1141-1145 - Universidade de Coimbra

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Í50 — gerreira §orges 156 COIMBRA. Néata caza, regularmente montada no jénero das de Lisboa e Porto, encon ra-se á venda e mais variado e completo sortimento de todos os artigos concernentes a estabelecimentos dósta naturêza. Dôces de ovos com os maia finos recheios. Dôces de fructa de diversas qualidades, sêcos e cristalizado^. Fabricam-ee grandes peças de fantasia, próprias para brindes. . "Variada pastelaria em todos os generos, especializando os de folhado. Galan tines diversas» Téte d»A.ch.ar. Rate de Lievre e Foie. Saueisses. Pudings de diversas qualidades, vistosamente enfeitados. Pão de lò, pelo sistema de Margaride. Espeoialidade em vinhos generozos e licores fílios das principaes marcas. Amêndoas, bon-bons, chocolates, queijos, chás, dtc ctc CAFÉ, BEBIDAS E CERVEJA Dèposito dos produtos da Fabrica de bolachas e biscoitos na Couraça de Lisboa, 32 0 O o JOÃO BORGES ® Correspondente das companhias Seguros de vida RESERVA MUTUAL dos Estados Unidos e seguros de fogo PORTUGAL TABACOS, PAPELARIA, PERFUMARIAS E QUINQOILHERIAS Machinas de costura e velocípedes 87, Rua Ferreira Borges, 89 COIMBRA Esta Casa, única depositaria das maquinas de costura suecas HUS« em todo o districto de Coimbra, as melhores que até hoje, fle« apparecide ne swrcade, contida o publico a vir verificar a boa qualidade * preços d'esta» maquinas antes de comprar em qualquer outra parte. A maquina B O B I N E C E N T R A L é destinada não só para BSQ domestico como também para fazer bordados com a maxima facilidade, tendo a vantagem de, mesmo em movimento, se poder fazer recuaa a costura, conservando a mesma graduação do ponto. Garante-se que os preços são os mais convidativos que podem ser. Para melhor garantia está encarregado da sua propaganda o bem conhecido e antigo depositário de maquinas de Costura, sr. Antonio José Alves. Concertam-se maquinas de costura e velocípedes, de todos os auctores, a preços reduzidos, garantíndo-se a perfeição dos concertos. Completo sortimento de agulhas, oleo, correias, lançadeiras e mais peças soltas, para toda a qualidade de maquinas de costura. União Vinícola do Dão Parceria de lavradores dos melhores vinhos portuguêzes, á venda na Mercearia LUZITANA (Depósito único em Coimbra) Queijos da serra da Estreia QUALIDADE GARANTIDA NA Mercearia LUZITANA Companhia U Seguros Reformadora A única que em Portugal efétua seguros postaes, para todas as cabeças de distritos e de comarcas. Correspondentes: Gaito & Canas Coimbra * gumeiro do
RF.C XI Cl KJ NCIA Editor MANUEL D'OLIVEIRA AMARAL PUBLICA-SE AOS DOMINGOS E QUINTAS-FEIRAS Redacção e administração — RUA FERREIRA RORGES Oficina tipographica 1 3 - R u a da M o e d a - 1 4 N.° 1142 COIMBRA—Quinta-feira, 20 de setembro de 1906 12.° ANNO A's comissões e agremiaçõos do partido republicano MAIS UMA VITÓRIA! mente, obedecendo-lhe quando, na vespera ainda, lhe dirigira-os maiores insultos. E'ouvi-los! O Dirétorio do Parti- Entrou no ministério pela mão Mais uma vitória! do Republicano solicita do sr. Soveral que adulára seguindo Mais um triunfo politico do sr. João de todas as comissões or- ainda nisso a formula da politica Franco I ganisadas ou que venham corrente da monarquia que manda E' a cegarrega ordinaria. O fran- a organisar-se, quer sequismo é de poucos expedientes e de adular o sr. Soveral. jam Uistrictaes, munici- poucos trues. paes ou paroquiaes, e Os seus primeiros passos mais Mais uma vitória! Mais um triunfo bem assim de todo e qual- parecem ditados pelo odio de uma sobre os republicanos 1 quer núcleo partidario, vaidade ferida, para se impôr pela Desta vez o motivo é o ter sido apro- o favor de lhe participa- ameaça da vingança á covardia de vada por o Tribunal da Verificação de rem a sua constituição, Poderes, a eleição do sr. Schrcèter! a fim de que o Dirétorio todos os empregados públicos do Os republicanos devem estar con- possa conhecer, para os que pelo desejo de bem servir o seu fundidos! Os republicanos quereriam devidos efeitos, a força paiz. tirar da sua historia esta pagina! organisada do partido. Mas porquê? Gomo programa, por falta de Lisboa, Largo de S. Os republicanos apresentaram as ideias próprias, começou plagiando Carlos, suas duvidas sobre a nacionalidade do o programa republicano, como tan- sr. Schrcêter e mandaram sobre o caso O secretario do Dirétorio, tas vezes se tem feito na politica uma missão ás Camaras. Antonio José d?Almeida. portugueza, para enganar o povo, Os homens em quem o partido re- sem ideia de cumprir; porque nada publicano delegou a missão de o escla recer téem hoje voz no parlamento por- tem feito do que anunciára. tuguez. A SITUAÇÃO E' o expediente velho! O partido republicano aguarda por Tão velho que o sr. João Fran- isso a sua acção. co descobriu que no programa da O partido republicano não afirmou granja estavam todas as aspirações que o sr. Schroeter fosse estrangeiro. O partido republicano conhecia de liberaes da sociedade portugueza. A situação do sr. João Franco! documentos a afirmação de extrangeiro Esfalfa-se a imprensa monárqui- E foi aos homens desse partido, contra que o sr. Schroeter não, protes- que até a?ora ludibriaram a nação tára.ca a caracterisa-la sem bem o con- que o sr. João Franco se foi ligar, Soubera que se naturalisára cidaseguir, e de Lisboa passou a febre dão portuguez, o que era nova suspeita e pela sua velha manha e Í rtes se para as províncias começando a re- sobre a sua naturalidade verdadeira. tem deixado guiar na vida de expepetir os dislates dos jornaes da ca- O partido republicano pediu luz, dientes, indecisões, reconsiderações pital. pediu a publicação dos documentos ofi- e vacuidade mental que tem sido a ciaes. O sr. João Franco não é na po- vida do actual ministério. O governo preferiu nomea-lo cidalitica monarquica portugueza um dão portuguez por mercê regia, sem vulto á parte, com processos pro- dar satisfações. prios e originaes com inteligência A seu tempo lhe serão pedidas. Dr. Manuel de Arriaga e saber fora das craveiras por que Demonstra-se porém mesmo que o sr. Schrcêter seja portuguez, nem por se aférem os homens dentro da po- De volta da Figueira da Foz, onde isso deixará de ficar demonstrado tamlitica monarquica. tem estado veraneando em companhia bém que esta coluna do franquismo fez dos seus que tanto estremece, demorou- O sr. João Franco não tem na sempre da sua nacionalidade um jogo se alguns dias nesta cidade este nosso sua vida toda um único facto que o de interesse, eximindo-se a todas as correligionário, uma das figuras mais obrigações de cidadão portuguez. caracterise como homem excécio- amadas do partido republicano portunal; em nenhuma circumstancia da guez. E não é pouco! sua vida publica ou particular o sr. Manuel de Arriaga é um dos maio- Por falta de imaginação, reeditam res adoradores de Coimbra, o mais os franquistas a calumnia de que os re- João Franco se mostrou acima da apaixonado admirador da sua paisagem publicanos apedrejaram os partidarios chateza ronceira da maioria dos da doçura classica da pagina dum bom do sr. João Franco e queriam atentar seus colegas do parlamento. livro da renascença. contra a vida do ilustre filho do Alcaide na inauguração do centro Marcos Lei- O sr. João Franco não tem um E, conquanto se julgue esquecido, tão de tão burlesca memoria! livro, um artigo de jornal, um dis- tem a cada passo a demonstração no respeito de uma saudação, na franque- Os franquistas perderam a memocurso parlamentar, na sua já longa za de um sorriso de quanto é aqui esria, nem se lembram das próprias ha- vida, que alguém conheça. timado.bilidades e recursos politicos. Pois não são êles tantos. Passou desconhecido na sua O seu nome tem na verdade aqui As pedradas foram mandadas ati- vida de estudante; creou-se na vida a mais honrosa tradição, e|a todos lemrar pelos proprios franquistas; o cele- parlamentar sem estudo, aprenbra as passagens da sua vida de estubro assassinato foi um expediente de dante que tão cedo revelaram a nobre dendo apenas a trica e não conse- comedia com antecedentes na historia altivez que havia de mostrar-se sem um guindo a habilidade que, á falta de politica do sr. João Franco. desfalecimento na longa e honrada vida outro maior valor, distingue o ho- deste grande cidadão. Carlos Lobo de Avila tinha morrido porém, e não houve quem soubesse mon mem de que se afastou, o sr. Hin- Tem percorrido os campos e os mo- tar a péça de sensação que aliaz andou tze Ribeiro, não por incompatibilinumentos e a sua figura vê-se muito antes do tempo. cedo nas ruas, agora tão abandonadas, dade, que não pode te-la quem não sorrindo aos homens e ás coisas. A invenção falhou. Foi feita preci- tem personalidade politica; mas pitadamente com muita antecipação, Esteve na oficina de João Machado houve tempo de a desmascarar, a nin- por uma lucta de vaidade. e teve palavras da mais viva admiração guém enganou. Na lucta actual com os repu- pela sua obra e pelo carater do honra- Apezar de toda a habilidade do sr. do artista. blicanos, ou melhor, na lucta actual juiz Veiga não foi possível comprome- Palavras como êle as sabe dizer, para conseguir o poder e para se ter um republicano só. ecos de uma grande alma num coração conservar nêle, o sr. João Franco Não! Não ha um republicano capaz de fino oiro. de atentar contra o sr. João Franco. tem sido da mesma mesquinhez de O sr. João Franco é um precioso expedientes que os seus colegas da agente da propaganda, como o ultimo monarquia: promete moralidade e Abre na próxima quarta-feira, na recurso de uma monarqu a gafa. economia. 3ala de S. Tomás de Aquino, no semi- Ele, um nulo pelo saber e pela hisnário d'esta cidade, o congresso do E* o programa velho. toria politica, sem elevação, sem um clero portuguez, a que mais de uma acto só na vida inteira de altruísmo, de E conforme ao velho habito o vez nos temos referido. dedicação, de sacrifício ao seu paiz... sr. João Franco continua gover- Governe, governe, sr. João Franco nando sem moralidade e sem eco- e diga bem alto que segue o programa nomia. Apoz um cruciante padecimento do partido republicano. Aceitou o poder com uma sub- morreu o sr. Fernando Rodrigues Do- Esse programa é irrealisavel dentro nato, filho estremecido do sr. dr. João da monarquia. serviência de lacaio: dobrando-se Rodrigues Donato. E não serão os republicanos que a todas as exigencias da corôa, Ii- O funeral realiss-se hoje ás 5 horas deixarão de desmascarar-lhe a ingenuigando-se com um homem politico da tarde. dade dos artifícios com que pretenda desacreditado, honrando-o publica- Sentidos pezames. enganar o povo que o assobia.,, Companhia vinicola central Realizou-se no domingo a assembleia geral desta companhia, que veio dar razão completa e absoluta á atitude que neste assunto tem tomado a Resistencia. A companhia está em perigo, e ele vem-lhe exatamente dos elementos contrários ao sr. Terlo que, pela discussão da assembleia, se veio saber serem os elementos contrários ao sr. dr. Costa Lobo. E antes de mais nada diremos que, se no ataque a W. Terlo tivéssemos visto um ataque ao sr. dr. Costa Lobo, teríamos dirigido a questão de outra forma pondo de lado a questão Terlo, questão acessória e simplesmente pro trocada para afastar da diréção da companhia, desgostando-o, o sr. dr. Costa Lobo. Sacrificou se o sr. Terlo, sacrificaram-se portanto os interesses^da companhia; porque era necessário afastar o sr. dr. Gosta Lobo. Porque ? Para quê ? Havia de se saber na assembleia geral; mas desta saiu apenas o triunfo do sr. dr. Costa Lobo, cuja voz se pretendeu calar. Que perigo poderia haver em que falasse o sr. dr. Costa Lobo ? Não se vê claramente; e este facto, como outros, não contribuem senão para estabelecer a suspeita sobre a administração da companhia, quando no interesses de todos se devia pelo contrario promover a confiança do publico. Da assembleia geral saiu claramente triunfante para a opinião publica o sr. dr. Gosta Lobo, cuja actividade e os serviços á adega e á causa vitícola do paiz são conhecidos de todos. Muitas vezes temos tido ocasião de, neste jornal, censurar o sr. dr. Costa Lobo pela sua atitude politica, folgamos em ter esta ocasião de fazer justiça á sua -actividade, á sua iniciativa, á sua força de trabalho. A companhia vinicola central mostrou-se disposta a fazer-lhe justiça também. Bom é que assim seja. A intriga que por ahi ferve é de processos tão ingénuos, tão falta de sinceridade, feita com tão pouca lealdade que não pode senão comprometer a companhia. Quando ha coisas graves a assacar a alguém dizem-se publicamente e toma-se do facto a responsabilidade. E' isso o que exige o interesse social. Andar porém desacreditando covardemente pelas costas alguém e chegar a ocasião de o dizer publicamente e cahrem-se, não pode mostrar senão falta de justiça no ataque. E o facto é tanto mais para ponderar que o ataque foi anunciado com grande antecipação, e que o sr. dr. Costa Lobo não tem os dotes oratorios que poderiam fazer dêle um adversario terrivel. Apezar da sua inteligência, da sua pertinacia, da sua força de trabalho o sr. dr. Gosta Lobo é um tímido. E tanta era a sua justiça que triunfou, apezar de toda a luta na assembleia geral e de toda a campanha de difamação antes dela. De passagem diremos que essa campanha tem muito e muito de ridiculo; porque os adversarios pareciam, na ingenuidade dos processos, confundir os conimbricenses com os atilados filhos da Lourinhã. A assembleia geral da Companhia Vinicola Central deu o primeiro passo para afastar intrigas e inutilizar intrigantes. Se não quizer acabar, deve continuar no mesmo sentido. Pena é que não possa já fazer o que tão necessário seria para a afirmação da sua força: chamar outra vez o sr. TerJo. Esse seria, além de um acto de justiça, uma medida de alta conveniência para a companhia. Não é fácil encontrar dedicação e competencia como a do sr. W. Terlo, que além disso conhecia já a região em que trabalhava, além das necessidades do mercado extrangeiro para onde tinha aberto saída para os vinhos da companhia. A assembleia deu razão á nossa atitude e veremos que novos fsetos virão em breve mostrar mais uma vez onde estava o mal e por onde deveria cortar-se no interesse do futuro da Companhia Vinicola Central. Por ora arquivamos apenas que eram sem fundamento as acusações que se faziam ao sr. dr. Gosta Lobo e W. Terlo. Os seus inimigos estavam cheios de razão; a nossa defeza era sem valor; esperássemos pela assembleia geral... Isto se tem dito para evitar discussões publicas. Mas o trabalho de descredito, a'insinuação, esses têem continuado nas discussões de soalheiro, com manifesta vantagem para o sr. Terlo, injustamente castigado por um acto precipitado de péssima administração. Ora não é assim que se faz em assunto de tão capital interesse. Acusa-se abertamente, e dá-se aos outros o direito de defeza. A companhia andou diferentemente com o sr. Terlo: acusou-o e julgou-o sem o ouvir. O mesmo queria fazer com o sr. dr. Costa Lcbo, o que tão fundamente indignou a assembleia geral. O sr. dr. Costa Lobo conseguiu porem fazer-se ouvir e caíram por terra os ataques claros, desapareceram as insinuações. O mesmo teria acontecido com o sr. Terlo, é essa a nossa convicção; por isso o defendemos nas colunas d'este jornaL A assembleia geral deu-nos razão; com isso folgamos. Duvidas Do Jornal do Comercio. O significado mais racional da atitude do sr. João Franco e da sua politica é este: dar razão aos republicanos e propor-se realizar-lhes, dentro da monarquia, o seu desideratum. D'ahi o anuncio de que caça no mesmo terreno e a afirmação de que entre monarquia e republica não ha, afinal, essencialmente outra diferença, além da formula. Com isto, pensou sinceramente o ilustre estadista, tiro aos republicanos a sua razão de ser, pois com o paiz bem governado, como eles o entendem e eu vou praticar, dar-se-ha salvo alguns esturrados, a grande massa por satisfeita, e era uma vez o republicanismo portuguez! Lindo, patriotico, acrisoladamente monárquico, mas bem ingénuo pensamento, a que um artigo de João Chagas deu logo a imediata, sintética, natural e decisiva resposta, afirmando — gue o que os republicanos querem não e governo melhor ou peor, mas simplesmente isto: a ^e-pu-bli-ca! Ha um pequeno erro na prova do sr. Burnay: os républicanos, querendo a républica, querem um governo melhor. Quanto ao sr. João Franco, não sabe o pobre do homem o que êle quer. O sr. João Franco quer o poder, e mais nada.
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