17.04.2013 Views

Visualizar monografia

Visualizar monografia

Visualizar monografia

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

“FADAS: [...] As altivas primaveras ela as adora deveras; em seu dourado<br />

vestido de traçado mui garrido, há rubis, muito perfume, de que as fadas têm<br />

ciúme. Ora sacudo as pétalas das rosas à procura das pérolas donosas porque<br />

às orelhas ponha redolentes das primaveras lúcidos pingentes. [...] da sincera<br />

violeta e da graciosa primavera, onde há latada de fragrantes rosas e<br />

madressilvas nímio dulçorosas”. (SHAKESPEARE, Ato II, Cena I)<br />

Esse momento da primavera é destacado na natureza pelo tempo em que chegou e a força da<br />

graciosidade com que ela se aproxima trazendo cores e cheiros, as flores trazem alegrias e os<br />

campos são contemplados pelos verdes que exprime tranqüilidade, onde os climas das<br />

estações causam prazer.<br />

William Shakespeare também fez referência a um período em que as estações não permitiram<br />

que a terra viesse a dar bons frutos, essa cena indica um momento em que as plantações se<br />

perderam, e as paisagens que se referiam a agricultura ou a natureza não tinham boniteza, o<br />

campo estava coberto de água, e os animais se escondiam para longe dos pastos; Shakespeare<br />

através do personagem de Titânia Rainha das Fadas descreve como foi esse momento tanto<br />

para natureza como para os humanos, e no final fala das mudanças das estações.<br />

“TITÂNIA: [...] Em vão os bois no jugo se cansaram; perdeu o suor o<br />

lavrador; o verde trigo podre ficou antes de a barba juvenil lhe nascer; os<br />

currais se acham vazios nas campinas alagadas; cevam-se os corvos no<br />

pastoso gado: as quadras de pelota estão desertas e cobertas de lama; quase<br />

desfeitos na verde relva os belos labirintos, porque ora já ninguém neles<br />

transita. [...] enquanto sobre o queixo e nos cabelos brancos do velho<br />

inverno, por escárnio, brotam grinaldas de botões odoros do agradável estio.<br />

A primavera, o estio, o outono procriador, o inverno furioso as vestes<br />

habituais trocaram, de forma tal que o mundo, de assombrado, para<br />

identificá-los não tem meios. [...]”. (SHAKESPEARE, Ato II, Cena I)<br />

O Autor descreve as características do inverno com termos que remete a algo rabugento e<br />

desagradável, o frio inverno é uma das estações em que Shakespeare nos leva a tê-lo como<br />

algo ruim e temeroso, que provoca não apenas um frio físico, mas também a frieza da alma.<br />

Os animais silvestres e domésticos também são situados na peça, em alguns trechos<br />

observamos a espontaneidade de William ao interpretar os atos humanos com relação às<br />

simples características da personalidade da vida animal, como no momento em que o grupo de<br />

Bottom fugiu ao ver que ele estava com cabeça de burro.<br />

“PUCK: Ao vê-lo, os outros, tal como bulhento bando de patos bravos, no<br />

momento em que percebem caçador matreiro que para eles se arrasta<br />

sorrateiro, ou como gralhas de pés rubros, quando a um tiro súbito, a gritar,<br />

voando, se espalhando pelo céu [...]”. (SHAKESPEARE, Ato III, Cena II)<br />

40

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!