Desastres ou Ocupação Inadequada pelo Homem - Departamento ...
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Áreas de atuação:<br />
<strong>Desastres</strong><br />
Ambientais<br />
Circulação<br />
Erosão<br />
Formação<br />
de pessoal em<br />
técnicas ambientais<br />
Disseminação<br />
da Informação<br />
Geográfica<br />
Nesta Edição:<br />
Animais na Cidade<br />
Universitária<br />
campus I da UFPB<br />
Pag 2<br />
Marisco e a cultura<br />
do coletor: um breve<br />
comentário Pag. 3<br />
Turismo Sertanejo e a<br />
Valorização da Paisagem<br />
Pag. 6<br />
Animais Silvestres no<br />
Município de Piancó - PB<br />
Pag. 7<br />
Endereço eletrônico: http://geografiaaplicada.blogspot.com/<br />
E-mails: paulorosa_ufpb@hotmail.com - gemapb.br@gmail.com<br />
SEGUNDA QUIZENA DE JUNHO<br />
<strong>Desastres</strong> <strong>ou</strong> <strong>Ocupação</strong><br />
<strong>Inadequada</strong> <strong>pelo</strong> <strong>Homem</strong>: visita<br />
técnica a Pitimbu e Acaú - PB<br />
Há seis anos estava dando meus<br />
primeiros passos na minha<br />
Graduação em Geografia, com o-<br />
lhares banalizados sobre os diversos<br />
cenários singulares da nossa<br />
região nordestina. Sempre tive vontade<br />
de conhecer e observar os<br />
lugares, desde sua característica<br />
natural à cultura do lugar. Lembro da<br />
minha ida ao interior do Estado do<br />
Ceará na cidade de Ubajara. Pag. 4<br />
Novos Olhares<br />
Elementos paisagísticos formam<br />
o cenário que podemos considerar<br />
de alta vulnerabilidade, pois é<br />
altamente sensível à determinação<br />
ambiental, por isso a ocupação inadvertida<br />
acaba por acarretar problemas<br />
sócio-econômicos quando<br />
não observa a dinâmica da natureza.<br />
Pag. 5<br />
Marisco e a Cultura do Coletor: um breve comentário<br />
E m nossa visita à foz do Rio Goiana, no distrito de Acaú – Pitimbu<br />
- PB, pude mos ver algumas situações culturais interessantes,<br />
nossa especialista em geografia que conhecia bem o lugar, pois teve<br />
sua infância naquela região, assim sendo, pode nos mostrar algumas<br />
situações que para a maioria da equipe era algo diferente. Pag. 3
2 ● JORNAL GEOGRAFIA APLICADA<br />
Animais na Cidade Universitária<br />
campus I da UFPB<br />
Por Antonio Marcos<br />
É grande a diversidade de animais na<br />
reserva de mata atlântica no campus I da<br />
UFPB, é o caso do gambá (Didelphis albiven-<br />
tris), este animal pequeno é um marsupial. Foi<br />
visto no CCEN, próximo as edificações, fora do<br />
seu habitat natural. Isso nos remete a pensarmos<br />
o porquê desse animal está se deslocando<br />
para áreas não características, ele estaria<br />
atrás de alimentos <strong>ou</strong> fugindo de predadores?<br />
O fato é que a UFPB está em<br />
processo acelerado de expansão, portanto<br />
grandes obras estão sendo construídas,<br />
inclusive arvores sendo suprimidas dando<br />
lugar a novos prédios, prejudicando os animais<br />
que habitam no local. Talvez por esses<br />
motivos os animais estejam se deslocando<br />
para <strong>ou</strong>tros ambientes e ate mesmo,<br />
para locais de risco a procura de alimentos.<br />
Dentro da UFPB há <strong>ou</strong>tro grande problema;<br />
trata-se dos animais domésticos, introduzidos<br />
dentro do campus. É o caso dos<br />
cães e gatos, uma vez esses animais dentro<br />
da mata, faz que <strong>ou</strong>tros animais nativos se<br />
afugentem. É o que pode estar acontecendo<br />
com o gambá; Os cães e gatos não fazem<br />
parte do grupo de predadores do gambá,<br />
mas em eventuais conflitos este pequeno<br />
marsupial sairá perdendo espaço. E não<br />
é só com o gambá que pode estar ocorrendo<br />
esses problemas, vários animais<br />
vivem e dependem da reserva da UFPB<br />
para sobreviverem. É preciso o desenvolvimento<br />
de políticas de preservação para<br />
garantirmos a continuidade dessa espécie<br />
dentro do seu habitat natural, que é a<br />
floresta. O gambá dependendo da região<br />
recebe vários nomes; timbu e gambá(em<br />
João pessoa), cassaco e ticaca (sertão<br />
da Paraíba) sariguê (Bahia) entre <strong>ou</strong>tros.<br />
Fotos: Cleytiane Santos
Por Paulo Rosa<br />
Em nossa visita à foz do Rio Goiana,<br />
no distrito de Acaú – Pitimbu - PB, pude<br />
mos ver algumas situações culturais interessantes,<br />
nossa especialista em geografia<br />
que conhecia bem o lugar, pois teve sua infância<br />
naquela região, assim sendo, pode<br />
nos mostrar algumas situações que para<br />
a maioria da equipe era algo diferente.<br />
Num primeiro momento ela demonstr<strong>ou</strong><br />
como é que se pega o Tatuí (<strong>ou</strong> Tatuíra),<br />
animal pequenino que fica no leito arenoso<br />
das praias e aparece quando o mar joga suas<br />
marolas nas areias litorâneas. Em <strong>ou</strong>tro<br />
momento pudemos ver a relação de nossa<br />
pesquisadora com os pescadores do local.<br />
3 ● JORNAL GEOGRAFIA APLICADA<br />
Marisco e a Cultura do Coletor: um breve comentário<br />
Havia muita cordialidade entre eles, conot<strong>ou</strong><br />
que havia um grande conhecimento, porém<br />
isso não era a verdade, pois ela não os conhecia,<br />
mas seu jeito de lidar com as pessoas eram<br />
muito próximo o que nos deu essa impressão.<br />
Tivemos a oportunidade de ver o<br />
produto pescado de perto <strong>pelo</strong>s jangadeiros<br />
que ora vinham do mar, traziam muitos<br />
bagres, bagres grandes quase do tamanho<br />
de um braço e para completar eles<br />
mostraram os frutos de coleta de fundo de<br />
mar, nesse caso as lagostas capturadas.<br />
Mais adiante fomos conhecer uma<br />
marisqueira, pois a Ponta de Acaú é rica em<br />
mariscos e muitas pessoas do lugar gostam<br />
de fazer esse tipo de captura, é uma<br />
questão tradicional do lugar. Isso pode ser<br />
visto pela ação efetiva em que após a coleta<br />
as carapaças dos mariscos são deixadas<br />
nos lugar formando montes de carapaças.<br />
A marisqueira que nos recebeu é uma<br />
senhora de 70 anos e ainda cheia de vigor<br />
para a captura dos moluscos, pois nos convid<strong>ou</strong><br />
para uma coleta e todo o ritual até levar<br />
o molusco para a panela e depois degustá-lo.<br />
Ao questionar sobre a culinária<br />
ela foi enfática em anunciar as diversas formas<br />
de tratar os moluscos, anunci<strong>ou</strong> ainda<br />
que depende muito do gosto de cada um.
4 ● JORNAL GEOGRAFIA APLICADA<br />
Por Cristiane Neves<br />
Novos Olhares<br />
Há seis anos estava dando meus primeiros<br />
passos na minha Graduação em Geografia, com o-<br />
lhares banalizados sobre os diversos cenários singulares<br />
da nossa região nordestina. Sempre tive<br />
vontade de conhecer e observar os lugares, desde<br />
sua característica natural à cultura do lugar. Lembro<br />
da minha ida ao interior do Estado do Ceará<br />
na cidade de Ubajara, fica quase 1000 km de João<br />
Pessoa-PB. Em seu percurso fui observando o que<br />
chamava minha atenção como mudança no tipo<br />
de vegetação, o sotaque, as indústrias, as relações<br />
econômicas e as belezas turísticas dos lugares.<br />
Recentemente voltei a Ubajara e refiz o<br />
mesmo percurso carregando uma bagagem de<br />
conhecimento muito maior, onde o singular consegue<br />
saltar aos olhos de um bom observador, e<br />
assim, nesta minha primeira escrita sobre essa<br />
segunda viagem começo pela relação econômica.<br />
As estradas retratam as ligações entre<br />
os lugares e são, ao meu ponto de vista, um<br />
dos principais meios de comunicação e relação<br />
econômica entre os vizinhos. Mais o que dizer de<br />
uma Estrada Federal como é o caso da BR 106<br />
CE, que se encontra em um estado precário de<br />
locomoção? Infelizmente, após tanto tempo encontro<br />
a mesma estrada como um cartão postal<br />
que fica estático, mesmo que agora tenha em<br />
alguma parte do percurso que está sendo re-<br />
cuperado mas isso fica quase esquecido.<br />
A profissão que encontro na estrada<br />
é o dos “tapa buraco”, velha e conhecida<br />
empreitada que encontramos não só nesta<br />
BR, mas em <strong>ou</strong>tras regiões do país. Vi novamente<br />
crianças e adultos que moram<br />
próximo à beira da estrada a espera de alguns<br />
trocados com uma pá, enxada <strong>ou</strong><br />
qualquer objeto que auxiliasse nesse serviço<br />
de “renda alternativa”. Algumas horas<br />
a mais, na BR de barro e buraco, paramos<br />
num posto desativado com um restaurante<br />
que ainda funcionava, ali servia de base<br />
para os transportes alternativos das pequenas<br />
cidades vizinhas <strong>ou</strong> sítios da região.<br />
Conversando com o dono do restaurante,<br />
ele nos conta que há algum tempo atrás<br />
não passava nem caminhão, fic<strong>ou</strong> claro a<br />
visão da circulação de moeda naquela região,<br />
como também de mercadorias e pessoas<br />
que devido ao estado da estrada estavam<br />
seguindo <strong>ou</strong>tra rota com estradas melhores,<br />
nas chamamos fuga de capital direta, pois<br />
não se esta deixando dinheiro nestes lugares<br />
através de serviços logísticos e produtivos.<br />
Fato quase determinante para a economia<br />
das regiões brasileiras quando pensamos que<br />
a primeira porta para a circulação econômica<br />
está nas vias de interligações municipais.
Por Paulo Rosa<br />
O litoral paraibano fic<strong>ou</strong> bem divido<br />
entre Norte e Sul, tendo-se da restinga<br />
de Cabedelo como referência e no extremo<br />
Sul, o Distrito de Acaú em Pitimbu<br />
é o limite estadual, tendo como acidente<br />
geográfico demarcatório o rio Goiana.<br />
O estuário desse rio é bastante sedimen-<br />
tado, o que conota uma Ria, pois há o<br />
afogamento sedimentar intenso. Nesse<br />
sentido o litoral de Acaú e de Pitimbu é marcado<br />
por uma planície costeira bem ativa .<br />
O Rio Goiana como confluência de<br />
<strong>ou</strong>tros rios<br />
– Capibaribe-Mirim<br />
e Tracunhaém<br />
e estes<br />
descem<br />
de níveis<br />
e l e v a d o s<br />
porém ainda<br />
abaixo do planalto cristalino, assim sendo<br />
são rios que drenam os baixos planaltos costeiros,<br />
logo áreas que permitem muita sedimentação.<br />
Esses rios ao se encontrarem já na<br />
parte inferior dos baixos planaltos costeiros<br />
passam a se chamar de Rio Goiana. A partir<br />
da cidade de Goiana o rio vai meandrificando<br />
por dentro de um relevo baixo e que permite<br />
a existência dos manguezais até a foz .<br />
5 ● JORNAL GEOGRAFIA APLICADA<br />
<strong>Desastres</strong> <strong>ou</strong> <strong>Ocupação</strong> <strong>Inadequada</strong> <strong>pelo</strong> <strong>Homem</strong>:<br />
visita técnica a Pitimbu e Acaú - PB<br />
A foz do rio é marcada por forte sedimentação<br />
e conta,<br />
a mais <strong>ou</strong> menos<br />
um km mar<br />
adentro, com um<br />
cordão de recifes<br />
de estrutura<br />
arenítica, como<br />
é bem marcado por toda a linha de recife no<br />
litoral paraibano. A nosso ver esse cordão de<br />
recife é um forte agente contribuinte da dissipação<br />
da energia oceânica, porém é também<br />
um determinante na organização dessa<br />
energia, distribuindo a energia de acordo<br />
com a linha de orientação desses recifes<br />
Apesar da corrente litorânea ser de<br />
sentido Sul para o Norte, essa situação é determinada<br />
pela direção do vento que normalmente<br />
nesse lugar como praticamente em<br />
todo o litoral paraibano, a direção do vento<br />
predominante SE o que acaba por empurrar<br />
a corrente litorânea para o Norte. No entanto,<br />
há momentos em que a área de alta<br />
pressão no oceano muda, assim sendo consequentemente<br />
a direção da corrente também<br />
muda, podendo vir inclusive de Norte para Sul.<br />
Esses e-<br />
lementos paisagísticosformam<br />
o cenário<br />
que podemos<br />
considerar de<br />
alta vulnerabilidade,<br />
pois é<br />
altamente sensível<br />
à determinaçãoambiental,<br />
por isso a ocupação inadvertida acaba<br />
por acarretar problemas sócio-econômicos<br />
quando não observa a dinâmica da natureza.
6 ● JORNAL GEOGRAFIA APLICADA<br />
Turismo Sertanejo e a Valorização da Paisagem<br />
Por Cristiane Neves<br />
Todos os novos processos de urbanização<br />
e as concepções do homem moderno fazem<br />
que a paisagem seja redefinida não apenas<br />
na forma conceitual, mas também no ponto<br />
de vista da observação do indivíduo, e assim,<br />
a visão paisagística vai ganhar um caráter<br />
de singularidade espacial e uma reorientação<br />
do seu uso com novos modos de acesso.<br />
Sendo assim, quando retomamos a<br />
paisagem como uma categoria e a sua apreensão<br />
do olhar humano, a imagem pode se<br />
tornar de banal a singular, de acordo com o<br />
observador <strong>ou</strong> transeunte do momento.<br />
Pode-se observar com o valor comercial,<br />
antes as paisagens eram consideradas<br />
sem perspectivas de admiração como áreas<br />
desertificadas, montanhosas, praieiras e<br />
florestais, e com o passar do tempo, a introdução<br />
da percepção do ambiente como<br />
atrativo, conceitos foram sendo agregados a<br />
esses espaços e passaram a ser considerados<br />
de grande importância para o turismo.<br />
O turismo como uma atividade<br />
econômica também vai usar dessas atribuições<br />
da paisagem para sua comercialização,<br />
pois ele vai se tornar um colecionador<br />
de paisagens que despertem não<br />
só a curiosidade, mas também que sejam<br />
únicas. Com o tempo, essa atividade<br />
segue atrelada às mudanças do modo de<br />
produção e ao desenvolvimento tecnológico.<br />
O turismo é uma atividade econômica,<br />
de natureza consultiva, pertencente ao setor<br />
terciário por se constituir marcadamente de<br />
uma prestação de serviços. Essa indústria do<br />
turismo de acordo com os conhecimentos adquiridos<br />
durante a pesquisa é uma das mais<br />
apropriadas, quando pensada como forma de<br />
investimento econômico para a região do semiárido,<br />
pois ao contrário das indústrias têxteis<br />
<strong>ou</strong> agrícolas, não requer um consumo excessivo<br />
de água para a execução do seu produto,<br />
por isso é intitulada de “Indústria Seca”.<br />
O turismo é uma atividade socioespacial,<br />
que promove a integração dos indivíduos<br />
com o meio visitado. Ele também<br />
se apresenta de forma diferenciada pois<br />
cada espaço geográfico precisa de um<br />
conceito turístico para sua efetivação.<br />
Para o Cariri observam-se atrativos<br />
naturais e culturais que certamente servirão<br />
de base para que transforme a região em<br />
um núcleo turístico, principalmente quando<br />
nos reportamos aos municípios carirense,<br />
que reuni e proporciona atividades nas modalidades<br />
turísticas como lazer, aventura<br />
e pesquisa. De acordo com as tendências<br />
atuais do turismo com base local, procurarse<br />
privilegiar a natureza, as expressões da<br />
cultura e, no caso específico do caririzeiro,<br />
as ações coletivas e o comércio justo.
Por Antonio Marcos<br />
Em uma visita recente à cidade de Piancó-<br />
PB tive a oportunidade de fotografar um animal<br />
difícil de se encontrar na Paraíba, um veado<br />
que segundo seu “dono”, está atualmente<br />
com aproximadamente dois anos de vida.<br />
“É um bicho de estimação adorável” diz.<br />
Quando o caçador captur<strong>ou</strong>, tinha não mais<br />
que uma semana de vida, e estava machucado,<br />
próximo a uma barreira. Trata-se de uma<br />
espécie de Veado campeiro (Ozotoceros bezoarticus).<br />
É muito importante saber que ainda<br />
se tem na Paraíba essa espécie, pois, segundo<br />
a União Internacional para a Conservação da<br />
Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) é<br />
quase ameaçada de extinção.<br />
O sitio está aproximadamente a 16 km<br />
da zona urbana da cidade de Piancó, em alguns<br />
casos esses animais chegam a se deslocar<br />
para bem próximo da cidade a fim de beber<br />
água e provavelmente, a procura de<br />
alimentos em épocas de estiagem do açude<br />
que fica próximo do perímetro urbano.<br />
Para surpresa, no mesmo sitio onde estive<br />
e onde mora o senhor Toinho. Ele me inform<strong>ou</strong><br />
que lá na serra, situada próximo de<br />
sua casa também se encontrava macacos<br />
prego (Cebus apella). Fui ate a serra na tentativa<br />
de fotografá-los, mas devido à grande<br />
7 ● JORNAL GEOGRAFIA APLICADA<br />
Animais Silvestres na Serra de Santo Antonio no município<br />
de PIANCÓ-PB: veado e macaco prego<br />
quantidade de vegetação fechada e a inteligência<br />
dos mesmos, (pois ao se aproximar<br />
do local onde habitam logo fogem<br />
para locais de difícil acesso), dificult<strong>ou</strong><br />
muito a visualização. Mas pude <strong>ou</strong>vir seus<br />
cantares e assovios, que são muito altos,<br />
podendo ser <strong>ou</strong>vidos a distancia do local.<br />
Não perdi a oportunidade de fotografar<br />
em cima da serra a vegetação mais procurada<br />
<strong>pelo</strong>s macacos e que serve de fonte<br />
de alimentos; o coco de catolé (Syagrus<br />
cearensis). É uma espécie de palmeira que<br />
brota uma espécie de coco, na qual é muito<br />
importante na alimentação destes primatas.<br />
O depoimento do senhor Toinho me<br />
deix<strong>ou</strong> preocupado pois em épocas de estiagem,<br />
alguns macacos devido a falta de<br />
alimentos no local chegam a morrerem<br />
de fome. Talvez isso explique o porquê de<br />
nunca ter aumentando a população de macacos<br />
nesta serra. Por <strong>ou</strong>tro lado, podemos<br />
imaginar que no meio a tanta escassez de<br />
alimentos possamos refletir na lei dos mais<br />
fortes: segundo Charles Darwin, somente<br />
os mais fortes e adaptados são capazes de<br />
superar as dificuldades e obstáculos para<br />
a sobrevivência e que no futuro o gene<br />
será repassado para seus descendentes<br />
como forma de perpetuar sua espécie.<br />
É preocupante a situação que se<br />
encontra essa espécie de macaco ainda<br />
existente na Paraíba. É preciso que<br />
haja uma política de preservação a fim<br />
de não deixar faltar alimentos para esses<br />
animais, isso poderá ser possível através<br />
da população, bastando a conscientização<br />
de que repudiem a caça a animais<br />
que vivem no mesmo habitat desses primatas<br />
e que o poder publico daquela cidade<br />
criem e aprovem projetos em defesa<br />
de criação de uma área de preservação.
Jornal Geografia<br />
Aplicada<br />
Responsável:<br />
Paulo Rosa<br />
Edição: Ivo Lacerda<br />
Editoração: Cristiane Melo e<br />
Ivo Lacerda<br />
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Cidade Universitária—Centro<br />
de Ciências Exatas e da<br />
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Geociências<br />
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