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“LISANDRO: A Hérmia não percebeu. Dorme até o dia, que em mim não<br />
tem poder tua magia”. (SHAKESPEARE, Ato II, Cena II)<br />
Os artifícios da conquista são retratados por Shakespeare como uma simpatia, o amor é visto<br />
como algo mais forte que o querer ter a pessoa amada por perto, assim as poesias que<br />
Lisandro recitava para Hérmia eram vistas por Egeu como magia deixando-a sobre um<br />
encantamento. Os personagens de William expressam as sensações do homem quando se<br />
encontra apaixonado, o autor aborda o mundo do amor como algo mágico e fantasioso pelos<br />
aspectos em que são demonstrados no indivíduo que está enamorado, esses aspectos<br />
geralmente leva o homem a ver o impossível como possível, onde tudo pode ser feito por algo<br />
ou aquele a quem se ama.<br />
Shakespeare também usa o personagem Puck para mostrar como o povo via as fadas, Puck<br />
com suas travessuras, atormentava moradores das aldeias, agricultores e viajantes, essas<br />
situações retomam a sociedade celta que acreditavam nas fadas, além das crenças do povo<br />
inglês.<br />
“FADA: [...] tu és aquele espírito travesso do nome Bom Robim. És tu que<br />
enleias de noite as raparigas das aldeias, tiras do leite a nata e, de mansinho,<br />
desajustas as peças do moinho; [...] que ris às gargalhadas, de inclemente, do<br />
viajante noturno exausto e lasso, pós o teres transviado um bom pedaço.<br />
PUCK: [...] Eu sou, realmente, o ledo vagabundo noturno que brinquedo<br />
faço de tudo, [...] às vezes ponho tudo em polvorosa, [...]”.<br />
(SHAKESPEARE, Ato II, Cena I)<br />
Puck é um dos principais personagens na obra que representa a mitologia, ele retrata fielmente<br />
a cultura Celta até o século XVI em que os ingleses acreditavam que os elfos existiam e que<br />
influenciavam na vida cotidiana, ou seja, as fadas viviam entre os humanos podendo assim<br />
mudar o rumo da colheita, como do trabalho de uma dona de casa, ou o do caminho de um<br />
viajante, o autor registra através de Puck que as fadas tinham fácil acesso aos seres humanos,<br />
além de podermos considerá-las superiores aos homens, pois possuíam a magia.<br />
Assim como os homens têm nomes, William dá nomes ao seres místicos, nomes que indicam<br />
elementos da natureza, como por exemplo, Teia de aranha, Semente de Mostarda, Flor de<br />
ervilha e Traça.<br />
“TITÂNIA: [...] silfos belos vais ter, como eu, também, que jóias te trarão do<br />
mar profundo, e te farão dormir sempre jucundo. [...] Traça! Mostarda! Flor<br />
de ervilha! Teia!”. (SHAKESPEARE, Ato III, Cena I)<br />
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