação<br />

Fonte: www.oficinadanet.com.br/imagens/conteu<strong>dos</strong>/167/gd_folha_<strong>de</strong>_verificacao.jpg<br />

Com a obtenção <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> estatísticos torna-se possível a elaboração do<br />

Gráfico <strong>de</strong> Pareto que é graficamente representado por barras que são construí<strong>dos</strong><br />

a partir <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> da<strong>dos</strong>, esta ferramenta é utilizada geralmente<br />

<strong>para</strong> priorizar problemas e i<strong>de</strong>ntificar suas causas (MARSHALL JUNIOR, 2007). A<br />

figura 3 é um exemplo <strong>de</strong>sta ferramenta.


Figura 3: Exemplo <strong>de</strong> um Gráfico <strong>de</strong> Pareto<br />

Fonte: www.vipnet.pt/saibamais.htm<br />

Uma ferramenta importante é o diagrama <strong>de</strong> causa e efeito, também<br />

conhecido como diagrama <strong>de</strong> Ishikawa ou diagrama espinha <strong>de</strong> peixe, é uma<br />

ferramenta <strong>de</strong> representação das possíveis causas que levam a um <strong>de</strong>terminado<br />

efeito. As causas são agrupadas por categorias e semelhanças previamente<br />

estabelecidas, ou percebidas durante o processo <strong>de</strong> classificação. Possui quatro<br />

etapas <strong>para</strong> sua elaboração: discussão, <strong>de</strong>scrição do problema, levantamento das<br />

causas, análise do diagrama (MARSHALL JUNIOR, 2007). A figura 4 ilustra o<br />

conceito apresentado.<br />

Figura 4: Demonstração gráfica do Diagrama <strong>de</strong> Causa e Efeito<br />

Fonte: www.vipnet.pt/saibamais.htm


Assim como na ferramenta Gráfico <strong>de</strong> Pareto, <strong>para</strong> a elaboração <strong>de</strong> um<br />

Histograma também é necessário o uso <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> estatísticos que possibilita seu<br />

emprego por meio da construção <strong>de</strong> um gráfico <strong>de</strong> barras que mostra a distribuição<br />

<strong>de</strong> da<strong>dos</strong> por categorias e fornece uma fotografia da variável num <strong>de</strong>terminado<br />

instante. Representa uma distribuição <strong>de</strong> freqüência que são agrupadas<br />

estatisticamente na forma <strong>de</strong> classes a partir da qual se observa a tendência central<br />

<strong>dos</strong> valores e sua variabilida<strong>de</strong> (MARSHALL JUNIOR, 2007). Um exemplo <strong>de</strong><br />

Histograma é representado na figura 5.<br />

Figura 5: Exemplo <strong>de</strong> Histograma<br />

Fonte: www.vipnet.pt/saibamais.htm<br />

Outra ferramenta importante <strong>para</strong> <strong>diagnóstico</strong> da situação atual da<br />

organização e que auxilia na elaboração do plano <strong>de</strong> ação <strong>para</strong> práticas <strong>de</strong><br />

melhorias é <strong>de</strong>nominada 5W 2H, utilizada também no mapeamento e padronização<br />

do processo e no estabelecimento <strong>de</strong> procedimentos associa<strong>dos</strong> a indicadores. O<br />

5W 2 H representa as iniciais das palavras, em inglês, Why (por que), What (o que),<br />

Where (on<strong>de</strong>), When (quando), Who (quem), How (como) e How much (quanto<br />

custa). A figura 6 contém um quadro que serve <strong>de</strong> orientação <strong>para</strong> o uso <strong>de</strong>sta<br />

ferramenta.


Figura 6: Exemplo <strong>de</strong> quadro <strong>para</strong> direcionar o uso da ferramenta 5W2H<br />

Fonte: www.banasmetrologia.com.br/arquivos/produtos%20saú<strong>de</strong>3.JPG<br />

O ciclo PDCA, i<strong>de</strong>alizado por Shewhart e <strong>de</strong>senvolvido e promovido por<br />

Deming, possui quatro fases que <strong>de</strong>vem ser praticadas <strong>de</strong> forma cíclica e<br />

ininterrupta. São elas: Plan (planejamento) que consiste em estabelecer metas e<br />

objetivos, como conseqüência, <strong>de</strong>senvolver méto<strong>dos</strong> e procedimentos <strong>para</strong> alcançá-<br />

los; Do (execução), fase <strong>de</strong> <strong>implementação</strong> do planejamento que <strong>para</strong> tal é<br />

necessário fornecer treinamento, executar a tarefa e coletar da<strong>dos</strong>; Check<br />

(verificação) com<strong>para</strong> as metas alcançadas e os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> com o que foi<br />

planejado; Act (agir corretivamente), fase <strong>de</strong> busca das causas <strong>dos</strong> <strong>de</strong>feitos<br />

ocorri<strong>dos</strong> nos produtos ou durante o processo e implica em adotar como padrão o<br />

que foi planejado e bem executado. O uso promove a melhoria contínua e<br />

sistemática na organização. O ciclo PDCA também po<strong>de</strong> ser utilizado <strong>para</strong> análise<br />

<strong>de</strong> problemas, mas neste caso, o método aplicado <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> domínio <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os<br />

colaboradores, e não apenas <strong>dos</strong> ocupantes <strong>de</strong> cargos no nível estratégico da<br />

organização (MARSHALL JUNIOR et al, 2007).<br />

As quatro fases do ciclo PDCA estão representadas na figura7:


Figura 7: Ciclo PDCA<br />

Fonte: http://www.nbr-iso-14001.com.br/arquivoseditor_knower/image/pdca2.jpg<br />

Uma forma <strong>de</strong> se angariar e sistematizar os esforços <strong>de</strong> uma organização<br />

focada no processo <strong>de</strong> melhoria contínua propiciada pela gestão da qualida<strong>de</strong> é<br />

candidata-la a um prêmio ou a uma certificação. No próximo item, se discorre sobre<br />

a importância e papel <strong>de</strong>sses prêmios, das suas origens e <strong>dos</strong> seus propósitos.<br />

2.6 FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE<br />

No Brasil, o governo fe<strong>de</strong>ral tomou a primeira iniciativa no estimulo à<br />

produção com qualida<strong>de</strong> com o lançamento do Programa da Qualida<strong>de</strong> e<br />

Produtivida<strong>de</strong> – PQP, em 1986, que tinha a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cooperar <strong>para</strong> o<br />

crescimento econômico da indústria nacional. Em 1990 o governo criou outro<br />

programa – Programa Brasileiro da Qualida<strong>de</strong> e Produtivida<strong>de</strong> (PBQP) a fim <strong>de</strong><br />

proporcionar maior integração entre as diversas áreas do governo junto à socieda<strong>de</strong>.<br />

O objetivo era a melhoria <strong>dos</strong> bens e serviços produzi<strong>dos</strong> no Brasil e a melhoria da<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do cidadão (BEZERRA, 2004).


A entida<strong>de</strong>, hoje <strong>de</strong>nominada Fundação Nacional da Qualida<strong>de</strong> – FNQ, foi<br />

instituída em outubro <strong>de</strong> 1991, com o nome Fundação <strong>para</strong> o Prêmio Nacional da<br />

Qualida<strong>de</strong> – FNPQ. Esta entida<strong>de</strong> privada e sem fins lucrativos foi criada<br />

inicialmente com a missão <strong>de</strong> administrar o Prêmio Nacional da Qualida<strong>de</strong> – PNQ e<br />

as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>correntes do processo <strong>de</strong> premiação. Com o crescimento <strong>de</strong> sua<br />

importância no cenário nacional, a FNQ, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2005, tem a missão <strong>de</strong><br />

promover a conscientização das organizações brasileiras na busca pela excelência e<br />

disseminar as melhores práticas das organizações reconhecidas pelo PNQ. Para<br />

isso preten<strong>de</strong> contribuir <strong>para</strong> o aperfeiçoamento da gestão, apoiada em três pilares:<br />

Educação, Mobilização e Premiação (BEZERRA, 2004; SOARES, 2004).<br />

2.6.1 Prêmios <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong>: Deming Prize e Malcom Baldrige National Quality<br />

Award<br />

Os prêmios <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> são um reconhecimento <strong>para</strong> as empresas que<br />

aplicam as melhores práticas <strong>de</strong> excelência em gestão.Para a premiação são<br />

avalia<strong>dos</strong> os <strong>processos</strong> e os resulta<strong>dos</strong> das organizações que é premiada <strong>de</strong> acordo<br />

com o grau <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong> das suas práticas. As melhores práticas que se <strong>de</strong>stacam<br />

pela excelência do <strong>de</strong>sempenho servem <strong>de</strong> benchmarking 13 <strong>para</strong> as organizações<br />

que buscam a qualida<strong>de</strong> e a melhoria contínua. O conceito <strong>de</strong> excelência está<br />

associado às práticas reconhecidas mundialmente como as melhores <strong>para</strong> as<br />

organizações, <strong>de</strong>ntro do enfoque <strong>de</strong> seus sistemas <strong>gerenciais</strong> e operacionais,<br />

enquanto o conceito <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho está associado aos resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> pela<br />

organização. Os prêmios <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> revisam anualmente seus critérios<br />

proporcionando ao mercado e à socieda<strong>de</strong> informações sobre as evoluções e novas<br />

práticas <strong>de</strong> gestão observadas nas organizações premiadas.<br />

Os principais objetivos <strong>dos</strong> prêmios <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> são os benefícios que<br />

proporcionam a organização por meio do estímulo ao <strong>de</strong>senvolvimento cultural,<br />

político, científico, tecnológico, econômico e social <strong>de</strong> um país com a aplicação <strong>de</strong><br />

13 Benhmarking é o processo continuo <strong>de</strong> medição <strong>de</strong> produtos, serviços e práticas em relação aos mais fortes<br />

concorrentes, ou às empresas reconhecidas como lí<strong>de</strong>res em suas indústrias.(KEARNS, 1986 apud CAMP, 1998,<br />

p. 8)


práticas que visam a melhoria <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> e o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável 14 .<br />

Com a auto-avaliação realizada <strong>para</strong> a participação nos prêmios <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, a<br />

organização tem a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhorias em<br />

suas ativida<strong>de</strong>s. Uma vez recebido o prêmio, que reconhece o grau <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong><br />

da empresa, suas melhores práticas são divulgadas e obtém o reconhecimento<br />

público. As melhores práticas servirão como benchmarking <strong>para</strong> outras<br />

organizações. Aplicando sistematicamente o conceito <strong>de</strong> melhoria contínua e as<br />

oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhorias apontadas no relatório <strong>de</strong> avaliação elaborado pelos<br />

avaliadores do prêmio, o reconhecimento como uma organização <strong>de</strong> classe mundial,<br />

termo usado <strong>para</strong> <strong>de</strong>signar uma organização entre as melhores do mundo, po<strong>de</strong>rá<br />

ser alcançada (VIEIRA NETO, 2007).<br />

Para o reconhecimento e premiação das organizações, o PNQ segue os<br />

mesmos critérios <strong>de</strong> avaliação do Malcom Baldrige National Quality Award <strong>dos</strong><br />

Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>, que por sua vez, foi inspirado no Prêmio Deming Prize do Japão.<br />

Esses prêmios estabelecem critérios <strong>de</strong> avaliação sem prescrever metodologias e<br />

ferramentas <strong>de</strong> gestão. Os prêmios <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> permitem promover o entendimento<br />

<strong>dos</strong> requisitos necessários <strong>para</strong> alcançar a excelência do <strong>de</strong>sempenho e<br />

conseqüentemente a melhoria da competitivida<strong>de</strong> da organização. Assim, as<br />

organizações têm a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer benchmarking das melhores práticas e<br />

méto<strong>dos</strong> <strong>de</strong> gestão, e nos resulta<strong>dos</strong> das organizações premiadas verem os<br />

benefícios oriun<strong>dos</strong> das estratégias da busca da excelência em gestão (BEZERRA,<br />

2004).<br />

O precursor <strong>dos</strong> prêmios <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> foi o Prêmio Deming Prize, criado no<br />

Japão pela JUSE 15 , que escolheu este nome <strong>para</strong> homenagear Deming, teórico que<br />

influenciou a recuperação da economia japonesa com a gestão pela qualida<strong>de</strong> cuja<br />

filosofia encontra-se alicerçada em seus 14 princípios (já cita<strong>dos</strong> anteriormente),<br />

aplicáveis a to<strong>dos</strong> os níveis da organização. O objetivo <strong>de</strong> seu trabalho era difundir<br />

as idéias e colocar em prática a busca em fazer o trabalho correto <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primeira<br />

vez, evitar o re-trabalho e diminuir os custos com as falhas.<br />

14 Neste trabalho, enten<strong>de</strong>-se que o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável consiste na ato da organização “ i<strong>de</strong>ntificar os<br />

impactos na socieda<strong>de</strong> que possam <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> suas instalações, <strong>processos</strong>, produtos e serviços e executar ações<br />

preventivas <strong>para</strong> eliminar ou minimizar esses impactos em todo o ciclo <strong>de</strong> vida das instalações, produtos e<br />

serviços” (FNQ, 2008, p.14).<br />

15 JUSE - Japanese Union of Scientist and Engineers


Segundo Mann (1992), o Prêmio Deming é concedido por aplicação, <strong>para</strong> isso<br />

os candidatos <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>monstrar o funcionamento <strong>de</strong> méto<strong>dos</strong> <strong>para</strong> a melhoria <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> e o sucesso <strong>dos</strong> mesmos na organização, e <strong>para</strong> isso a administração<br />

precisa <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> cinco anos <strong>para</strong> po<strong>de</strong>r tornar-se elegível, pela educação e<br />

exame <strong>de</strong> toda a organização.<br />

Para que as empresas ganhassem o Prêmio Deming, a força <strong>de</strong> trabalho e a<br />

administração tinham que estar empenhadas <strong>para</strong> provarem o sucesso na aplicação<br />

<strong>de</strong> inovações no controle da qualida<strong>de</strong> (MANN, 1992). A cada ano a concorrência<br />

pelo prêmio aumenta e as inovações apresentadas pelas companhias vencedoras<br />

do prêmio tornam-se referência <strong>para</strong> as <strong>de</strong>mais. Assim, as empresas japonesas<br />

apren<strong>de</strong>ram juntas, o caminho <strong>para</strong> alcançar a excelência, fortalecendo a economia<br />

do país e tornando-se lí<strong>de</strong>r na economia mundial.<br />

Nos anos 80, os americanos <strong>de</strong>scobriram que era um americano que havia<br />

influenciado a transformação japonesa. Logo Deming foi convidado <strong>para</strong> diversos<br />

programas que consagrou, também na América, os conceitos da Gestão da<br />

Qualida<strong>de</strong> Total (TQM). Naquela década as empresas americanas voltaram-se <strong>para</strong><br />

a aplicação <strong>dos</strong> conceitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> já estrutura<strong>dos</strong> no Japão.<br />

Em 1987 foi instituído o Prêmio Malcolm Baldrige National Quality Award<br />

(MBNQA) nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>. Dele po<strong>de</strong>m participar organizações públicas e<br />

privadas norte-americanas. O nome foi em homenagem a Malcom Baldrige, que foi<br />

secretário <strong>de</strong> comércio nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> <strong>de</strong> 1981 até 1987 e trabalhou na busca<br />

pela excelência das empresas americanas.<br />

Segundo Pannirselvam e Ferguson (2001), os critérios adota<strong>dos</strong> no MBNQA<br />

dão ênfase além <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong>, nas práticas <strong>de</strong> recursos humanos e envolvimento<br />

<strong>dos</strong> emprega<strong>dos</strong> como práticas essenciais <strong>para</strong> o progresso da <strong>implementação</strong> da<br />

qualida<strong>de</strong> nas organizações, pois são eles que <strong>de</strong>terminam a efetivida<strong>de</strong> do produto,<br />

da gestão <strong>dos</strong> <strong>processos</strong>, no foco no cliente e gestão <strong>de</strong> relacionamentos que são<br />

importantes no <strong>de</strong>senvolvimento do foco da qualida<strong>de</strong> na organização.<br />

Foi a partir <strong>dos</strong> Prêmio Deming, do Japão e do Malcom Baldrige National<br />

Quality Award <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> que criou-se o Prêmio Nacional da Qualida<strong>de</strong> e a<br />

partir <strong>de</strong>ste os <strong>de</strong>mais prêmios regionais no Brasil. O Prêmio <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> brasileiro<br />

será tratado no próximo item.


2.6.2 Prêmio Nacional da Qualida<strong>de</strong> - PNQ<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> premiação do PNQ é estabelecer quais os critérios <strong>para</strong> que<br />

as organizações candidatas façam sua auto-avaliação por meio <strong>de</strong> um relatório <strong>de</strong><br />

gestão, submetido à análise <strong>dos</strong> avaliadores, que são voluntários <strong>de</strong> outras<br />

organizações, treina<strong>dos</strong> e capacita<strong>dos</strong> <strong>para</strong> efetuarem a verificação das<br />

conformida<strong>de</strong>s nos relatórios. A partir <strong>de</strong>sta análise, os avaliadores elaboram um<br />

relatório <strong>de</strong> avaliação que aponta os pontos fortes da organização aos quais serão<br />

atribuí<strong>dos</strong> pontos e as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhorias necessárias à gestão das<br />

organizações, constituindo uma ferramenta importante <strong>para</strong> o aprendizado da<br />

organização, orientação na formulação <strong>de</strong> novas metas e méto<strong>dos</strong> <strong>para</strong> a busca da<br />

excelência e melhoria contínua. Esta sistemática apresenta muitos benefícios à<br />

candidata ao prêmio, pois cria a oportunida<strong>de</strong> do aprendizado interno com a<br />

elaboração do relatório <strong>de</strong> gestão e com o relatório <strong>de</strong> avaliação <strong>dos</strong> avaliadores são<br />

proporcionadas duas visões diferentes sobre o estágio <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

organização.<br />

Para que as empresas tenham uma orientação no processo <strong>de</strong> elaboração do<br />

relatório <strong>de</strong> gestão que consiste na auto-avaliação da organização a FNQ propõe a<br />

adoção do Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Excelência <strong>de</strong> Gestão (MEG). É um mo<strong>de</strong>lo sistêmico <strong>de</strong><br />

gestão, constituído <strong>dos</strong> critérios <strong>de</strong> excelência do PNQ, que tem como base<br />

fundamentos essenciais <strong>para</strong> a excelência do <strong>de</strong>sempenho organizacional. O MEG<br />

apresenta uma visão sistêmica que integra os oito critérios <strong>de</strong> excelência. Segundo a<br />

FNQ (2008) o MEG utiliza o conceito <strong>de</strong> aprendizado conforme o ciclo PDCA (Plan,<br />

Do, Check, Action). Neste mo<strong>de</strong>lo estão representa<strong>dos</strong> os oito critérios <strong>de</strong><br />

excelência que são os meios pelos quais são coloca<strong>dos</strong> em prática os 11<br />

fundamentos da excelência, necessários <strong>para</strong> a busca da excelência da gestão. Os<br />

fundamentos englobam uma série <strong>de</strong> conceitos, princípios e valores aplicáveis à<br />

gestão que busca alinhar as necessida<strong>de</strong>s das partes interessadas com as práticas<br />

<strong>de</strong> gestão e à obtenção <strong>de</strong> resulta<strong>dos</strong>.<br />

Segundo a FNQ (2008), os 11 fundamentos da excelência são os seguintes:<br />

Pensamento sistêmico que é o entendimento das relações <strong>de</strong> inter<strong>de</strong>pendência<br />

entre os diversos componentes <strong>de</strong> uma organização; Aprendizado Organizacional<br />

representa a busca e o alcance <strong>de</strong> um novo patamar <strong>de</strong> conhecimento <strong>para</strong> a


organização; Cultura <strong>de</strong> inovação por meio da promoção <strong>de</strong> um ambiente favorável à<br />

criativida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas idéias que possam gerar um diferencial<br />

competitivo; Li<strong>de</strong>rança e constância <strong>de</strong> propósitos que permita a atuação<br />

<strong>de</strong>mocrática das pessoas e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> relações <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> entre as<br />

partes interessadas; Orientação por <strong>processos</strong> e informações que compreen<strong>de</strong> as<br />

ativida<strong>de</strong>s e <strong>processos</strong> que agreguem valor <strong>para</strong> as partes interessadas levando em<br />

consi<strong>de</strong>ração as informações disponíveis; Visão <strong>de</strong> futuro <strong>de</strong>ve aten<strong>de</strong>r como a<br />

organização i<strong>de</strong>ntifica os fatores que compõe seu sistema e o ambiente externo no<br />

curto e no longo prazo; Geração <strong>de</strong> valor é o alcance <strong>de</strong> resulta<strong>dos</strong> consistentes <strong>de</strong><br />

forma que aumente o valor tangível e intangível agregado ao produto <strong>para</strong> todas as<br />

partes interessadas <strong>de</strong> forma sustentada; Valorização das pessoas por meio da<br />

criação <strong>de</strong> condições <strong>para</strong> que elas se realizem profissionalmente e humanamente e<br />

com isso maximizar seu <strong>de</strong>sempenho; Conhecimento sobre o cliente e sobre o<br />

mercado que visa a criação <strong>de</strong> valor <strong>de</strong> forma sustentada <strong>para</strong> o cliente com o<br />

propósito <strong>de</strong> gerar maior competitivida<strong>de</strong> nos merca<strong>dos</strong>; Desenvolvimento <strong>de</strong><br />

parcerias <strong>para</strong> promover ativida<strong>de</strong>s em conjunto com outras organizações,<br />

apren<strong>de</strong>ndo com as competências <strong>de</strong> cada uma e proporcionando benefícios <strong>para</strong><br />

ambas as partes; Responsabilida<strong>de</strong> social que orienta a organização <strong>para</strong> a tomada<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão com ética e transparência com to<strong>dos</strong> os públicos com os quais se<br />

relaciona e preocupando-se com o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável da socieda<strong>de</strong> por<br />

meio da preservação <strong>dos</strong> recursos ambientais e culturais e promover a redução das<br />

<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais.<br />

Os critérios <strong>de</strong> excelência que representam os <strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong> pelos<br />

quais os fundamentos da excelência são coloca<strong>dos</strong> em prática permitem, por meio<br />

da auto-avaliação, elaborar um <strong>diagnóstico</strong> sobre o quanto a gestão da organização<br />

estaria afastada do i<strong>de</strong>al da excelência, com o objetivo <strong>de</strong> estimulá-la na busca da<br />

melhoria contínua. Os critérios <strong>de</strong> excelência são: Li<strong>de</strong>rança que examina o sistema<br />

<strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança da organização e o comprometimento pessoal da direção no<br />

estabelecimento, disseminação e atualização <strong>de</strong> valores e princípios organizacionais<br />

que promovam a cultura da excelência; Estratégias e planos que representa o<br />

processo <strong>de</strong> formulação das estratégias, com ênfase na análise do mercado <strong>de</strong><br />

atuação e do ambiente externo, <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> indicadores e <strong>de</strong>sdobramento das<br />

metas e planos; Clientes é o critério que i<strong>de</strong>ntifica as necessida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong> clientes e<br />

merca<strong>dos</strong> e que propõe ações <strong>para</strong> estreitar os laços com os mesmos; Socieda<strong>de</strong> é


critério que i<strong>de</strong>ntifica como a organização contribui <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

sustentável econômico, social e ambiental; Informações e conhecimento examinam<br />

como a organização utiliza informações com<strong>para</strong>tivas e como fazem a gestão <strong>dos</strong><br />

bens intangíveis que geram o diferencial no mercado; Pessoas, este critério está<br />

relacionado às práticas das condições <strong>de</strong> trabalho, capacitação e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da força <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> forma que sejam capacitadas e motivadas <strong>para</strong> busca da<br />

excelência do <strong>de</strong>sempenho; Processos, critério que i<strong>de</strong>ntifica, analisa e propõe<br />

melhorias <strong>para</strong> o processo principal do negócio e os <strong>processos</strong> <strong>de</strong> apoio; Resulta<strong>dos</strong><br />

é o critério em que são apresenta<strong>dos</strong> os indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho das ações<br />

relacionadas a cada um <strong>dos</strong> outros sete critérios (FNQ, 2008).<br />

O MEG é representado na figura 8:<br />

Figura 8: Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Excelência da Gestão - MEG<br />

Fonte: FNQ (Fundação Nacional da Qualida<strong>de</strong>, 2008)<br />

Na correlação entre os critérios <strong>de</strong> excelência e o ciclo PDCA, aplica<strong>dos</strong> ao<br />

MEG, compreen<strong>de</strong>-se que os critérios Li<strong>de</strong>rança, Clientes, Socieda<strong>de</strong> e Estratégias<br />

e Planos significam que os executivos da organização são os responsáveis por<br />

<strong>de</strong>finir os planos e produtos <strong>para</strong> seus clientes que, <strong>de</strong> certa maneira, precisam ter


esponsabilida<strong>de</strong> social <strong>para</strong> cuidar <strong>dos</strong> impactos que possam causar ao meio no<br />

qual estão inseri<strong>dos</strong>. Deve-se estabelecer os objetivos e metas relacionadas a estes<br />

critérios que equivalem à etapa <strong>de</strong> planejamento (plan) no ciclo PDCA.<br />

Os critérios Processos e Pessoas são os meios que permitem a execução das<br />

tarefas. Equivale a etapa <strong>de</strong> execução (do) do ciclo PDCA. Esta é a fase <strong>de</strong><br />

<strong>implementação</strong> do planejamento.<br />

O critério Resultado está representando pela resultante <strong>de</strong> cada processo, <strong>de</strong><br />

cada pessoa da organização, que <strong>de</strong>vem ser controla<strong>dos</strong> e verifica<strong>dos</strong> se estão <strong>de</strong><br />

acordo com os fundamentos <strong>para</strong> que, no final da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor 16 seja entregue ao<br />

cliente um produto proveniente da geração <strong>de</strong> valor ao longo <strong>de</strong> sua produção. Este<br />

critério correspon<strong>de</strong> no ciclo PDCA à fase <strong>de</strong> controle (control). O resultado <strong>de</strong> cada<br />

indicador da organização permitirá a com<strong>para</strong>ção com outros perío<strong>dos</strong>, geralmente<br />

com o resultado <strong>de</strong> anos anteriores.<br />

Exemplificando uma organização i<strong>de</strong>al por meio da figura 8, po<strong>de</strong>-se dizer<br />

que <strong>para</strong> uma gestão <strong>de</strong> excelência, esta <strong>de</strong>ve estar envolvida pelo critério<br />

Informações e Conhecimento. Internamente, este critério <strong>de</strong>ve permear to<strong>dos</strong> os<br />

setores, <strong>de</strong>partamentos e níveis hierárquicos. Este critério representa a<br />

comunicação que permite o aprendizado organizacional ao longo das fases que a<br />

organização passa, por meio da retroalimentação <strong>de</strong> informações <strong>para</strong> a Li<strong>de</strong>rança.<br />

Isto é, i<strong>de</strong>ntificar as causas <strong>dos</strong> efeitos in<strong>de</strong>seja<strong>dos</strong> <strong>para</strong> prevenir que voltem a<br />

ocorrer e adotar como padrão o que for i<strong>de</strong>al. Equivale a agir corretivamente (action)<br />

no ciclo PDCA.<br />

O MEG é um mo<strong>de</strong>lo que <strong>de</strong>manda da organização a auto-avaliação e o<br />

autoconhecimento. É a partir daí que as mudanças se tornam possíveis. Sem o<br />

mesmo não há como orientar e implementar valores e fundamentos na organização.<br />

O foco <strong>de</strong>ste mo<strong>de</strong>lo são os resulta<strong>dos</strong>, pois este critério mostra o grau <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho, ou seja, o grau <strong>de</strong> eficiência e eficácia <strong>dos</strong> outros critérios. Segundo a<br />

FNQ (2008, p.6):<br />

A organização que adota o Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Excelência da Gestão (MEG) como<br />

referência <strong>para</strong> a sua gestão, consegue mapear com clareza seu negócio.<br />

O primeiro passo é fazer uma avaliação da sua gestão e traçar um plano<br />

16 A ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor é uma forma <strong>de</strong> análise sistemática <strong>de</strong> todas as ativida<strong>de</strong>s executadas por uma organização,<br />

assim como o modo como elas estão ligadas entre si e com os fornecedores e clientes finais a fim <strong>de</strong> que sejam<br />

i<strong>de</strong>ntificadas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> otimizar os custos e <strong>de</strong> diferenciação em relação aos seus concorrentes.


<strong>de</strong> melhoria do <strong>de</strong>sempenho, o que significa, quase sempre, assegurar a<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> seus produtos e a satisfação <strong>dos</strong> clientes.<br />

A<strong>de</strong>quando a realida<strong>de</strong> do estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, temos o Prêmio <strong>de</strong><br />

Qualida<strong>de</strong> Rio que passamos a <strong>de</strong>screver.<br />

2.6.3 Prêmio Qualida<strong>de</strong> Rio (PQ-Rio)<br />

O mesmo conjunto <strong>de</strong> critérios: li<strong>de</strong>rança, socieda<strong>de</strong>, clientes, estratégias e<br />

planos, informações e conhecimento, pessoas, <strong>processos</strong> e resulta<strong>dos</strong> servem <strong>para</strong><br />

diferentes categorias <strong>de</strong> premiação, sendo que em cada categoria os itens <strong>de</strong><br />

avaliação são adapta<strong>dos</strong>. As três categorias <strong>de</strong> prêmios da FNQ são: Critérios <strong>de</strong><br />

excelência, cuja pontuação máxima são 1000 pontos, Re<strong>de</strong> Nacional da Gestão<br />

Rumo à Excelência que abrange os prêmios regionais e setoriais, tem o limite <strong>de</strong><br />

500 pontos, e Compromisso com a excelência, categoria <strong>de</strong> premiação em que se<br />

atinge no máximo 250 pontos. Para a presente pesquisa <strong>de</strong>staca-se o Prêmio<br />

Qualida<strong>de</strong> Rio (PQ-Rio) que servirá <strong>de</strong> instrumento <strong>para</strong> o estudo <strong>de</strong> caso. O PQ-Rio<br />

é um <strong>dos</strong> prêmios regionais que compõem a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> premiação da FNQ<br />

que adota a categoria <strong>de</strong> pontuação Rumo a excelência.<br />

Segundo publicações da FNQ (2008), a categoria Compromisso com a<br />

excelência é voltada <strong>para</strong> organizações iniciantes que ainda não têm, <strong>de</strong> forma<br />

clara, quais são seus clientes, produtos, seus planos e objetivos. Para esta fase, os<br />

resulta<strong>dos</strong> são menos importantes que nas outras, pois a necessida<strong>de</strong> maior está<br />

em compreen<strong>de</strong>r qual o papel da organização, a melhor forma <strong>de</strong> atuação e a<br />

direção que a organização <strong>de</strong>ve seguir. Na categoria <strong>de</strong> premiação Rumo a<br />

excelência participam organizações em nível intermediário <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong> que já<br />

possuem uma postura proativa, na busca <strong>de</strong> soluções <strong>para</strong> seus problemas,<br />

estabelecem uma estrutura <strong>de</strong> trabalho entre as áreas da organização e<br />

implementam projetos <strong>de</strong> melhoria contínua e <strong>de</strong>ssa forma estão aptas a aten<strong>de</strong>r<br />

melhor as partes interessadas. Para as empresas que já superaram estas etapas<br />

com êxito, a categoria seguinte que premia organizações que buscam a constância<br />

<strong>de</strong> propósitos <strong>para</strong> manterem os resulta<strong>dos</strong> por meio <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s com alto


<strong>de</strong>sempenho e que buscam tornar-se referenciais <strong>de</strong> excelência, ou seja,<br />

organizações <strong>de</strong> classe mundial, é chamada <strong>de</strong> Critérios <strong>de</strong> Excelência.<br />

A figura 9 representa o caminho, em forma <strong>de</strong> “s” e não em linha reta, que a<br />

organização <strong>de</strong>ve seguir <strong>para</strong> atingir o estado da arte <strong>de</strong> seus <strong>processos</strong> e<br />

resulta<strong>dos</strong>. E mostra também que a organização <strong>de</strong>ve participar <strong>dos</strong> prêmios na<br />

categoria que estiver relacionada com o nível <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong> da organização.<br />

Figura 9: Evolução e estágios <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong> da gestão<br />

Fonte: FNQ 2008<br />

Estes prêmios são uma forma <strong>de</strong> estimular a melhoria da qualida<strong>de</strong> na gestão<br />

das organizações brasileiras por meio do reconhecimento anual na forma <strong>de</strong> troféu.<br />

São reconhecidas as melhores práticas <strong>de</strong> gestão e busca-se o entendimento <strong>dos</strong><br />

requisitos <strong>para</strong> alcançar a excelência do <strong>de</strong>sempenho estimulando assim a melhoria<br />

da competitivida<strong>de</strong> e proporcionando a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do povo<br />

brasileiro (BEZERRA, 2004).<br />

O estudo organizacional <strong>para</strong> implementar um programa <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> po<strong>de</strong><br />

ser feito por meio da avaliação <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> internos. Algumas etapas foram<br />

traçadas por Araújo (2004, p.177): “<strong>de</strong>finir o objeto <strong>de</strong> estudo; sensibilização;


promover a pesquisa preliminar; planejamento da ação; execução; i<strong>de</strong>ntificação <strong>dos</strong><br />

principais problemas e <strong>de</strong>mandas; formular (e escolher) alternativas <strong>de</strong> ação;<br />

<strong>implementação</strong> e reavaliar”.<br />

De acordo com os critérios da FNQ, <strong>para</strong> a avaliação da organização na<br />

categoria Rumo à excelência <strong>de</strong>vem consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> os itens <strong>para</strong> cada critério <strong>de</strong><br />

excelência que estão <strong>de</strong>scritos na figura 10, a seguir:<br />

CRITÉRIO ITENS INDICADORES<br />

Sistema <strong>de</strong> Li<strong>de</strong>rança Índice <strong>de</strong> satisfação com a li<strong>de</strong>rança<br />

Li<strong>de</strong>rança<br />

Estratégias e<br />

planos<br />

Clientes<br />

Socieda<strong>de</strong><br />

Informações e<br />

conhecimento<br />

Pessoas<br />

Processos<br />

Resulta<strong>dos</strong><br />

Cultura da excelência Frequência da li<strong>de</strong>rança nas reuniões da análises críticas<br />

Análise do <strong>de</strong>sempenho da organização Índice <strong>de</strong> projetos concluí<strong>dos</strong><br />

Formulação <strong>de</strong> estratégias Número <strong>de</strong> projetos constantes <strong>dos</strong> planos estratégicos<br />

Implementação das estratégias Eficiência operacional<br />

Índice <strong>de</strong> satisfação global na escola<br />

Imagem e conhecimento <strong>de</strong> mercado Índice <strong>de</strong> satisfação <strong>dos</strong> clientes<br />

Relacionamento com clientes Índice <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>/retenção <strong>dos</strong> alunos<br />

Índice <strong>de</strong> reclamações<br />

Número <strong>de</strong> alunos/ número <strong>de</strong> colaboradores<br />

Responsabilida<strong>de</strong> Socioambiental Imagem junto à comunida<strong>de</strong><br />

Ética e Desenvolvimento social Ações relativas ao meio ambiente<br />

Informações da organização Informações<br />

Informações com<strong>para</strong>tivas Índice <strong>de</strong> com<strong>para</strong>ção <strong>de</strong> aprovação e reprovação om outras escolas<br />

Ativos intangíveis Índice <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> com a prática pedagógica<br />

Disponibilidae da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> informática<br />

Sistemas <strong>de</strong> trabalho Absenteísmo<br />

Capacitação e <strong>de</strong>senvolvimento Nível <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação do perfil profissional<br />

Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida Clima Organizacional<br />

Processos principais do negócio e <strong>processos</strong> <strong>de</strong> apoio Índice <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong><br />

Processos <strong>de</strong> relacionamento com fornecedores Tempo médio <strong>de</strong> atendimento <strong>de</strong> solicitações <strong>de</strong> serviços internos<br />

Processos econômico-financeiro Nível <strong>de</strong> qualificação <strong>dos</strong> fornecedores<br />

Resulta<strong>dos</strong> ecônomico-financeiro<br />

Resulta<strong>dos</strong> relativos aos clientes e ao mercado<br />

Resulta<strong>dos</strong> relativos a socieda<strong>de</strong><br />

Resultado relativo as pessoas<br />

Resultado <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> principais do negócio e <strong>dos</strong><br />

<strong>processos</strong> <strong>de</strong> apoio<br />

Resultado relativo aos fornecedores<br />

Figura 10: Critérios e itens <strong>de</strong> avaliação da categoria Rumo à excelência<br />

Fonte: adaptado <strong>de</strong> BEZERRA (2004)<br />

Na segunda coluna estão <strong>de</strong>scritos os itens que são aborda<strong>dos</strong> em cada<br />

critério <strong>para</strong> orientar a elaboração do relatório <strong>de</strong> gestão da organização. Para cada<br />

item a organização <strong>de</strong>ve respon<strong>de</strong>r como são realiza<strong>dos</strong>, quais as práticas que<br />

adota em relação a cada item e como os resulta<strong>dos</strong> são atingi<strong>dos</strong>. Na terceira coluna<br />

estão alguns exemplos <strong>de</strong> indicadores, porém cada organização <strong>de</strong>ve elaborá-los <strong>de</strong><br />

acordo com o escopo <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s.


3 ENSINO SUPERIOR DE TURISMO NO BRASIL<br />

Como o objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é elaborar um <strong>diagnóstico</strong> que sirva como um<br />

plano <strong>para</strong> a <strong>implementação</strong> <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> no curso <strong>de</strong> turismo da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense este capítulo faz-se necessário <strong>para</strong> mostrar o<br />

panorama <strong>dos</strong> cursos <strong>de</strong> turismo no Brasil e as particularida<strong>de</strong>s da gestão <strong>de</strong> um<br />

curso <strong>de</strong> graduação em uma instituição pública fe<strong>de</strong>ral.<br />

O primeiro curso <strong>de</strong> graduação em turismo no Brasil surgiu em 1971, na<br />

Universida<strong>de</strong> Anhembi-Morumbi. A graduação em Turismo po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada,<br />

portanto, uma área recente entre os cursos nacionais <strong>de</strong> nível superior.<br />

Nos últimos anos houve crescente número <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> turismo no Brasil. No<br />

entanto, um aumento em quantida<strong>de</strong> não representou aumento em qualida<strong>de</strong>, pois a<br />

maioria <strong>dos</strong> cursos surgiu vincula<strong>dos</strong> a outros cursos como geografia, administração.<br />

Fornari (2006) estabelece a diferença entre treinamento e educação.<br />

Treinamento habilita e capacita o indivíduo <strong>para</strong> uma tarefa específica com<br />

habilida<strong>de</strong>s claras, enquanto que a educação “é um processo que dá ao indivíduo<br />

um conjunto <strong>de</strong> princípios” (FORNARI, 2006, p. 27), fornece ao estudante um<br />

conjunto <strong>de</strong> ferramentas <strong>para</strong> avaliação, interpretação e análise <strong>para</strong> <strong>de</strong>senvolver<br />

sua capacida<strong>de</strong> crítica. Em turismo, a educação <strong>de</strong>ve ser abordada em uma<br />

perspectiva geral, <strong>de</strong>senvolvendo habilida<strong>de</strong>s analíticas <strong>de</strong> comunicação e li<strong>de</strong>rança,<br />

<strong>para</strong> que o profissional <strong>de</strong> turismo esteja apto a aplicar os conhecimentos<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong> em diferentes contextos e situações.<br />

O ensino superior em turismo não po<strong>de</strong> ficar limitado à profissionalização,<br />

treinamento e simples transmissão <strong>de</strong> informação, mas sim se voltar <strong>para</strong> a criação,<br />

atualização e reformulação do conhecimento. Algumas variáveis precisam ser<br />

conhecidas <strong>para</strong> serem contornadas na oferta <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, são elas:


organização do curso, perfil do formando, conteú<strong>dos</strong> curriculares, competências e<br />

habilida<strong>de</strong>s, estágios e ativida<strong>de</strong>s complementares, acompanhamento e avaliação.<br />

Ainda segundo Fornari (2006), os cursos superiores <strong>de</strong> turismo <strong>de</strong>vem buscar<br />

aten<strong>de</strong>r as diretrizes do MEC <strong>para</strong> formação <strong>de</strong> profissional pre<strong>para</strong>do <strong>para</strong> as<br />

mudanças do mercado e não um profissional treinado <strong>para</strong> habilida<strong>de</strong>s específicas.<br />

O relatório sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais (PARECER CES/CNE<br />

0146/2002) dispõe sobre as ativida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>vem ser adotadas <strong>para</strong> o atendimento<br />

as necessida<strong>de</strong>s da formação superior em turismo.<br />

Para o atendimento às diretrizes, as Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior (IES)<br />

<strong>de</strong>vem conceber uma formação <strong>de</strong> nível superior como um processo contínuo,<br />

autônomo e permanente, fundamentada na competência teórica-prática a fim <strong>de</strong> que<br />

o formando esteja adaptado as constantes mudanças do mercado. Para isso, cada<br />

IES tem a flexibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> elaborar seu projeto pedagógico <strong>de</strong> forma que atenda as<br />

<strong>de</strong>mandas sociais do meio no qual estão inseridas. As diretrizes propõem ainda que<br />

as IES ofereçam uma formação sólida e básica que capacite o profissional <strong>para</strong> a<br />

permanente capacitação e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter uma progressiva autonomia<br />

profissional e intelectual que o oriente no momento <strong>de</strong> enfrentar novos <strong>de</strong>safios no<br />

exercício profissional e <strong>de</strong> produção do conhecimento.<br />

Conforme apresenta Fornari (2006), a produção científica po<strong>de</strong> ser colocada à<br />

disposição da socieda<strong>de</strong> por meio da divulgação, publicação e socialização,<br />

<strong>de</strong>senvolvendo e refletindo as potencialida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong> profissionais <strong>para</strong> benefício da<br />

socieda<strong>de</strong>, permitindo que o conhecimento gerado nas universida<strong>de</strong>s seja<br />

disseminado. Em relação à produção acadêmica e ao processo principal ensino-<br />

aprendizagem, o Ministério da Educação (MEC) dispõe <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> avaliação<br />

<strong>para</strong> que os cursos possam ser aprova<strong>dos</strong> e atendam as necessida<strong>de</strong>s da<br />

socieda<strong>de</strong>.<br />

O MEC dispõe <strong>de</strong> informações sobre mo<strong>dos</strong> <strong>de</strong> avaliação das IES. Existe o<br />

Sistema Nacional <strong>de</strong> Avaliação da Educação Superior (Sinaes) que é o responsável<br />

por aplicar os instrumentos <strong>de</strong> avaliação vigentes e assim aferir a qualida<strong>de</strong>,<br />

reconhecer e autorizar cursos das IES. São eles: auto-avaliação institucional,<br />

avaliação institucional externa, avaliação das condições <strong>de</strong> ensino (ACE) e processo<br />

<strong>de</strong> avaliação integrada do <strong>de</strong>senvolvimento educacional e da inovação da área<br />

(ENADE). Catramby e Costa (2004) afirmam que o ENADE é um instrumento <strong>de</strong><br />

avaliação complementar, realizada pelo Sinaes. Por sua vez, os resulta<strong>dos</strong> do


Sinaes fundamentarão as <strong>de</strong>cisões do MEC sobre o reconhecimento <strong>de</strong> cursos e<br />

cre<strong>de</strong>nciamento <strong>de</strong> instituições. O foco das avaliações do MEC é o ensino.<br />

De acordo com o relatório do curso <strong>de</strong> turismo da <strong>UFF</strong> elaborado pelo MEC,<br />

município Niterói (2006), o objetivo do ENADE é:<br />

Aferir o <strong>de</strong>sempenho <strong>dos</strong> estudantes em relação aos conteú<strong>dos</strong><br />

programáticos previstos nas diretrizes curriculares do respectivo curso <strong>de</strong><br />

graduação, às suas habilida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> ajustamento às exigências<br />

<strong>de</strong>correntes da evolução do conhecimento e às suas competências <strong>para</strong><br />

compreen<strong>de</strong>r temas exteriores ao âmbito específico <strong>de</strong> sua profissão,<br />

liga<strong>dos</strong> às realida<strong>de</strong>s brasileira e mundial e a outras áreas do<br />

conhecimento.(MEC, 2006)<br />

Porém, a qualida<strong>de</strong> na formação <strong>de</strong> nível superior <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> não só do<br />

estabelecimento <strong>de</strong> diretrizes e análise do <strong>de</strong>sempenho <strong>dos</strong> alunos por meio do<br />

ENADE. Nos <strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong> da instituição <strong>de</strong>vem estar claros as ativida<strong>de</strong>s e<br />

os atores que participam do processo principal <strong>de</strong> uma instituição <strong>de</strong> ensino: ensino-<br />

aprendizagem. Segundo Carvalho, Bertol e Alberton (1998, p.3), sobre as ativida<strong>de</strong>s<br />

principais (ensino, pesquisa e extensão) das instituições <strong>de</strong> ensino superior<br />

consi<strong>de</strong>ra que:<br />

As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pelas instituições <strong>de</strong> ensino superior (ensino,<br />

pesquisa e extensão) caracterizam-se como <strong>processos</strong> <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong><br />

serviços. Portanto, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m fundamentalmente <strong>de</strong> pessoas,<br />

principalmente do corpo docente, <strong>para</strong> executar essas ativida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> os<br />

clientes (alunos, em primeiro plano, e socieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> forma geral). O<br />

docente, entretanto, enquanto prestador <strong>de</strong> serviços, nem sempre está<br />

imbuído do “espírito” da qualida<strong>de</strong>. É necessário, portanto, que haja um<br />

projeto voltado à sensibilização, conscientização e instrumentação do<br />

docente quanto aos aspectos e ferramentas da qualida<strong>de</strong>. Isso lhe<br />

permitirá uma maior confiança e autonomia quanto ao <strong>de</strong>senvolvimento e<br />

aprimoramento do seu processo ensino-aprendizagem durante todo o<br />

processo educativo.<br />

Os mesmos autores <strong>de</strong>stacam uma adaptação feita pelo professor Falconi<br />

Campos, do <strong>de</strong>cálogo da Educação e Treinamento. Observa-se que nas tarefas <strong>dos</strong><br />

professores estão sempre presentes funções alicerçadas nos conceitos <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong>. Na figura 10, a seguir, apresentam-se as <strong>de</strong>z atitu<strong>de</strong>s necessárias aos<br />

professores <strong>para</strong> oferecerem um ensino <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.


PRIMEIRO<br />

SEGUNDO<br />

TERCEIRO<br />

QUARTO<br />

QUINTO<br />

SEXTO<br />

SÉTIMO<br />

OITAVO<br />

NONO<br />

DÉCIMO<br />

DECÁLOGO DA EDUCAÇÃO E TREINAMENTO<br />

A <strong>de</strong>legação é a base da educação. Quando a pessoa tem autorida<strong>de</strong> sobre o processo que está sob<br />

sua responsabilida<strong>de</strong>, ela une seu conhecimento com sua própria iniciativa, produzindo resulta<strong>dos</strong><br />

excepcionais. No caso das Universida<strong>de</strong>s que prestam serviços especializa<strong>dos</strong> o professor é o<br />

operador <strong>de</strong>sse processo <strong>de</strong> serviços, on<strong>de</strong> o momento da verda<strong>de</strong> ocorre a cada aula, que é o seu<br />

processo unitário. O processo é realizado na frente do cliente e não há como inspecioná-lo antes<br />

da entrega;<br />

As pessoas <strong>de</strong>vem sentir a necessida<strong>de</strong> do treinamento, têm <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejar serem treinadas. É<br />

necessário incutir nas pessoas a importância do treinamento, <strong>para</strong> que se sintam <strong>de</strong>safiadas <strong>para</strong> o<br />

treinamento e criem vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r mais;<br />

O treinamento na tarefa <strong>de</strong>corre <strong>dos</strong> procedimentos operacionais. O investimento em treinamento<br />

<strong>de</strong>ve andar em <strong>para</strong>lelo à implantação da padronização (procedimentos operacionais e manuais <strong>de</strong><br />

treinamento na tarefa);<br />

O treinamento é um meio utilizado <strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r a um fim. Levar <strong>para</strong> a universida<strong>de</strong> a consciência<br />

<strong>de</strong> que os problemas humanos estão nos fins, e não nos meios;<br />

Todo treinamento <strong>de</strong>ve ser acompanhado da aplicação prática <strong>dos</strong> conhecimentos e habilida<strong>de</strong>s<br />

adquiri<strong>dos</strong>. A idéia é educar - treinar e fazer;<br />

Sempre que possível, <strong>de</strong>vem-se utilizar instrutores internos, em especial as chefias. Criar um efeito<br />

multiplicador, on<strong>de</strong> um professor treinado possa treinar outros professores;<br />

Depois <strong>de</strong> algum tempo, os cursos <strong>de</strong>vem ser padroniza<strong>dos</strong> (apostilas, ví<strong>de</strong>os, filmes e<br />

transparências), <strong>de</strong> tal forma que a mensagem transmitida seja a mesma. Não esquecer, porém,<br />

que no processo evolutivo, os próprios padrões <strong>de</strong>vem ser melhora<strong>dos</strong>;<br />

É necessário haver um plano <strong>de</strong> doutrina, educação e treinamento, <strong>de</strong> tal forma que seja possível<br />

girar o PDCA sobre o mesmo;<br />

Toda educação e treinamento conduzi<strong>dos</strong> na instituição são <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> total da chefia<br />

direta do empregado;<br />

O conhecimento caminha na direção do elogio. O importante não é achar o culpado ou culpa<strong>dos</strong> <strong>de</strong><br />

um problema, mas sim o <strong>de</strong> achar as suas causas. O elogio <strong>de</strong>ve ser usado, sempre que possível,<br />

como forma <strong>de</strong> contribuir <strong>para</strong> elevar o rendimento do indivíduo, com reflexos positivos no moral<br />

<strong>de</strong> seu grupo.<br />

Figura 11: Decálogo da educação e treinamento<br />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Carvalho, Bertol e Alberton (1998)<br />

Nas instituições <strong>de</strong> ensino, a qualida<strong>de</strong>, assim como nos produtos e serviços,<br />

é <strong>de</strong>sempenhada por meio do fator humano da instituição, ou seja, a qualida<strong>de</strong> será<br />

um reflexo das ativida<strong>de</strong>s das pessoas que trabalham na instituição. Para o bom<br />

<strong>de</strong>sempenho, as instituições precisam que sua força <strong>de</strong> trabalho tenha<br />

conhecimento <strong>dos</strong> conceitos básicos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> a fim <strong>de</strong> colocar em prática os<br />

planos <strong>de</strong> melhoria contínua <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> da organização. Para o bom<br />

<strong>de</strong>sempenho das instituições <strong>de</strong> ensino superior, Carvalho, Bertol e Alberton (1998)<br />

sugerem o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estratégias como: formação continuada em práticas<br />

<strong>de</strong> gestão e ensino; estabelecimento <strong>de</strong> uma política salarial, consolidação do<br />

relacionamento interpessoal por meio da criação <strong>de</strong> um clima organizacional que<br />

propicie o lado criativo e vitalizador do potencial humano; <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

pesquisa como prática pedagógica que privilegie o <strong>de</strong>senvolvimento sócio-cultural;<br />

levantamento das necessida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong> alunos e professores por meio <strong>de</strong> questionários


e práticas <strong>de</strong> auto-avaliação da organização; <strong>de</strong>senvolvimento gerencial <strong>para</strong> a<br />

qualida<strong>de</strong> por meio <strong>de</strong> treinamento contínuo em ferramentas e conceitos <strong>de</strong><br />

li<strong>de</strong>rança, <strong>de</strong> motivação e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> visando ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

competências <strong>gerenciais</strong>; <strong>de</strong>senvolvimento do trabalho em equipe a partir <strong>de</strong><br />

reuniões <strong>de</strong> sensibilização, visando ao estímulo à prática interdisciplinar como forma<br />

<strong>de</strong> enriquecimento das ações e das trocas <strong>de</strong> conteú<strong>dos</strong> e <strong>de</strong> experiências.<br />

Ao aplicar essas estratégias, a organização estará seguindo os passos<br />

necessários <strong>para</strong> a qualida<strong>de</strong> do ensino que é oferecido à socieda<strong>de</strong>. Para isso, a<br />

cultura da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser incorporada pelos profissionais que nela atuam,<br />

funcionando como um fator motivador, pois a qualida<strong>de</strong> é alcançada com contínuo<br />

planejamento e execução das ativida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>verão ser controladas <strong>de</strong> modo que<br />

as falhas sejam i<strong>de</strong>ntificadas e corrigidas, propiciando o <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

organização.<br />

Em síntese, <strong>para</strong> que o processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem se solidifique em<br />

uma IES, além do comprometimento do seu corpo docente, se faz necessária a<br />

a<strong>de</strong>são do grupo administrativo <strong>para</strong> viabilizar a eficiência, a eficácia e efetivida<strong>de</strong><br />

das ações – <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong>, que dão suporte as ativida<strong>de</strong>s do processo<br />

principal.<br />

A análise realizada no referencial teórico, capítulo 2, sobre a gestão pela<br />

qualida<strong>de</strong> e o panorama sobre o ensino superior <strong>de</strong> turismo no Brasil <strong>de</strong>scrito neste<br />

capítulo foram a base <strong>para</strong> a elaboração do estudo <strong>de</strong> caso a seguir que teve por<br />

finalida<strong>de</strong> elaborar o <strong>diagnóstico</strong> <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong> do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong><br />

turismo da <strong>UFF</strong> <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificar oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhorias <strong>para</strong> os mesmos a luz<br />

<strong>dos</strong> conceitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e os critérios <strong>de</strong> excelência.


4. ESTUDO DE CASO: DEPARTAMENTO DE TURISMO DA UNIVERSIDADE<br />

FEDERAL FLUMINENSE (<strong>UFF</strong>)<br />

O objeto <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong>ste trabalho é o Departamento <strong>de</strong> Turismo da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense sobre o qual foi feito <strong>diagnóstico</strong> <strong>dos</strong> <strong>processos</strong><br />

<strong>gerenciais</strong> <strong>para</strong> a elaboração <strong>de</strong> propostas <strong>de</strong> melhorias.<br />

4.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS<br />

A metodologia <strong>para</strong> levantamento <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> do estudo <strong>de</strong> caso foi a pesquisa<br />

documental no Departamento <strong>de</strong> Turismo e entrevistas orientadas pelos critérios <strong>de</strong><br />

avaliação do PQ-Rio e os critérios Rumo a excelência da FNQ. As entrevistas<br />

realizadas tiveram como objetivo buscar informações <strong>para</strong> realizar um <strong>diagnóstico</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong> do Departamento. Assim foram coleta<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong><br />

qualitativos que serão analisa<strong>dos</strong> com base no referencial teórico do presente<br />

estudo. As entrevistas apresentaram limitações em sua aplicação, pois as respostas<br />

não foram sempre claras e concisas, pois se percebeu a falta <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência e<br />

<strong>de</strong>sconhecimento sobre os critérios <strong>de</strong> excelência por parte <strong>dos</strong> entrevista<strong>dos</strong>.<br />

A figura a seguir apresenta a metodologia <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong>senvolvida neste<br />

trabalho. O começo do trabalho surge com o problema e os passos seguintes são a<br />

elaboração <strong>dos</strong> objetivos justificativa e pesquisa bibliográfica. Estes formam a base<br />

<strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento e levantamento <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> do estudo <strong>de</strong> caso que <strong>para</strong> este<br />

trabalho aplicou-se a pesquisa <strong>de</strong> campo e entrevistas.


Figura 12: Fases da metodologia <strong>de</strong> pesquisa<br />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> SOARES (2004).<br />

O enca<strong>de</strong>amento das idéias e do que foi <strong>de</strong>senvolvido entre as partes que<br />

compõem este trabalho – situação problema, objetivos geral e específicos referencial<br />

teórico e a bibliografia utilizada <strong>para</strong> fundamentar o trabalho po<strong>de</strong> ser visualizado na<br />

figura 13.


Figura 13: Enca<strong>de</strong>amento das idéias<br />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> VIEIRA NETO (2008).<br />

A seguir será apresentado o estudo <strong>de</strong> caso em que ocorre a situação<br />

problema que originou no enca<strong>de</strong>amento <strong>de</strong> itens expostos no quadro acima e que<br />

busca ser solucionada ao final <strong>de</strong>ste trabalho.<br />

4.2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS<br />

Este trabalho tem como um <strong>dos</strong> objetivos mostrar que a aplicação <strong>dos</strong><br />

critérios <strong>de</strong> excelência do PQ-Rio no Departamento <strong>de</strong> Turismo trará benefícios ao<br />

processo principal que é ensino-aprendizagem. Desta forma, Baldrige (2001) apud<br />

Bezerra (2004, p. 46) afirma que o objetivo da aplicação <strong>dos</strong> critérios <strong>de</strong> excelência<br />

na educação é:<br />

A busca da excelência na li<strong>de</strong>rança, no planejamento estratégico, no<br />

conhecimento do aluno e do mercado, na informação e análise do<br />

<strong>de</strong>sempenho, na gestão das pessoas envolvidas no trabalho, na gestão <strong>dos</strong><br />

<strong>processos</strong>, na melhoria contínua, na participação e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

parcerias, na responsabilida<strong>de</strong> e espírito cívico, na gestão sustentada em<br />

fatos, na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> respostas rápidas, na orientação <strong>para</strong> resulta<strong>dos</strong>,


<strong>de</strong> modo que a mudança <strong>de</strong> comportamento <strong>de</strong>sejada chegue ao nível <strong>de</strong><br />

excelência.<br />

Os motivos <strong>para</strong> aplicar os critérios <strong>de</strong> excelência em uma IES, conforme Bezerra<br />

(2004) aponta, são os benefícios da realização da auto-avaliação das instituições <strong>de</strong><br />

ensino, fundamentada nos Critérios <strong>de</strong> Excelência, que são a revisão <strong>dos</strong> <strong>processos</strong><br />

principais, i<strong>de</strong>ntificação por meio do <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> cada ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quais <strong>de</strong>las<br />

precisam ser melhoradas. Os critérios <strong>de</strong> excelência servem como referência <strong>de</strong> um<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão. O relatório <strong>de</strong> gestão permite i<strong>de</strong>ntificar os pontos fortes e as<br />

oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria em cada processo da organização.<br />

4.3 O CURSO DE TURISMO NA <strong>UFF</strong><br />

O curso <strong>de</strong> turismo da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense teve o início <strong>de</strong> suas<br />

ativida<strong>de</strong>s em março <strong>de</strong> 2003. Este curso foi criado no âmbito da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Administração e Ciências Contábeis, em Niterói. Em 2004 foi iniciada, em parceria<br />

com a prefeitura <strong>de</strong> Quissamã, uma turma <strong>de</strong> extensão <strong>de</strong> graduação em turismo. O<br />

curso <strong>de</strong> turismo ficou vinculado ao Departamento <strong>de</strong> Administração até 2004<br />

quando foi criado o Departamento <strong>de</strong> Turismo. Em outubro <strong>de</strong> 2005 e maio <strong>de</strong> 2006<br />

foram realiza<strong>dos</strong> os primeiros concursos públicos <strong>para</strong> professores com regime <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>dicação exclusiva, o que possibilitou a formação do colegiado do curso e sua<br />

coor<strong>de</strong>nação.<br />

No curso <strong>de</strong> turismo da <strong>UFF</strong> são oferecidas disciplinas na área <strong>de</strong> gestão a<br />

fim <strong>de</strong> direcionar a formação <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> turismo com foco em gestão e<br />

administração <strong>de</strong> sistemas turísticos, públicos e priva<strong>dos</strong>. No novo projeto<br />

pedagógico a missão <strong>de</strong>clarada do curso é: “formação <strong>de</strong> profissionais qualifica<strong>dos</strong><br />

<strong>para</strong> assumir o planejamento, a gestão e administração <strong>de</strong> sistemas turísticos [...] a<br />

partir <strong>de</strong> uma visão holística da relevância do fenômeno turístico no mundo<br />

contemporâneo.” (Projeto Pedagógico do Curso <strong>de</strong> Turismo, 2008).<br />

Projeto Pedagógico <strong>de</strong> curso, segundo o MEC (2006), é um documento <strong>de</strong><br />

referência das ações e <strong>de</strong>cisões do curso, articula<strong>dos</strong> com sua área <strong>de</strong><br />

conhecimento e se constitui também <strong>de</strong> elementos <strong>de</strong> orientação <strong>dos</strong> conhecimentos


e saberes consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> necessários à formação das competências <strong>dos</strong> egressos;<br />

estrutura e conteúdo curricular; ementário; bibliografia básica e complementar;<br />

estratégias <strong>de</strong> ensino e recursos administrativos, laboratórios e <strong>de</strong> infra-estrutura <strong>de</strong><br />

apoio <strong>para</strong> o funcionamento do curso.<br />

No fluxograma <strong>de</strong> disciplinas do projeto pedagógico <strong>de</strong> 2003, figura14, po<strong>de</strong><br />

ser observado o maior número <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> disciplinas no final do curso o<br />

que exigia maior <strong>de</strong>dicação <strong>dos</strong> alunos quanto à disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> horas <strong>de</strong>stinadas<br />

ao curso. Eram 64 disciplinas com o total <strong>de</strong> 3.300h. Com a reformulação do projeto<br />

pedagógico, aprovado e colocado em prática no primeiro semestre <strong>de</strong> 2008, figura<br />

15, a carga horária total do curso passa a ser 3.450h, distribuídas em 58 disciplinas.<br />

Estão incluídas neste total 300 horas <strong>de</strong> estágio supervisionado, única disciplina <strong>de</strong><br />

estágio do novo fluxograma, exigidas pelo curso, que no projeto anterior se dividiam<br />

em outras cinco disciplinas <strong>de</strong> estágio (integrador, <strong>de</strong> pesquisa, profissional 1,<br />

profissional 2 e estágio supervisionado aplicado) , cada uma com carga horária igual<br />

a 60h.


FLUXOGRAMA DO CURSO DE TURISMO (BACHAREL) - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE 2003<br />

1º PERÍODO 2º PERÍODO 3º PERÍODO 4º PERÍODO 5º PERÍODO 6º PERÍODO 7º PERÍODO 8º PERÍODO<br />

STT 00.001 STT 00.002 STT 00.036 STT 00.034 GLE 00.368 GLE 00.369 STT 00.041 STT 00.030<br />

Lazer e Animação em<br />

Grupos Turísticos<br />

Técnicas Publicitárias e<br />

Turismo<br />

Antropologia e Turismo Espanhol 1 Espanhol 2<br />

Metod. Aplicada à<br />

Pesquisa em Turismo 1<br />

Teoria e Técnica <strong>de</strong><br />

Turismo 2<br />

Teoria e Técnica <strong>de</strong> Turismo 1<br />

60 30 30 30 60 60 30 30<br />

STA 00.109 STC 00.073 SDV 00.056 GHT 00.295 STT 00.013 STT 00.014 GET 00.046 STT 00.028<br />

Relações Públicas e<br />

Turismo<br />

Estatística Aplicada ao<br />

Turismo<br />

Planej. e Elabor. <strong>de</strong><br />

Projetos Turísticos 2<br />

Planej. e Elabor. <strong>de</strong><br />

Projetos Turísticos 1<br />

Turismo e Patrimônio<br />

Histórico Nacional<br />

Introdução à Administração Contabilida<strong>de</strong> Gerencial Legislação Turística<br />

30 60 60 60 60 60 60 30<br />

GLE 00.366 GLE 00.367 STT 00.007 STT 00.008 STT 00.011 STT 00.012 STT 00.031 STT 00.046<br />

Estágio Supervisionado<br />

Aplicado<br />

Filosofia e Ética<br />

Profissional<br />

Gestão <strong>de</strong> Empresas<br />

Turísticas 2<br />

Gestão <strong>de</strong> Empresas<br />

Turísticas 1<br />

Inglês 1 Inglês 2 Turismo e Museus 1 Turismo e Museus 2<br />

60 60 30 30 60 30 30 60<br />

STT 00.005 STT 00.006 STT 00.010 STT 00.020 STT 00.021 STT 00.009 STT 00.018 STT 00.017<br />

Planej. Org. e Gestão <strong>de</strong><br />

Parques Temáticos<br />

Gestão <strong>de</strong> Recursos<br />

Humanos<br />

Psicologia Aplicada ao<br />

Turismo<br />

Agenciamento 1 Agenciamento 2<br />

Turismo e Teor. Econ.<br />

Contemporâneas<br />

Tur. e Apreciação<br />

Estética 2<br />

Tur. e Apreciação Estética 1<br />

60 60 60 60 60 60 60 30<br />

STT 00.003 STT 00.004 GSO 00.092 STT 00.024 STT 00.025 STT 00.019 STT 00.026 STT 00.027<br />

Turismo e<br />

Turismo e Desenvolvimento<br />

Gestão da Qualid. em<br />

Desenvolvimento<br />

Turismo e Socieda<strong>de</strong> Hospedagem 1 Hospedagem 2<br />

Marketing Turístico 1 Marketing Turístico 2<br />

Cultural 1<br />

Serviços Turísticos<br />

Cultural 2<br />

60 60 60 60 60 30 30 30<br />

GGE 00.117 GGE 00.118 STC 00.072 STC 00.071 STT 00.022 STT 00.023 STT 00.039 STT 00.040<br />

Gestão Financeira<br />

Geografia e Espaço Turístico<br />

Geografia e Espaço<br />

Gestão <strong>de</strong> Empresa<br />

Turismo e Transportes Turismo e Transportes<br />

Tópicos Especiais em Tópicos Especiais em<br />

e Estudo <strong>de</strong><br />

1<br />

Turístico 2<br />

Pública<br />

1<br />

2<br />

Turismo 1<br />

Turismo 2<br />

Viabilida<strong>de</strong><br />

60 60 60 60 60 60 30 30<br />

GLC 00.183 GLC 00.184 STT 00.015 STT 00.016 STT 00.043 STT 00.035 STT 00.032 STT 00.033<br />

Planejamento e<br />

Planejamento e<br />

Metod. Científica e<br />

Trabalho <strong>de</strong> Conclusão Trabalho <strong>de</strong> Conclusão<br />

Português XIX Português XX<br />

Organização <strong>de</strong><br />

Organização <strong>de</strong><br />

Estágio <strong>de</strong> Pesquisa<br />

Técnicas <strong>de</strong> Pesquisa<br />

<strong>de</strong> Curso 1<br />

<strong>de</strong> Curso 2<br />

Eventos 1<br />

Eventos 2<br />

60 60 60 60 60 30 30 30<br />

Figura 14: Fluxograma do curso <strong>de</strong> Turismo, 2003<br />

STT 00.053 STT 00.042 TCC 00.156 STT 00.037 STT 00.038<br />

Política Nacional <strong>de</strong><br />

Informática Aplicada ao<br />

Metod. Aplicada à<br />

Metod. Aplicada à<br />

Turismo e Orçam.<br />

Estágio Integrador<br />

Turismo<br />

Pesquisa em Turismo 2 Pesquisa em Turismo 3<br />

Público<br />

30 60 60 30 30<br />

STT 00.044 STT 00.045 STT 00.029<br />

Ecoturismo e Meio-<br />

Ambiente<br />

Formação Básica: 2.220 Estágio Profissional 1 Estágio Profissional 2<br />

Form. Profissional: 900 60 60 30<br />

Optativas: 180<br />

Total: 3.300<br />

Optativa Optativa<br />

60 60<br />

Currículo Pleno:<br />

Resolução CEP nº<br />

30/2003<br />

Optativa<br />

60


UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE<br />

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E TURISMO<br />

DEPARTAMENTO DE TURISMO<br />

FLUXOGRAMA CURSO DE TURISMO - NITEROI 2008<br />

1º Perído - 2º Período - 3º Período - 4º período - 5º Perído - 6º Período - 7º Período 0- 8º Período -<br />

STT 00.001 STT 00.002 GET 00.046 STT 00.076 STT 00.013 STT 00.075 STT 00.098 STT 00.077<br />

Estágio<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

Supervisionado<br />

Gestão <strong>de</strong> Destinos<br />

Turísticos II<br />

Gestão <strong>de</strong> Destinos<br />

Turísticos I<br />

Téc. Pesquisas Aplicada ao<br />

Turismo<br />

Estatística Aplicada ao<br />

Turismo<br />

Fundamentos Teóricos do<br />

Turismo II<br />

Fundamentos Teóricos do<br />

Turismo I<br />

60 30 60 60 60 30 60 300<br />

STT 00.035 STT 00.067 STT 00.024 STT 00.025 GLE 00.366 ou 00.368 GLE 00.367 ou 00.369 STT 00.018 STT 00.039<br />

Tópicos Especiais<br />

em Turismo<br />

Gestão<br />

<strong>de</strong> Pessoas<br />

Lingua Estrangeira II<br />

(Ingles II ou Espanhol II)<br />

Lingua Estrangeira I<br />

(Ingles I ou Espanhol I)<br />

Gestão <strong>de</strong> Meios<br />

<strong>de</strong> Hospedagem<br />

Hospitalida<strong>de</strong><br />

Sistemas <strong>de</strong> Informações no<br />

Turismo<br />

Metodologia da Pesquisa<br />

Científica<br />

30 60 60 60 60 60 60 30<br />

STT 00.003 STT 00.004 STT 00.020 STT 00.021 STT 00.074 STT 00.011 STT 00.073<br />

OPTATIVA VI<br />

Gestão da Qualida<strong>de</strong><br />

Aplicada ao Turismo<br />

Gestão <strong>de</strong><br />

EmpresasTurísticas<br />

Estudo <strong>de</strong> Viabilida<strong>de</strong> Econômico-<br />

Financeira <strong>para</strong><br />

Empreendimentos Turísticos<br />

Agenciamento e<br />

Operação do Turismo II<br />

Agenciamento e Operação do<br />

Turismo I<br />

Turismo e Desenvolvimento<br />

Cultural II<br />

Turismo e Desenvolvimento<br />

Cultural I<br />

60 60 60 60 60 60 60 60<br />

STT 00.010 STT 00.068 STT 00.022 STT 00.097 STT 00.026 STT 00.027<br />

OPTATIVA IV OPTATIVA VII<br />

Marketing<br />

Turístico II<br />

Marketing<br />

Turístico I<br />

Microeconomia do Turismo Macroeconomia do Turismo Turismo e Transportes I Turismo e Transportes II<br />

60 60 60 30 30 30 30 30<br />

STT 00.005 STC 00.115 STT 00.015 STT 00.072 SDV 00.056 STT 00.038<br />

Figura 15: Fluxograma do curso <strong>de</strong> Turismo, 2008<br />

Elaboração <strong>de</strong> Relatórios<br />

Técnicoe e Científicos<br />

OPTATIVA II OPTATIVA V<br />

Legislação<br />

do Turismo<br />

Planejamento e Organização<br />

<strong>de</strong> Eventos II<br />

Planejamento e Organização<br />

<strong>de</strong> Eventos I<br />

Contabilida<strong>de</strong> Geral<br />

Turismo e Apreciação<br />

Estética I<br />

60 60 60 30 60 60 60 30<br />

STA 00.128 STA 00.141 STT 00.071 STT 00.053<br />

OPTATIVA I OPTATIVA III<br />

Políticas Públicas<br />

<strong>de</strong> Turismo<br />

Introdução à Administração Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Gestão Turismo e Meio Ambiente<br />

60 30 60 30 30 30<br />

STT 00.065 STA 00.142 STA 00.143 STT 00.037 STT 00.032<br />

Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong><br />

Curso<br />

Elaboração <strong>de</strong> Projeto <strong>de</strong><br />

Pesquisa<br />

Turismo e Patrimônio<br />

Cultural<br />

Gestão<br />

Financeira II<br />

Gestão<br />

Financeira I<br />

Ética<br />

do Turismo<br />

60 60 60 30 30 30<br />

STT 00.052 STT 00.030 STT 00.070<br />

Estu<strong>dos</strong> Antropóligocos do<br />

Lazer e Entretenimento I Lazer e Entretenimento II<br />

Turismo<br />

60 30 30<br />

GGE 00.117 GGE 00.118<br />

Geografia e Espaço Turístico<br />

II<br />

Geografia e EspaçoTurístico I<br />

Carga Horaria Total = 3.450 horas<br />

60 60<br />

STT 00.066<br />

Turismo, Orientação e<br />

Representação<br />

30


A distribuição da carga horária do curso por período no fluxograma <strong>de</strong> 2003 e<br />

o <strong>de</strong> 2008 po<strong>de</strong> ser observada na figura 16:<br />

Carga horária por período<br />

em 2003<br />

1° Período 390 h<br />

2° Período 390 h<br />

3° Período 390 h<br />

4° Período 420 h<br />

5° Período 420 h<br />

6° Período 450 h<br />

7° Período 420 h<br />

8° Período 420 h<br />

Figura 16: Distribuição <strong>de</strong> carga horária pelos fluxogramas: antigo e novo<br />

Fonte: Elaborado pela autora<br />

Como po<strong>de</strong> ser observada, houve uma melhor distribuição da carga horária<br />

por período, no fluxograma <strong>de</strong> 2008 e a articulação das disciplinas <strong>de</strong> forma a<br />

proporcionar ao aluno, a partir do quinto período, um horário a<strong>de</strong>quado <strong>para</strong> fazer<br />

estágio profissional em <strong>para</strong>lelo ao curso <strong>de</strong> graduação sem comprometer a maneira<br />

i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> realização do curso. No <strong>de</strong>correr do curso o aluno também <strong>de</strong>ve cumprir<br />

300h <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s complementares.<br />

Essas mudanças foram implementadas após avaliação externa do Instituto<br />

Nacional <strong>de</strong> Estu<strong>dos</strong> e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira INEP/MEC em 2006<br />

<strong>para</strong> o reconhecimento do curso pelo Ministério. Porém a apresentação da nova<br />

dinâmica curricular que já tinha sido elaborada colaborou <strong>para</strong> a avaliação positiva<br />

recebida pelo <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo realizada pelo MEC em novembro <strong>de</strong> 2006.<br />

O instrumento <strong>de</strong> avaliação externa do MEC foi elaborado pela Comissão Nacional<br />

<strong>de</strong> Avaliação da Educação Superior (CONAES) e pela Diretoria <strong>de</strong> Estatísticas e<br />

Avaliação da Educação Superior (DEAES) do Instituto Nacional <strong>de</strong> Estu<strong>dos</strong> e<br />

Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). É aplicado <strong>para</strong> avaliação <strong>de</strong><br />

cursos <strong>de</strong> graduação no âmbito do Sistema Nacional <strong>de</strong> Avaliação da Educação<br />

Superior (SINAES). Este instrumento avalia os cursos em três dimensões:<br />

organização didático-pedagógica; corpo docente, corpo discente e corpo técnico-<br />

administrativo; instalações físicas. Cada categoria possui grupos <strong>de</strong> indicadores<br />

postula<strong>dos</strong> pelo SINAES (figura 17).<br />

Carga horária por período em<br />

2008<br />

1° Período 510 h<br />

2° Período 480 h<br />

3° Período 450 h<br />

4° Período 300 h<br />

5° Período 300 h<br />

6° Período 300 h<br />

7° Período 270 h<br />

180 h + 300h<br />

8° Período (estágio)


Indicadores por categoria da avaliação do SINAES<br />

CATEGORIA 1: Organização didático-pedagógica<br />

1- Administração acadêmica: coor<strong>de</strong>nação e colegiado do curso<br />

2- Projeto pedagógico do curso: concepção, currículo e avaliação<br />

3- Ativida<strong>de</strong>s acadêmicas articuladas à formação: prática profissional e/ou estágio, TCC e ativida<strong>de</strong>s<br />

complementares<br />

4- ENADE<br />

CATEGORIA 2: corpo docente, corpo discente e corpo técnico-administrativo<br />

1- Corpo docente: perfil docente e atuação nas ativida<strong>de</strong>s acadêmicas<br />

2- Corpo discente: atenção aos discentes<br />

3- Corpo técnico-administrativo: atuação no âmbito do curso<br />

CATEGORIA 3: Instalações Físicas<br />

1- Biblioteca<br />

2- Instalações especiais e laboratórios específicos: cenários/ambiente/laboratório <strong>para</strong> a formação geral<br />

e básica; a formação profissionalizante/específica; a prática profissional e prestação <strong>de</strong> serviços à<br />

comunida<strong>de</strong><br />

Figura 17: Indicadores por categoria <strong>de</strong> avaliação do SINAES<br />

Fonte: Adaptado do MEC (2006)<br />

Em 2006 alunos concluintes e alunos egressos do curso <strong>de</strong> turismo foram<br />

seleciona<strong>dos</strong> <strong>para</strong> participarem do Exame Nacional <strong>de</strong> Desempenho <strong>de</strong> Estudantes<br />

(ENADE).<br />

Com<strong>para</strong>ndo-se o conceito ENADE 2006, recebi<strong>dos</strong> pelos cursos <strong>de</strong> turismo<br />

das universida<strong>de</strong>s mais conhecidas do estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, com o obtido pelo<br />

curso <strong>de</strong> turismo na <strong>UFF</strong> o que se observa é a qualida<strong>de</strong> no <strong>de</strong>sempenho superior<br />

<strong>de</strong>ste último em relação aos <strong>de</strong>mais cursos lista<strong>dos</strong> (figura 18). Sendo o valor cinco,<br />

o grau máximo atribuído aos cursos, evi<strong>de</strong>ncia-se a o nível ótimo <strong>dos</strong> alunos do<br />

curso <strong>de</strong> turismo da <strong>UFF</strong>, que obteve a terceira maior nota <strong>de</strong>ntre os cursos <strong>de</strong><br />

turismo avalia<strong>dos</strong> no ENADE 2006.<br />

FACULDADE<br />

Conceito ENADE em 2006 <strong>dos</strong> cursos <strong>de</strong> turismo<br />

MUNICÍPIO CONCEITO<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense Niterói 5<br />

Centro Universitário Plínio Leite Niterói 2<br />

Universida<strong>de</strong> Veiga <strong>de</strong> Almeida Rio <strong>de</strong> Janeiro 4<br />

Universida<strong>de</strong> Estácio <strong>de</strong> Sá Rio <strong>de</strong> Janeiro 3<br />

Centro Universitário da Cida<strong>de</strong><br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro 3<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro Rio <strong>de</strong> Janeiro 5<br />

Figura 18: Conceito no ENADE 2006 <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> turismo<br />

Fonte: Adaptado do Instituto Nacional <strong>de</strong> Estu<strong>dos</strong> e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP<br />

(2006)


Como um <strong>dos</strong> objetivos do trabalho é a melhoria <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong><br />

que apóiam to<strong>dos</strong> os procedimentos <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma IES e<br />

basea<strong>dos</strong> na metodologia <strong>de</strong> avaliação do SINAES, (vi<strong>de</strong> figura 17) <strong>de</strong>stacamos a<br />

seguir os aspectos relevantes relaciona<strong>dos</strong> à categoria 2 e 3. Cabe ressaltar que<br />

estes aspectos impactam diretamente na efetivida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong>.<br />

Atualmente, existe uma sala <strong>para</strong> o curso à distância <strong>de</strong> Inovação e<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo e uma sala <strong>para</strong> todas as outras ativida<strong>de</strong>s do <strong>de</strong>partamento em<br />

que trabalham dois funcionários administrativos por turno e os lí<strong>de</strong>res do<br />

<strong>de</strong>partamento: chefe <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento, sub-chefe <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento, e<br />

coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> graduação e pós-graduação. A hierarquia <strong>de</strong>stas pessoas no<br />

<strong>de</strong>partamento encontra-se conforme o organograma a seguir.<br />

Coor<strong>de</strong>nação<br />

<strong>de</strong> Graduação<br />

Administração<br />

da<br />

Coor<strong>de</strong>nação<br />

Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong><br />

Pós-graduação<br />

Administração do Departamento: Osman<br />

Departamento<br />

<strong>de</strong> Turismo<br />

Coor<strong>de</strong>nação<br />

curso à<br />

distância<br />

Administração<br />

do<br />

Departamento<br />

Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Graduação: Aguinaldo César Fratucci, Coor<strong>de</strong>nador; Fábia Trentin, vice<br />

Administração da coor<strong>de</strong>nação: Carmelita e Júlia<br />

Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Pós-graduação: Carlos Alberto Lidízia Soares<br />

Coor<strong>de</strong>nação curso à Distância (Empreen<strong>de</strong>dorismo e Inovação): Esther<br />

Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Pesquisa: Verônica Fe<strong>de</strong>r Mayer<br />

Coor<strong>de</strong>nação<br />

<strong>de</strong> Pesquisa<br />

Departamento <strong>de</strong> turismo: Eduardo Pacheco Vilela, Chefe <strong>de</strong> Departamento; Marcello T. Machado, sub-chefe<br />

Figura 19: Organograma do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo<br />

Fonte: Elaborado pela autora<br />

Como a mesma sala é dividida <strong>para</strong> as ativida<strong>de</strong> do <strong>de</strong>partamento e<br />

coor<strong>de</strong>nações, as ativida<strong>de</strong>s do responsável <strong>de</strong> cada cargo interfere no trabalho <strong>dos</strong>


<strong>de</strong>mais, algumas ativida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>veriam ser atribuídas a um <strong>de</strong>terminado servidor<br />

ou funcionário são realizadas por outros.<br />

Em relação às instalações físicas <strong>de</strong> apoio, salas <strong>de</strong> aula, bibliotecas e<br />

laboratórios, o curso <strong>de</strong> turismo, conta com a estrutura que é comum à faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

administração e ciências contábeis. Com isso, os alunos têm disponíveis, no prédio<br />

on<strong>de</strong> está localizada a o <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo uma biblioteca e um laboratório<br />

<strong>de</strong> informática.<br />

4.4 PROGRAMA QUALIDADE TURISMO: PANORAMA DA SITUAÇÃO ATUAL DOS<br />

PROCESSOS GERENCIAIS DO DEPARTAMENTO DE TURISMO<br />

Em maio <strong>de</strong> 2007 foi criado o Programa Qualida<strong>de</strong> Turismo (PQT), integrado<br />

por alunos do curso <strong>de</strong> turismo e coor<strong>de</strong>nado pelo professor Carlos Alberto Lidízia<br />

Soares. Este programa tem como objetivo diagnosticar os <strong>processos</strong> do<br />

<strong>de</strong>partamento à luz do critério Rumo a excelência da FNQ e elaborar o relatório <strong>de</strong><br />

gestão <strong>para</strong> a candidatura ao Prêmio Qualida<strong>de</strong> Rio.<br />

A primeira ativida<strong>de</strong> do grupo foi pesquisar como sensibilizar os professores<br />

<strong>para</strong> que compreen<strong>de</strong>ssem a importância <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> no<br />

Departamento <strong>de</strong> Turismo. Para isso, no dia 2 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2007, os membros do<br />

PQT 17 partici<strong>para</strong>m do Workshop com os professores do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo<br />

da <strong>UFF</strong>, realizado no Clube Naval em Niterói. Na apresentação foram explica<strong>dos</strong> os<br />

conceitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e a necessida<strong>de</strong> do envolvimento <strong>para</strong> atingir o resultado<br />

final, produto ou serviço, <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Para mostrar na prática que o<br />

comprometimento pessoal e trabalho em equipe são fundamentais <strong>para</strong> atingir o<br />

resultado final esperado foi feita a dinâmica chamada “Escravos <strong>de</strong> Jô”. To<strong>dos</strong> os<br />

professores partici<strong>para</strong>m e observaram as dificulda<strong>de</strong>s do trabalho em equipe,<br />

envolvendo pessoas com características e aptidões diferentes, a dificulda<strong>de</strong> em se<br />

complementarem e se ajudarem uns aos outros <strong>para</strong> atingirem o objetivo da<br />

dinâmica.<br />

17 Programa Qualida<strong>de</strong> Turismo


Em 27 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007, no dia do turismólogo, realizou-se o 1° Encontro<br />

pela Qualida<strong>de</strong> <strong>para</strong> difundir os conhecimentos da gestão pela qualida<strong>de</strong> em<br />

serviços turísticos. O evento constou <strong>de</strong> palestras sobre o Prêmio Qualida<strong>de</strong> Rio, a<br />

qualida<strong>de</strong> em serviços no Trem do Corcovado e Aspectos da qualida<strong>de</strong> no sistema<br />

aéreo brasileiro. Neste dia além das palestras, o grupo PQT distribuiu um folheto<br />

elaborado <strong>para</strong> informar aos alunos os principais direitos e <strong>de</strong>veres <strong>dos</strong> mesmos<br />

com relação ao curso.<br />

Entretanto, se ressalta que o foco do PQT é fazer um <strong>diagnóstico</strong> <strong>dos</strong><br />

<strong>processos</strong> do <strong>de</strong>partamento <strong>para</strong> a elaboração do relatório <strong>de</strong> gestão. Este consiste<br />

em <strong>de</strong>screver a situação atual <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong> da organização candidata<br />

ao PQ-RIO. A primeira dificulda<strong>de</strong> percebida consiste na se<strong>para</strong>ção das atribuições<br />

relativas ao <strong>de</strong>partamento e à coor<strong>de</strong>nação.<br />

Foram pesquisa<strong>dos</strong> pelos alunos membros do PQT, o principal processo do<br />

<strong>de</strong>partamento e coor<strong>de</strong>nação e os <strong>processos</strong> <strong>de</strong> apoio. Como instituição <strong>de</strong> ensino,<br />

fica claro que o processo principal do <strong>de</strong>partamento e coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> turismo é o<br />

processo <strong>de</strong> ensino aprendizagem. Além disso, foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>dos</strong> os seguintes<br />

<strong>processos</strong> <strong>de</strong> apoio no <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo: Controle <strong>de</strong> funcionários e<br />

docentes, Firmar convênios com instituições empresas <strong>para</strong> pesquisa e estágio,<br />

Incentivo à pesquisa e extensão, Comunicação interna, Atendimento administrativo<br />

(emitir carteirinhas, <strong>de</strong>clarações, etc).<br />

Os <strong>processos</strong> <strong>de</strong> apoio i<strong>de</strong>ntifica<strong>dos</strong> na coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> turismo foram:<br />

Projeto pedagógico, Pré-inscrição e Inscrição em disciplinas, cancelamento <strong>de</strong><br />

disciplinas, orientação acadêmica e atendimento administrativo. A i<strong>de</strong>ntificação<br />

<strong>de</strong>stes <strong>processos</strong> ocorreu em entrevista com o chefe <strong>de</strong> Departamento <strong>de</strong> Turismo e<br />

o Coor<strong>de</strong>nador do curso <strong>de</strong> turismo em 24/06/2007. A partir <strong>dos</strong> <strong>processos</strong><br />

i<strong>de</strong>ntifica<strong>dos</strong> foi possível a construção do mapa do negócio que mostra os agentes e<br />

fatores que influenciam e os que são necessários <strong>para</strong> que o processo principal<br />

aconteça. Na figura 20 está explicitado o “mapa do negócio” do Departamento <strong>de</strong><br />

Turismo da <strong>UFF</strong>.<br />

O mapa do negócio é uma representação que permite visualizar o sistema do<br />

qual o <strong>de</strong>partamento faz parte e das principais variáveis e influências as quais<br />

circulam o negócio em questão – no caso o <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo. É uma forma<br />

<strong>de</strong> autoconhecimento necessária a toda organização que busca implantar sistemas<br />

<strong>de</strong> gestão da qualida<strong>de</strong>.


I<strong>de</strong>ntificar os componentes do mapa do negócio e os <strong>processos</strong> do<br />

<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo, assim como acompanhar e controlar as variáveis são<br />

importantes <strong>para</strong> a <strong>implementação</strong> e sucesso <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. A<br />

<strong>de</strong>monstração gráfica do mapa do negócio facilita a compreensão da relação entre<br />

seus componentes.<br />

Influências<br />

políticas<br />

Fornecedores<br />

Professores da <strong>UFF</strong><br />

EST (infra –estrutura)<br />

Departamentos <strong>de</strong><br />

ensino <strong>UFF</strong> (STA, STC,<br />

GGE, GLE, GET)<br />

Concorrentes<br />

Outros cursos <strong>de</strong><br />

graduação em turismo<br />

Outros cursos superiores<br />

afins<br />

Cursos tecnológicos<br />

Influências<br />

economico<br />

financeiras<br />

Agentes Reguladores<br />

MEC<br />

CAPES<br />

PRÓ-REITORIAS<br />

CNPQ<br />

FEC<br />

Departamento <strong>de</strong><br />

Turismo<br />

Processo Principal<br />

Ensino-aprendizagem<br />

Ensino – Pesquisa -<br />

Extensão<br />

Parcerias estratégicas<br />

Outras instituições <strong>de</strong><br />

ensino<br />

Örgãos publicos <strong>de</strong><br />

Turismo<br />

(Neltur, Embratur, Mtur,<br />

Turisrio)<br />

Empresas conveniadas<br />

<strong>para</strong> estágio<br />

Agentes integradores <strong>de</strong><br />

estágio (CIEE, Mu<strong>de</strong>s)<br />

Instituições <strong>de</strong> fomento<br />

(Faperj, Cnpq, Finep)<br />

Pacto Consultoria<br />

Produtos<br />

Ensino-aprendizado<br />

Produção acadêmica<br />

Profissional capacitado<br />

Projetos <strong>de</strong> extensão<br />

Clientes<br />

Alunos e socieda<strong>de</strong><br />

Mercado <strong>de</strong> Trabalho<br />

Feedback - Informações<br />

Sucesso e aceitação <strong>de</strong> nossos<br />

alunos e profissionais (pelo<br />

mercado)<br />

Reconhecimento do curso pela<br />

soieda<strong>de</strong> e pelo MEC<br />

Influências<br />

sociais<br />

Departamento <strong>de</strong> Turismo - Processos <strong>de</strong> Apoio<br />

Influências<br />

Tecnológicas<br />

Socieda<strong>de</strong><br />

Benefícios<br />

(avanços tecnológicos,<br />

conhecimento,<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida,<br />

<strong>de</strong>senvolvimento<br />

sustentável)<br />

Profissionais habilita<strong>dos</strong><br />

Resulta<strong>dos</strong> das pesquisas<br />

Influências<br />

culturais<br />

•Controle <strong>de</strong> funcionários e docentes: controlar o trabalho e as ativida<strong>de</strong>s realizadas pelos funcionários e docentes lota<strong>dos</strong> no<br />

<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Turismo<br />

•Firmar convênios: firmar convênios com instituições e empresas <strong>para</strong> pesquisa e estágio<br />

•Desenvolvimento <strong>de</strong> pesquisa e extensão: incentivar e <strong>de</strong>senvolver linhas <strong>de</strong> pesquisa e ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão abertas a comunida<strong>de</strong><br />

•Comunicação interna: troca <strong>de</strong> informações entre professores, funcionários e alunos no <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo<br />

•Atendimento administrativo: atendimento realizado por funcionários aos alunos e professores no <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo <strong>para</strong> apoio nas<br />

<strong>de</strong>mandas adminitrativas (carteirinha, <strong>de</strong>clarações, formulários, …)<br />

Figura 20: Mapa do Negócio do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Turismo da <strong>UFF</strong><br />

Fonte: Programa Qualida<strong>de</strong> Turismo / Departamento <strong>de</strong> Turismo – Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense<br />

O Mapa do Negócio do Departamento <strong>de</strong> Turismo foi construído pelos alunos<br />

da disciplina optativa Sistemas Integra<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Gestão, no segundo semestre <strong>de</strong><br />

2007, com a participação <strong>dos</strong> membros do PQT, orienta<strong>dos</strong> pelo professor da


disciplina. Neste trabalho forma feitas as seguintes consi<strong>de</strong>rações: Os clientes do<br />

Departamento <strong>de</strong> Turismo são os alunos e a socieda<strong>de</strong>. A terminologia “Cliente” é<br />

usada neste trabalho em consonância com os critérios <strong>de</strong> excelência do PQ-Rio,<br />

mas <strong>de</strong>ve ser utilizada com restrições tendo em vista a não concordância da<br />

coor<strong>de</strong>nação e do <strong>de</strong>partamento em referir-se aos alunos como clientes. Os alunos<br />

participam do processo principal do <strong>de</strong>partamento e eles são os clientes <strong>dos</strong><br />

<strong>processos</strong> internos do <strong>de</strong>partamento. A mão <strong>de</strong> obra qualificada e os trabalhos<br />

científicos <strong>de</strong> pesquisa e extensão são os produtos <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> à socieda<strong>de</strong>, que é o<br />

principal cliente <strong>de</strong> uma Instituição <strong>de</strong> ensino pública.<br />

Po<strong>de</strong>-se citar como força restritiva no sistema do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo,<br />

parte <strong>de</strong> uma organização pública, a falta <strong>de</strong> instrumentos <strong>para</strong> avaliar a qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida <strong>dos</strong> professores, que <strong>de</strong> acordo com Silva (2006) na Portaria MEC n° 2.051<br />

<strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2004 que regulamenta os procedimentos <strong>de</strong> avaliação do SINAES,<br />

não leva em conta os professores, servidores públicos, como agentes da qualida<strong>de</strong><br />

necessária aos cursos das IES, que, segundo o mesmo autor, o foco da avaliação<br />

são nos <strong>processos</strong> e resulta<strong>dos</strong> assim como foi <strong>de</strong>senvolvido na trajetória <strong>dos</strong><br />

conceitos <strong>dos</strong> sistemas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Não foi levada em consi<strong>de</strong>ração a importância<br />

<strong>dos</strong> professores como agentes <strong>de</strong> produção promotores da eficiência e eficácia<br />

organizacional.<br />

A fim <strong>de</strong> estar pre<strong>para</strong>do <strong>para</strong> mudança nas necessida<strong>de</strong>s do mercado e <strong>dos</strong><br />

estudantes e ter um ensino <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> o Departamento <strong>de</strong> Turismo da <strong>UFF</strong> <strong>de</strong>ve<br />

conhecer os componentes externos e ao mesmo tempo fundamentais ao seu<br />

funcionamento. Os componentes i<strong>de</strong>ntifica<strong>dos</strong> no mapa do negócio são: as<br />

parcerias estratégicas, os fornecedores, os concorrentes, os agentes reguladores,<br />

produtos, clientes, socieda<strong>de</strong>. É importante manter o mecanismo <strong>de</strong> feedback que<br />

retroalimenta com informações o sistema do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo. Deve-se<br />

consi<strong>de</strong>rar que existem outros fatores externos que interferem nas ativida<strong>de</strong>s do<br />

Departamento, são as influências políticas, tecnológicas, sociais, culturais e<br />

econômico-financeiras.


4.4.1 Pesquisa do nível <strong>de</strong> satisfação <strong>dos</strong> principais <strong>processos</strong><br />

Para avaliar os <strong>processos</strong> que foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>dos</strong> no Departamento <strong>de</strong><br />

Turismo foi elaborado, aplicado e tabulado um questionário sobre a percepção da<br />

qualida<strong>de</strong> do curso pelos alunos. No segundo semestre <strong>de</strong> 2007, haviam 241 alunos<br />

ativos, matricula<strong>dos</strong> no curso <strong>de</strong> turismo em Niterói, <strong>de</strong>stes 66% respon<strong>de</strong>ram o<br />

questionário. Os resulta<strong>dos</strong> apresenta<strong>dos</strong> na figura 21, são relativos a opinião sobre<br />

os turnos das aulas, o atendimento aos prazos dor requerimentos feitos ao corpo <strong>de</strong><br />

funcionários administrativos, ao método <strong>de</strong> avaliação adotado nas disciplinas, aos<br />

convênios <strong>de</strong> estágio e aos equipamentos audiovisuais disponíveis (a tabulação <strong>dos</strong><br />

questionários encontra-se em anexo).<br />

rgunta.<br />

Figura 21: Opinião <strong>dos</strong> alunos sobre alguns <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo<br />

Fonte: Programa Qualida<strong>de</strong> Turismo / Departamento <strong>de</strong> Turismo - <strong>UFF</strong><br />

A partir <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> po<strong>de</strong>m-se verificar alguns aspectos positivos e<br />

negativos do curso <strong>de</strong> turismo. Com mais <strong>de</strong> 70% das respostas obtidas como ruim


e regular, o turno das aulas po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado um aspecto negativo no curso,<br />

assim como os convênios <strong>de</strong> estágio. A partir da <strong>implementação</strong> da nova dinâmica<br />

curricular, primeiro semestre <strong>de</strong> 2008, este aspecto será revertido.<br />

Os aspectos consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> positivos são os atendimentos aos prazos no<br />

requerimento <strong>de</strong> documentos, o método <strong>de</strong> avaliação adotado nas disciplinas e os<br />

equipamentos audiovisuais disponíveis com mais <strong>de</strong> 60% <strong>de</strong> respostas nos níveis<br />

bom, muito bom e excelente.<br />

Na figura 22 apresentam-se os resulta<strong>dos</strong> sobre os alunos conhecerem a<br />

existência e a utilida<strong>de</strong> das seguintes ativida<strong>de</strong>s realizadas no Departamento <strong>de</strong><br />

Turismo: pré-inscrição, cancelamento <strong>de</strong> disciplinas, carga horária <strong>de</strong> estágio<br />

profissional e projetos <strong>de</strong> pesquisa e extensão. Em entrevista, os itens cita<strong>dos</strong> foram<br />

aponta<strong>dos</strong> como ativida<strong>de</strong>s críticas pelo coor<strong>de</strong>nador e pelo chefe <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento<br />

do curso.<br />

Conhecimento <strong>dos</strong> alunos sobre alguns <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> do Departamento <strong>de</strong> Turismo<br />

A pré-inscrição te<br />

ajudou no processo<br />

<strong>de</strong> matrícula?<br />

Sabe qual a utilida<strong>de</strong><br />

da pré-incrição <strong>para</strong><br />

a coor<strong>de</strong>nação?<br />

Conhece normas<br />

e prazos <strong>para</strong><br />

cancelar disciplinas?<br />

Consi<strong>de</strong>ra a<strong>de</strong>quada<br />

a carga horária <strong>de</strong><br />

estágio profissional?<br />

Conhece os projetos <strong>de</strong><br />

extensão e pesquisa do<br />

curso?<br />

Figura 22: Conhecimento <strong>dos</strong> alunos sobre alguns <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo<br />

Fonte: Programa Qualida<strong>de</strong> Turismo / Departamento <strong>de</strong> Turismo – Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense<br />

Na figura 22 observa-se que a ferramenta da pré-inscrição foi útil aos alunos e<br />

que os mesmos sabem que é uma ferramenta importante <strong>para</strong> a coor<strong>de</strong>nação.<br />

Porém po<strong>de</strong>-se verificar que há falhas no processo <strong>de</strong> comunicação do<br />

Departamento com os alunos, pois pouco mais <strong>de</strong> 20% <strong>dos</strong> alunos respon<strong>de</strong>ram que


conhecem os projetos <strong>de</strong> extensão e pesquisa do curso <strong>de</strong> turismo. Estas ativida<strong>de</strong>s<br />

são divulgadas por meio do Diretório Acadêmico <strong>de</strong> Turismo e nos murais <strong>de</strong> usa<strong>dos</strong><br />

pelo curso.<br />

Com este questionário foram também i<strong>de</strong>ntifica<strong>dos</strong> os <strong>processos</strong> que<br />

precisam <strong>de</strong> melhorias mais urgentes <strong>dos</strong> quais se <strong>de</strong>stacam: o turno das aulas, os<br />

convênios <strong>para</strong> estágio e o maior incentivo à pesquisa. Com relação ao turno das<br />

aulas, a solução está sendo aplicada no 1º semestre <strong>de</strong> 2008. Período em que<br />

entrou em vigor o novo fluxograma do curso. Ainda segundo a pesquisa, a<br />

comunicação é outro processo que precisa <strong>de</strong> melhorias <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

qualida<strong>de</strong> do curso.<br />

Para fazer o <strong>diagnóstico</strong> <strong>de</strong> como os requisitos <strong>dos</strong> critérios <strong>de</strong> excelência são<br />

aplica<strong>dos</strong> no <strong>de</strong>partamento fez-se o uso <strong>de</strong> entrevistas abertas. As perguntas foram<br />

baseadas nos critérios <strong>de</strong> avaliação da categoria <strong>de</strong> premiação Rumo a Excelência<br />

da FNQ.<br />

A partir das entrevistas realizadas pelos membros do PQT po<strong>de</strong>-se elaborar<br />

um panorama <strong>de</strong> como estes critérios são avalia<strong>dos</strong> no <strong>de</strong>partamento.<br />

A partir <strong>de</strong> cada critério, foram elabora<strong>dos</strong> grupos <strong>de</strong> perguntas e quando<br />

coloca<strong>dos</strong> em prática surgiram os problemas e dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> adaptá-las <strong>para</strong> ser<br />

aplicada a uma unida<strong>de</strong> pertencente uma gran<strong>de</strong> organização, neste caso, o<br />

Departamento <strong>de</strong> Turismo da <strong>UFF</strong>. Muitas perguntas estavam relacionadas a<br />

<strong>de</strong>cisões e fatores que são externos ao <strong>de</strong>partamento. Por exemplo, a <strong>de</strong>scrição das<br />

ativida<strong>de</strong>s do <strong>de</strong>partamento e coor<strong>de</strong>nação está no regulamento da Pró-reitoria <strong>de</strong><br />

assuntos acadêmicos - Proac. Internamente não há se<strong>para</strong>ção clara, nem<br />

ferramentas <strong>de</strong> controle das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada setor, <strong>de</strong>partamento e coor<strong>de</strong>nação.<br />

Na figura 23 está <strong>de</strong>scrito, <strong>de</strong> uma forma geral, como cada critério foi<br />

i<strong>de</strong>ntificado e relacionado a ativida<strong>de</strong>s no <strong>de</strong>partamento. A figura foi elaborada a<br />

partir das respostas das entrevistas com o coor<strong>de</strong>nador e o chefe <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento.<br />

Apresenta cada critério e relaciona os itens necessários a cada critério <strong>de</strong> excelência<br />

<strong>para</strong> as organizações seguirem em busca da excelência. As entrevistas com os<br />

representantes da coor<strong>de</strong>nação e do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo foram feitas<br />

baseadas neste mo<strong>de</strong>lo, permitindo um panorama <strong>de</strong> como cada critério se<br />

configura atualmente no <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo.


CRITÉRIO ITENS<br />

LIDERANÇA<br />

ESTRATÉGIAS E<br />

PLANOS<br />

CLIENTES<br />

SOCIEDADE<br />

INFORMAÇÕES E<br />

CONHECIMENTO<br />

PESSOAS<br />

PROCESSOS<br />

Sistemas <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança<br />

Cultura da excelência<br />

Análise do <strong>de</strong>sempenho da organização<br />

Formulação <strong>de</strong> estratégias<br />

Implementação das estratégias<br />

Imagem e conhecimento <strong>de</strong> mercado<br />

Relacionamento com clientes<br />

Responsabilida<strong>de</strong> Socioambiental<br />

Ética e <strong>de</strong>senvolvimento social<br />

Informações da organização<br />

Informações com<strong>para</strong>tivas<br />

Ativos intangíveis<br />

Sistemas <strong>de</strong> Trabalho<br />

Capacitação e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />

Processos principais do negócio e<br />

<strong>processos</strong> <strong>de</strong> apoio<br />

Processos <strong>de</strong> relacionamento com<br />

fornecedores<br />

Processos econômico-financeiros<br />

PANORAMA NO DEPARTAMENTO DE<br />

TURISMO e PERSPECTIVAS FUTURAS<br />

A li<strong>de</strong>rança é exercida pelo chefe e<br />

subchefe do <strong>de</strong>partamento. O código <strong>de</strong><br />

ética seguido é o do estatuto geral da<br />

universida<strong>de</strong>.<br />

Estabelecer padrão <strong>de</strong> excelência;<br />

referência na Universida<strong>de</strong> e no Brasil.<br />

Em 2007 iniciaram as reuniões <strong>de</strong><br />

planejamento estratégico do<br />

<strong>de</strong>partamento. O plano futuro é a<br />

captação <strong>de</strong> consultoria na área <strong>de</strong><br />

turismo. Definição das áreas <strong>de</strong> pesquisa<br />

e extensão e <strong>dos</strong> seus respectivos<br />

participantes. Definição <strong>dos</strong> programas<br />

<strong>de</strong> pós-graduação lato-sensu e stritusenso.<br />

Ser reconhecido como um curso <strong>de</strong><br />

ponto no Brasil e <strong>de</strong>staque na geração<br />

<strong>de</strong> conhecimento na área <strong>de</strong> Turismo.<br />

Os clientes são os alunos e a socieda<strong>de</strong>.<br />

Os alunos participam do processo<br />

principal, ensino-aprendizagem e a<br />

socieda<strong>de</strong> recebem a mão-<strong>de</strong>-obra<br />

qualificada e os resulta<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> projetos<br />

<strong>de</strong> extensão.<br />

O <strong>de</strong>partamento apóia o projeto<br />

Sensibiliza <strong>UFF</strong> e projeto Turis.<br />

Elevar a questão da Responsabilida<strong>de</strong><br />

Social e do Desenvolvimento sustentável<br />

no Turismo<br />

Busca e troca <strong>de</strong> informações por meio<br />

<strong>de</strong> internet e intranet. Inscrição em<br />

disciplinas, histórico escolar, formulários<br />

<strong>de</strong> estágio, horários <strong>de</strong> disciplinas,<br />

<strong>de</strong>clarações, histórico.<br />

Criação do Portal do conhecimento do<br />

Turismo e o Núcleo <strong>de</strong> Estu<strong>dos</strong><br />

Avança<strong>dos</strong> em Turismo.<br />

É realizada avaliação institucional como<br />

forma <strong>de</strong> gerenciamento do<br />

<strong>de</strong>sempenho das ativida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong><br />

professores e funcionários. Faltam<br />

programas e estratégias motivacionais.<br />

Criação <strong>de</strong> um sistema interno <strong>de</strong><br />

avaliação e <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>.<br />

O processo principal é o ensinoaprendizagem<br />

<strong>para</strong> o qual a medição <strong>de</strong><br />

indicadores é restrita aos<br />

coor<strong>de</strong>nadores do curso.<br />

Normatização <strong>dos</strong> <strong>processos</strong>.


RESULTADOS<br />

Resultado econômico-financeiro<br />

Resulta<strong>dos</strong> relativos aos clientes e ao<br />

mercado<br />

Resultado relativo a socieda<strong>de</strong><br />

Resultado relativo a pessoas<br />

Resultado <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> principais do<br />

negócio e <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> <strong>de</strong> apoio<br />

Resultado relativo aos fornecedores<br />

Figura 23: Panorama <strong>dos</strong> critérios <strong>de</strong> excelência no <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo/<strong>UFF</strong><br />

Fonte: Elaborado pela autora<br />

Não há medição formal <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>processos</strong> do <strong>de</strong>partamento.<br />

Criação <strong>de</strong> um sistema interno <strong>de</strong><br />

avaliação e <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>.<br />

O <strong>diagnóstico</strong> do curso <strong>de</strong> turismo, a partir das respostas das entrevistas é<br />

breve, pois foi i<strong>de</strong>ntificada a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conscientizar e promover seminários<br />

sobre os critérios <strong>de</strong> excelência <strong>para</strong> que o resultado da pesquisa forneça da<strong>dos</strong><br />

mais a<strong>de</strong>rentes, coerentes e precisos.<br />

Sobre o critério li<strong>de</strong>rança po<strong>de</strong>-se dizer que os lí<strong>de</strong>res do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong><br />

turismo são eleitos em plenária <strong>de</strong>partamental pelos membros do colegiado do curso<br />

e as atribuições do <strong>de</strong>partamento estão divididas em 5 coor<strong>de</strong>nações, ou seja, <strong>de</strong><br />

graduação, <strong>de</strong> pesquisa, <strong>de</strong> extensão, <strong>de</strong> pós-graduação e do curso seqüencial <strong>de</strong><br />

empreen<strong>de</strong>dorismo. Para orientar as ativida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong> membros do <strong>de</strong>partamento<br />

precisam ser traça<strong>dos</strong> os valores referenciais e realizar análise do <strong>de</strong>sempenho <strong>dos</strong><br />

membros e <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> da organização – atualmente inexistentes. Estas<br />

informações <strong>de</strong>vem ser mapeadas no <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo e divulgadas nos<br />

meios <strong>de</strong> comunicação disponíveis no <strong>de</strong>partamento.<br />

Foram realizadas reuniões <strong>de</strong> planejamento estratégico do <strong>de</strong>partamento a<br />

partir das quais foram aprova<strong>dos</strong> projetos e ações que proporcionam o<br />

direcionamento e o <strong>de</strong>senvolvimento do curso. Estratégias e planos precisam ser<br />

revisa<strong>dos</strong> constantemente <strong>para</strong> a<strong>de</strong>quação as necessida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong> clientes e <strong>de</strong><br />

acordo com as ameaças e oportunida<strong>de</strong>s do ambiente externo e interno. Entretanto,<br />

<strong>para</strong> o ano <strong>de</strong> 2008 ainda não foi realizada nenhuma reunião com o objetivo <strong>de</strong><br />

realinhamento estratégico das ações <strong>de</strong>partamentais.<br />

Os alunos são os “clientes” que participam do processo principal do<br />

<strong>de</strong>partamento, ensino-aprendizagem. Por se tratar <strong>de</strong> uma instituição pública a<br />

socieda<strong>de</strong> é cliente externo do <strong>de</strong>partamento. Como clientes do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong><br />

turismo, socieda<strong>de</strong> e alunos <strong>de</strong>vem ter suas necessida<strong>de</strong>s, percepções acerca da<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> e expectativas medidas por meio <strong>de</strong> pesquisas ou por


outros canais <strong>de</strong> comunicação. Por esta razão, o GQT <strong>de</strong>finiu fortalecer a<br />

divulgação das práticas da qualida<strong>de</strong> e promover outros workshops <strong>de</strong><br />

sensibilização, com datas ainda pen<strong>de</strong>ntes.<br />

Para o critério Informações e conhecimento estão relaciona<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> os<br />

<strong>processos</strong> do <strong>de</strong>partamento e os meios <strong>de</strong> comunicação que variam <strong>de</strong> acordo com<br />

a necessida<strong>de</strong>. As trocas <strong>de</strong> informações do processo ensino-aprendizagem<br />

ocorrem nas salas <strong>de</strong> aulas entre professores e alunos fazendo uso <strong>de</strong> material<br />

digital, livros, artigos <strong>para</strong> transmitirem o conhecimento. Por outro lado, nos<br />

<strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong> se percebe a total <strong>de</strong>sestruturação nos procedimentos<br />

operacionais. Por outro lado, <strong>de</strong> forma incipiente, se verifica, por parte da<br />

coor<strong>de</strong>nação um esforço em criar procedimentos <strong>para</strong> padronizar algumas<br />

ativida<strong>de</strong>s. (Por exemplo, recebimento <strong>de</strong> documentos, arquivos, horários <strong>de</strong><br />

atendimentos e distribuição <strong>de</strong> tarefas, entre outros).<br />

O <strong>de</strong>partamento dispõe <strong>de</strong> número <strong>de</strong> funcionários insuficiente <strong>para</strong> realizar<br />

as tarefas administrativas que, conseqüentemente, são assumidas pelos professores<br />

<strong>para</strong> que sejam cumpridas. Para a contratação <strong>de</strong> novos funcionários administrativos<br />

os pedi<strong>dos</strong> são encaminha<strong>dos</strong> ao diretor da unida<strong>de</strong> a qual o <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong><br />

turismo está ligado. A contratação <strong>de</strong> professores é feita por meio <strong>de</strong> concurso<br />

público que <strong>de</strong>vem aguardar a abertura <strong>de</strong> vagas pela universida<strong>de</strong>. Como o número<br />

<strong>de</strong> professores concursa<strong>dos</strong> ainda não aten<strong>de</strong> a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> do curso <strong>de</strong> turismo<br />

é necessária a contratação <strong>de</strong> professores substitutos.<br />

Des<strong>de</strong> o início das ativida<strong>de</strong>s do curso <strong>de</strong> turismo em 2003 houve mudanças<br />

e melhorias nos <strong>processos</strong> <strong>de</strong> apoio e no processo principal a partir da entrada <strong>de</strong><br />

novos professores <strong>para</strong> o <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo. De acordo com os níveis <strong>de</strong><br />

maturida<strong>de</strong> da FNQ apresenta<strong>dos</strong> na figura 9 e com a análise das entrevistas<br />

po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar que os <strong>processos</strong> do <strong>de</strong>partamento estão em sua fase inicial <strong>de</strong><br />

maturida<strong>de</strong>. A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhoria é reconhecida e os lí<strong>de</strong>res do curso <strong>de</strong><br />

turismo estão comprometi<strong>dos</strong> no seu atendimento. Sendo que algumas melhorias<br />

foram implementadas, por exemplo, 9 alunos foram aprova<strong>dos</strong> em projetos <strong>de</strong><br />

extensão e recebem bolsa, foram abertas vagas e seleciona<strong>dos</strong> alunos <strong>para</strong><br />

monitoria e criada a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> estágio.<br />

Dentre os níveis <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong> que a FNQ apresenta, que equivalem as<br />

categorias <strong>de</strong> premiação: Compromisso com a excelência, Rumo a excelência e<br />

Critérios <strong>de</strong> excelência, po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar, a partir do <strong>diagnóstico</strong> realizado que o


<strong>de</strong>partamento está no primeiro nível, Compromisso com a excelência, em que os<br />

resulta<strong>dos</strong> não são os critérios mais expressivos, ou seja nesta etapa a organização<br />

<strong>de</strong>ve priorizar a melhoria no <strong>de</strong>sempenho organizacional, assim como planejar e<br />

executar procedimentos <strong>para</strong> medir os indicadores associa<strong>dos</strong> a cada critério <strong>de</strong><br />

excelência. Desta forma, possibilitará que as análises futuras e a evolução do<br />

<strong>de</strong>partamento possam ser observadas ao longo do tempo por meio da apresentação<br />

<strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong>.


5 DIAGNÓSTICO DO PROGRAMA DE QUALIDADE NO DEPARTAMENTO DE<br />

TURISMO<br />

Segundo Aguinaldo Fratucci, coor<strong>de</strong>nador da graduação, o esforço do<br />

<strong>de</strong>partamento até hoje foi <strong>para</strong> viabilizar a a<strong>de</strong>quação do projeto pedagógico do<br />

curso aos requisitos do MEC, aten<strong>de</strong>ndo, <strong>de</strong>sta forma, as melhorias necessárias ao<br />

processo principal - ensino-aprendizagem. Como já mencionado, o projeto<br />

pedagógico foi reformulado e começou a ser aplicado no primeiro semestre <strong>de</strong> 2008.<br />

Atualmente o <strong>de</strong>partamento precisa focar seus esforços nos <strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong><br />

<strong>para</strong> implantar melhorias <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> nos <strong>processos</strong> <strong>de</strong> apoio apresenta<strong>dos</strong> em<br />

cada critério <strong>de</strong> excelência. Estes são fundamentais <strong>para</strong> a melhoria contínua e <strong>para</strong><br />

o caminho rumo à excelência do <strong>de</strong>partamento. A partir <strong>de</strong> cada critério <strong>de</strong><br />

excelência no <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo serão articuladas as propostas contidas nas<br />

figuras (<strong>de</strong> 24 a 31) a seguir. Para cada critério <strong>de</strong> excelência foram traçadas<br />

<strong>de</strong>terminadas práticas e ativida<strong>de</strong>s que estão na coluna “Proposta: o que fazer?” Na<br />

coluna ao lado estão <strong>de</strong>scritas as ações que po<strong>de</strong>m viabilizar o atendimento a estas<br />

propostas.


CRITÉRIO Proposta: o que fazer? Como fazer?<br />

Criar documento com a <strong>de</strong>scrição das<br />

atribuições <strong>dos</strong> lí<strong>de</strong>res do<br />

Definir o papel da li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo; da mesma<br />

forma <strong>dos</strong> coor<strong>de</strong>nadores setoriais<br />

(pesquisa, extensão e pós-graduação)<br />

LIDERANÇA<br />

Estabelecer valores e<br />

Esclarecer entre os professores e<br />

funcionários quais são os valores,<br />

princípios organizacionais missão e visão que <strong>de</strong>vem orientar a<br />

execução do trabalho no <strong>de</strong>partamento;<br />

Ferramentas avaliação do<br />

<strong>de</strong>sempenho<br />

Criar sistema <strong>de</strong> avaliação das<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong> lí<strong>de</strong>res do<br />

<strong>de</strong>partamento.<br />

Figura 24: Propostas relacionadas ao Critério Li<strong>de</strong>rança<br />

Fonte: Elaborado pela autora<br />

Para o critério li<strong>de</strong>rança, a proposta principal é <strong>de</strong>finir as funções e atribuições<br />

<strong>de</strong> cada membro do <strong>de</strong>partamento, <strong>para</strong> que o dia a dia o trabalho <strong>de</strong> cada um<br />

possa ser executado sem que haja perda <strong>de</strong> tempo com sobreposição <strong>de</strong><br />

atribuições. Com <strong>de</strong>scrições <strong>dos</strong> cargos e atribuições individuais, orienta<strong>dos</strong> por<br />

valores e princípios organizacionais, segui<strong>dos</strong> por toda equipe, o fluxo <strong>de</strong> trabalho<br />

po<strong>de</strong>rá ocorrerá com menor índice <strong>de</strong> não-conformida<strong>de</strong>s ou erros.<br />

CRITÉRIO Proposta: o que fazer? Como fazer?<br />

ESTRATÉGIAS<br />

E PLANOS<br />

Implantar mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão<br />

em busca da melhoria<br />

contínua<br />

Melhorar os <strong>processos</strong><br />

<strong>gerenciais</strong><br />

Firmar convênios e<br />

parcerias com outras<br />

universida<strong>de</strong>s<br />

Firmar convênios com<br />

empresas<br />

Apresentar indicadores <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho<br />

A partir das reuniões <strong>de</strong> planejamento<br />

estratégico do <strong>de</strong>partamento i<strong>de</strong>ntificar<br />

as necessida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> as mudanças e<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> implantação <strong>de</strong> um<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> excelência;<br />

Diagnosticar as falhas e oportunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> melhorias <strong>de</strong> cada processo <strong>de</strong><br />

apoio e do processo principal do<br />

<strong>de</strong>partamento;<br />

Estabelecer contato em congressos e<br />

eventos acadêmicos com responsáveis<br />

<strong>de</strong> outras universida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> firmar<br />

convênios e parcerias <strong>para</strong> intercâmbio<br />

<strong>de</strong> estudantes, informações e<br />

conhecimento;<br />

Contatar empresas ligadas a ativida<strong>de</strong><br />

turística a fim <strong>de</strong> promover ofertas <strong>de</strong><br />

vagas <strong>de</strong> estágios;<br />

I<strong>de</strong>ntificar quais indicadores <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho são mensuráveis e<br />

importantes <strong>para</strong> avaliação do<br />

<strong>de</strong>sempenho <strong>dos</strong> funcionários,<br />

professores e alunos;


Novos projetos <strong>de</strong> pesquisa<br />

e extensão<br />

Integrar o <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong><br />

turismo a socieda<strong>de</strong><br />

Figura 25: Propostas relacionadas ao Critério Estratégias e Planos<br />

Fonte: Elaborado pela autora<br />

Desenvolver projetos <strong>de</strong> pesquisa e<br />

extensão e efetuar cadastro na PROPP<br />

ou PROEX. Desenvolver novos<br />

produtos, consultoria, por exemplo;<br />

Palestras e projetos com resulta<strong>dos</strong><br />

concretos <strong>para</strong> a socieda<strong>de</strong>;<br />

Assim como no ciclo PDCA a primeira etapa consiste em planejar que <strong>de</strong>vem<br />

ser feitas com as melhorias propostas no critério Estratégias e planos. As ações<br />

propostas <strong>de</strong>vem ser as metas atingidas no final <strong>de</strong> um período estabelecido e por<br />

serem os objetivos do planejamento <strong>de</strong>vem orientar a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão em relação<br />

as ativida<strong>de</strong>s propostas em outros critérios. As propostas relacionadas a este<br />

critério, por exemplo, firmar convênios, implantar mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão no<br />

<strong>de</strong>partamento, elaborar indicadores, elaborar novos projetos <strong>de</strong> extensão e pesquisa<br />

são objetivos, que quando alcança<strong>dos</strong>, contribuirão <strong>para</strong> o melhor <strong>de</strong>sempenho no<br />

processo principal ensino-aprendizagem.<br />

CRITÉRIO Proposta: o que fazer? Como fazer?<br />

CLIENTES<br />

Criar e aplicar formulário <strong>de</strong><br />

avaliação das expectativas<br />

<strong>dos</strong> alunos<br />

Aumentar e divulgar a<br />

produção acadêmica<br />

Figura 26: Propostas relacionadas ao critério Clientes<br />

Fonte: Elaborado pela autora<br />

Elaborar questionário e selecionar os<br />

responsáveis pela aplicação e<br />

tabulação;<br />

Estimular os alunos na produção <strong>de</strong><br />

artigos científicos, participação em<br />

congressos e eventos, engajamento<br />

em projetos <strong>de</strong> pesquisa e extensão<br />

que gerem benefícios <strong>para</strong> a socieda<strong>de</strong><br />

enquanto clientes do <strong>de</strong>partamento;<br />

O mesmo se aplica <strong>para</strong> a produção<br />

<strong>dos</strong> docentes que reverterá tanto <strong>para</strong><br />

o cliente interno como <strong>para</strong> o cliente<br />

externo. Fazer estatística <strong>de</strong><br />

participação <strong>dos</strong> alunos no ENTBL e<br />

professores no ANPTUR.<br />

No referencial teórico foi abordado o conceito <strong>de</strong> clientes que <strong>para</strong> as<br />

organizações que buscam a melhoria contínua e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus <strong>processos</strong> são<br />

aqueles que <strong>de</strong>vem ter o foco na elaboração <strong>de</strong> propostas e nas melhorias das<br />

ativida<strong>de</strong>s, pois são <strong>para</strong> eles que os serviços são ofereci<strong>dos</strong>. No caso do<br />

Departamento <strong>de</strong> Turismo, os alunos são os clientes diretos (internos) do processo


ensino-aprendizagem, portanto <strong>de</strong>vem ser ouvi<strong>dos</strong> por meio <strong>de</strong> formulários <strong>de</strong><br />

avaliação e terem suas necessida<strong>de</strong>s atendidas em relação ao processo principal.<br />

Para isso <strong>de</strong>vem ocorrer as condições i<strong>de</strong>ais <strong>para</strong> estímulo ao aumento da produção<br />

acadêmica (discente e docentes), pois é a forma <strong>de</strong> levar o conhecimento que está<br />

<strong>de</strong>ntro das universida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> a socieda<strong>de</strong>.<br />

CRITÉRIO Proposta: o que fazer? Como fazer?<br />

SOCIEDADE<br />

Consumo sustentável <strong>de</strong><br />

energia<br />

Consumo sustentável <strong>de</strong><br />

papel<br />

Eventos <strong>para</strong> integração<br />

com a comunida<strong>de</strong><br />

Figura 27: Propostas relacionadas ao Critério Socieda<strong>de</strong><br />

Fonte: Elaborado pela autora<br />

Conscientizar funcionários e<br />

professores <strong>para</strong> uso racional <strong>de</strong><br />

energia ao utilizar equipamentos<br />

audiovisuais, ar condicionado e luz das<br />

salas <strong>de</strong> aula;<br />

Fazer uso <strong>de</strong> papel reciclado e se<strong>para</strong>r<br />

papel que po<strong>de</strong>m ser envia<strong>dos</strong> <strong>para</strong><br />

reciclagem;<br />

Organizar eventos <strong>para</strong> divulgar<br />

trabalhos e projetos acadêmicos que<br />

geram benefícios, informações e<br />

conhecimentos que contribuem <strong>para</strong> a<br />

melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da<br />

socieda<strong>de</strong>. Estimular a participação da<br />

comunida<strong>de</strong> e <strong>dos</strong> alunos do pro-jovem<br />

no ENTUR<br />

Atualmente as organizações preocupam-se com a sustentabilida<strong>de</strong> e impacto<br />

se suas ações <strong>de</strong> forma que procuram controlá-las <strong>para</strong> contribuir <strong>para</strong> o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento sustentável da socieda<strong>de</strong>. As propostas no critério socieda<strong>de</strong> são<br />

com vistas a sustentabilida<strong>de</strong>, que por meio do controle do consumo <strong>de</strong> recursos,<br />

como energia e papel, que em sua ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> produção, causam gran<strong>de</strong>s impactos<br />

<strong>para</strong> a socieda<strong>de</strong>. Outra ação importante é a integração da socieda<strong>de</strong> com o meio<br />

acadêmico, pois <strong>para</strong> esta é a razão da produção acadêmica <strong>de</strong>senvolvida pelos<br />

professores e alunos. Por se estar focado nos <strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong> e <strong>de</strong> apoio, não<br />

há referências ao <strong>de</strong>senvolvimento sustentável no turismo, pois se enten<strong>de</strong> que esta<br />

é uma questão ligada ao projeto pedagógico do curso.


CRITÉRIO Proposta: o que fazer? Como fazer?<br />

INFORMAÇÕES<br />

E<br />

CONHECIMENTO<br />

Informar indicadores <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho<br />

Organizar pastas e<br />

arquivos na sala do<br />

<strong>de</strong>partamento<br />

Buscar informações<br />

com<strong>para</strong>tivas<br />

Divulgar <strong>para</strong> as partes interessadas do<br />

<strong>de</strong>partamento (professores, alunos,<br />

socieda<strong>de</strong>) os indicadores <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong><br />

e do processo principal;<br />

Organizar os documentos do<br />

<strong>de</strong>partamento em pastas nomeá-las e<br />

criar listas <strong>para</strong> que possam ser<br />

facilmente i<strong>de</strong>ntificadas e facilitar o<br />

trabalho <strong>para</strong> os funcionários <strong>dos</strong> dois<br />

turnos;<br />

Figura 28: Propostas relacionadas ao Critério Informações e Conhecimento<br />

Fonte: Elaborado pela autora<br />

Realizar benchmarking, visitas e<br />

seminários em outras universida<strong>de</strong>s<br />

<strong>para</strong> troca <strong>de</strong> informações<br />

com<strong>para</strong>tivas.<br />

O critério informações e conhecimento <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong> <strong>de</strong> forma<br />

que permita a execução <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os <strong>processos</strong> com o <strong>de</strong>sempenho esperado.<br />

Informações e conhecimentos são as bases <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> todas as<br />

ativida<strong>de</strong>s da organização. A comunicação, portanto, <strong>de</strong>ve ser organizada <strong>de</strong> forma<br />

que chegue ao receptor da mensagem transmitida sem ruí<strong>dos</strong> ou interferências, ou<br />

seja, <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>vidamente compreendida. As informações necessárias <strong>para</strong> o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da organização não estão restritas aos meios internos, <strong>de</strong>vem ser<br />

pesquisa<strong>dos</strong> os ambientes externos da organização e seus concorrentes a fim <strong>de</strong><br />

que as informações com<strong>para</strong>tivas permitam a análise <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhorias<br />

no <strong>de</strong>partamento proporcionando a melhoria contínua por meio do aprendizado<br />

organizacional.<br />

CRITÉRIO Proposta: o que fazer? Como fazer?<br />

I<strong>de</strong>ntificar as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

capacitação e treinamento <strong>dos</strong><br />

Desenvolvimento pessoal professores e funcionários e organizar<br />

seminários e palestras <strong>para</strong> atualização<br />

da força <strong>de</strong> trabalho;<br />

PESSOAS Estimular o bom clima Organizar eventos <strong>de</strong> confraternização<br />

organizacional<br />

<strong>para</strong> integrar a força <strong>de</strong> trabalho;<br />

I<strong>de</strong>ntificar as principais reclamações da<br />

Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida no força <strong>de</strong> trabalho e levá-las <strong>para</strong><br />

trabalho<br />

discussão nas reuniões <strong>de</strong><br />

planejamento estratégico <strong>para</strong>


Figura 29: Propostas relacionadas ao Critério Pessoas<br />

Fonte: Elaborado pela autora<br />

i<strong>de</strong>ntificar as soluções.<br />

São os membros da organização, os responsáveis pelo bom <strong>de</strong>sempenho das<br />

mesmas. No Departamento <strong>de</strong> Turismo são os professores os responsáveis pelo<br />

bom <strong>de</strong>sempenho do processo principal, ensino-aprendizagem <strong>dos</strong> quais são<br />

fornecedores, são os meios pelos quais o conhecimento é transmitido aos clientes -<br />

os alunos. Por exercerem papel fundamental, os professores precisam ter satisfação<br />

e motivação no ambiente <strong>de</strong> trabalho. O clima organizacional e bom relacionamento<br />

entre os membros da força <strong>de</strong> trabalho são aspectos qualitativos necessários ao<br />

bom <strong>de</strong>sempenho <strong>dos</strong> mesmos.<br />

CRITÉRIO Proposta: o que fazer? Como fazer?<br />

PROCESSOS<br />

Acompanhar o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do<br />

processo principal: ensinoaprendizagem<br />

Melhorar os <strong>processos</strong> <strong>de</strong><br />

apoio<br />

Acompanhar o <strong>de</strong>sempenho<br />

<strong>dos</strong> fornecedores<br />

Registrar as necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> recursos<br />

Figura 30: Propostas relacionadas ao Critério Processos<br />

Fonte: Elaborado pela autora<br />

Criar ferramentas <strong>de</strong> controle interno<br />

<strong>para</strong> acompanhar o <strong>de</strong>sempenho e<br />

i<strong>de</strong>ntificar as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

melhorias no processo principal da<br />

organização;<br />

Aplicar mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Gestão <strong>para</strong><br />

planejar, executar e controlar os<br />

<strong>processos</strong> <strong>de</strong> apoio. Escrever e<br />

registrar os padrões <strong>de</strong> trabalho;<br />

Acompanhar os <strong>de</strong>sempenho <strong>dos</strong><br />

professores e solicitar reunião <strong>para</strong><br />

alinhamento <strong>para</strong> o atendimento às<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong> clientes e do<br />

<strong>de</strong>partamento;<br />

Elaborar relatórios com a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> recursos financeiros e materiais<br />

<strong>para</strong> a execução das ativida<strong>de</strong>s do<br />

<strong>de</strong>partamento.<br />

Em relação ao critério <strong>processos</strong>, a necessida<strong>de</strong> imediata é a elaboração <strong>de</strong><br />

indicadores <strong>para</strong> medir os <strong>processos</strong> do <strong>de</strong>partamento <strong>para</strong> serem analisa<strong>dos</strong> e a<br />

partir disto serem efetuadas propostas <strong>de</strong> melhorias. Foi constatado nas entrevistas<br />

com os responsáveis pelo curso <strong>de</strong> turismo que não é feito controle <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> sobre<br />

o <strong>de</strong>sempenho <strong>dos</strong> alunos, nos <strong>processos</strong> principais <strong>para</strong> avaliação do <strong>de</strong>sempenho<br />

ao longo do tempo. Isto permitiria acompanhar a tendência <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> quer seja


positiva ou negativa. É necessário ao <strong>de</strong>partamento adotar um mo<strong>de</strong>lo sistêmico <strong>de</strong><br />

gestão <strong>para</strong> relacionar e organizar o funcionamento <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os <strong>processos</strong> <strong>de</strong> apoio<br />

<strong>de</strong> forma que contribuam <strong>para</strong> o <strong>de</strong>sempenho eficiente e eficaz do curso <strong>de</strong> turismo.<br />

Uma boa prática é elencar os <strong>processos</strong> críticos e passar a monitorá-los<br />

prioritariamente.<br />

CRITÉRIO Proposta: o que fazer? Como fazer?<br />

RESULTADOS<br />

Elaborar indicadores <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho<br />

Figura 31: Propostas relacionadas ao Critério Resulta<strong>dos</strong><br />

Fonte: Elaborado pela autora<br />

Medir e apresentar relatórios <strong>dos</strong><br />

indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>para</strong> as<br />

ativida<strong>de</strong>s propostas.<br />

Somente após elaboração <strong>de</strong> indicadores relaciona<strong>dos</strong> aos critérios <strong>de</strong><br />

excelência como foi <strong>de</strong>scrito acima é que os resulta<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong><br />

po<strong>de</strong>rão ser avalia<strong>dos</strong>. Esses indicadores ainda não são medi<strong>dos</strong> no curso <strong>de</strong><br />

turismo. Mas com o <strong>diagnóstico</strong> feito nesta pesquisa, os indicadores po<strong>de</strong>rão ser<br />

elabora<strong>dos</strong> e medi<strong>dos</strong> com a participação <strong>dos</strong> professores, responsáveis pelo<br />

<strong>de</strong>partamento e com o apoio <strong>dos</strong> alunos membros do PQT. Cabe alertar que este<br />

critério tem que ser validado a luz das diretrizes existentes na IES, que cabe como<br />

um futuro trabalho a ser <strong>de</strong>senvolvido.


CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

A produtivida<strong>de</strong> e melhoria nos <strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong> do <strong>de</strong>partamento serão<br />

atingidas com a colaboração e participação <strong>dos</strong> professores que são os agentes <strong>de</strong><br />

facilitadores do processo principal do <strong>de</strong>partamento, ensino-apredizagem.<br />

Os conceitos da qualida<strong>de</strong> apresenta<strong>dos</strong> no capítulo 2 <strong>de</strong>vem ser<br />

dissemina<strong>dos</strong> entre os professores. Os principais conceitos relaciona<strong>dos</strong> com este<br />

trabalho são: eficiência, eficácia, produtivida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>sempenho, <strong>processos</strong>, excelência,<br />

qualida<strong>de</strong>, melhoria contínua.<br />

A primeira parte <strong>para</strong> a <strong>implementação</strong> <strong>de</strong> mudanças e a busca pela melhoria<br />

da qualida<strong>de</strong> inicia-se com a sensibilização da força <strong>de</strong> trabalho que <strong>de</strong>vem estar<br />

abertos às mudanças que são propostas pela gestão da qualida<strong>de</strong>. A começar pelos<br />

lí<strong>de</strong>res da organização que <strong>de</strong>vem ser os primeiros a assumirem o compromisso<br />

com a excelência <strong>para</strong> servirem <strong>de</strong> exemplo <strong>para</strong> sua equipe e facilitar a participação<br />

<strong>de</strong> to<strong>dos</strong>.<br />

Foram apresentadas no capítulo 2 as ferramentas da qualida<strong>de</strong> que serão<br />

úteis na etapa <strong>de</strong> planejamento das mudanças e elaboração do relatório <strong>de</strong> gestão<br />

da organização. O ciclo PDCA e a ferramenta 5W 2H auxiliam na elaboração do<br />

planejamento das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>implementação</strong> <strong>de</strong> mudanças. O diagrama <strong>de</strong> causa<br />

e efeito po<strong>de</strong>rá ser utilizado <strong>para</strong> na i<strong>de</strong>ntificação das causas <strong>dos</strong> problemas e<br />

facilitar a i<strong>de</strong>ntificação das soluções. Para esclarecer os <strong>processos</strong> e ativida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong><br />

membros do <strong>de</strong>partamento recomenda-se a elaboração <strong>de</strong> fluxogramas das<br />

ativida<strong>de</strong>s que facilitará a elaboração <strong>de</strong> indicadores <strong>para</strong> a medição do<br />

<strong>de</strong>sempenho organizacional que po<strong>de</strong>rá ser apresentado por meio <strong>de</strong> ferramentas<br />

como o gráfico <strong>de</strong> pareto e o histograma.


O uso <strong>de</strong>stas ferramentas <strong>de</strong>ve ser associado aos conceitos <strong>dos</strong> critérios <strong>de</strong><br />

excelência do PQ-Rio que orientam <strong>para</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> excelência em gestão e ao<br />

mesmo tempo adaptar a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma instituição <strong>de</strong> ensino pública. E <strong>para</strong> isso<br />

foram apresenta<strong>dos</strong> os critérios <strong>de</strong> excelência – li<strong>de</strong>rança, informações e<br />

conhecimento, estratégias e planos, clientes, socieda<strong>de</strong>, <strong>processos</strong>, pessoas e<br />

resulta<strong>dos</strong> – e o <strong>de</strong>senvolvimento do ensino superior <strong>de</strong> turismo no Brasil e como é<br />

avaliado atualmente pelo SINAES.<br />

Como o foco do MEC é <strong>para</strong> a análise do processo principal ensino-<br />

aprendizagem, os <strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong> recebem menos atenção. Fato que justifica<br />

a realização <strong>de</strong>ste trabalho em diagnosticar os <strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong> do<br />

<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo como forma <strong>de</strong> aprimorar o processo principal.<br />

A candidatura da organização a um prêmio <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> propicia que a busca<br />

do autoconhecimento sobre a situação atual <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> e resulta<strong>dos</strong> sejam<br />

apresenta<strong>dos</strong> aos membros do <strong>de</strong>partamento e aos avaliadores do prêmio <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma que possam ser i<strong>de</strong>ntificadas as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhorias.<br />

Para alcançar os objetivos <strong>de</strong>ste trabalho na elaboração das propostas<br />

apresentadas foi necessário realizar entrevistas sobre to<strong>dos</strong> os critérios <strong>de</strong><br />

excelência, o que <strong>de</strong>manda tempo <strong>dos</strong> responsáveis pelo <strong>de</strong>partamento e <strong>dos</strong><br />

membros do PQT. As entrevistas foram realizadas apenas no primeiro semestre <strong>de</strong><br />

2008 e não atingiram seus objetivos plenamente por falta <strong>de</strong> sensibilização e<br />

entendimento sobre os critérios <strong>de</strong> excelência. No capítulo 4, o estudo <strong>de</strong> caso, foi<br />

apresentado o panorama <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> do <strong>de</strong>partamento e i<strong>de</strong>ntificou-se que o<br />

<strong>de</strong>partamento encontra-se no estágio inicial <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> acordo com a FNQ,<br />

<strong>de</strong>nominado Compromisso com a Excelência. Os lí<strong>de</strong>res e a força <strong>de</strong> trabalho estão<br />

engaja<strong>dos</strong> na busca da excelência, porém falta a medição <strong>de</strong> indicadores <strong>para</strong> os<br />

<strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong> que permitam traçar a linha <strong>de</strong> tendência da evolução da<br />

organização e faltam também da<strong>dos</strong> <strong>para</strong> análise com<strong>para</strong>tiva da eficiência, eficácia<br />

e <strong>de</strong>sempenho das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pelos membros do <strong>de</strong>partamento.<br />

No capítulo 5 foram apresentadas, <strong>de</strong> acordo com cada critério <strong>de</strong> excelência<br />

sugestões do que é necessário ser feito <strong>para</strong> melhoria da situação atual <strong>dos</strong><br />

<strong>processos</strong> do <strong>de</strong>partamento.<br />

A partir do referencial teórico apresentado sobre os conceitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e<br />

com as propostas <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhorias no <strong>de</strong>partamento caberá aos<br />

lí<strong>de</strong>res assumir o compromisso com a qualida<strong>de</strong> e pôr em prática o que foi


apresentado. Assim os <strong>processos</strong> <strong>gerenciais</strong> serão melhora<strong>dos</strong> e os reflexos <strong>de</strong>sta<br />

melhoria proporcionarão o aumento no <strong>de</strong>sempenho da força <strong>de</strong> trabalho e<br />

conseqüentemente no processo ensino-aprendizagem.<br />

Para que se configure um cenário com alunos motiva<strong>dos</strong> e conscientes das<br />

atribuições <strong>de</strong> turismólogo no mundo contemporâneo é necessário <strong>processos</strong><br />

<strong>gerenciais</strong> sejam <strong>de</strong>fini<strong>dos</strong> e efetiva<strong>dos</strong> à luz <strong>dos</strong> preceitos da qualida<strong>de</strong>. A<br />

resultante se fará na efetivida<strong>de</strong> do processo principal funcionando <strong>de</strong> forma<br />

eficiente e eficaz, colocando o Departamento <strong>de</strong> Turismo da <strong>UFF</strong> rumo ao ensino <strong>de</strong><br />

excelência.<br />

Sugere-se que sejam elabora<strong>dos</strong> trabalhos futuros <strong>para</strong> elaboração <strong>de</strong><br />

indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> turismo que possa servir <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> outras instituições <strong>de</strong> ensino. Outra pesquisa que po<strong>de</strong>rá ser realizada<br />

é a análise com<strong>para</strong>tiva <strong>dos</strong> sistemas <strong>de</strong> avaliação da qualida<strong>de</strong> do ensino por<br />

exemplo o TEDQUAL e os critérios <strong>de</strong> excelência <strong>para</strong> educação do MBNQA.


REFERÊNCIAS<br />

ABREU, Romeu Carlos Lopes <strong>de</strong>. CCQ, Círculos <strong>de</strong> Controle da Qualida<strong>de</strong>:<br />

Integração – Trabalho – Homem – Qualida<strong>de</strong> Total. 2. ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro:<br />

Qualitymark, 1991.<br />

ALBRECHT, Karl. Revolução nos serviços: como as empresas po<strong>de</strong>m<br />

revolucionar a maneira <strong>de</strong> tratar os seus clientes; 6 reimpressão da 1 ed.<br />

1992.Tradução <strong>de</strong> Antônio Zoratto Sanvicente. São Paulo: Pioneira Thomson<br />

Learning, 2002.<br />

ARAÚJO, Luís César G. <strong>de</strong>. Organização, sistemas e méto<strong>dos</strong> e as mo<strong>de</strong>rnas<br />

ferramentas <strong>de</strong> gestão organizacional: arquitetura, benchmarking, empowerment,<br />

gestão pela qualida<strong>de</strong> total, reengenharia. São Paulo: Atlas, 2001.<br />

______; GARCIA, Adriana Ama<strong>de</strong>u. Gestão pela Qualida<strong>de</strong> Total: evolução,<br />

aplicação e resulta<strong>dos</strong> em empresas brasileiras. In: III CONGRESSO NACIONAL DE<br />

EXCELÊNCIA EM GESTÃO, 2006, Niterói. Gestão pela qualida<strong>de</strong> total nas<br />

organizações sustentáveis. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Abepro, 2006. p. 329 - 339.<br />

ARAÚJO, Luiz Fernando Reis <strong>de</strong>. O relacionamento entre o INMETRO e a re<strong>de</strong><br />

brasileira <strong>de</strong> metrologia legal e qualida<strong>de</strong>: <strong>diagnóstico</strong>, análise e gestão. 2004. 1<br />

v. Dissertação (Mestrado) - Curso <strong>de</strong> Pós Graduação Stricto Sensu em Sistemas <strong>de</strong><br />

Gestão, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminese, Niterói, 2004.<br />

BALDRIGE, National Quality Program. Education criteria for performance Excellence,<br />

2001. Disponível em: http://www.quality.nist.gov/Education_Criteria.2001.htm<br />

Acesso em: 25/05/2008<br />

BATOCCHIO, Antônio; BIAGIO, Luiz Arnaldo. A importância da avaliação do<br />

Capital intelectual na administração estratégica. Artigo apresentado no ENEGEP<br />

1999. Disponível em:<br />

. Acesso em: 12 jun. 2008.<br />

BEHARA, Ravi S.; GUNDERSEN, David E.. Analysis of quality management<br />

practices in services. International Journal Of Quality & Reliability Management,<br />

MCB University Press, v. 18, n. 6, p.584-603, 2001. http://www.emeraldlibrary.com/ft.


BERGAMO FILHO, Valentino. Gerência económica da qualida<strong>de</strong> através do TQC:<br />

controle total da qualida<strong>de</strong>. São Paulo: Makron, Mcgraw-hill, 1991.<br />

BEZERRA, Marlene Jesus Soares. Sistema <strong>de</strong> gestão e os criterios <strong>de</strong><br />

excelência do Prêmio Nacional da Qualida<strong>de</strong> – PNQ: um instrumento <strong>de</strong><br />

avaliação <strong>para</strong> o segmento educação. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Edição do Autor, 2004<br />

BIGGS, J.. Assessment and classroom learning: a role for summative assessment?<br />

Assessment In Education: Principles, Policy And Practice, v. 5, n. 1, p.103-110,<br />

1998. Disponível em:<br />

. Acesso em:<br />

12 jun. 2008.<br />

CALMON, Kátya Maria Nasiaseni. A Avaliação <strong>de</strong> programas e a dinâmica da<br />

aprendizagem oraganizacional. Planejamento e Políticas Públicas, n. 19, p.1-70,<br />

jun. 1999. Disponível em: .<br />

Acesso em: 11 jun. 2008.<br />

CAMP, Robert C.. Benchmarking, o caminho da qualida<strong>de</strong> total: i<strong>de</strong>ntificando,<br />

analisando e adaptando as melhores práticas da administração que levam à<br />

maximização da performace empresarial. 3. ed. São Paulo: Pioneira, 1998.<br />

CÂNDIDO, Antônio Pereira; GAUTHIER, Fernando Álvaro Ostuni;<br />

HERMENEGILDO, Jorge Luiz Silva. PROPOSTA DE UM MODELO DE<br />

DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL BASEADO. Disponível em:<br />

. Acesso em: 12<br />

jun. 2008.<br />

CARVALHO, H. G. ; BERTOL, A. A. ; ALBERTON, L. . Li<strong>de</strong>rança e Motivação <strong>para</strong> a<br />

Qualida<strong>de</strong> em Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior Públicas. In: XVIII ENEGEP, 1998,<br />

Niterói. A Engenharia <strong>de</strong> Produção e o Futuro do Trabalho. Niterói : ENANPAD,<br />

1998. v. único. p. 1-8.<br />

CATRAMBY, Teresa Cristina Viveiros e COSTA, Stella Regina Reis da.<br />

“Qualificação Profissional em Turismo como Fator <strong>de</strong> Competitivida<strong>de</strong> do Setor” .<br />

Ca<strong>de</strong>rno Virtual <strong>de</strong> Turismo, Vol. 4, N° 3 (2004). Disponível em:<br />

http://www.ivt.coppe.ufrj.br/ca<strong>de</strong>rno/ojs/search.php?op=search&query=catramby&limi<br />

t=author. Acesso em: 07/01/2008


ENADE. Relatório do curso <strong>de</strong> turismo,Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense,<br />

município Niterói. ENADE 2006, INEP, MEC, disponível em:<br />

http://ena<strong>de</strong>2006.inep.gov.br/pdf/2905723303302.pdf<br />

Acessado em: 11/05/2008<br />

FNPQ FUNDAÇÃO PARA O PRÊMIO NACIONAL DA QUALIDADE. Critérios <strong>de</strong><br />

Excelência. São Paulo: FNPQ, 2001.<br />

FNQ, MEG (Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Excelência <strong>de</strong> Gestão)<br />

Disponível em: . Acesso em:<br />

05/01/2008<br />

_______, Critérios Compromisso com a Excelência e Rumo à Excelência /<br />

Fundação Nacional da Qualida<strong>de</strong>. - São Paulo: Fundação Nacional da Qualida<strong>de</strong>,<br />

2008. Disponível em:<br />

. Acesso em: 07/01/2008<br />

FORNARI, Ivanna Schenkel. Educação superior em turismo: o profissional <strong>de</strong><br />

turismo frente as competências exigidas pelo mercado <strong>de</strong> trabalho do setor hoteleiro<br />

em Natal. 2006. Dissertação (Mestrado) - Departamento <strong>de</strong> Programa <strong>de</strong> Pósgraduação<br />

em Administração, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Natal,<br />

2006.<br />

GONÇALVES, José Ernesto Lima. As empresas são gran<strong>de</strong>s coleções <strong>de</strong><br />

<strong>processos</strong>. Revista <strong>de</strong> Administração <strong>de</strong> Empresas. São Paulo, v. 40, n. 1, 2000.<br />

Disponível em: . Acesso em: 11 jun<br />

2008.<br />

INEP, Instituto Nacional <strong>de</strong> Estu<strong>dos</strong> e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2006.<br />

Consulta <strong>dos</strong> Resulta<strong>dos</strong> ENADE. Disponível em:<br />

http://ena<strong>de</strong>2006.inep.gov.br/novo/Site/?c=CUniversida<strong>de</strong>&m=mostrar_lista_area<br />

Acesso em: 11/05/2008<br />

JURAN, J. M. A qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o projeto: novos passos <strong>para</strong> o planejamento da<br />

qualida<strong>de</strong> em em produtos e serviços. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 1992.<br />

Tradução <strong>de</strong> Nivaldo Montigelli Jr..<br />

LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Qualida<strong>de</strong> total em serviços: conceitos, exercícios,<br />

casos práticos. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2004.


MAIN, Jeremy. Guerras pela qualida<strong>de</strong>: os sucessos e fracassos da revolução<br />

da qualida<strong>de</strong>. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Campus, 1994.<br />

MANN, Nancy R.. Deming: as chaves da excelência. São Paulo: Makron, Mc<br />

Graw-hill, 1992. Tradução José Carlos Barbosa <strong>dos</strong> Santos.<br />

MARSHALL JUNIOR, Isnard, CIERCO, Agliberto Alves, ROCHA, Alexandre<br />

Varanda, MOTA, Edmarson Bacelar, LEUSIN, Sérgio. Gestão da Qualida<strong>de</strong>. 8° ed.<br />

– reimpressão – Rio <strong>de</strong> Janeiro: FGV, 2007.<br />

MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Introdução à administração. - Ed. compacta<br />

– São Paulo: Atlas, 2006.<br />

MEC (Ministério da Educação / Comissão Nacional <strong>de</strong> avaliação da Educação<br />

Superior / Instituto Nacional <strong>de</strong> Estu<strong>dos</strong> e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).<br />

Avaliação <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> graduação: instrumento. Brasília, DF, maio 2006<br />

OMT (Organização Mundial do Turismo). TEDQUAL (Tourism EDucational<br />

QUALity – Qualida<strong>de</strong> na Educação Turística).<br />

Disponível em: http://ekm.unwto.org/english/tedqual.php<br />

Acesso em: 05/01/2008<br />

PANNIRSELVAM, Gertru<strong>de</strong> P.; FERGUSON, Lisa A.. A study of the relationships.<br />

International Journal Of Quality & Reliability Management, New York, v. 18, n. 1,<br />

p.14-34, 2001. Disponível em: . Acesso em: 15<br />

mar. 2008.<br />

PARECER CES/CNE 0146/2002, aprovado em 03/04/2002. Diretrizes Curriculares<br />

Nacionais <strong>dos</strong> cursos <strong>de</strong> graduação em Direito, Ciências Econômicas,<br />

Administração, Ciências Contábeis, Turismo, Hotelaria, Secretariado Executivo,<br />

Música, Dança, Teatro e Design. Disponível em:<br />

http://www.musica.ufrn.br/licenciatura/PAR_CNE_CES_1462002%20.pdf. Acesso<br />

em: 21/04/2008<br />

RAMOS, Maria da Graça Gomes; GARCIA, Tania Elisa Morales. Ensino Superior em<br />

Turismo no Brasil: algumas reflexões. Unirevista, São Leopoldo, v. 1, n. 2, p.?-?,<br />

abr. 2006. Disponível em:<br />

. Acesso em: 14 jan.<br />

2008.<br />

SILVA, Alexandre Nixon Raulino Soratto da. Gerenciamento da responsivida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

serviços: uma proposta <strong>para</strong> agilizar <strong>processos</strong> e mo<strong>de</strong>rar os efeitos da espera.


2004. 128 f. Dissertação (Mestrado) - Curso <strong>de</strong> Mestrado em Engenharia <strong>de</strong><br />

Produção - Programa <strong>de</strong> Pós Graduação em Engenharia <strong>de</strong> Pordução, Ufsc,<br />

Florianópolis, 2004. Disponível em: .<br />

Acesso em: 11 jun. 2008.<br />

SILVA, Licinio Esmeraldo da. CONSTRUÇÃO DE UM INDICADOR PARA A<br />

QUALIDADE GLOBAL DE VIDA NO ENSINO PÚBLICO SUPERIOR: ESTUDO DE<br />

CASO SOBRE AS CONDIÇÕES DE VIDA E TRABALHO VINCULADAS A<br />

FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM<br />

MATEMÁTICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE. Dissertação<br />

(Mestrado) - Curso <strong>de</strong> Pós Graduação Stricto Sensu em Sistemas <strong>de</strong> Gestão,<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, 2006.<br />

SOARES, Carlos Alberto Lidízia. GESTÃO ESTRATÉGICA E LIDERANÇA NO<br />

TERCEIRO SETOR: UM ESTUDO DE CASO EM ORGANIZAÇÕES NÃO<br />

GOVERNAMENTAIS. 2004. Dissertação (Mestrado) - Curso <strong>de</strong> Pós Graduação<br />

Stricto Sensu em Sistemas <strong>de</strong> Gestão, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói,<br />

2004.<br />

SOARES, Cláudia; ALMEIDA, Éricka. Cursos <strong>de</strong> turismo: quantida<strong>de</strong> x qualida<strong>de</strong>: O<br />

caso <strong>de</strong> Salvador/ Bahia! Ca<strong>de</strong>rno Virtual <strong>de</strong> Turismo, Rio <strong>de</strong> Janeiro?, v. 6, n. 1,<br />

p.49-58, 2006. Disponível em:<br />

. Acesso em: 25 jan. 2008.<br />

TENÓRIO, F.G.; Gestão <strong>de</strong> ONGs: principais funções <strong>gerenciais</strong>. Rio <strong>de</strong> Janeiro:<br />

FGV, 2003.<br />

VIEIRA NETO, Julio. UMA PROPOSTA DE MODELO DE GESTÃO PARA AS<br />

PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS (PME’s): UM ESTUDO DE CASO MÚLTIPLO<br />

DO SETOR QUÍMICO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Dissertação (Mestrado)<br />

- Curso <strong>de</strong> Pós Graduação Stricto Sensu em Sistemas <strong>de</strong> Gestão, Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, 2008.<br />

Sites:<br />

http://www.oficinadanet.com.br/imagens/conteu<strong>dos</strong>/167/gd_folha_<strong>de</strong>_verificacao.jpg<br />

Acesso em: 31 maio 2008<br />

http://www.banasmetrologia.com.br/arquivos/produtos%20saú<strong>de</strong>3.JPG<br />

Acesso em: 31 maio 2008<br />

http://www.nbr-iso-14001.com.br/arquivoseditor_knower/image/pdca2.jpg<br />

Acesso em: 31 maio 2008


http://www.vipnet.pt/saibamais.htm<br />

Acesso em: 31 maio 2008<br />

ANEXO 1<br />

A percepção do aluno <strong>de</strong> turismo sobre os <strong>processos</strong> e ativida<strong>de</strong>s do<br />

<strong>de</strong>partamento e coor<strong>de</strong>nação do curso <strong>de</strong> turismo<br />

Data: / / 2007 N◦:___________<br />

Ano/semestre <strong>de</strong> ingresso: _____<br />

Ano/semestre previsto <strong>para</strong> conclusão: ______


Ida<strong>de</strong>:<br />

Sexo:


1. Qual sua opinião sobre os turnos das<br />

aulas?<br />

( )Ruim ( ) Muito Bom<br />

( )Regular ( ) Excelente<br />

( )Bom<br />

2. A pré-inscrição pela internet lhe<br />

ajudou no ato<br />

da matrícula?<br />

( )Sim<br />

( )Não<br />

3. Sabe qual a utilida<strong>de</strong> da ferramenta<br />

<strong>de</strong> pré-inscrição<br />

<strong>para</strong> a coor<strong>de</strong>nação?<br />

( )Sim<br />

( )Não<br />

4. Qual sua opinião sobre o atendimento<br />

e prazos no<br />

requerimento <strong>de</strong> documentos<br />

(<strong>de</strong>clarações, carteirinha,<br />

etc)?<br />

( )Ruim ( ) Muito Bom<br />

( )Regular ( ) Excelente<br />

( )Bom<br />

5. Você conhece os prazos e normas da<br />

<strong>UFF</strong> <strong>para</strong> cancelar disciplinas?<br />

( )Sim<br />

( )Não<br />

6. Qual sua opinião sobre a avaliação<br />

adotada nas disciplinas <strong>de</strong> turismo<br />

(obrigatório à realização <strong>de</strong> uma prova)?<br />

( )Ruim ( ) Muito Bom<br />

( )Regular ( ) Excelente<br />

( )Bom<br />

7. Qual sua opinião sobre os convênios<br />

<strong>de</strong> estágio da <strong>UFF</strong>?<br />

( )Ruim ( ) Muito Bom<br />

( )Regular ( ) Excelente<br />

( )Bom<br />

8. Você consi<strong>de</strong>ra a<strong>de</strong>quada a carga<br />

horária <strong>de</strong> estágio<br />

exigida pelo curso?<br />

( )Sim<br />

( )Não<br />

9. Você conhece os projetos <strong>de</strong><br />

extensão e pesquisa existentes no<br />

curso?<br />

( ) Sim<br />

( ) Não


ANEXO 2<br />

Tabulação do questionário sobre a percepção da qualida<strong>de</strong> do curso <strong>de</strong> turismo pelos alunos<br />

Número <strong>de</strong> respostas em cada questão<br />

Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Questão 5 Questão 6 Questão 7 Questão 8 Questão 9 Questão 10<br />

Ruim 63 13 1 47 2<br />

Regular 66 35 28 58 27<br />

Bom 29 78 56 34 69<br />

Muito bom 6 32 59 8 48<br />

Excelente 0 5 19 1 18<br />

NR 0 3 0 1 0 1 16 6 0 0<br />

Sim 135 136 95 112 40<br />

Não 26 28 69 46 124<br />

TOTAL: 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164<br />

Legenda:<br />

NR - Não Respondido

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!