18.04.2013 Views

revista Atitude - Juerp

revista Atitude - Juerp

revista Atitude - Juerp

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Papo aberto<br />

Gênesis<br />

O início da minha história<br />

Uma das sensações mais desorientadoras que um jovem ou uma jovem pode<br />

sentir é originada na falta de respostas para as perguntas mais básicas do mundo:<br />

De onde eu vim? Para onde eu vou?<br />

Sem alguma de nição para essas questões, todo o resto de sua vida parece<br />

perder o sentido. Nada mais importa. É comum, em situações assim, rapazes e<br />

moças afundarem-se em experiências vazias na tentativa de preencher o buraco<br />

causado pela falta de sentido.<br />

O raciocínio é o seguinte: “Se eu não sei de onde vim, não tenho a menor ideia<br />

para onde vou. Neste caso, que me importa o que faço ou deixo de fazer? Não há<br />

mais sentido em estudar, trabalhar, obedecer às leis ou ajudar o próximo”.<br />

Veja que lógica perigosa!<br />

Mas graças a Deus essa estrutura demoníaca pode ser quebrada. As Escrituras<br />

nos falam sobre o nosso início e o nosso m. E ao falar sobre eles, nos dá um sentido<br />

para viver. Minha vida vale a pena porque ela foi projetada por Deus. Minha<br />

vida vale a pena porque ele, com suas mãos poderosas e seu braço forte, conduziu<br />

a história e a natureza para gerar lhos e lhas que existem para sua glória.<br />

Minha vida vale a pena porque ela não é fruto do acaso, mas parte da engenharia<br />

divina. Minha vida vale a pena porque ela é o centro da criação de Deus.<br />

Por ela, Jesus sacri cou-se. Para ela, Deus tem um lugar reservado no céu.<br />

Gênesis, sim, é o início da minha e da sua história de vida. Portanto, estudá-lo é<br />

viajar pelo álbum de retratos do nosso passado. Assim, nos conheceremos melhor para<br />

viver melhor nossa vida na direção da companhia perpétua do próprio Criador.<br />

Por tudo isso, querido leitor, é muito bom começar 2013 com o primeiro livro da<br />

Bíblia, como também é bom voltar para a <strong>revista</strong> <strong>Atitude</strong>, depois de alguns trimestres<br />

distantes, justamente no momento em que “o início de tudo” é alvo de nosso estudo.<br />

Um bom trimestre.<br />

Pr. Valtair A. Miranda<br />

Redator<br />

1 O TRIMESTRE – 2013 1


<strong>Atitude</strong> Aluno<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Publicação trimestral do<br />

Departamento de Educação Religiosa da<br />

<br />

<br />

<br />

Endereços<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

2<br />

ATITUDE ALUNO<br />

ISSN 1984-8633<br />

Literatura Batista<br />

Ano CVII – N O 425 – Jan.Fev.Mar de 2013<br />

Direção Geral<br />

<br />

Coordenação Editorial<br />

<br />

<br />

Redação<br />

Valtair Miranda<br />

Produção Editorial<br />

Studio Anunciar<br />

<br />

<br />

Distribuição<br />

<br />

<br />

<br />

Nossa missão: “Viabilizar a co ope ração entre as igrejas batistas no cumprimento<br />

de sua missão como comunidade local”<br />

Nota da Redação: Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores,<br />

<br />

Autor das lições: Edson Fernandes Távora


Sumário<br />

<br />

<br />

Escola Bíblica Dominical<br />

<br />

<br />

<br />

Lição 4 – Distanciando-se de Deus<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Lição 11 – Os desencontros familiares<br />

Lição 12 – Mais desencontros familiares<br />

<br />

Especial<br />

Espaço do poeta<br />

<br />

Para ler e pensar<br />

<br />

<br />

<br />

A guerra do bem contra o mal<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

4<br />

<br />

<br />

12<br />

<br />

22<br />

<br />

32<br />

<br />

42<br />

<br />

<br />

<br />

62<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

81<br />

82<br />

86<br />

90<br />

94<br />

96<br />

1 O TRIMESTRE – 2013 3


Dezembro<br />

31 – Segunda – Gênesis 1.1-5<br />

Janeiro<br />

1 – Terça – Gênesis 1.6-13<br />

2 – Quarta – Gênesis 1.14-19<br />

3 – Quinta – Gênesis 1.20-23<br />

4 – Sexta – Gênesis 1.24,25<br />

5 – Sábado – Gênesis 1.26-31<br />

6 – Domingo – Gênesis 2.1-6<br />

7 – Segunda – Gênesis 2.7<br />

8 – Terça – Gênesis 2.8,9<br />

9 – Quarta – Gênesis 2.10-15<br />

10 – Quinta – Gênesis 2.16,17<br />

11 – Sexta – Gênesis 2.18-20<br />

12 – Sábado – Gênesis 2.21-23<br />

13 – Domingo – Gênesis 2.24,25<br />

14 – Segunda – Gênesis 3.1-3<br />

15 – Terça – Gênesis 3.4,5<br />

16 – Quarta – Gênesis 3.6-8<br />

17 – Quinta – Gênesis 3.9-13<br />

18 – Sexta – Gênesis 3.14-16<br />

19 – Sábado – Gênesis 3.17-19<br />

20 – Domingo – Gênesis 3.20-23<br />

21 – Segunda – Gênesis 4.1-7<br />

22 – Terça – Gênesis 4.8-16<br />

23 – Quarta – Gênesis 4.17-26<br />

24 – Quinta – Gênesis 6.1-5<br />

25 – Sexta – Gênesis 6.6,7<br />

26 – Sábado – Gênesis 6.8-12<br />

27 – Domingo – Gênesis 6.13-22<br />

28 – Segunda – Gênesis 7.1-5<br />

29 – Terça – Gênesis 7.6-16<br />

30 – Quarta – Gênesis 7.17-24<br />

31 – Quinta – Gênesis 8.1-5<br />

Fevereiro<br />

1 – Sexta – Gênesis 8.6-14<br />

2 – Sábado – Gênesis 8.15-22<br />

3 – Domingo – Gênesis 9.1-18; 3.15<br />

4 – Segunda – Gênesis 12.1-4<br />

5 – Terça – Gênesis 12.5-9<br />

6 – Quarta – Gênesis 12.10-20<br />

7 – Quinta – Gênesis 13.1-6<br />

8 – Sexta – Gênesis 13.7-18<br />

9 – Sábado – Gênesis 14.1-25<br />

10 – Domingo – Gênesis 15.1-21<br />

11 – Segunda – Gênesis 18.1-5<br />

4<br />

ATITUDE ALUNO<br />

CUCA FRESCA<br />

LEITURA BÍBLICA<br />

12 – Terça – Gênesis 18.6-8<br />

13 – Quarta – Gênesis 18.9-16<br />

14 – Quinta – Gênesis 18.17-22<br />

15 – Sexta – Gênesis 18.23-33<br />

16 – Sábado – Gênesis 19.1-23<br />

17 – Domingo – Gênesis 19.24-38<br />

18 – Segunda – Gênesis 21.1-3<br />

19 – Terça – Gênesis 21.4,5<br />

20 – Quarta – Gênesis 21.6-8<br />

21 – Quinta – Gênesis 21.9-13<br />

22 – Sexta – Gênesis 21.14-21<br />

23 – Sábado – Gênesis 21.22-34<br />

24 – Domingo – Gênesis22.1-24<br />

25 – Segunda – Gênesis 28.1-5<br />

26 – Terça – Gênesis 28.6-9<br />

27 – Quarta – Gênesis 28.10-17<br />

28 – Quinta – Salmo 84<br />

Março<br />

1 – Sexta – Salmo 122<br />

2 – Sábado – Gênesis 28.18,19<br />

3 – Domingo – Gênesis 28.20-22<br />

4 – Segunda – Gênesis 32.3-12<br />

5 – Terça – Gênesis 32.13-19<br />

6 – Quarta – Gênesis 32.20,21<br />

7 – Quinta – Gênesis 32.22-32<br />

8 – Sexta – Gênesis 33.1-7<br />

9 – Sábado – Gênesis 33.8-11<br />

10 – Domingo – Gênesis 33.12-20<br />

11 – Segunda – Gênesis 37.1-4<br />

12 – Terça – Gênesis 37.5-8<br />

13 – Quarta – Gênesis 37.9-11<br />

14 – Quinta – Gênesis 37.12-14<br />

15 – Sexta – Gênesis 37.15-22<br />

16 – Sábado – Gênesis 37.23-28<br />

17 – Domingo – Gênesis 37.29-36<br />

18 – Segunda – Gênesis 39.1-23<br />

19 – Terça – Gênesis 40.1-22<br />

20 – Quarta – Gênesis 41.1-37<br />

21 – Quinta – Gênesis 41.38-57<br />

22 – Sexta – Gênesis 42.1-38<br />

23 – Sábado – Gênesis 43.1-14<br />

24 – Domingo – Gênesis 43.15-34<br />

25 – Segunda – Gênesis 44.1-34<br />

26 – Terça – Gênesis 45.1-28<br />

27 – Quarta – Gênesis 46.1-34<br />

28 – Quinta – Gênesis 47.1-31<br />

29 – Sexta – Gênesis 48.1-22<br />

30 – Sábado – Gênesis 49.1-33<br />

31 – Domingo – Gênesis 50.1-26


CUCA FRESCA<br />

Para muitos dentre nós, cristãos,<br />

Gênesis é um “portal”, uma “passagem”<br />

transdimensional, através da qual se “sai”<br />

do mundo “natural” e se vai para o mundo<br />

“supranatural”. Um telefone sem o<br />

para falar com Deus. Para aqueles que<br />

tomam Gênesis a partir desse ponto de<br />

vista, um “panorama” do livro é desnecessário,<br />

porque não importa saber quem<br />

escreveu, quando, para que, por que, onde,<br />

para quem, como; o que importa é tirar<br />

o “fone” do gancho e “ouvir” o que Deus<br />

tem para falar. E, nesse caso, História, Exegese,<br />

Arqueologia, Sociologia, “Hermenêutica”,<br />

tudo isso é, literalmente, “ruído”,<br />

barulho inútil, quando não pernicioso.<br />

O sensato, entretanto, é entender<br />

a Bíblia como Palavra de Deus, escrita<br />

por homens que, ainda que escolhidos<br />

por Deus, estavam historicamente condicionados<br />

por sua cultura, seu tempo,<br />

sua vida... e sua morte. Ou seja, para<br />

entendermos a Bíblia, temos que “levantar”<br />

seu passado, assim como, para<br />

escrever sobre a vida de Jesus, Lucas<br />

Recursos de Interpretação<br />

Um olhar sobre<br />

o livro de Gênesis<br />

Osvaldo Luiz Ribeiro<br />

Vitória, ES<br />

“levantou” o passado de Jesus, investigando-a<br />

por meio das testemunhas<br />

oculares (Lc 1.1-3).<br />

A estrutura de Gênesis. Se você for<br />

a uma biblioteca, vai encontrar dezenas<br />

de livros sobre Gênesis, e em cada um<br />

desses livros vai encontrar uma tentativa<br />

de estabelecer a estrutura do livro.<br />

Às vezes, isso é fácil; às vezes, não. Há<br />

certa tendência em estabelecer a seguinte<br />

estrutura para Gênesis:<br />

A Tradições sobre as “Origens” –<br />

1-11<br />

B História de Abraão – 12.1-<br />

25,18<br />

C História de Isaque e Jacó<br />

– 25.19-37.1<br />

D História de José – 37.2-50.26<br />

Diz-se haver uma espécie de funil<br />

1 O TRIMESTRE – 2013 5


nessa estrutura. Veja só: a primeira parte<br />

trataria de uma perspectiva “universal”<br />

– a nal, não há nada mais “universal”<br />

do que a “criação” (Gn 1-2). Da criação,<br />

partir-se-ia para descrever a “corrupção”<br />

do mundo (Gn 3-5), até a sua destruição<br />

pelo “dilúvio” (Gn 6-9) e, depois de<br />

sua re-organização social (Gn 10), a dispersão<br />

dos novos homens por ocasião<br />

do episódio da torre de Babel (Gn 11).<br />

No início da seção está Deus falando<br />

(Gn 1) e, no nal da seção, a confusão<br />

das línguas; de “Adão” às “nações” seria a<br />

leitura tradicional de Gênesis 1-11.<br />

As outras seções são mais narrativas.<br />

Das nações, Deus pinça um homem,<br />

Abrão (Abraão). A partir dele, a milenar<br />

saga do “povo de Deus” se inicia.<br />

Trata-se de uma história muito conhecida.<br />

Depois da história de Abraão, segue<br />

a história de Isaque e Jacó, propriamente<br />

de Jacó, porque Isaque, apesar<br />

de sua relevância no capítulo da “promessa”,<br />

tem pouca atuação na narrativa<br />

em si, sendo reservada a maior parte,<br />

quase toda mesmo, para Jacó que, lho<br />

de Isaque, irmão de Esaú, se tornará,<br />

dirá a narrativa, pai dos 12, por sua vez<br />

progenitores das famílias das 12 tribos.<br />

Finalmente, de dentre os 12, a narrativa<br />

de Gênesis pinça agora de novo<br />

um homem – José. E eis uma das histórias<br />

mais lidas da Bíblia: a história<br />

de José, vice-Faraó do Egito.<br />

Assim, se tomados os temas “criação”<br />

e “descida para o Egito”, é natural<br />

entrever-se um afunilamento na<br />

6<br />

ATITUDE ALUNO<br />

“história” – do universo ao Egito. É<br />

possível, contudo, que a perspectiva<br />

original da composição fosse linear,<br />

isto é, que já desde a sua origem, mesmo<br />

Gênesis 1-3, tratasse histórico-traditivamente<br />

dos judeus, o que seria<br />

possível se “cosmogonia” (= criação)<br />

e “dilúvio” fossem chaves traditivo-<br />

-culturais para descrever episódios<br />

concretos da vida dos judeus. Tudo<br />

depende da maneira como se aborda<br />

a literatura bíblica.<br />

Um manancial. Gosto de me de nir<br />

como um cristão da academia, que na<br />

igreja ainda continua pensando como<br />

pensa na academia, como há amigos<br />

meus que na academia ainda continuam<br />

pensando como na igreja. Gosto de<br />

pensar que Deus gosta de mim assim<br />

mesmo, desde que eu me coloque diante<br />

dele, transparente, honestamente,<br />

francamente, em diálogo de Pai e lho,<br />

de Criador e criatura, lho, contudo,<br />

que pergunta as perguntas mais constrangedoras<br />

na frente das visitas, porque<br />

não tem medo dos pais, e criatura<br />

que se surpreende com cada milímetro<br />

quadrado da superfície de um bēt (segunda<br />

letra do alfabeto hebraico, e primeira<br />

letra da Bíblia).<br />

Leio Gênesis como um livro de<br />

Deus, mas que fala sobre os homens,<br />

particularmente sobre os israelitas,<br />

sua fé, suas crenças, suas virtudes, seus<br />

erros, suas esperanças e dores, seus<br />

horrores e tragédias, sua vida e morte.


EBD<br />

6 DE JANEIRO<br />

Texto bíblico Texto áureo<br />

Lição 1<br />

A criação do universo<br />

<br />

O que Deus quer nos ensinar com o<br />

texto que está em Gênesis 1? Esta é a<br />

primeira pergunta que o estudante da<br />

Bíblia deve fazer.<br />

A narrativa da origem do universo, da<br />

terra e da natureza que nos cerca, bem<br />

como do ser humano, não tem o objetivo<br />

de defender nossas posições acerca do<br />

processo de aparecimento do mundo. O<br />

objetivo da narrativa é demonstrar que, de<br />

alguma forma, o nosso Deus, pelo poder da<br />

sua Palavra e do seu Espírito, deu origem<br />

a tudo o que vemos. Cada item e cada<br />

detalhe de toda a natureza foram criados<br />

com a sua participação: direta e indireta.<br />

Como subtrair estes ensinos de uma<br />

narrativa que, aparentemente, somente<br />

nos traz a origem do universo, da terra<br />

e da natureza? Quem, como e para que o<br />

universo foi criado?<br />

1 O TRIMESTRE – 2013 7


Criação ou evolução? – Esta é a pergunta<br />

que sempre se quer responder<br />

quando se estuda o capítulo 1 e 2 do livro<br />

de Gênesis; mas isto não deve se feito.<br />

Primeiro, porque esta não foi a pergunta<br />

que o escritor sagrado, conforme lemos<br />

na própria narrativa, fez. Segundo, a forma<br />

como a narrativa se encontra comporta<br />

as duas perspectivas: a iniciativa (a<br />

ação) de Deus e os processos evolutivos.<br />

O texto bíblico diz: “No princípio,<br />

criou Deus os céus e a terra” (v. 1). Não<br />

poderia haver um processo evolutivo<br />

se no início de tudo não houvesse algo.<br />

Sempre há a necessidade de que alguma<br />

coisa exista para que exista a evolução.<br />

Havendo primeiramente algo, isto<br />

é, uma matéria primordial, aconteceu<br />

alguma coisa para que esta massa primeira<br />

irrompesse num processo evolutivo.<br />

A Bíblia diz que Deus “criou” (hebraico,<br />

barah) os céus e a terra. Ou seja,<br />

Deus, seu Espírito e sua Palavra foram<br />

o determinante de todo o processo.<br />

Quando a Bíblia diz que Deus fala,<br />

é porque ele fala; quando diz que Deus<br />

cria, é porque ele cria; quando diz que<br />

Deus faz, move, guerreia, peleja, em<br />

suma, quando alguma ação é atribuída<br />

a Deus, é porque, na realidade, tudo<br />

isso vem e procede dele, de alguma maneira<br />

conhecida ou desconhecida.<br />

Deus fala com voz audível (Mt<br />

3.17), por meio de visão (Gn 15.1),<br />

8<br />

ATITUDE ALUNO<br />

Comentando o texto bíblico<br />

sonho (15.22); por meio de anjos<br />

(17.1; 18.1s), de elementos da natureza<br />

(Ex 19.18,19) ou de outras maneiras<br />

diretas e indiretas (Gn 22.1).<br />

De alguma forma, Deus fez o universo.<br />

Deus usou uma maneira direta<br />

para trazer a luz à existência (1.3).<br />

Quando Deus criou os vegetais, ele<br />

“disse”. De que maneira ele “disse”?<br />

Com voz audível? Mesmo que não<br />

consigamos responder a essa pergunta,<br />

certamente houve alguma iniciativa<br />

ou fenômeno vindo de Deus.<br />

“Produza a terra relva, ervas...” Nesta<br />

expressão, nota-se um processo (uma<br />

evolução). A própria terra, já “aparecida”<br />

(v. 9), produz os vegetais (v. 11).<br />

Foi a terra (hebraico, adamah) que<br />

fez evoluir os vegetais, numa ação que<br />

teve sua origem em Deus. Podemos<br />

dizer que Deus criou os vegetais, pois<br />

dizemos que Deus criou os lhos por<br />

meio de seus pais.<br />

A narrativa de Gênesis é poética.<br />

Não possui linguagem cientí ca, mas<br />

deixa aparecer algo que algumas teses<br />

cientí cas defendem. Houve certo<br />

processo cientí co ou natural no<br />

modo de Deus criar. Apesar de não ser<br />

este o propósito da Bíblia, a observação<br />

das pessoas antigas quanto às origens<br />

das coisas visíveis é bem acurada<br />

e próxima do que a ciência moderna<br />

tenta explicar de seu modo.


De alguma forma, a matéria inorgânica<br />

gerou a orgânica. Como? É um<br />

mistério, mas certamente houve uma<br />

intervenção do poder criador, incentivador<br />

da vida, que está em Deus. Em<br />

todas as fases da criação encontramos<br />

uma maneira direta e indireta de Deus<br />

criar.<br />

A criação do homem e da mulher –<br />

Na criação do ser humano houve uma<br />

maneira totalmente diferente e nova,<br />

ímpar. “Também disse Deus: Façamos<br />

o homem à nossa imagem”. Não se especi<br />

ca se Deus disse em voz audível,<br />

por meio de anjo, fenômenos da natureza<br />

ou outra maneira. De alguma<br />

forma, o poder de vida da sua Palavra<br />

concretizou algo.<br />

O Espírito e a Palavra de Deus<br />

“agiram”: “Façamos”. O verbo está no<br />

plural. A ideia do escritor do texto<br />

bíblico é que já no início da criação<br />

podemos encontrar Deus (Elohim), o<br />

seu Espírito (Ruah), sua Palavra (Dabar)<br />

e as águas (te’om) (Gn. 1.1,2).<br />

Em Gênesis 2.7 lemos que o ser<br />

humano foi criado a partir da terra<br />

(adamah, pó do chão – matérias orgânicas<br />

e inorgânicas). Além disso,<br />

a ação direta de Deus molda esse ser<br />

humano conforme o ser de Deus, colocando<br />

nele a vida de Elohim (Deus).<br />

O dia do descanso – A narrativa<br />

termina no capítulo 2.1-3: “Assim, foram<br />

acabados...” A criação, com todo<br />

o seu processo, nalizou-se no sétimo<br />

dia. A palavra “dia” (yom, em hebraico)<br />

não signi ca necessariamente<br />

24 horas, mas um período de tempo<br />

(para Deus, um dia é como mil anos,<br />

e vice-versa). O sétimo dia signi ca<br />

a sétima fase de sua ação. Ou seja, o<br />

que Deus teria que criar ou intervir na<br />

construção da natureza já estava pronto.<br />

Agora seria com o ser humano (Gn<br />

1.28).<br />

Assim como Deus planejou, assim<br />

o ser humano deveria cumprir para o<br />

seu bem-estar. Dividir suas atividades<br />

de tal forma que estabelecesse um ciclo<br />

de sete períodos, intercalando um<br />

período de descanso. O dia para o homem<br />

e a mulher é o tempo de rotação<br />

da terra em torno de seu eixo, isto é,<br />

o que chamamos de 24 horas. Nosso<br />

organismo já acostumou com isto e<br />

deveremos respeitá-lo. Caso contrário,<br />

corremos sérios riscos de estresse,<br />

desgastes irreparáveis para a saúde física,<br />

mental e emocional.<br />

Sejamos sábios e não queiramos<br />

mudar a natureza (criada ou desenvolvida)<br />

dirigida por Deus para nós.<br />

Tiremos um dia na semana para descansarmos<br />

dos outros seis. Deus é o<br />

dono de tudo e de todo o nosso sustento.<br />

Em suas mãos há todo o poder<br />

e toda bondade. No que está ao nosso<br />

alcance, esforcemo-nos para separar<br />

o descanso. Separemos o horário de<br />

serviço e descansemos no Senhor,<br />

porque ele é que dá o crescimento à<br />

semente plantada (Gn 1.8b, 13,18;<br />

Mt 6.26-33).<br />

1 O TRIMESTRE – 2013 9


10<br />

A lição em foco<br />

<br />

<br />

<br />

Quem é o nosso Deus? <br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Deus é dono do mundo e de tudo o que nele existe <br />

<br />

<br />

Como o nosso Deus faz as coisas? <br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

ATITUDE ALUNO


Pra tomar uma atitude<br />

"O Espírito de Deus se movia sobre a face das águas".<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

ruah<br />

tehom<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

1 O TRIMESTRE – 2013 11


12<br />

EBD<br />

ATITUDE ALUNO<br />

13 DE JANEIRO Lição 2<br />

O ser humano<br />

Razão de ser da criação<br />

Texto bíblicoTexto áureo<br />

<br />

O capítulo 2.4-25 de Gênesis é uma<br />

segunda narrativa da criação. Destaca<br />

outros atributos da natureza humana,<br />

fala sobre o relacionamento entre o<br />

“macho e a fêmea” usando termos (v.<br />

27) peculiares ao seu próprio contexto<br />

(Gn 1.1-2.3). A segunda narrativa<br />

está preocupada em ensinar acerca do<br />

ambiente em que o ser humano estava<br />

inserido. Ambiente este que proporcio-<br />

nou decisões e consequências diversas.


Comentando o texto bíblico<br />

O ambiente em que estamos. O ambiente<br />

em que o ser humano habitava<br />

carecia de sua intervenção. Homem e<br />

mulher precisavam trabalhar. Deus fez<br />

o universo perfeito e completo, mas a<br />

terra carecia de ser trabalhada: “... e não<br />

havia homem para lavrar a terra” (2.5).<br />

Deus prepara tudo para fazermos a<br />

nossa parte, pois o nosso trabalho cabe<br />

a nós fazê-lo. Deus só deu a chuva após<br />

a mão humana tocar a terra: “Toda<br />

a erva do campo ainda não brotava,<br />

porque o Senhor Deus não tinha feito<br />

chover sobre a terra” (2.5b). Deus deu<br />

ao ser humano o poder de querer, decidir<br />

e fazer. O mesmo Deus que tem<br />

o poder de fazer uma natureza produzir<br />

a chuva não teria di culdades para<br />

fazer brotar a planta, mas decidiu dar<br />

responsabilidade a nós de trabalhar.<br />

"Deus está preocupado e<br />

coloca ao nosso alcance o<br />

alimento da nossa alma.<br />

Jesus, em João 6.27, diz:<br />

“Trabalhai, não pela comida<br />

que perece, mas pela comida<br />

que permanece para a<br />

vida eterna”<br />

Deus plantou um jardim. No ambiente<br />

em que Deus colocou o homem e a mulher<br />

para habitar, ele plantou o Jardim do<br />

Éden. Neste jardim, colocou o alimento<br />

da alma: “a árvore da vida” (2.9c). Este tipo<br />

de alimento evoca ou se identi ca com o<br />

texto que está em Ezequiel 47.12: “e o seu<br />

fruto servirá de alimento e a sua folha de<br />

remédio”. Outros textos também evocam<br />

a ideia de um alimento espiritual:<br />

– “Quem tem ouvidos, ouça o que<br />

o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor,<br />

dar-lhe-ei que se alimente da árvore<br />

da vida que se encontra no paraíso de<br />

Deus” (Ap 2.7);<br />

– “No meio da sua praça, de uma e<br />

outra margem do rio, está a árvore da vida,<br />

que produz doze frutos, dando o seu fruto<br />

de mês em mês, e as folhas da árvore são<br />

para a cura dos povos” (Ap 22.2);<br />

– “Como suspira a corça pelas correntes<br />

das águas, assim, por ti, ó Deus,<br />

suspira a minha alma” (Sl 42.1).<br />

Deus está preocupado e coloca ao<br />

nosso alcance o alimento da nossa alma.<br />

Jesus, em João 6.27, diz: “Trabalhai, não<br />

pela comida que perece, mas pela comida<br />

que permanece para a vida eterna”.<br />

Deus ofereceu liberdade. No ambiente<br />

em que Deus colocou o ser humano<br />

para habitar, ele fez brotar a “árvore<br />

do conhecimento do bem e do mal”<br />

(2.9). Deus não colocou a humanidade<br />

1 O TRIMESTRE – 2013 13


A vontade humana é tão importante para Deus que,<br />

arriscando toda criação, ele deu opção ao homem e à mulher<br />

de escolher da árvore do conhecimento do bem e do mal ou<br />

continuar na situação de inocência original<br />

numa situação incondicional. A decisão<br />

humana é muito importante para Deus!<br />

Deus nada quer para cada pessoa senão<br />

o seu livre arbítrio.<br />

Por maior que seja o poder de Deus,<br />

ele não quer algo mecânico de nossa<br />

parte. Deus respeita nossa decisão. Ele<br />

não quer robôs, mas pessoas que, de coração,<br />

lhe sirvam e obedeçam.<br />

A vontade humana é tão importante<br />

para Deus que, arriscando toda criação,<br />

ele deu opção ao homem e à mulher de<br />

escolher da árvore do conhecimento do<br />

bem e do mal ou continuar na situação<br />

de inocência original, apenas trabalhando<br />

e se alimentando com aquilo que<br />

Deus já lhes tinha dado para comer.<br />

“Livremente” (2.16) não signi ca<br />

que não havia liberdade para as demais,<br />

mas que não teria consequências<br />

para o seu bem-estar. Junto com a escolha<br />

errada, do ponto de vista divino,<br />

o Senhor mostra seus efeitos (2.17).<br />

14<br />

ATITUDE ALUNO<br />

<br />

Deus agiu com estratégia. O ambiente<br />

em que Deus colocou o primeiro<br />

casal era um local estratégico.<br />

Dali saía um rio que regava o jardim<br />

que se dividia em quatro braços<br />

(2.10). Isto significa que abrangia<br />

os “quatro cantos da terra”: Havilá<br />

(Arábia, os semitas, v. 11,12); Cusi<br />

(Etiópia, na África, os filhos de<br />

Cam); Tigre e Eufrates (Mesopotâmia,<br />

v. 13,14).<br />

O Senhor sempre nos coloca no<br />

lugar onde vamos irradiar nossa influência.<br />

Nossa presença neste mundo<br />

sempre influencia. Como uma<br />

pedra lançada na água, assim nossa<br />

presença e ação se irradiam para todos<br />

os lados, de uma forma que não<br />

sabemos a total conseqüência do<br />

que fazemos: bem ou mal. Quando<br />

Adão pecou, a consequência se irradiou<br />

por toda a terra, por todos os<br />

tempos.


A lição em foco<br />

O ser humano veio ao mundo para ser propagador de vida<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

O ser humano veio ao mundo numa situação de perfeição, para viver para<br />

sempre<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

O ser humano veio ao mundo em estado de felicidade<br />

<br />

<br />

rûah-elohim,<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

1 O TRIMESTRE – 2013 15


16<br />

Pra tomar uma atitude<br />

<br />

1 Espírito criativo ou produtivo<br />

<br />

2 Necessidades físicas e espirituais<br />

<br />

<br />

<br />

nephesh<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

nephesh<br />

<br />

<br />

<br />

3 Livre arbítrio<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

ATITUDE ALUNO


EBD<br />

20 18 DE DE JANEIRO ABRIL Lição 3<br />

O ser humano desvia-se<br />

do propósito de Deus<br />

<br />

Texto bíblico – Texto áureo – <br />

"É impressionante como a fraqueza<br />

humana cega e ensurdece o entendimento<br />

espiritual. O ser humano quer sempre saber<br />

mais, mas quando se desvia dos propósitos<br />

de Deus, a Palavra de Deus alerta<br />

e denuncia"<br />

A “serpente” falante não havia ainda<br />

aparecido na narrativa bíblica. No Jardim<br />

do Éden já havia a possibilidade da<br />

tentação. Deus poderia livrar o primeiro<br />

casal deste item, mas com isso lhe tiraria<br />

também a liberdade. O pecado não é<br />

plano de Deus, mas a possibilidade do pecado<br />

fazia parte do projeto de Deus para<br />

que o ser humano decidisse, livremente,<br />

rejeitar o erro. O ser humano seria menos<br />

humano se sua pureza não fosse voluntária<br />

e preservada por sua própria vonta-<br />

<br />

e bondade de nosso Pai.<br />

1 O TRIMESTRE – 2013 17


18<br />

ATITUDE ALUNO<br />

Comentando o texto bíblico<br />

A tentação. O homem foi colocado<br />

num jardim que supria todas as suas necessidades,<br />

mas um jardim de liberdade<br />

de escolha. As coisas de Deus não são<br />

impostas. Deus não arromba ou violenta<br />

a vontade humana. As leis, regras<br />

e limites que o Senhor coloca em sua<br />

Palavra são para o nosso próprio bem.<br />

Deus é bom! Existem prazeres que o<br />

Senhor criou, prazeres que podemos<br />

desfrutar, que não nos causam problemas.<br />

Existem também coisas que estão<br />

aí para provar nosso arbítrio. Existem<br />

para que tenhamos liberdade de escolher:<br />

a soberania de Deus ou nosso<br />

próprio entendimento acerca das coisas.<br />

Muitas vezes, decidimos coisas que<br />

não conhecemos totalmente, mas que<br />

aos nossos próprios olhos são boas ou<br />

certas. Precisamos ter muito cuidado<br />

com as escolhas que fazemos, pois<br />

Deus as leva muito a sério.<br />

Caímos na tentação quando nos<br />

vem dúvida sobre a Palavra de Deus. A<br />

Palavra de Deus diz que Deus é bom,<br />

que o Senhor fez “a terra e os céus”<br />

bons e bonitos. O Senhor fez brotar da<br />

terra toda árvore agradável à vista e boa<br />

para comida, e a árvore da vida para<br />

dela alimentarmos e sermos felizes. Por<br />

que duvidar? Se já temos provado do<br />

bem celeste, da sua presença e da sua<br />

obra em nossa vida, por que desprezar<br />

tudo? É exatamente sobre esse cuidado<br />

que alertou o autor de Hebreus: “Se,<br />

pois, se tornou rme a palavra falada<br />

por meio de anjos, e toda transgressão<br />

ou desobediência recebeu justo castigo,<br />

como escaparemos nós, se negligenciarmos<br />

tão grande salvação? A qual,<br />

tendo sido anunciada inicialmente<br />

pelo Senhor, foi-nos depois con rmada<br />

pelos que a ouviram; dando Deus<br />

testemunho juntamente com eles, por<br />

sinais, prodígios e vários milagres e por<br />

distribuições do Espírito Santo, segundo<br />

a sua vontade” (Hb 2.2-4).<br />

Quando Adão e Eva tomaram daquilo<br />

que a Palavra do Senhor tinha dito ser<br />

mal, pois levaria à morte, deram ouvidos<br />

à mentira da serpente (3.4). Caíram porque<br />

duvidaram da Palavra do Senhor. Se<br />

estivessem certos do que Deus dissera,<br />

não teriam praticado a desobediência.<br />

Duvidar da Palavra de Deus nos torna<br />

alvos fáceis para a tentação.<br />

Caímos na tentação quando não<br />

nos satisfazemos com aquilo que o<br />

Senhor nos tem dado. O ser humano<br />

pode desfrutar e trabalhar livremente<br />

com aquilo que está dentro dos propósitos<br />

de Deus para a sua felicidade:<br />

“De toda árvore do jardim comerás<br />

livremente” (2.17). Quando o ser humano<br />

desvia-se da Palavra, entra num<br />

estado de morte. Perde o direito à vida


(3.22-24). Insatisfeita, a mulher pôs<br />

os olhos (Rm 12.16; 1Jo 2.16) em outra<br />

árvore que lhe era agradável e desejável,<br />

mas mortal segundo a Palavra<br />

do Senhor.<br />

É impressionante como a fraqueza<br />

humana cega e ensurdece o entendimento<br />

espiritual. O ser humano quer sempre<br />

saber mais, mas quando se desvia dos propósitos<br />

de Deus, a Palavra de Deus alerta<br />

e denuncia. Se ao ouvirmos a sua voz (de<br />

Deus), não endureçamos o nosso coração.<br />

Con e que o Senhor quer o nosso<br />

bem. Caso contrário, seremos enganados<br />

e perderemos a bênção: “Tornando a retirar-se,<br />

orou de novo, dizendo: Meu Pai,<br />

se não é possível passar de mim este cálice<br />

sem que eu o beba, faça-se a tua vontade”<br />

(Mt 26.42); “não endureçais o coração,<br />

como em Meribá, como no dia de Massá,<br />

no deserto” (Sl 95.8).<br />

Caímos na tentação quando damos<br />

ouvidos aos desejos e à perspectiva da<br />

natureza humana. Eva tinha duas vozes<br />

falando aos seus ouvidos: a voz de<br />

Deus e a voz da serpente. A voz da Palavra<br />

de Deus na sua mente espiritual e a<br />

voz da sua natureza humana. A natureza<br />

humana não é má, mas traz consigo<br />

limitação e fraqueza. Jesus viveu num<br />

mundo onde oferece tentações. Ele foi<br />

tentado como qualquer ser humano:<br />

“Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus,<br />

como grande sumo sacerdote que penetrou<br />

os céus, conservemos rmes<br />

a nossa con ssão. Porque não temos<br />

sumo sacerdote que não possa compadecer-se<br />

das nossas fraquezas; antes, foi<br />

ele tentado em todas as coisas, à nossa<br />

semelhança, mas sem pecado” (Hb<br />

4.14,15). Jesus possuía a natureza humana<br />

(Hb 5.2; Mc 14.33b-34a). No<br />

entanto, não deu ouvido, nem ao diabo,<br />

nem aos prazeres do mundo, nem<br />

aos desejos de sua carne (Lc 4.1-13;<br />

conferir também João 16.31).<br />

A mulher e o homem poderiam vencer<br />

a tentação, pois estavam sem quaisquer<br />

vícios. A alma do primeiro casal<br />

estava como a de Jesus: pura. Antes de<br />

aceitarmos a Jesus como nosso Senhor<br />

e Salvador trazemos uma alma cheia<br />

de vícios e pecados de nossa vida sem<br />

Cristo, de nossa sociedade e de nossos<br />

pais. Se permanecermos em Cristo, o<br />

pecado não consegue lugar em nossa<br />

vida (Jo 15.3-10; 1Jo 1.7-9; Mt 5.48;<br />

1Pe 1.15,16). A partir do momento da<br />

conversão, nos tornamos nova criatura<br />

(1Co 5.17). Temos a natureza humana<br />

permeada de vícios, mas podemos sofrer<br />

uma renovação: “Rogo-vos, pois,<br />

irmãos, pelas misericórdias de Deus,<br />

que apresenteis o vosso corpo por sacrifício<br />

vivo, santo e agradável a Deus,<br />

que é o vosso culto racional. E não<br />

vos conformeis com este século, mas<br />

transformai-vos pela renovação da vossa<br />

mente, para que experimenteis qual<br />

seja a boa, agradável e perfeita vontade<br />

de Deus” (Rm 12.1,2). Com Jesus podemos<br />

vencer!<br />

1 O TRIMESTRE – 2013 19


20<br />

A lição em foco<br />

O sangue do Cordeiro: a queda tem solução<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

ATITUDE ALUNO


Pra tomar uma atitude<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

1 O TRIMESTRE – 2013 21

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!