Loteamento Balneário Maranduba pg 05 - Jornal Maranduba News
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<strong>Maranduba</strong>, 15 de Abril de 2010 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano I - Edição <strong>05</strong><br />
Espaço do Leitor:<br />
A Voz da Comunidade <strong>pg</strong> 03<br />
História:<br />
<strong>Loteamento</strong> <strong>Balneário</strong> <strong>Maranduba</strong> <strong>pg</strong> <strong>05</strong><br />
Sustentabilidade:<br />
Famílias dos Parques Estaduais <strong>pg</strong> 06<br />
Dica de Turismo:<br />
Cachoeira da Bacia: banana, café e aventura <strong>pg</strong> 08<br />
Corcovado: natureza e história num só local <strong>pg</strong> 09<br />
Gente da Nossa História:<br />
Tereza dos Santos: uma mulher de fibra e de fé <strong>pg</strong> 10<br />
Crônica:<br />
A Maldição de Cunhambebe <strong>pg</strong> 11<br />
Esporte:<br />
Água Branca Futebol Clube <strong>pg</strong> 12<br />
Cultura:<br />
Rumo à Aparecida do Norte (Parte II) <strong>pg</strong> 13
Página 2 <strong>Jornal</strong> MARANDUBA <strong>News</strong> 15 Abril 2010<br />
Internet para todos? EDITORIAL<br />
Seria tão bom se pudéssemos aproveitar todas as inovações e<br />
vantagens que a tecnologia oferece, mas as empresas responsáveis<br />
pela prestação dos serviços que viabilizam essas tecnologias<br />
insistem em prestar um péssimo atendimento.<br />
Quem já não ficou intermináveis minutos - os mais insistentes,<br />
horas! – escutando as ridículas musicas nos serviços de espera<br />
telefônica? Algumas prestadoras implantaram serviço de atendimento<br />
automático tipo “tecle 1 para falar sobre isso”, “tecle 2 para<br />
falar sobre aquilo”, “tecle 3 para falar sobre aquilo outro”... E assim<br />
vai repetindo várias opções, menos a que você busca. Você tecla<br />
uma opção, não é aquilo. Tecla outra, nem passa perto. Às vezes<br />
volta para o início ou se despede encerrando a ligação. Você tem<br />
vontade de jogar o telefone na parede.<br />
No mundo atual envolvemo-nos demasiadamente com essa tecnologia,<br />
ficando reféns de facilidades e serviços disponíveis. Qual seu email?<br />
Não tem MSN? Orkut? Twitter? FaceBook? Skype? YouTube? Se<br />
você não tem alguns desses serviços, você simplesmente não existe.<br />
O mundo virtual está a cada dia se tornando parte da vida das<br />
pessoas. Se você utiliza essas “facilidades” fica totalmente dependente<br />
dos serviços dessas empresas que viabilizam essa conexão<br />
com o mundo virtual.<br />
Minha decepção é com a Telefônica. Como webmaster de vários<br />
sites, editor de newsletter, produtor multimídia e redator chefe deste<br />
jornal, necessito de um acesso banda larga com a internet. Meu<br />
trabalho depende inteiramente da internet.<br />
Fico impressionado com o despreparo de uma companhia que<br />
detém o monopólio do acesso banda larga em grande parte do<br />
Estado de São Paulo, investe milhões em campanhas publicitárias<br />
oferecendo o serviço Speedy, mas não tem disponibilidade de atender<br />
uma região com duas centrais telefônicas a menos de cinco<br />
quilômetros uma da outra. Chego a ter saudade da antiga Telesp.<br />
Saudade mesmo é do tempo antes da internet. Você sabia o que<br />
podia fazer, como fazer, suas capacidades e limitações. Você não<br />
se frustrava com o despreparo e ineficiência de tais prestadoras.<br />
Hoje, com toda essa tecnologia a disposição, você vê seu vizinho<br />
da direita acessando o Orkut, o da esquerda assistindo vídeos no<br />
YouTube, e você se contorcendo de raiva para realizar seu trabalho<br />
a 128kbps que o G3 lhe contempla depois de trafegar mais<br />
de 2 GB na rede.<br />
Reclamar? Para quem? Ouvidoria... ANATEL... Não adianta.<br />
Fica aqui mais uma vez meu desabafo. Sei que não sou o único,<br />
mas espero que um dia o sonho do Lula se realize e possamos ter<br />
Internet para todos.<br />
Emilio Campi<br />
Editor<br />
Editado por:<br />
Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda.<br />
Caixa Postal 1524 - CEP 11675-970<br />
Fones: (12) 3843.1262 (12) 9714.5678 / (12) 7813.7563<br />
Nextel ID: 55*96*28016<br />
e-mail: jornal@maranduba.com.br<br />
Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: quinzenal<br />
Responsabilidade Editorial:<br />
Emilio Campi<br />
Colaboradores:<br />
Adelina Campi, Ezequiel dos Santos, Uesles Rodrigues,<br />
Camilo de Lellis Santos, Denis Ronaldo e Fernando Pedreira<br />
Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores<br />
e não refletem a opinião da direção deste informativo<br />
Cartas à Redação<br />
Ruínas da Lagoinha<br />
Parabéns pela iniciativa do<br />
jornal <strong>Maranduba</strong> <strong>News</strong>!<br />
Fiquei feliz em ver o artigo a<br />
respeito das Ruínas e da cachoeira<br />
da Lagoinha, locais<br />
que frequento desde 1953.<br />
Tenho muitas fotos de época,<br />
inclusive um jornal “A GAZE-<br />
TA”, de 1957, falando das ruínas<br />
da Lagoinha.<br />
Michael Swoboda<br />
São José dos Campos, SP<br />
Mudança<br />
Quero parabenizar o trabalho<br />
elaborado por esta equipe que<br />
decidiu mudar e mudou, mudou<br />
em todos os sentidos e<br />
para melhor, mostrando que<br />
a competência e o prazer de<br />
fazer os levarão ao sucesso.<br />
Mario Trindade<br />
Ubatuba, SP<br />
PSF Lagoinha<br />
Gostaria de divulgar o atendimento<br />
do Programa Saude da<br />
Familia Lagoinha em 2010:<br />
Toda Segunda-feira das 9 às<br />
12 hs: coleta de preventivo do<br />
cancer do colo uterino, na Van<br />
Saude da Mulher na cobertura<br />
da Igreja católica.<br />
Toda Terça feira das 9 às 12<br />
hs na associação de boirro SA-<br />
LAN, atendimento para hipertensos<br />
e diabéticos, vacinação<br />
para crianças e adultos, consulta<br />
com Enfermeira, fornecimento<br />
de medicamentos do<br />
programa Hiperdia e outros<br />
atendimentos.<br />
Agradeço desde já, se for possivel<br />
a divulgação para a comunidade<br />
do Lagoinha.<br />
Márcia<br />
Ubatuba, SP<br />
Ponte da <strong>Maranduba</strong><br />
Sou natural de Ubatuba, nascido<br />
no Sertão da Quina em<br />
janeiro de 1951. Saí em meados<br />
de 1951 ou 1952, voltei<br />
em 1964 residindo até fever-<br />
eiro de 1971. Fiquei muito feliz<br />
com a criação deste meio<br />
de comunicação social. Hoje<br />
resido em São José dos Campos<br />
e tenho apenas um apartamento<br />
na mais bela praia de<br />
Ubatuba (<strong>Maranduba</strong>).<br />
Gostaria que os senhores<br />
pesquisassem e mostrassem<br />
o descaso da Prefeitura no<br />
caso da ponte do Rio <strong>Maranduba</strong>,<br />
que no passado havia<br />
uma bela ponte e depois caiu.<br />
Fizeram apenas um pequena<br />
ponte onde passa apenas<br />
um carro. Ela existia desde a<br />
década de 60 e depois com<br />
o desgaste do tempo, caiu e<br />
não foi refeita.<br />
Vicente Amorim<br />
São José dos Campos, SP<br />
Quilombo Caçandoca<br />
Parabéns pelo jornal, o Litoral<br />
Norte precisa de um veículo<br />
que mostre as belezas e qualidades<br />
desta região e do povo<br />
Caiçara que esta perdendo<br />
suas características por falta<br />
de apoio dos órgãos competentes<br />
e da própria imprensa<br />
local. Discussões como esta<br />
da Caçandoca são muito importantes<br />
e devem sempre<br />
estar em pauta. Os quilombolas<br />
precisam se entender<br />
entre eles para que outros<br />
oportunistas não venham derrubar<br />
o que foi conquistado<br />
com muita luta e sangue,<br />
como é o caso do esposo da<br />
Dona Maria, conhecida como<br />
“Maria dos Sete”, que chegou<br />
a tomar tiro de capangas de<br />
supostos donos da terra em<br />
1997, e pescadores tiveram<br />
os ranchos derrubados e queimados<br />
onde hoje se encontra<br />
uma das sedes na praia da<br />
Caçandoquinha. Os meios de<br />
comunicação ai do litoral norte<br />
não tem responsabilidade social<br />
com seus leitores e o povo<br />
praiano. A imprensa marrom<br />
do litoral só prejudica o povo<br />
Caiçara valorizando o que vem<br />
de fora. O que leva as pessoas<br />
a se encantar por esse lugar<br />
“abençoado por Deus e bonito<br />
por natureza” são suas belezas<br />
naturais e modo de vida<br />
do Caiçara, e é isso que precisa<br />
ser valorizado.<br />
Thales Stadler<br />
Via e-mail<br />
<strong>Jornal</strong> Impresso<br />
Começo esse e-mail dizendo<br />
que sou um apaixonado por<br />
Ubatuba, e em especial <strong>Maranduba</strong>.<br />
Há 5 anos que vou<br />
à <strong>Maranduba</strong>. Comecei indo 1<br />
vez ao ano, depois 2 vezes, e<br />
já está ficando pouco... penso<br />
seriamente em até me mudar<br />
aí... mas enquanto isso vou<br />
vendo as notícias através do<br />
jornal <strong>Maranduba</strong> <strong>News</strong>. Escrevo<br />
esse e-mail para saber<br />
se há possibilidade do jornal<br />
ser enviado pra mim, sou de<br />
Barra Bonita SP. Eu vejo pelo<br />
site, mas gostaria muito de<br />
ter e guardar as edições impressas.<br />
Caso seje possível o<br />
envio, por favor me informar<br />
o valor. Agradeço desde já e<br />
aguardo ansiosamente<br />
Obrigado<br />
Eder Lebrão<br />
Barra Bonita, SP<br />
Cadê o Tié-sangue?<br />
Alguém pode informar/pesquisar<br />
o que houve com o pássaro<br />
Tie-Sangue ou “Sangue<br />
de Boi” como era mais conhecido.<br />
Até 1979 ainda era possível<br />
encontra-lo facilmente<br />
pelas árvores na <strong>Maranduba</strong>,<br />
Sapé, etc. Depois disso nunca<br />
mais eu vi.<br />
Alex Carpoviki<br />
Via e-mail<br />
Envie sua carta ou mensagem para a<br />
seção carta do leitor através do e-mail<br />
jornal@maranduba.com.br. As mensagens<br />
devem conter nome completo,<br />
RG, telefone, endereço de e-mail.<br />
Reservamos o direito de resumir a<br />
mensagem quando necessário.
15 Abril 2010 <strong>Jornal</strong> MARANDUBA <strong>News</strong> Página 3<br />
Espaço do Leitor, a voz da Comunidade<br />
Devido ao grande número de e-mails, abrimos este espaço para publicação de mensagens, reivindicações e cobrança da comunidade<br />
Litorânea: ônibus lotado<br />
Antes de mais nada, parabéns pela volta do <strong>Jornal</strong> <strong>Maranduba</strong><br />
<strong>News</strong> que é muito importante para a comunidade. Fico feliz por<br />
ter um informativo local preocupado em trazer notícias e matérias<br />
interessantes.<br />
Acho que seria interessante trazer ao conhecimento da comunidade,<br />
alguns fatos que vem ocorrendo com os passageiros do<br />
ônibus da litorânea, principalmene com os que embarcam nos<br />
pontos de ônibus da <strong>Maranduba</strong>.<br />
Infelizmente, desde o último trimestre do ano de 2009, vem<br />
ocorrendo problemas com a lotação da linha Caraguá-Ubatuba<br />
em horários escolares e de trabalho, e atualmente tornou-se<br />
frequente os cidadãos serem deixados para trás. Pior ainda!<br />
Estudantes com idade entre 7 e 12 anos, moradores da <strong>Maranduba</strong>,<br />
não embarcam no ponto de ônibus do Massaguaçú à<br />
noite, ficando lá até passar o próximo ônibus que nesse horário<br />
tem intervalo de hora em hora. Alguns usuários, pais, inclusive<br />
eu, já reclamamos junto à empresa, no Procon de Caraguá, na<br />
ARTESP (no site do governo do Estado de São Paulo), na polícia,<br />
no Conselho Tutelar de Ubatuba, e estamos aguardando uma<br />
solução, contando cada dia que um colega fica pra trás.<br />
Estamos indignados com esse problema que não deve continuar,<br />
pois não existe outra opção para quem precisa utilizar<br />
essa linha. Por essa razão, gostaria de deixar registrado essa<br />
reclamação e espero que isso se resolva da melhor forma para<br />
todos, afinal, por se tratar de uma relação de consumo, não<br />
podemos permitir e aceitar que nossos direitos sejam desrespeitados<br />
assim deliberadamente, e muito menos esperar que<br />
aconteça coisa pior com a criançada que fica no ponto de ônibus<br />
enquanto todo mundo sabe do problema e ninguém faz nada!<br />
Desde já agradeço pelo espaço.<br />
Andryelly Andrade<br />
Ubatuba, SP<br />
Cópia desta reclamação foi enviada em 13/04/2010 ao<br />
e-mail contato@passaromarron.com.br que até o fechamento<br />
desta edição não se pronunciou sobre o assunto.<br />
Olá Ouvidoria!<br />
(quem respondeu o e-mail tem nome??)<br />
Gostaria de um telefone, nome ou e-mail deste Comandante<br />
visto que minha reclamação de alto volume de som em carros<br />
parados no estacionamento da Prefeitura até o momento não<br />
teve solução.<br />
Reintero esclarecimentos da Prefeitura sobre o dinheiro que<br />
ela arrecada neste estacionamento e não justifica para onde vai.<br />
Local: estacionamento Zona Azul - em frente Posto BR - <strong>Maranduba</strong><br />
Detalhe: Estive na ouvidoria pessoalmente a mais de 100 dias<br />
(jan/2010 )<br />
ABSURDO!!!!!!!! Ninguém resolve isso aí??????? Só percebo<br />
jogo de empurra-empurra e solução ninguém dá!!!!!!!!!<br />
Aproveito para informar ao Sr. Ouvidor que a base da PM citada<br />
encontra-se na maioria do tempo DESATIVADA.<br />
Aviso aos navegantes: Na madrugada de sábado para domingo<br />
deste último fim de semana - dia 10/11 de abril - um carro deu<br />
“cavalo-de-pau “ várias vezes em plena rodovia Rio-Santos (adivinhem<br />
onde???) em frente ao estacionamento citado. Parece<br />
que os orgão responsáveis estão inertes aguardando uma tragédia<br />
neste local para depois tomarem as providências (ou não?).<br />
P.S. : Srs leitores do <strong>Maranduba</strong> <strong>News</strong>, a título de esclarecimento :<br />
1- minha primeira reclamação está na edição 4, pag. 2<br />
2 - o Sr. Ezio da Ouvidoria de Ubatuba informou em março<br />
(depois de 90 dias de minha reclamação) através de telefonema<br />
dado POR MIM que o assunto É DA PREFEITURA e não da Secretaria<br />
Municipal de Segurança Pública, visto que o estacionamento<br />
É DA PREFEITURA.<br />
Belinda Goldberg<br />
Via e-mail<br />
Em 12/04/2010 09:57 escreveu:<br />
Prezada Senhora,<br />
Com referência ao seu e-mail, acima referido, informamos<br />
que o assunto foi encaminhado para a Secretaria<br />
Municipal de Segurança Pública e Defesa Social para<br />
análise e providências. Em resposta, recebemos da referida<br />
Secretaria a seguinte comunicação:<br />
“Resposta da Guarda Municipal de Ubatuba – sub-unidade<br />
da Secretaria de Segurança Informa que a Corporação,<br />
no período noturno, opera com apenas uma viatura-guarnição,<br />
voltada a prover segurança dos próprios<br />
municipais. Na <strong>Maranduba</strong> há base da Polícia Militar, à<br />
qual poderia ser solicitada a fiscalização e coibição das<br />
irregularidades apontadas pela contribuinte.<br />
Resposta da Secretaria Municipal de Segurança Pública<br />
Informa que foi enviado ofício ao Comandante da Polícia<br />
Militar pelo qual pede providências a respeito do assunto<br />
em pauta.”<br />
Agradecemos a sua participação.<br />
Atenciosamente,<br />
Ouvidoria Geral da Prefeitura de Ubatuba.<br />
Gente da<br />
Nossa História<br />
A fámilia Amorim ficou muito<br />
emocionada ao ler a matéria<br />
de Pedro Bernardino Amorim.<br />
Só faltou um detalhe - o<br />
nome da filha Celeste - ela não<br />
foi mencionada na matéria.<br />
A matéria foi ótima, os filhos,<br />
netos, bisnetos enfim toda a<br />
família agradece a todos que<br />
trabalham nesse jornal.<br />
O trabalho de vocês é de<br />
muita importancia, pois ele<br />
ajuda a resgatar pessoas que<br />
fizeram parte de nossa comunidade,<br />
que contribuiram de<br />
certa forma para o progresso<br />
da nossa gente.<br />
Gostaria de enfatizar a importancia<br />
desse trabalho, que traz<br />
tanta alegria a várias famílias.<br />
Tenho certeza que todas<br />
as famílias que passaram no<br />
“Gente da nossa História” sentiram-se<br />
acarinhadas como<br />
nós da família Amorim.<br />
Obrigada a todos!!<br />
Eliane de Deus<br />
Via e-mail<br />
Pedimos desculpas pela<br />
omissão da filha Celeste na<br />
matéria e agradecemos seu<br />
e-mail, que incentiva toda<br />
nossa equipe a registrar fatos<br />
da nossa história.<br />
A Redação
Página 4 <strong>Jornal</strong> MARANDUBA <strong>News</strong> 15 Abril 2010<br />
Vamos falar sobre turismo IV<br />
FERNANDO PEDREIRA<br />
Dando continuidade as nossas<br />
informações, vamos hoje<br />
falar do terceiro projeto que<br />
desenvolvemos que faz parte<br />
do PDTR Programa de Desenvolvimento<br />
do Turismo<br />
Receptivo, que, para aqueles<br />
que estão lendo pela primeira<br />
vez, foram desenvolvidos<br />
com a participação do Sebrae<br />
e de lideranças comunitárias<br />
da Região Sul de Ubatuba,<br />
com algumas participações da<br />
Região Oeste, bem como com<br />
alguns voluntários do Centro,<br />
porém a ausência maciça do<br />
empresariado e com as atrapalhadas<br />
do poder público.<br />
Capacitação dos operacionais<br />
da cadeia produtiva<br />
do turismo<br />
Neste projeto esperávamos<br />
contar com a participação das<br />
seguintes entidades:<br />
Sebrae, Prefeitura de Ubatuba,<br />
Associação Comercial, Senai,<br />
Senac, Universidades, Instituto<br />
Florestal dentre outros,<br />
O Objetivo:<br />
Capacitar a comunidade<br />
de Ubatuba para as diversas<br />
oportunidades de trabalho oriundos<br />
da atividade turística no<br />
Município.<br />
Capacitar Empresários no sentido<br />
de melhor atender ao turista<br />
além de maximizar ganhos<br />
oriundos de suas atividades.<br />
Para isso realizaríamos uma<br />
pesquisa para diagnosticarmos<br />
as maiores necessidades.<br />
Mais uma vez estamos disponibilizando<br />
o projeto em sua<br />
totalidade no site.<br />
Como dissemos o PDTR é o<br />
que hoje o Sebrae denomina<br />
de Circuito Litoral Norte e<br />
“GEOR” e está em pleno desenvolvimento<br />
no Litoral Norte<br />
e em Ubatuba juntamente com<br />
a Associação Comercial e Prefeitura<br />
Municipal aplicando os<br />
projetos, como temos pouca<br />
ou nenhuma comunicação com<br />
o que acontece nessa Cidade,<br />
vou transcrever as últimas informações<br />
que recebemos.<br />
Sebrae inicia visitas técnicas<br />
do Circuito Litoral Norte em<br />
Ubatuba<br />
O Projeto GEOR visa transformar<br />
a cadeia produtiva do<br />
turismo, buscando alternativas<br />
para o aumento do fluxo<br />
de turistas na baixa temporada<br />
na região.<br />
O Sebrae, em parceria com a<br />
Prefeitura de Ubatuba e a Associação<br />
Comercial de Ubatuba,<br />
iniciou no mês de março as<br />
visitas técnicas das consultoras<br />
nos estabelecimentos comercias<br />
e atrativos públicos e privados<br />
do município que aderiram<br />
ao projeto GEOR (Gestão Estratégica<br />
Orientada para Resultados).<br />
Foram visitados e<br />
diagnosticados os segmentos<br />
Agências de Turismo, Atrativos<br />
Naturais, Cultura e Artesanato.<br />
No prazo aproximado de<br />
40 dias os responsáveis locais<br />
receberão as devolutivas do<br />
Sebrae, com a avaliação detalhada<br />
do diagnóstico.<br />
Entre os atrativos visitados<br />
nas últimas duas semanas<br />
em Ubatuba estão: a Fazenda<br />
de Gengibre, Ruínas da Lagoinha,<br />
rotas de observação<br />
de aves, Núcleo Picinguaba,<br />
Parque Estadual da Ilha Anchieta,<br />
comunidade indígena<br />
(Prumirim), quilombola<br />
(Sertão da Fazenda) e caiçara<br />
(Prumirim), Aquário, Tamar,<br />
entre outros. Para este mês,<br />
estão previstas as visitas nos<br />
segmentos de Hospedagem e<br />
Gastronomia.<br />
Projeto GEOR<br />
O projeto GEOR (SEBRAE)<br />
visa transformar a cadeia<br />
Foto: Emilio Campi<br />
O Turismo é uma atividade coletiva e que necessita da integração de todos<br />
produtiva do turismo, no caso<br />
do Litoral Norte paulista, buscando<br />
alternativas para o aumento<br />
do fluxo de turistas na<br />
baixa temporada na região.<br />
A iniciativa do Sebrae-SP se<br />
deu devido à demanda regional<br />
e a partir daí, iniciou-se a<br />
análise do potencial turístico e<br />
do ambiente das micro e pequenas<br />
empresas, a fim de estudar<br />
a implementação de ações que<br />
busquem elevar a competitividade<br />
dos empreendimentos existentes<br />
e potenciais.<br />
O projeto atua em diversas<br />
frentes, junto aos gestores<br />
de propriedades públicas e<br />
privadas com recursos turísticos<br />
naturais, culturais e atrativos<br />
em geral e tem como público<br />
alvo empreendimentos<br />
de hospedagens, alimentação,<br />
artesãos, agenciamento<br />
turístico, lojas e comércio diferenciado<br />
voltados ao turismo.<br />
Na prática, o projeto atua na<br />
adequação de propriedades<br />
para recepção ao turista, formatação<br />
de roteiros, capacitação<br />
de gestores e profissionais<br />
do setor, consultorias e diagnósticos<br />
individualizados, com<br />
o objetivo de resultar em um<br />
plano de promoção e comercialização<br />
do circuito turístico<br />
do Litoral Norte de São Paulo,<br />
com foco no aumento da demanda<br />
na baixa temporada.<br />
(Fonte: Assessoria de Comunicação<br />
- PMU)<br />
Participação Empresarial<br />
Fica impossível desenvolver<br />
o turismo sem a participação<br />
dos Empresários, entrem em<br />
contato com a Associação Comercial.<br />
O Turismo é uma atividade<br />
coletiva e que necessita da integração<br />
de todos, Empresários,<br />
Comunidades, e Administração<br />
Pública, bem como de<br />
outros organismos que podem<br />
muito auxiliar como Sebrae,<br />
Conselho Municipal de Turismo,<br />
Senai etc.<br />
Não podemos novamente<br />
perder esta oportunidade, e<br />
perdemos tantas outras, hoje<br />
acredito que estamos prestes<br />
a perder uma das maiores, a<br />
nossa participação como subsede<br />
da Copa de 2014.<br />
Para conquistarmos definitivamente<br />
este evento para nossa<br />
Cidade, necessitamos de<br />
muitos projetos de Urbanização<br />
e Paisagismo, bem como,<br />
Saneamento Básico e essencialmente<br />
Limpeza e Conservação,<br />
mas é imprescindível<br />
a participação do Empresariado<br />
nesse processo, se Você<br />
estiver esperando que alguém<br />
faça alguma coisa, perceba<br />
que este alguém é VOCÊ.<br />
Nosso slogan em 2006 era:<br />
“SEM PARTICIPAÇÃO<br />
NÃO CABE RECLAMAÇÃO”
15 Abril 2010 <strong>Jornal</strong> MARANDUBA <strong>News</strong> Página 5<br />
A história do loteamento <strong>Balneário</strong> <strong>Maranduba</strong><br />
EMILIO CAMPI<br />
A história do loteamento atualmente<br />
denominado “<strong>Balneário</strong><br />
<strong>Maranduba</strong>” começa em em<br />
13 de março de 1797 na qual<br />
a Sesmaria Brejahymirinduba<br />
(ou <strong>Maranduba</strong>). Por se achar<br />
devoluta, a sesmaria foi concedida<br />
a Jose Ferreira de Castilho,<br />
José Faustino de Alvarenga e<br />
Joaquim de Moura Ferreira.<br />
Posteriormente essa sesmaria<br />
passou a pertencer a<br />
Dom Pedro de Alcântara, a<br />
qual a regulamentou como<br />
Colônia S. Pedro de Alcântara,<br />
da qual tivemos acesso a fragmentos<br />
de um regulamento<br />
determinando os procedimentos<br />
na colônia no município de<br />
Ubatuba, em comum com o<br />
engenho central sob a direção<br />
de Firmino Joaquim Ferreira<br />
da Veiga, em 1982. Na página<br />
14 deste regulamento lemos o<br />
seguinte texto:<br />
“A sesmaria está quase toda<br />
em matta virgem, e contém<br />
muita madeira de lei e muito<br />
barro para telha e tijolo. Na<br />
foz do rio Brejahymirim, tem<br />
a sesmaria um magnífico porto<br />
de mar, onde com a maré<br />
vasia a sonda deu-me 30 palmos<br />
d´agua. N´um bello ancoradouro,<br />
com uma ponte de<br />
20 braças de comprimento,<br />
podem atracar a terra navios<br />
que demandem 30 palmos de<br />
calado. Na ilha que fica fronteira<br />
a foz daquelle rio, e que<br />
pertence por direito de posse<br />
aos sesmeiros, observei magnífico<br />
cascalho para o fabrico<br />
da cal.<br />
Em uma palavra, na época<br />
em que nos achamos, quando<br />
se torna indispensável fundarse<br />
explorações agrícolas que<br />
tenham a transformar o nosso<br />
systema de cultura extensiva,<br />
de substituir o trabalho escravo<br />
pelo trabalho livre, não<br />
creio que possa existir uma localidade<br />
que ofereça condições<br />
superiores às da sesmaria de<br />
S. Pedro d´Alcantara, desde<br />
que para ali se estabeleçam<br />
fábricas centraes e os terrenos<br />
forem divididos e entregues<br />
a cultivadores nacionaes<br />
e estrangeiros aos quaes podem<br />
se entregarem, não só ao<br />
cultivo da canna de assucar,<br />
como aos demais productos<br />
tropicaes, visto a natureza e a<br />
topographia dos terrenos.<br />
Rio de Janeiro, 30 de maio<br />
de 1882. A. da Silva Netto.<br />
Atestamos ser verdadeira a<br />
firma supra.<br />
Antonio Gonçalves da Cunha<br />
Bastos e Manoel Lopes de<br />
Amorym”.<br />
Em 1928 as terras foram<br />
arrematadas em praça nos<br />
autos de inventário do finado<br />
Capitão Fermino Joaquim Ferreira<br />
da Silva, processado no<br />
Juízo de Direito da 1º Vara<br />
de Niteroi, Estado do Rio de<br />
Janeiro, por Manoel Jorge de<br />
Jesus e sua mulher, Laura Ribeiro<br />
de Jesus conforme escritura<br />
pública de venda e compra<br />
datada de 21 de dezembro<br />
de 1939 das notas do 19º Ofício<br />
Álvaro de Mello Alves do<br />
Rio de Janeiro, conforme livro<br />
14, fls 38 vº, no valor de cem<br />
contos de réis (100:000&000).<br />
Em 14 de outubro de 1941<br />
as terras passam a pertencer a<br />
ETAM - Empreza Territorial Agrícola<br />
<strong>Maranduba</strong> Ltda, com sede<br />
no Rio de Janeiro conforme registro<br />
da transcrição 354.<br />
No livro de registros públicos<br />
3K de transcrição das transmissões<br />
consta nas fls. 15 a<br />
transcrição 5019, feita em 2 de<br />
outubro de 1967 pela qual a<br />
Construtora e Imobiliária Jequi-<br />
tibá Ltda. Adquire da ETAM por<br />
NCR$ 20.000,00 (vinte mil cruzeiros<br />
novos) a então Fazenda<br />
<strong>Maranduba</strong> (ou Brejahymirim),<br />
atravessada pela rodovia Caraguá-<br />
Ubatuba, tendo por objeto<br />
parte destacada em desmembramento<br />
da antiga sesmaria<br />
de D. Pedro de Alcântara, situada<br />
em Ubatuba.<br />
Fotos: arquivo pessoal de Fabio Hanna<br />
<strong>Loteamento</strong> <strong>Balneário</strong> <strong>Maranduba</strong> fazia parte da sesmaria Brejahymirinduba de Dom Pedro de Alcantara<br />
Em ofício datado de 29 de<br />
julho de 1966, o então prefeito<br />
de Ubatuba, Francisco Matarazzo<br />
Sobrinho recebe da Construtora<br />
e Imobiliária Jequitibá<br />
Ltda. o loteamento <strong>Maranduba</strong><br />
após vistoria das ruas e praças,<br />
estando elas de acordo<br />
com as Posturas Municipais da<br />
época.<br />
Registro da sesmaria Brejahymirinduba Construtora Jequitibá realiza aterro das ruas do loteamento <strong>Maranduba</strong>
Página 6 <strong>Jornal</strong> MARANDUBA <strong>News</strong> 15 Abril 2010<br />
Famílias dos Parques Estaduais<br />
BRAZ ALBERTINI<br />
O litoral paulista começou<br />
a ser povoado no século XVI,<br />
logo após o descobrimento<br />
do Brasil. Os imigrantes adentraram<br />
nas matas e foram<br />
avançando ao interior, constituindo<br />
cidades como São Paulo<br />
e outras tantas. Muitas famílias<br />
permaneceram na costa do<br />
litoral, onde sobrevivem até<br />
hoje. No decorrer do tempo,<br />
o Estado decretou as áreas de<br />
preservação ou parques estaduais,<br />
especialmente em áreas<br />
litorâneas. Atualmente, as regras<br />
estabelecidas nos parques<br />
limitam as atividades dos antigos<br />
moradores, praticamente<br />
inviabilizando a sobrevivência<br />
desse pessoal. Existe ainda a<br />
possibilidade, cada vez mais,<br />
de ser executada a retirada<br />
dos moradores dos parques, o<br />
que é inconveniente.<br />
Quando o Estado vai criar<br />
uma área de parque é necessário<br />
que haja uma preocupação<br />
e uma destinação para<br />
as famílias que lá vivem. Há<br />
vários anos existem os parques<br />
e os problemas continuam,<br />
porque não se resolve a situação<br />
dos moradores. A lógica<br />
do governo é que nestas áreas<br />
não haja nenhum morador. Até<br />
faria sentido essa maneira de<br />
pensar, se aqui no Brasil existisse<br />
uma consciência formada<br />
de preservação ambiental. Agir<br />
assim é correr o risco de facilitar<br />
a ação dos predadores<br />
da fauna e flora. Com um determinado<br />
número de famílias<br />
morando em parques e sendo<br />
educadas para protegê-los, é<br />
possível que seja muito mais<br />
eficiente do que o Estado colocar<br />
meia dúzia de guardas<br />
que não dão conta de fiscalizar<br />
a área, deixando aberto o<br />
caminho para os que querem<br />
explorar indevidamente suas<br />
riquezas.<br />
As pessoas que habitam<br />
áreas de preservação estão<br />
próximas do litoral, que tem<br />
cidades bem povoadas, o que<br />
facilita a comercialização de<br />
seus produtos. Então é perfeitamente<br />
possível conciliar a vida<br />
dessas famílias ali sem prejuízo<br />
para a natureza. Elas ficam por<br />
anos e anos na maioria dos<br />
parques estaduais, até que é<br />
decretada a área de preservação,<br />
sem consultá-las jamais<br />
sobre essa decisão. Como eles<br />
têm anos de convivência com<br />
esses locais e vivem da exploração<br />
saudável deles, tira-los<br />
de lá sem oferecer condições<br />
semelhantes de vida causa um<br />
transtorno bastante considerável<br />
a suas vidas.<br />
Estive em Ubatuba recentemente<br />
e visitei algumas propriedades<br />
rurais. Constatei arbitrariedades<br />
descabidas com<br />
relação a um proprietário de<br />
área que vive com sua família,<br />
trabalhando no sistema<br />
agroflorestal de maneira espetacular.<br />
Ele repovoa a área com<br />
palmito Jussara, onde pretende<br />
apenas colher parte das<br />
Foto: Emilio Campi<br />
Os animais e os pássaros precisam sobreviver, mas os seres<br />
humanos também. E se os seres humanos forem educados e<br />
respeitados, eles serão os maiores preservadores da natureza<br />
sementes para extrair polpa,<br />
porque o restante deixa para os<br />
pássaros e para a reprodução<br />
da espécie. Cultiva diversas<br />
frutas intercaladas com outras<br />
árvores típicas da floresta, fazendo<br />
doces, licores, extraindo<br />
polpa, produzindo ervas medicinais<br />
e outros produtos sem<br />
prejudicar em nada o meio<br />
ambiente. Este é um exemplo<br />
a ser seguido.<br />
Não tenho dúvidas de que<br />
precisamos criar áreas de<br />
preservação, mas é necessário<br />
um processo educativo para<br />
essa população, de como ajudar<br />
a preservar ainda mais a<br />
natureza e como conseguir<br />
renda para sua sobrevivência.<br />
Os animais e os pássaros precisam<br />
sobreviver, mas os seres<br />
humanos também. E se os<br />
seres humanos forem educados<br />
e respeitados, eles serão<br />
os maiores preservadores da<br />
natureza.<br />
Braz Albertini é presidente da Federação<br />
dos Trabalhadores na Agricultura<br />
do Estado de São e idealizador da<br />
Agrifam. Mantém o Blog no endereço<br />
http://blogdobraz.wordpress.com<br />
Programa Agita Família<br />
Dia Mundial da Atividade Física – Agita Mundo 2010<br />
EMILIO CAMPI<br />
Dando continuidade às<br />
ações do Projeto Agita Família,<br />
no Sertão da Quina a Escola<br />
Áurea Moreira Rachou<br />
participou no último dia 11 de<br />
abril do Agita Mundo 2010,<br />
pela saúde e cidadania ativa<br />
em comemoração do Dia Mundial<br />
da Atividade Física.<br />
Este ano o tema escolhido<br />
“Cidades Ativas: Vida Sustentável”<br />
teve como proposta sensibilizar<br />
as pessoas a refletiram<br />
sobre o seu ambiente externo<br />
e de como esse interfere na<br />
prática de atividades físicas.<br />
Neste dia várias escolas participantes<br />
do Programa Escola<br />
da Família realizaram uma<br />
caminhada ou ações educativas<br />
para valorizar a melhoria<br />
na qualidade de vida da comunidade.<br />
Na escola Áurea Moreira Rachou,<br />
dirigida por Ana Maria<br />
de Farias, a ação foi o atendimento<br />
de médicos de outras<br />
cidades que voluntariamente<br />
se propuseram a realizar consultas<br />
e prestar orientações à<br />
população. Foram realizados<br />
testes de pressão e glicemia,<br />
além de consultas nas áreas<br />
de cardiologia, fisioterapia, ortopedia<br />
e clinica geral.<br />
Segundo a educadora profissional<br />
do Programa Escola<br />
da Família, Gláucia Cavalcante<br />
Dias, a ação foi muito bem<br />
Foto: Emilio Campi<br />
Médicos e voluntários prestam atendimento em escola no Sertão da Quina<br />
recebida e proporcionou informações<br />
e atendimento de<br />
grande valia para a população<br />
do bairro.<br />
A educadora Gláucia e o coordenador<br />
do projeto “Jovem do<br />
Povo”, Bruno Cesar receberam a<br />
comunidade no “Áurea” dia 11/04<br />
O coordenador do projeto<br />
social “Jovem do Povo”, Bruno<br />
César, também esteve presente<br />
no evento auxiliando a<br />
comunidade a conseguir materiais<br />
para tratamento ortopédico.<br />
Segundo Bruno César,<br />
o projeto visa o fornecimento<br />
de muletas, coletes cervicais,<br />
tipóias, talas e material de<br />
apóio pós-operatório para a<br />
comunidade local. As pessoas<br />
que necessitem esses materiais<br />
poderão consultar o coordenado<br />
no endereço Rua da<br />
Lage, 190, Sertão da Quina,<br />
telefone (12) 9751.6698 ou<br />
pelo e-mail brunocesarcamara@hotmail.com.
15 Abril 2010 <strong>Jornal</strong> MARANDUBA <strong>News</strong> Página 7<br />
Prevenção Bucal<br />
DR.THIAGO M. SOKABE<br />
De acordo com os dados<br />
do IBGE (Instituto Brasileiro<br />
de Geografia e Estatística),<br />
estima-se em 179 milhões<br />
a população atual no Brasil,<br />
cerca de 20% da população<br />
nacional nunca teve acesso a<br />
qualquer tipo de tratamento<br />
odontológico, isso significa 26<br />
milhões de desdentados, em<br />
um país com maior número<br />
de dentistas do mundo, 19%<br />
dos quase um milhão de profissionais<br />
da Odontologia do<br />
planeta dado divulgado pelo<br />
Ministério da Saúde.<br />
O País ocupa uma das piores<br />
posições no mundo quando se<br />
trata da prevenção e controle<br />
da cárie dentária.<br />
Os problemas mais comuns<br />
no que tange à saúde bucal<br />
dos brasileiros são as cáries<br />
e doenças periodontais (gengivas),<br />
pesquisas mostram<br />
que o principal motivo da má<br />
qualidade da saúde bucal dos<br />
brasileiros é resultado da falta<br />
de cuidados básicos de higiene.<br />
Um dos períodos mais importantes<br />
para se prevenir as<br />
cáries é durante a erupção dos<br />
dentes, sejam eles decíduos<br />
“de leite” ou permanentes.<br />
A falta de dentes dá à fisionomia<br />
um aspecto de velhice<br />
precoce, pois eles dão forma<br />
e expressão ao rosto e à boca,<br />
além de serem indispensáveis<br />
a uma boa dicção. Os dentes<br />
também, podem prejudicar a<br />
digestão que começa na boca,<br />
se os dentes estiverem cariados,<br />
ou mesmo se houver a<br />
falta de algum, a digestão<br />
torna-se mais difícil e todo o<br />
organismo poderá ser afetado.<br />
Bons dentes favorecem a<br />
boa mastigação, esta favorece<br />
a digestão e, portanto, uma<br />
assimilação mais perfeita e<br />
completa dos alimentos.<br />
Cuidando de seus dentes e<br />
gengivas você estará conservando<br />
sua saúde e bem estar,<br />
pois com bons dentes e bom<br />
hálito é muito mais fácil se<br />
relacionar com seus amigos,<br />
namorada, esposa. Além de<br />
aumentar a possibilidade de<br />
ser selecionado entre candidatos<br />
à bons empregos.<br />
A prevenção baseia-se em:<br />
- Correta higienização com<br />
escova e fio dental;<br />
- Consumo inteligente do<br />
açúcar;<br />
- Uso correto de flúor, para<br />
fortalecer os dentes;<br />
- Acompanhamento da<br />
saúde bucal pelo dentista a<br />
cada 6 meses.<br />
A grande maioria dos problemas<br />
relacionados aos dentes<br />
podem ser evitados com uma<br />
boa escovação e o uso do fio<br />
dental adequado.<br />
Por isso, nós do Consultório<br />
Odontológico Massami viemos<br />
por meio deste jornal orientar<br />
sobre a importância da prevenção<br />
da saúde bucal.<br />
Um Forte Abraço.<br />
Dr. Thiago Massami Sokabe<br />
Regional Sul realiza manutenção e limpeza<br />
Após as torrenciais chuvas<br />
que castigaram a região,<br />
várias ações de manutenção<br />
estão sendo efetuadas pela<br />
Administração Regional Sul da<br />
Prefeitura de Ubatuba.<br />
Segundo Moralino Valim<br />
Coelho, a regional sul efetuou<br />
operação tapa-buracos na<br />
estrada da Fortaleza, assim<br />
como a capina e limpeza da<br />
mesma.<br />
Outra ação foi a limpeza e a<br />
implantação de tubos na estrada<br />
do Araribá para o perfeito<br />
escoamento das águas<br />
pluviais.<br />
Várias outras áreas foram<br />
atingidas e serão efetuados<br />
os devidos reparos ainda este<br />
mês.<br />
Devido a ressaca que atingiu<br />
a região, houve um acúmulo<br />
de detritos e lixo o canto direito<br />
da praia da <strong>Maranduba</strong>.<br />
Segundo Moralino, a limpeza<br />
será efetuada nesta sextafeira,<br />
dia 16.<br />
Manutenção e limpeza da estrada da Fortaleza<br />
Canto da <strong>Maranduba</strong>: ressaca deixou lixo e detritos a beira mar
Página 8 <strong>Jornal</strong> MARANDUBA <strong>News</strong> 15 Abril 2010<br />
Cachoeira da Bacia: café, banana e muita aventura<br />
Além das belezas naturais o local já foi palco de grandes roças existentes no litoral norte paulista<br />
Fotos: Ezequiel dos Santos e Manoel Cabral<br />
EZEQUIEL DOS SANTOS<br />
Cravados no fundo do vale<br />
do bairro do Corcovado, o conjunto<br />
da Cachoeira da Bacia é<br />
muito visitada por conta de suas<br />
águas límpidas e gelada, o acesso<br />
é por trilhas beirando o rio e<br />
passa por áreas particulares e<br />
trechos do parque estadual.<br />
Para chegar ao local é necessário<br />
seguir por um trecho<br />
de uma estrada antiga até<br />
o inicio da trilha que leva as<br />
corredeiras da cachoeira. O local<br />
foi palco de grandes roças,<br />
no local se plantava de tudo:<br />
milho, café, cana, batata doce,<br />
feijão, banana, arroz e tudo<br />
mais que era necessário para<br />
a manutenção da casa, os antigos<br />
moradores da localidade<br />
compravam apenas o sal grosso,<br />
a roupa e o querosene.<br />
O local é considerado de<br />
fácil acesso e de nenhuma<br />
dificuldade, apenas requer<br />
os cuidados necessários para<br />
a segurança, as pedras, que<br />
propiciam a visualização de<br />
vários desenhos naturais são<br />
muito escorregadias, principalmente<br />
quando chove, o<br />
conjunto de poços e pequenas<br />
quedas dáguas mostram<br />
um espetáculo a parte, a cada<br />
vinte ou cinqüenta metros existe<br />
um local para uma massagem<br />
sem precedentes e um<br />
relaxante banho, os poços são<br />
em sua maioria rasos e de<br />
rara beleza pela transparência<br />
de suas águas.<br />
Vale lembrar que o local já<br />
foi parte de uma Sesmaria com<br />
escravos e tudo, no local foram<br />
realizadas plantações de cana<br />
de açúcar, depois café, depois<br />
mandioca, depois banana e depois<br />
as várias culturas agricultáveis<br />
para a manutenção do<br />
corpo e da cultura local.<br />
Existem várias trilhas antigas,<br />
ainda do período das<br />
trocas de mercadorias entre<br />
o litoral e o planalto, aonde<br />
as pessoas iam a pé a várias<br />
regiões e localidades, principalmente<br />
para a Vargem<br />
Grande, as trilhas levam ainda<br />
para os bairros da Lagoinha,<br />
Sertão do Ingá, Sertão da Quina,<br />
para o pico do Corcovado<br />
e em direção ao Ipiranguinha<br />
e daí ao Centro da cidade.<br />
O senhor Antonio Inácio,<br />
77, que possui um etnoconhecimento<br />
invejável, é testemunha<br />
viva deste período,<br />
ele começou sua atividade há<br />
mais de 65 anos na região,<br />
trabalhou na derrubada de<br />
mata para a plantação das<br />
várias culturas, as roças eram<br />
enormes e mantinham muitos<br />
empregos. Ele lembra que já<br />
existiam pés de café na região<br />
e as roças iam das laterais dos<br />
rios até os morros.<br />
Seu Antonio além de agricultor<br />
foi um dos primeiros guias<br />
da localidade há cinqüenta<br />
anos, ele levava alemães, ingleses,<br />
franceses, espanhóis e<br />
brasileiros para a observação<br />
de aves, para a visita ao pico<br />
do Corcovado, também levou<br />
muitos pesquisadores e desbravadores<br />
de ouro, granito<br />
verde Ubatuba e outras pedras.<br />
“Cheguei a plantar 4.500<br />
pés de café, colhia cerca de<br />
oito toneladas de bananas<br />
para levar a São Paulo e a<br />
água da bacia era em maior<br />
quantidade do que agora”, comenta<br />
Seu Antonio.<br />
O conjunto da Cachoeira da Bacia é formado por várias corredeiras<br />
e poços. Seu Antonio Inácio (abaixo) é muito requisitado<br />
pelo seu conhecimento sobre a faunba e a flora da região.
15 Abril 2010 <strong>Jornal</strong> MARANDUBA <strong>News</strong> Página 9<br />
Natureza e história se fundem num só local<br />
Vestígios de antigas moradias e roças plantadas pelos primeiros moradores ainda podem ser encontradas no fundo do vale<br />
EZEQUIEL DOS SANTOS<br />
No conjunto da Bacia também<br />
é muito aparente as<br />
maravilhosas árvores, como<br />
os pés de Cambucá, que podem<br />
ter sido plantadas pelos<br />
antigos moradores, existem<br />
também muitas delas caídas<br />
naturalmente entre as trilhas<br />
e as pedras dificultando o passeio.<br />
Para quem gosta de observar<br />
árvores, o local guarda<br />
inúmeras espécies nativas e<br />
plantadas, que para os moradores<br />
tradicionais tem um<br />
grande valor cultural.<br />
O silencio quando não é<br />
quebrado pelo barulho das<br />
águas, é quebrado pelos outros<br />
sons da natureza. As aves<br />
e os animais, pequenos ou<br />
grandes também dão o ar da<br />
graça, mas para isto é bom<br />
ter muita paciência e destreza<br />
para a observação e audição.<br />
As laterais das quedas da bacia<br />
também mostram as mais<br />
variedades espécies de bromélias,<br />
orquídeas e espécies<br />
rasteiras, que como sabemos<br />
deve permanecer no local.<br />
O local foi propriedade da<br />
família Alves Coelho (Benedito,<br />
João, José, Etelvina, Teodoro,<br />
Daniel, Paulo Lamosa,<br />
Maria Virginia, Ana Lacrina<br />
entre outros) uma das mais<br />
antigas da localidade, que depois<br />
vendeu aos a japoneses<br />
da família Ikeda e é parte de<br />
antigo loteamento chamado<br />
de Gamboa.<br />
Existem ainda em meio a<br />
mata pés de café provavelmente<br />
ainda do período das<br />
Sesmarias e muitos pés de bananas<br />
das grandes plantações.<br />
Antonio Correia de Oliveira,<br />
63, lembra que buscava de<br />
caminhão cerca de 100 dúzias<br />
de bananas por quinzena e<br />
que seu pai já buscava banana<br />
no local a muito mais tempo de<br />
Gavião avistado nas proximidades<br />
que ele. Os bananais funcionaram<br />
ainda até o final da década<br />
de 1980 e terminou por conta<br />
das restrições ambientais, por<br />
conta disso muitas famílias ficaram<br />
na miséria e tiveram<br />
que vender suas terras a preço<br />
de “banana” aos loteadores,<br />
comenta Antonio Correia.<br />
As plantações foram fundamentais<br />
para os animais,<br />
hoje eles descem para se alimentarem<br />
do que sobrou das<br />
grandes roças, moradores<br />
mantém pés de frutas no quintal<br />
e em outras proximidades<br />
a fim de alimentar as aves,<br />
alguns animais ainda levam<br />
alimentos a seus filhotes, isto<br />
acontece principalmente em<br />
épocas de frio, é parte do conhecimento<br />
nativo, aquele que<br />
não se aprende na faculdade.<br />
Existe muitos vestígios de<br />
casas no fundo do local, algumas<br />
de fácil visualização e<br />
outras cobertas pelos capins,<br />
também existe um viradouro<br />
para a manobra de caminhões<br />
de embarque de bananas.<br />
O local, embora de fácil<br />
acesso, deve ser visitado com<br />
muito cuidado, é comum moradores<br />
encontrarem visitantes<br />
perdidos entre as trilhas.<br />
A região tem muitas cobras e<br />
é até fácil se perder nas trilhas,<br />
além das restrições ambientais<br />
como cortar árvores e<br />
coletar espécimes protegidas,<br />
é mais seguro a contratação<br />
de guia local, que realmente<br />
providencie segurança não<br />
só para os visitantes, quanto<br />
para a fauna e flora local, ele<br />
Bando de macacos “bugiu” desce a serra em busca de alimentos<br />
Com um pouco de sorte, técnicas adequadas e paciencia, vários<br />
animais silvestres podem ser avistados as margens da bacia.<br />
Muitos deles descem, principalmente no inverno para se alimentar<br />
do que sobrou das grandes roças.<br />
também verificará a possibilidade<br />
da entrada ou não das<br />
áreas que são particulares.<br />
A comunidade do Corcovado<br />
tem sua rede de captação de<br />
água própria e não deixou que<br />
a Sabesp fizesse uma represa no<br />
conjunto da Cachoeira da Bacia<br />
para não descaracterizar o local,<br />
Fotos: Ezequiel dos Santos e Manoel Cabral<br />
existem ainda marcas de furos<br />
nas pedras do período de estudos<br />
para a implantação do projeto.<br />
Vale lembrar que não é legal<br />
deixar outra coisa senão pegadas,<br />
porque o lixo urbano não<br />
combina com natureza, ainda<br />
mais neste pedaço de paraíso.
Página 10 <strong>Jornal</strong> MARANDUBA <strong>News</strong> 15 Abril 2010<br />
Gente da nossa história: Tereza dos Santos: mulher de fibra e de fé<br />
EZEQUIEL DOS SANTOS<br />
Nascida em berço humilde,<br />
Tereza dos Santos deu o ar da<br />
graça aos 13 dias do mês de<br />
fevereiro de 1938. O pai, Pedro<br />
Manoel dos Santos agricultor e<br />
pescador. A mãe, Anativa Rosa<br />
de Oliveira, agricultora e artesã,<br />
são frutos dos primeiros moradores<br />
da localidade.<br />
Tereza nasceu normal e com<br />
o tempo os pais descobriram<br />
que algo de errado vinha acontecendo<br />
com Tereza. Ela tinha<br />
paralisia infantil.<br />
Na época não havia escola,<br />
assim como muitos, aprendeu<br />
a ler e escrever com Maria Ballio,<br />
que a pé ensinava em toda a<br />
região, depois de aprender a ler<br />
e a escrever foi só esperar para<br />
mostrar a todos o seu talento.<br />
Com a visita mais freqüente<br />
de turistas a partir da década<br />
1950, ela foi referencia de desenvolvimento<br />
artístico, comunitário<br />
e cultural da localidade,<br />
graças a ela hoje, o bairro do<br />
Sertão da Quina é descrito no<br />
livro de Lita Chastan - Caiçaras<br />
e Franceses como rota do artesanato<br />
regional.<br />
A doença deixou Tereza limitada<br />
para certos afazeres, mas isto<br />
não a abalou. O que você faria<br />
se um filho seu não pudesse realizar<br />
o gesto mais nobre que<br />
existe, que é ajoelhar-se para<br />
uma conversa íntima com seu<br />
Deus ao pé da cama, “Tia Tereza”<br />
embora não pudesse realizar<br />
isto desenvolveu técnicas<br />
próprias de agradecimentos a<br />
Deus e de ensinamentos a população.<br />
Como era uma pessoa<br />
muito religiosa, decidiu não ficar<br />
só no campo das orações e sim<br />
mostrar ações que lhe dariam<br />
maior satisfação, por si só ela<br />
é um exemplo a ser vivido, era<br />
considerado por todos sem exceção<br />
uma lição de vida em vida.<br />
Uma pessoa de baixa estatura<br />
que até os vinte anos teve de se<br />
locomover em uma cadeira de<br />
rodas, empurrada pelos irmãos<br />
que viam que seus lábios nunca<br />
se cerravam para a tristeza,<br />
sempre radiante como o sol,<br />
dava com alegria seus conselhos<br />
a quem chateado estivesse,<br />
emanava felicidade todos os<br />
dias, todos os meses, o ano<br />
inteiro, isto porque ela tinha<br />
motivos para não ser feliz. “Terezinha”,<br />
professora autodidata,<br />
recebeu vários elogios em vida,<br />
mas a homenagem mais importante<br />
foi ter virado patrona da<br />
escola onde ajudou a ensinar,<br />
próximo a igreja católica.<br />
Ela era polivalente, dinâmica<br />
e muito esforçada, era ela quem<br />
cortava o cabelo da população,<br />
quem passou a alfabetizar moradores<br />
do bairro, dava aulas<br />
de corte e costura, aulas de<br />
catequese, de teatro, canto religioso,<br />
artesanato, dobraduras,<br />
doces, salgados, tricôs, crochê,<br />
bordado, fazia curativos, organizava<br />
festas e trabalhava nelas.<br />
Era ela, por exemplo, quem<br />
organizava os casamentos, ela<br />
fazia a roupas dos noivos, o<br />
cabelo da noiva, o arranjo na<br />
igreja, a escolha e o ensaio das<br />
músicas, escolhia quem iria tocar,<br />
a cor do tapete da entrada,<br />
a comida a ser servida, claro havia<br />
muita colaboração, bastava<br />
passar um dia com Tereza que<br />
alguma coisa se aprendia, as<br />
pessoas iam para aprender e<br />
iam espontaneamente.<br />
Tereza recebeu a visita de<br />
muitas autoridades e religiosos,<br />
era foi a ponte entre a<br />
ALA, ASEL e a comunidade. Ela<br />
tinha na ponta da língua a data<br />
de aniversário de cada morador<br />
da região, era comum ela dizer:<br />
“Fulano, eu já rezei por você<br />
hoje, feliz aniversário!”. Tereza<br />
tinha a capacidade de transformar<br />
um pequeno espaço em um<br />
“estádio de futebol”, tudo parecia<br />
grande, imponente, valoroso<br />
e atual. Mais conhecida pela capacidade<br />
de transformar matéria<br />
prima em obra de arte, recebeu<br />
ilustres em sua casa, o então<br />
Prefeito de Paraty da época Edson<br />
Lacerda, Frei Luiz Bíscaro,<br />
pessoas como Sarah de Brito,<br />
que traziam peças de artesanato<br />
para Tereza reproduzir.<br />
Com sua prima Catarina de<br />
Oliveira Santos, eram responsáveis<br />
na década de 1960 por<br />
cerca de 510 artesãos do município.<br />
Eram vendidas cerca de<br />
quatro mil peças do artesanato<br />
local, algumas das peças tomavam<br />
rumos importantes como o<br />
MASP e Vaticano. Ela lembrava<br />
ainda de que numa exposição<br />
nacional em 1968, realizado em<br />
São José dos Campos, foram<br />
destaques duas peças de Ubatuba:<br />
um Tipiti do Manoel Hilário<br />
do Sertão do Ingá, e um<br />
Jesus Cristo entalhado na madeira<br />
do Bigode do Centro. A<br />
matéria prima extraída era cuidadosamente<br />
estudada e das<br />
sobras eram inventadas outras<br />
peças e cada moradora se especializada<br />
em duas ou três peças.<br />
O filho do prefeito de Paraty,<br />
Gustavo Lacerda, que havia estudado<br />
fora do país uma vez<br />
produziu um filme sobre as<br />
artes da região, o espanto foi<br />
descobrir que ele havia feito o<br />
filme para complementar outro<br />
documentário, que foi exibido<br />
em todo o Brasil e em Ubatuba<br />
não foi diferente, foi exibido no<br />
extinto Cine Atlântico, prédio do<br />
antigo Fórum.<br />
O artesanato durou por cerca<br />
de duas décadas, até os moradores<br />
serem considerados criminosos<br />
e bandidos pelas leis ambientais<br />
criadas em salas com<br />
ar condicionado. Ela também<br />
administrou o prédio da ASEL<br />
no bairro, onde funcionou uma<br />
escola e o posto de saúde, ela<br />
ainda ministrava cursos para as<br />
Irmãs da ALA, onde também<br />
fez aulas de canto com as irmãs<br />
Petrina, Silvia Maria e Hercília<br />
com o apoio do Frei Vitório<br />
Fantini, seu canto era balsamo<br />
para os ouvidos, era fácil descobrir<br />
a voz de Tereza em meio a<br />
multidão, muitos hoje sentem<br />
saudades daquela voz divina,<br />
que a Deus cantava com os<br />
anjos. Mesmo com dificuldades<br />
acompanhava as procissões da<br />
época. Recebeu a visita de dois<br />
famosos da época da Rádio Aparecida,<br />
era Tatu e Tatá, que não<br />
se apresentaram como artistas,<br />
mas com o turistas comuns, por<br />
conta da visita, Tereza foi a Aparecida<br />
do Norte uma única vez e<br />
lá participou de um programa de<br />
rádio ao vivo chamado “Sertão<br />
do meu Brasil”, foi uma tarde<br />
de entrevistas e havia ainda um<br />
concurso de frases e rimas. Tereza<br />
então apresentou a seguinte<br />
frase: “Nossa senhora Aparecida,<br />
Rainha da Terra e do Céu,<br />
Livrai o nosso Tatu, Pra não cair<br />
no mundéu”, a frase não foi escolhida,<br />
mas causou muita repercussão<br />
pela originalidade.<br />
Em 1969, numa semana que<br />
antecedia o aniversário de Ubatuba,<br />
Tereza foi convidada pelo<br />
então prefeito Cicillo Matarazzo,<br />
o Presidente da Câmara senhor<br />
Morgado e o farmacêutico Seu<br />
Filhinho, em caráter de urgência,<br />
a preparar algo para as festividades<br />
do aniversário de Ubatuba.<br />
Em uma semana ela formou<br />
um coral e no dia e hora marcada<br />
uma Kombi veio buscá-los, meio<br />
acanhados cantaram para a multidão,<br />
o espanto foi quando terminou,<br />
a população aplaudiu de pé<br />
por vários minutos. Na semana<br />
seguinte o prefeito os convidou<br />
novamente para uma apresentação<br />
em sua casa, lá estavam empresários,<br />
políticos, juizes e outras<br />
autoridades, também foram<br />
aplaudidos de pé. Infelizmente<br />
nada dura para sempre e com<br />
Tereza não foi diferente, com o<br />
agravamento da sua situação,<br />
os problemas de saúde foram<br />
debilitando-a e Deus calou a voz<br />
da filha do Sertão do meu Brasil<br />
mais cedo, era madrugada de 24<br />
de Julho de 1995.<br />
Mais uma enciclopédia da<br />
nossa cultura se foi, as páginas<br />
da história escritas por ela<br />
permanecem nas estrelas e seu<br />
nome estampado nas camisas<br />
de muitas crianças de uma das<br />
escolas mais antigas da região.<br />
Perdemos Tereza, mas graças a<br />
ela ganhamos nossa identidade.
15 Abril 2010 <strong>Jornal</strong> MARANDUBA <strong>News</strong> Página 11<br />
A Maldição de Cunhambebe<br />
“...como pois contra nós, em guerra assídua, sem medo de seu Deus, cruéis se mostram?”... indagações do cacique Aymberê ao pe. Anchieta.<br />
“Ubatuba é uma cidade que tem<br />
muita iniciativa e pouca continuativa”,<br />
dizia um velho caiçara para as<br />
pessoas que lá chegavam, no começo<br />
dos anos 70 em busca de um<br />
novo local para trabalho e morada.<br />
Com o passar do tempo se<br />
percebe que o velho tinha razão.<br />
Não só as iniciativas humanas,<br />
mas também a natureza se comporta<br />
aqui de maneira estranha,<br />
deixando muitas vezes as coisas<br />
pela metade. O exemplo mais<br />
fácil de encontrar são as mangueiras.<br />
Alguém já viu mangas<br />
nas mangueiras de Ubatuba? As<br />
mangueiras são comuns no litoral.<br />
Em Paraty estão carregadas<br />
na época certa, em Caraguá e<br />
em São Sebastião também. Em<br />
Ubatuba não. As mangueiras perdem<br />
as flores antes da hora. É<br />
claro existe uma ou outra mangueira<br />
de vez em quando, sem<br />
muita regularidade, dá algumas<br />
poucas mangas, mas isso são as<br />
exceções, para não fugir da regra<br />
de que toda regra tem exceções.<br />
Os governos começam as coisas<br />
e não terminam, os planos param<br />
pela metade, o comércio começa<br />
bem, logo depois não dá certo.<br />
As pessoas que chegam cheias<br />
de entusiasmo e idéias novas desistem<br />
e a maioria vai embora. É<br />
só prestar um pouco de atenção<br />
que os exemplos se multiplicam.<br />
Mas tudo tem uma explicação, e<br />
a explicação para o nosso caso é<br />
a maldição lançada sobre a Aldeia<br />
de Yperoig, hoje Ubatuba, pelo<br />
valente cacique Cunhambebe no<br />
ano de 1563.<br />
# # #<br />
Logo após a descoberta do<br />
Brasil em 1500, os portugueses<br />
tiveram que dominar e garantir a<br />
posse das terras contra vários reinos<br />
europeus que naquele tempo<br />
se expandiam descobrindo novas<br />
terras ou simplesmente tomando<br />
a terra dos outros à força, fazendo<br />
depois acordos com a coroa<br />
para acomodar a convivência entre<br />
eles na Europa. Nessa época,<br />
na posse, no domínio e nos acordos<br />
valia a lei do mais forte.<br />
Os holandeses e os franceses<br />
eram os mais terríveis interessados<br />
em tomar dos portugueses as<br />
terras descobertas. Os espanhóis<br />
que também foram grandes conquistadores<br />
lutavam para manter<br />
o outro lado do vasto continente.<br />
Para dominar a zona costeira e<br />
explorar o interior das terras descobertas,<br />
os portugueses usavam<br />
os índios como escravos no trabalho<br />
e nas lutas, capturados à força<br />
e muita brutalidade. E é aí que<br />
entra a história de Cunhambebe.<br />
Os índios eram pacíficos, não<br />
conheciam nada dos brancos, só<br />
conheciam a natureza que lhes<br />
dava tudo de comer e de curar<br />
alguma doença do mato, ferimentos<br />
ou comida mal digerida.<br />
Seus deuses eram as forças da<br />
natureza. Não tinham armas de<br />
fogo nem facas e facões porque<br />
não conheciam o metal, nem prisões.<br />
Os portugueses, para usar<br />
seu trabalho escravo, impunham<br />
grande pavor, matando, esfaqueando<br />
e prendendo com correntes<br />
de ferro os desobedientes.<br />
# # #<br />
Cansados de tanto sofrimento<br />
os índios começaram a se revoltar<br />
atacando os invasores em<br />
suas aldeias, porém, poupando as<br />
mulheres e crianças que para eles<br />
são criaturas sagradas. Diferente<br />
dos portugueses que quando atacavam<br />
arrasavam tudo matando<br />
quem estivesse pela frente. Caciques<br />
de diversas tribos, liderados<br />
por Cunhambebe, (Koniam-bebê)<br />
homem de dois metros de altura<br />
cujo nome vem de sua gagueira<br />
e fala arrastada, resolveram pôr<br />
um fim a tantas injustiças e combinaram<br />
um grande ataque para<br />
expulsar de vez aqueles homens<br />
brancos muito maus.<br />
# # #<br />
Comandados por Cunhambebe<br />
e pelos caciques Aymberê, Caoquira<br />
e Pindobossú os índios eram<br />
muito numerosos. Os registros do<br />
Padre José de Anchieta indicam<br />
a chegada de mais de duzentas<br />
canoas com mais de vinte índios<br />
cada uma, além dos milhares que<br />
vinham por terra, provenientes<br />
das tribos situadas nas planícies<br />
acima da Serra do Mar. Se a batalha<br />
tivesse acontecido os portugueses<br />
seriam arrasados e expulsos<br />
do litoral de São Paulo, e os<br />
franceses, que dominavam o Rio<br />
de Janeiro e que se relacionavam<br />
muito bem com os índios daquela<br />
região, teriam tomado a terra<br />
brasileira das mãos da Coroa Portuguesa.<br />
A história seria outra.<br />
Mas a batalha não aconteceu.<br />
# # #<br />
Os portugueses auxiliados pelos<br />
jesuítas que tinham grande<br />
poder sobre a bondade na terra<br />
e suas recompensas na eternidade<br />
conseguiram aplacar a ira dos<br />
chefes morubixabas com promessas<br />
de castigos divinos e muitas<br />
ameaças do furor das forças da<br />
natureza, que era a única coisa<br />
real que orientava as ações e os<br />
pensamentos daqueles homens<br />
primitivos em seu estado natural<br />
mais puro.<br />
# # #<br />
É verdade que alguns índios<br />
duvidavam daquelas palavras,<br />
mas seu temor era tanto que não<br />
ficaram senão algumas memórias<br />
dessas dúvidas. Existe o registro<br />
de uma reclamação do cacique<br />
Aymberê que foi tema de uns versos<br />
escritos sobre aqueles tempos,<br />
que revela bem as dificuldades<br />
dos índios com as coisas que<br />
lhes eram ditas pelos padres. Diz<br />
um trecho do poema encontrado<br />
em velhos arquivos baseado nas<br />
indagações de Aymberê ao padre<br />
José de Anchieta:<br />
# # #<br />
“Não conhecem acaso os portugueses”.<br />
Essa pia doutrina que nos pregas?<br />
Como, pois contra nós, em<br />
guerra assídua,<br />
Sem medo de seu Deus, cruéis<br />
se mostraram?<br />
Ou, só porque de deus ao filho<br />
adoram,<br />
Lhes foi dado o poder de perseguir-nos?<br />
Mas se do céu as leis desobedecem<br />
Que deus é esse então que os<br />
deixa impunes,<br />
E vem por tua boca ameaçar-<br />
-nos?<br />
# # #<br />
Os índios recolheram seus arcos,<br />
flechas e bordunas em atenção<br />
às promessas de paz e convivência<br />
com os brancos garantidas<br />
pelos jesuítas. Depois de uma<br />
viagem do cacique Cunhambebe<br />
a São Vicente junto com o padre<br />
Manoel da Nóbrega para acerto<br />
dos acordos de fim das hostilidades,<br />
foi combinada a Paz de<br />
Yperoig, que serviu de argumento<br />
para o desânimo dos franceses<br />
que queriam ver os portugueses<br />
expulsos. Cunhambebe e seus<br />
guerreiros acreditaram na boa<br />
fé dos acordos. Os vários chefes<br />
com seus homens se dispersaram,<br />
se desarmaram e voltaram<br />
para suas tribos, e até hoje se comemora<br />
a paz de Yperoig como<br />
uma data importante que garantiu<br />
a unidade do Brasil contra as<br />
ameaças de divisão, graças ao<br />
trabalho de catequese e união<br />
promovido por Anchieta, Nóbrega<br />
e seus companheiros. Mas a história<br />
não comenta que logo depois<br />
de terem se desarmado e se<br />
dispersado os índios foram massacrados<br />
pelos rudes e estúpidos<br />
colonizadores portugueses interessados<br />
no ouro, nas riquezas e<br />
nas terras descobertas.<br />
# # #<br />
Cunhambebe morreu doente,<br />
ferido no corpo e na alma, enver-<br />
gonhado diante da humilhação a<br />
que levou seu povo por ter acreditado<br />
na palavra dos brancos.<br />
Sabendo da importância que os<br />
portugueses deram àquela data,<br />
pouco antes de morrer o grande<br />
cacique lançou uma maldição contra<br />
os invasores e seus descendentes<br />
dizendo que as terras de<br />
Yperoig que eles tanto quiseram<br />
seriam as terras do fracasso, que<br />
lá nada daria certo, tudo que se<br />
começasse não chegaria ao fim.<br />
Grande entusiasmo no início e resultado<br />
miserável no final. E assim<br />
tem sido a história de Ubatuba,<br />
seus ciclos econômicos sempre<br />
interrompidos, seus negócios e<br />
empreendimentos sempre fracassados.<br />
Já quiseram fazer porto de<br />
turismo, indústrias do pescado,<br />
faculdades, nada dará certo por lá<br />
enquanto se comemorar a Paz de<br />
Yperoig como homenagem ao trabalho<br />
dos jesuítas, esquecendo-se<br />
de que ela só foi possível porque<br />
enganaram a boa fé daqueles homens<br />
primitivos e os traíram matando<br />
seus chefes e humilhando<br />
seu povo, os verdadeiros donos<br />
da terra brasileira.<br />
Crônica de Renato Nunes<br />
Publicada em 11 de novembro de 2001<br />
# # #<br />
Mas a maldição dos índios não<br />
é eterna, seu desejo não é vingança<br />
e sim serem tratados com<br />
dignidade e respeito. Para acabar<br />
com os efeitos da Maldição de<br />
Cunhambebe basta parar de comemorar<br />
a Paz de Yperoig da forma<br />
como ela é comemorada, que<br />
ignora o papel e a traição cometida<br />
contra os índios. Para isso a<br />
Câmara Municipal de Ubatuba deveria<br />
aprovar uma lei extinguindo<br />
o dia da Paz de Yperoig criando<br />
em seu lugar o dia de Cunhambebe<br />
e dos Índios do Litoral Norte.<br />
A paz que uniu o Brasil deveria<br />
ser atribuída ao martírio dos índios,<br />
da mesma forma que a independência<br />
do Brasil é atribuída<br />
ao martírio de Tiradentes. Para<br />
manter viva a homenagem, estátuas<br />
de Cunhambebe, Aymberê,<br />
Coaquira e Pindobussú deveriam<br />
ser erguidas nos principais pontos<br />
da cidade. Aí a nossa história será<br />
outra, podem crer...<br />
# # #<br />
Crônica de Renato Nunes<br />
publicada originalmente no<br />
<strong>Jornal</strong> A Cidade de 11/11/2001
Página 12 <strong>Jornal</strong> MARANDUBA <strong>News</strong> 15 Abril 2010<br />
Clubes se aquecem para torneio<br />
local e regional no Sertão da Quina<br />
Seleção de Ubatuba se prepara para Jogos Regionais<br />
No último domingo dia 11, O<br />
campo de futebol do Sertão da<br />
Quina foi palco de rodadas entre<br />
clubes do município para preparação<br />
ao campeonato da Liga<br />
Ubatubense de Futebol-LUF e<br />
de etapa de preparação dos Jogos<br />
Regionais. É a terceira rodada<br />
do torneio amador que serve<br />
de aquecimento ao campeonato<br />
oficial do município.<br />
Todos os clubes filiados a<br />
Liga na região sul encontramse<br />
inscritos e participam desta<br />
etapa preparatória. Neste domingo<br />
a rodada contou com<br />
os seguintes clubes e resultados:<br />
Rio da Prata 5 X <strong>Maranduba</strong><br />
1 – Araribá 3 X Marissol<br />
1 – Sertão da Quina 4 X Praia<br />
Dura 1. Os atletas que sofreram<br />
punições no ano passado<br />
não participarão do campeonato<br />
de 2010, segundo normas<br />
da LUF.<br />
Ocorreu ainda disputa entre<br />
Ubatuba (2) X Caçapava<br />
(5) de futebol feminino, que<br />
também é preparação para<br />
os Jogos Regionais, tratase<br />
da Copa Caçapavense de<br />
Futebol Feminino onde os jogos<br />
são de ida e volta. Para a<br />
partida do futebol feminino a<br />
ACESQ (Associação Cultural e<br />
Esportiva do Sertão da Quina)<br />
doou o horário do campo para<br />
o evento.<br />
A rodada do torneio Veterano,<br />
que seria no sábado dia<br />
10 e contava com oito equipes,<br />
não ocorreu por conta<br />
das fortes chuvas, os jogos<br />
foram adiados para o próximo<br />
sábado dia 17 as 16:45horas.<br />
Como faltaram dois times para<br />
preencher as vagas do torneio,<br />
os amigos Barba, Paraíba<br />
e Zé Correia montaram o<br />
veterano Beira Rio e também<br />
contam com as equipes R9 e<br />
Silop. A ACESQ está aberto a<br />
patrocínios e colaborações.<br />
Contate a diretoria do clube.<br />
LEMBRETE AO PAIS:<br />
A diretoria do ACESQ pede<br />
aos pais que orientem seus<br />
filhos a não depredarem as<br />
dependências do campo, pois<br />
trata-se de um patrimônio de<br />
todos e que no futuro será de<br />
seus filhos, solicita ainda a colaboração<br />
dos mesmos na manutenção<br />
do local, não precisa<br />
muita coisa, se cada homem<br />
ou mulher puder doar uma<br />
hora por semana, conseguiremos<br />
oferecer uma melhoria<br />
significativa para todos.<br />
A diretoria agradece.<br />
Água Branca Futebol Clube<br />
Época da chuteira de couro e crava de prego<br />
EZEQUIEL DOS SANTOS<br />
O nome da cachoeira teve<br />
maior repercussão quando um<br />
grupo de amigos, que jogava<br />
futebol, resolveu em 1955,<br />
ainda no governo Alberto<br />
Santos, criar um time de futebol<br />
- o Água Branca Futebol<br />
Clube, o nome foi escolhido<br />
porque de onde eles jogavam<br />
avistavam a cachoeira, o clube<br />
tinha bandeira e tudo.<br />
Na época os homens treinavam<br />
descalço no jundú da<br />
Praia da <strong>Maranduba</strong>, onde atualmente<br />
encontra se o posto<br />
de gasolina. Depois o campo<br />
foi transferido para a Rua<br />
Hipólito Alexandre da Cruz, no<br />
Sertão da Quina, que possuía<br />
70 metros quadrados e custou<br />
cerca de 400 Réis contando<br />
com o terreno, a trave era<br />
de guissara de palmito e não<br />
tinha grama, pois era área de<br />
roça de mandioca.<br />
Para preparar o campo, os<br />
amigos arrancaram muito toco<br />
de madeira e as primeiras<br />
“gramas” eram capins, tinha<br />
uma curiosidade, no meio do<br />
campo havia uma trilha que era<br />
o da vila e abaixo era o encanamento<br />
de água, a trilha levava<br />
a casa do Tião Pedro e a do<br />
Benedito Elói, por vezes o jogo<br />
parava para que as pessoas<br />
pudessem passar na trilha.<br />
O local era metade do<br />
Hipólito Alexandre da Cruz e<br />
Sebastião Pedro de Oliveira.<br />
Os sobreviventes daquela era<br />
de ouro do futebol têm muitas<br />
saudades, relembra o caiçara<br />
Sebastião Pedro de Oliveira,<br />
85, atacante do ABFC. “Jogávamos<br />
descalço, depois apareceu<br />
a tal de chuteira de<br />
couro duro, no litoral íamos<br />
de caminhão e na serra acima<br />
subíamos a pé e trazíamos<br />
o troféu para casa, era uma<br />
beleza, fizemos muito mais<br />
amizade do que confusão”, as<br />
primeiras chuteiras de couro<br />
e uniformes foram doadas<br />
por Wilson Abirached que em<br />
campanha política prometeu<br />
e cumpriu o feito. Zeca Pedro,<br />
70, lembra que muitos<br />
olharam para a chuteira e de<br />
cara já sabiam que seria difícil<br />
calça-los, é que os pés eram<br />
tão grossos de couro e os<br />
dedos dos pés esparramados<br />
que foi difícil colocar o calçado<br />
no primeiro momento, recorda<br />
ainda que a bola era feita de<br />
capotão costurada e amarrada,<br />
os amigos costumavam<br />
passar sebo de carne animal<br />
para que durasse mais.<br />
Emblema bordado<br />
Thereza dos Santos foi<br />
quem bordou, confeccionou<br />
e colocou os emblemas nas<br />
camisas do clube. Segundo<br />
Tião Pedro, eles já enfrentaram<br />
times do litoral e do Vale<br />
do Paraíba. Na lembrança<br />
de Seu Tião e Zeca Pedro, o<br />
primeiro time era composto<br />
por cerca de 20 homens e<br />
alguns não jogavam, eram<br />
eles: Goleiros - Guido Correia<br />
e Antonio Pereira, Defensores<br />
- Pedro Félix, Dito do Anastácio,<br />
Mané Pedro e Pedro Néco,<br />
Meio Campistas - Calixto, Dito<br />
Messias, Zé Benedito, Zé Felix,<br />
João Américo, Zé João e<br />
Nanzinho Atacantes – Tião<br />
Pedro, Mané Gaspar, Mane<br />
João, Janjão, Pedro Oliveira,<br />
Benedito Correia, Dito Messias,<br />
Zèca Pedro e Tião Felix.<br />
O campo durou até o inicio<br />
da década de 1970 e foi<br />
trocado por uma área de outros<br />
familiares de Catharina<br />
de Oliveira Santos, onde está<br />
até hoje. O uniforme do ABFC<br />
sempre tinha a cor verde das<br />
matas, mesclados com amarelo<br />
ou branco, conforme o jogo<br />
de camisa do adversário, cada<br />
jogador comprava seu uniforme<br />
que era trazido de Santos.<br />
Num determinado campeonato,<br />
o Água Branca já havia<br />
Foto: Arquivo Zequinha Giraud<br />
Em 1964 o campo no Sertão da Quina possuía 70 metros 2 , custou cerca<br />
de 400 Réis, a trave era de guissara de palmito e não tinha grama<br />
eliminado três clubes (Lázaro,<br />
Getuba e <strong>Maranduba</strong>), contra<br />
o Getuba foram batidos 18<br />
pênaltis e o ABFC passou, na<br />
final foi contra o Massaguaçu<br />
e o escolhido para bater foi<br />
Zeca Pedro que depois de<br />
cansado não conseguiu forças<br />
para marcar o último gol e o<br />
Água Branca perdeu por 3X2.<br />
Havia ainda campos que<br />
tinham valetas em seu meio,<br />
como no caso do Campo da<br />
Vargem Grande, o campo havia<br />
sido construído em uma<br />
barreira. Era normal saírem<br />
de manhã do Sertão da Quina,<br />
chegavam a Vargem Grande,<br />
dormiam e seis da manhã rumavam<br />
ao Bairro Alto, chegavam<br />
às 10 horas, participavam<br />
do festival, conquistavam<br />
troféus, 15h30min saiam de<br />
lá para uma pensão, três da<br />
madrugada vinham para casa,<br />
chegavam ao Sertão da Quina<br />
às quatro da tarde tudo regado<br />
à farofa de frango, carne<br />
na gordura e frutas apanhadas<br />
pelo caminho.<br />
Neste tempo havia uma<br />
molecada que já se preparam<br />
para substituir os atuais<br />
jogadores, eram: Nelson de<br />
Oliveira (que tinha uma bola<br />
de capotão), Jango, Wladimir,<br />
Mauro Soares, Thomé Adolfo,<br />
Ferreira, Augusto Correia,<br />
Mane Hipólito, Adelson, Ivanil,<br />
entre outros que depois de<br />
saírem da roça jogavam até<br />
escurecer.<br />
Para quem gosta do futebol<br />
arte, vai lembrar com muita<br />
saudade do ABFC e outros times<br />
que fizeram história por aqui.
15 Abril 2010 <strong>Jornal</strong> MARANDUBA <strong>News</strong> Página 13<br />
Rumo à Aparecida do Norte (Parte II)<br />
Em 1936, promessa moveu moradores do Sertão da Quina a caminhar até Aparecida<br />
EZEQUIEL DOS SANTOS<br />
Chegado o dia da caminhada,<br />
subiram pela Água da Preguiça,<br />
no caminho que vai para o<br />
Campo, chegaram as Palmeiras<br />
(bairro), descançaram e continuaram<br />
a caminhada. Chegaram as<br />
6 horas da tarde no bairro da Fábrica<br />
(lugar de olarias, não existe<br />
mais) no entorno de São Luiz do<br />
Paraitinga, lá pousaram.<br />
As seis da manhã partiram em<br />
direção a Taubaté, por sorte conseguiram<br />
carona em um caminhão<br />
que transportava tijolos e<br />
chegaram a Taubaté ao meio dia,<br />
arrumaram as crianças, fizeram<br />
o almoço, os homens dormiram,<br />
já que para o pouso em lugar aberto<br />
os homens montavam guarda<br />
cuidando das mulheres, das<br />
crianças e dos mantimentos, só<br />
dormiam de dia no período do almoço<br />
que durava em média duas<br />
horas, quando não havia lugares<br />
prontos para pernoitar, tinham<br />
de abrir acampamento.<br />
O caminho a noite era iluminada<br />
por Fifó (lanterna feita de<br />
bambu) e sempre em lugar próximo<br />
a água, claro que quem podia<br />
levava um lampião a querosene.<br />
De caminhão foram a Aparecida<br />
e lá, no dia 07, chegaram por<br />
volta do meio dia.<br />
Uma das primeiras providencias<br />
foi comprar um cavalo de<br />
lenha, isto mesmo, um cavalo<br />
que puxava uma carroça e conforme<br />
o valor da paga vinha um<br />
número de lenhas para usar<br />
nos fogões. Na época a cidade<br />
não tinha mais de 100 casas e<br />
hotel, quer dizer pensão, era<br />
artigo de luxo, então o jeito foi<br />
dormir nos lugares de acampamentos<br />
e utilizar as dezenas de<br />
fogão que ficavam a disposição<br />
dos romeiros. Enquanto os adultos<br />
se arrumavam as crianças<br />
não perdiam nenhum detalhe,<br />
eram lá que muitas delas viam<br />
pela primeira vez uma maçã, por<br />
exemplo, viam também tomate,<br />
pimentão, brinquedos, macarrão,<br />
carne moída, as lâmpadas<br />
nos postes, “máquinas de tirar<br />
retratos” e o que mais chamava<br />
a atenção na época eram os “pé<br />
de gato”, nada mais eram que os<br />
avós do tênis que calçamos hoje,<br />
era um calçado feito de lona na<br />
lateral e o solado era de fios<br />
de cizal tão bem trançados que<br />
guardavam os pés confortavelmente.<br />
Rapidamente os pais e<br />
padrinhos de Elói foram até a<br />
igreja velha e marcaram para o<br />
dia 08 às 14 horas o batizado.<br />
Chega o grande dia e até banho<br />
demorado tomaram, pela manhã<br />
foi uma mistura de café com almoço,<br />
já que temiam perder o<br />
horário para o grande acontecimento.<br />
Às 13 horas daquele dia se juntaram<br />
a outros que vieram para<br />
o mesmo motivo e uma hora<br />
depois o padre estava batizando<br />
Elói, tudo conforme havia relatado<br />
a comadre por intermédio de<br />
Nossa senhora das Graças. No<br />
dia nove pela manhã a tristeza<br />
dos pequenos, hora de partir.<br />
As crianças sabiam que a volta<br />
a Aparecida ia demorar muito, a<br />
vinda pro Sertão foi mais rápida<br />
e não menos cansativa, porém o<br />
alivio de ter cumprido a promessa<br />
deram a este povo simples<br />
uma nova missão e muito mais<br />
responsabilidades.<br />
A chegada foi na tarde do dia<br />
11 de maio de 1936, a vizinhança<br />
já os aguardavam e queriam saber<br />
das novidades, os mais velhos<br />
foram ver Elói. Para Maria<br />
Gaspar dos Santos, 81, “foi uma<br />
festa linda, eu era afilhada de<br />
Benedito Elói e não saía da casa<br />
dele, ele me queria muito bem e<br />
eu ficava quase a semana inteira<br />
na casa dele”. Pedro Oliveira, 75,<br />
ainda vivo, conta que quase não<br />
lembra de nada, até porque tinha<br />
apenas um ano de idade e foi no<br />
colo da mãe, mas lembra do que<br />
a mãe contava, segundo ele a<br />
prova é a foto que encontra-se<br />
na casa que era do “papai”no<br />
Sertão do Ingá em que está no<br />
colo da mãe tirada nos dias em<br />
que a comitiva esteve em Aparecida.<br />
Já Manoel Brak lembra é<br />
das bagunças que faziam pelo<br />
Foto: Arquivo Família Benedito Elói<br />
Fotos como esta eram obrigatórias e comprovavam a visita das famílias a cidade de Aparecida do Norte<br />
caminho, davam trabalho aos<br />
mais velhos, já que eram crianças.<br />
Já José Benedito Amorim,<br />
86, era o maior das crianças, na<br />
época com doze anos, Amorim<br />
emociona-se ao falar da mãe<br />
Benedita Januária e da caminha<br />
realizada há mais de 70 anos,<br />
principalmente das pessoas que<br />
ele “queria bem”.<br />
Elói morreu de sarampo e seu<br />
pai de complicações do coração.<br />
Conceição a única viva conta<br />
que, na Santa Casa de Caragua-<br />
tatuba, quando deu a luz ao filho<br />
José Braz, o pai a havia visitado<br />
e depois faleceu. A afilhada Maria<br />
Gaspar lembra de que quando<br />
deu a luz ao filho Adilson ela<br />
havia recebido a notícia de que<br />
o padrinho havia falecido, ainda<br />
convalescente fez questão de despedir<br />
do padrinho, ao vê-lo morto<br />
emocionou-se e voltou para o<br />
quarto, ela lembra ainda que ele<br />
estava fazendo gaiolas com canivete<br />
no hospital para passar o<br />
tempo e a última gaiola ele não<br />
chegou a terminar, seu coração<br />
parou antes.<br />
Atualmente todos os anos<br />
centenas de pessoas realizam a<br />
caminhada a pé para a Aparecida,<br />
esta demonstração de fé reforça<br />
não só os laços da religiosidade<br />
deste povo, mas também<br />
os laços culturais e saber que<br />
muitos de nossos antepassados<br />
já o faziam, não por opção, mas<br />
por maior devoção e por necessidade,<br />
já que não havia outra<br />
forma de ir ao Vale do Paraíba<br />
senão a pé.<br />
Para os moradores a perda de<br />
Benedito Elói foi enorme, a família<br />
perdeu seu pilar mais frondoso,<br />
a história perdeu mais um<br />
ícone da cultura caiçara e as festas<br />
não foram às mesmas depois<br />
de sua partida. Embora reconhecido,<br />
muitos ainda acham que o<br />
nome da rua ainda é pouco pelo<br />
que este homem representou<br />
para a comunidade e que, por<br />
unanimidade, não se fazem mais<br />
homens como antigamente, al-<br />
Tibitilói, esposa e familiares em frente ao tendal de café no seu quintal
Página 14 <strong>Jornal</strong> MARANDUBA <strong>News</strong> 15 Abril 2010<br />
Classificados<br />
IMÓVEIS<br />
Sertão da Quina - Casa térrea,<br />
2 dormitórios, sala, cozinha,<br />
banheiro social, área com churrasqueira<br />
e banheiro. Área do<br />
terreno 400 m². Área construída<br />
125 m². Valor R$ 70.000.00<br />
Tratar (12) 3849.8393<br />
-------------------------------------<br />
Sertão da Quina - Casa térrea c/<br />
3 dormitórios, sendo uma suíte,<br />
sala, cozinha e lavanderia. Escritura<br />
definitiva. 150 metros<br />
da praia. Valor R$ 115.000,00<br />
Tratar (12) 3849.8393<br />
-------------------------------------<br />
Tabatinga - Casa térrea, 3 dorms<br />
(uma suíte), terreno grande c/<br />
gramado, piscina, churrasqueira<br />
coberta. R$.170.000,00<br />
Tratar (12) 3849.8393<br />
-------------------------------------<br />
Condomínio Sapê - Casa térrea,<br />
2 suítes, 2 dorms, 2 banheiros,<br />
sala, cozinha, lavanderia,<br />
varanda e churrasqueira, 50<br />
metros da Praia do Sapé. R$<br />
200.000,00 - (12) 3849.8393<br />
-------------------------------------<br />
<strong>Maranduba</strong> - Casa térrea, 3<br />
dorms, 1 suíte, banheiro, sala,<br />
churrasqueira, cozinha e garagem<br />
coberta. Localizada á 50<br />
metros da praia, de frente para<br />
rodovia. Valor R$ 300.000,00 -<br />
Tratar (12) 3849.8393<br />
-------------------------------------<br />
Estufa II - Terreno 275m 2 doc<br />
OK, atrás Toninho Terraplenagem<br />
(antigo Flat Club). Valor<br />
R$ 70.000,00. Aceito proposta.<br />
(12) 9135.3998 Lucimara<br />
jornal@maranduba.com.br<br />
VEÍCULOS<br />
Triciclo 1.6 c/ INMETRO, lindo.<br />
Doc. OK. R$ 18,000,00. Tratar<br />
(12) 3832.4192 ou 9601,5472<br />
-------------------------------------<br />
NAUTICA<br />
Escuna 30 passageiros, Doc<br />
OK. Completa, motor Yanmar<br />
novo. Tr. (12) 3832.4192 ou<br />
9601.5472 c/ Eduardo<br />
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Isso é <strong>Maranduba</strong>!<br />
Mande sua foto retratando cenas do cotidiano da região sul de Ubatuba: jornal@maranduba.com.br<br />
Uma das opções de transporte muito utilizada na temporada são as escunas. Além de atração turística<br />
elas compõe um cenário fascinante embelezando o visual da linda <strong>Maranduba</strong>. Foto Luciano Cancelier.
15 Abril 2010 <strong>Jornal</strong> MARANDUBA <strong>News</strong> Página 15<br />
O Poder dos Sucos<br />
ADELINA CAMPI<br />
Para uma pele sem rugas<br />
É rico em antioxidantes e bioativos que combatem os radicais<br />
livres, retardando o envelhecimento da pele. Além disso, dá energia<br />
e disposição.<br />
Ingredientes<br />
. 1/2 limão<br />
. 1 xícara (chá) de uva com casca<br />
. 1 maçã verde com casca<br />
. 200 ml de água mineral<br />
Modo de fazer<br />
Bata todos os ingredientes no liquidificador. Coe, se preferir, e<br />
beba com gelo.<br />
Bumbum sem celulite<br />
Ajuda a combater a inflamação das células e na eliminação das<br />
toxinas, suavizando a celulite. Também estimula a ação do colágeno,<br />
que dá firmeza à pele.<br />
Ingredientes<br />
. 1 xícara de morango<br />
. 1 maçã com casca<br />
. Suco de 1 lima-da-pérsia<br />
. 1 colher (sopa) rasa de aveia<br />
. 1 pires de couve-manteiga<br />
. 200 ml de água mineral<br />
Modo de fazer<br />
Bata todos os ingredientes no liquidificador e coe. Beba gelado.<br />
Suco que refresca e afasta as ruguinhas<br />
O abacaxi e o alecrim merecem destaque por sua função digestiva.<br />
A maçã possui ação antiglicante, que impede que a<br />
proteína do colágeno (que deixa a pele firme) seja estragada. Já<br />
a hortelã confere sabor e frescor.<br />
Ingredientes<br />
. 1 xícara (chá) de abacaxi<br />
. 1 xícara (chá) de maçã com casca<br />
. 1 xícara (chá) de água filtrada<br />
. 1 punhado de alecrim<br />
. 1 punhado de folhas de hortelã<br />
Modo de fazer<br />
Bata todos os ingredientes no liquidificador. Se preferir, coe.<br />
Beba gelado.<br />
Suco que dá energia<br />
Além de muita energia, este suco fornece boas doses de vitamina<br />
A e C. É ótimo para ser ingerido depois da prática de<br />
atividades físicas.<br />
Ingredientes<br />
. 2 caixinhas (200 ml) de suco de laranja<br />
. 100 g de manga<br />
. 1 caixinha de suco de goiaba (200 ml)<br />
Modo de fazer<br />
Bata todos os ingredientes no liquidificador. Se preferir, coe.<br />
Beba gelado<br />
Túnel do Tempo Registro de fatos do século passado em nossa região<br />
1965<br />
E.C. <strong>Maranduba</strong> em final de campeonato<br />
1999<br />
No Bar do Pedro ainda não existia ressaca...<br />
Juventude do Sertão em passeio a Ilha Anchieta Grupo Guelê em apresentação oficial<br />
1996<br />
Estrada do Sertão da Quina após enchente Colocação de lombada na Rodovia SP-55<br />
1995<br />
Aroldo e Zé Corrêa espiando céva na praia Quando essa turma se reunia, algo acontecia<br />
1998<br />
1975<br />
1998<br />
2001<br />
1998<br />
1995<br />
Manguaça filosófica era a pauta da reunião Nosso editor com o freestyle Douglas Carvalho<br />
Mande sua colaboração (foto, assunto e data) para esta coluna: jornal@maranduba.com.br