UNIDADE DIDÁTICA SOBRE O NAZISMO - Secretaria de Estado da ...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ<br />
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL<br />
LUCIANE ALVES LAROCCA<br />
<strong>UNIDADE</strong> <strong>DIDÁTICA</strong> <strong>SOBRE</strong> O <strong>NAZISMO</strong><br />
CURITIBA-PR,<br />
2008
LUCIANE ALVES LAROCCA<br />
<strong>UNIDADE</strong> <strong>DIDÁTICA</strong> <strong>SOBRE</strong> O <strong>NAZISMO</strong><br />
Material Didático-Pe<strong>da</strong>gógico para intervenção na escola<br />
em 2009, solicitado pelo Programa <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />
Educacional do <strong>Estado</strong> do Paraná sob orientação <strong>da</strong><br />
Professora Mestre Maria José Lourega Belli <strong>da</strong><br />
Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná.<br />
CURITIBA-PR,<br />
2008
SUMÁRIO<br />
1 APRESENTAÇÃO................................................................................................ 03<br />
2 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 04<br />
3 DESENVOLVIMENTO.......................................................................................... 05<br />
3.1 Reflexão............................................................................................................ 06<br />
3.2 Debate............................................................................................................... 08<br />
3.3 Nazismo............................................................................................................. 09<br />
3.4 Contextualizando............................................................................................. 10<br />
4 CONCLUSÃO....................................................................................................... 17<br />
5 REFERÊNCIAS..................................................................................................... 18<br />
2
1 APRESENTAÇÃO<br />
As ditaduras fascistas constam dos conteúdos trabalhados no Ensino<br />
Fun<strong>da</strong>mental, mas especificamente, na oitava série e aprofun<strong>da</strong>dos no Ensino<br />
Médio, <strong>de</strong> acordo com os Parâmetros <strong>da</strong>s Diretrizes Curriculares para Educação<br />
Básica do <strong>Estado</strong> do Paraná.<br />
Fazem parte <strong>da</strong>s temáticas <strong>de</strong> relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r que está interliga<strong>da</strong> à<br />
dimensão política, conseqüentemente à dimensão econômico-social e à dimensão<br />
cultural. Pois como afirma Barros, ”uma dimensão implica um tipo <strong>de</strong> enfoque [...] ou<br />
algo que se preten<strong>de</strong> ver em primeiro plano na observação <strong>de</strong> uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
historicamente localiza<strong>da</strong>“ (2004, p. 20).<br />
É importante ressaltar que tais dimensões visam à busca <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />
sínteses. O aluno não po<strong>de</strong> ficar a mercê <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r a História sob recortes<br />
com sentido fechado em si, mas <strong>de</strong>ve ser estimulado a compreen<strong>de</strong>r fenômenos <strong>de</strong><br />
amplo efeito sobre diferentes recortes sincrônicos, diacrônicos, permanências e<br />
continui<strong>da</strong><strong>de</strong>s, a partir <strong>de</strong> movimentos <strong>de</strong> inter-relações, em que os conteúdos não<br />
sejam tomados <strong>de</strong> forma isola<strong>da</strong>, pois: [...] apesar <strong>de</strong> falarmos freqüentemente em<br />
uma “História Econômica”,em uma “História Política”, em uma “História Cultural”, e<br />
assim por diante, a ver<strong>da</strong><strong>de</strong> é que não existem fatos que sejam exclusivamente<br />
econômicos, políticos ou culturais. To<strong>da</strong>s as dimensões <strong>de</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> social<br />
interagem, ou rigorosamente sequer existem como dimensões separa<strong>da</strong>s. Mas o ser<br />
humano, em sua ânsia <strong>de</strong> [...] compreen<strong>de</strong>r melhor o mundo, acaba sendo obrigado<br />
a proce<strong>de</strong>r a recortes e a operações simplifica<strong>da</strong>, e é neste sentido que <strong>de</strong>vem ser<br />
consi<strong>de</strong>rados os compartimentos que foram criados pelos próprios historiadores para<br />
enquadrar os seus vários tipos <strong>de</strong> estudos históricos (BARROS, 2004, p. 15).<br />
Para a formação <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia dos apren<strong>de</strong>ntes e instigação do seu senso<br />
crítico é importante que haja um bom planejamento no intuito <strong>de</strong> tornar o assunto<br />
mais significativo para eles.<br />
3
2 INTRODUÇÃO<br />
As Ditaduras Fascistas aconteceram na Europa no início do séc. XX, em<br />
meio a crises provoca<strong>da</strong>s pela insegurança política e instabili<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica,<br />
<strong>de</strong>vido a uma série <strong>de</strong> acontecimentos ocorridos anteriormente.<br />
As principais Ditaduras Fascistas foram: a Falangista, na Espanha, <strong>de</strong><br />
Francisco Franco; a Fascista, na Itália, <strong>de</strong> Benito Mussolini e a Nazista, na<br />
Alemanha, <strong>de</strong> Adolf Hitler. Nesta última é que vamos nos ater, pelo fato <strong>de</strong> ter sido a<br />
que causou maior impacto na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> européia e que <strong>de</strong>ixou marcas profun<strong>da</strong>s<br />
em to<strong>da</strong>s as pessoas que conviveram com ela ou que tomaram conhecimento <strong>da</strong><br />
sua existência. Com atroci<strong>da</strong><strong>de</strong>s que chocaram o mundo e que sempre vão chocar a<br />
quem tomar conhecimento <strong>de</strong>stas. Para que se enten<strong>da</strong> como o Nazismo se <strong>de</strong>u na<br />
Alemanha, é preciso conhecer o contexto em que surgiu.<br />
4
3 DESENVOLVIMENTO<br />
Para que compreen<strong>da</strong>m como estes regimes <strong>de</strong> extrema direita surgiram<br />
e se consoli<strong>da</strong>ram na Europa, no início do sec.XX, é importante que alguns assuntos<br />
já tenham sido trabalhados como pré-requisitos:<br />
- Colonialismo do séc.XIX ou Neo Colonialismo;<br />
- Primeira Guerra Mundial (causas e conseqüências);<br />
- A Revolução Russa <strong>de</strong> 1917 e a Implantação do Socialismo;<br />
- O Anarquismo;<br />
- A Social-<strong>de</strong>mocracia;<br />
- A Crise <strong>de</strong> 1929 e Gran<strong>de</strong> Depressão <strong>de</strong> 1930;<br />
- O pangermanismo;<br />
- O pan-eslavismo.<br />
Estes fatos aconteceram uns em conseqüência <strong>de</strong> outros, mas, ao ser<br />
estu<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> forma fragmenta<strong>da</strong> não se po<strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r como se <strong>de</strong>ram e nem<br />
por que.<br />
Primeiramente, vamos retomar esses conteúdos e fazer a recapitulação,<br />
que po<strong>de</strong> ser realiza<strong>da</strong> através <strong>de</strong> um Seminário e uma Oficina com confecção <strong>de</strong><br />
cartazes realiza<strong>da</strong>s por grupos <strong>de</strong> alunos que ilustrarão estes conteúdos e<br />
apresentarão para a turma com a <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> explanação. Para isso, <strong>de</strong>verão pesquisar<br />
o livro didático <strong>da</strong> oitava série e outras fontes que po<strong>de</strong>rão enriquecer o trabalho. 1<br />
1 Esta estratégia <strong>de</strong> recapitulação servirá como parâmetro para compreen<strong>de</strong>r o contexto em que o<br />
Nazismo se instalou na Alemanha.<br />
5
3.1 Reflexão<br />
Você conhece este símbolo? Já o viu antes? On<strong>de</strong>? Sabe do que se<br />
trata? O que este símbolo representa?<br />
Cruz suástica<br />
Os símbolos sempre foram usados para sensibilizar as pessoas. Muitas<br />
vezes como expressão <strong>de</strong> fé.<br />
Este símbolo sempre teve o mesmo significado na história <strong>da</strong><br />
humani<strong>da</strong><strong>de</strong>? Sempre foi representado <strong>de</strong>sta forma?<br />
Quais povos teriam usado este símbolo?<br />
Quais povos ain<strong>da</strong> usam?<br />
Pesquise: Sugestão <strong>de</strong> sites: pt.wikipédia.org/ wiki/ suástica<br />
Adolf Hitler<br />
Você já ouviu falar neste homem?<br />
6
Esta é uma <strong>da</strong>s figuras mais conheci<strong>da</strong>s <strong>da</strong> história <strong>da</strong> humani<strong>da</strong><strong>de</strong>. Com<br />
muitos seguidores e admiradores. Como conseguira isso? O que teria feito para ser<br />
tão admirado?<br />
Pesquise: sugestão <strong>de</strong> sites:<br />
http://e-biografias.net/biografias/pedro_ban<strong>de</strong>ira.php<br />
Além <strong>da</strong> sua origem, é importante conhecer a trajetória <strong>de</strong>ste “ser<br />
humano”, que jamais será esquecido e <strong>de</strong>smistificar sua figura.<br />
Para compreen<strong>de</strong>r mais facilmente como o nazismo nasceu na Europa e<br />
como se consolidou conceitue as seguintes palavras: -<br />
-Capitalismo<br />
- Socialismo<br />
-Socialismo Utópico<br />
-Socialismo Científico<br />
-Socialismo Real<br />
-Comunismo<br />
-Anticomunismo<br />
-Totalitarismo<br />
-Liberalismo<br />
-Antiliberalismo<br />
-Marxismo<br />
-Nacionalismo<br />
-Xenofobia<br />
-Racismo<br />
-Nacionalismo Xenófobo<br />
-Governo <strong>de</strong> Direita ou Esquer<strong>da</strong><br />
-Governo <strong>de</strong> Extrema Direita ou <strong>de</strong> Extrema Esquer<strong>da</strong><br />
-Social-<strong>de</strong>mocracia<br />
Este trabalho po<strong>de</strong>rá ser realizado em sala <strong>de</strong> aula, biblioteca ou mesmo<br />
na Internet, consultando sinônimos e significados nos dicionários, enciclopédias ou<br />
mesmo em livros didáticos <strong>de</strong> história ou geografia.<br />
Agora que você já tem um bom embasamento sobre acontecimentos<br />
anteriores à criação do Nazismo e já tem noção <strong>de</strong> conceitos que apareceram neste<br />
estudo, vamos tentar compreen<strong>de</strong>r o contexto <strong>da</strong> Alemanha e a trajetória <strong>de</strong>ste<br />
Regime Totalitário.<br />
7
Esta frase famosa: “Na<strong>da</strong> acima do <strong>Estado</strong>, na<strong>da</strong> fora do <strong>Estado</strong>, na<strong>da</strong><br />
contra o <strong>Estado</strong>”, fora usa<strong>da</strong> muitas vezes por lí<strong>de</strong>res fascistas. O Fascismo<br />
apareceu num período entre guerras para sustentar o capitalismo. Na Alemanha, o<br />
nazi-fascismo se <strong>de</strong>senvolveu com uma forte atitu<strong>de</strong> imperialista, como se observa<br />
no texto a seguir:<br />
3.2 Debate<br />
A doutrina fascista recusa a concepção do <strong>Estado</strong> agnóstico, privado <strong>de</strong><br />
substância própria, com objetivos particulares e alheios à vi<strong>da</strong> dos ci<strong>da</strong>dãos.<br />
Ao contrário do <strong>Estado</strong> <strong>de</strong>mocrático, o <strong>Estado</strong> fascista não po<strong>de</strong> permitir<br />
que as forças sociais sejam abandona<strong>da</strong>s a si mesmas. O fascismo<br />
compreen<strong>de</strong>u que as massas que, por tão prolongado tempo,<br />
permaneceram estranhas e hostis ao <strong>Estado</strong> <strong>de</strong>viam se uni<strong>da</strong>s e<br />
enquadra<strong>da</strong>s no <strong>Estado</strong>... É por essa razão que o <strong>Estado</strong> fascista é não<br />
somente um <strong>Estado</strong> <strong>de</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong>, mas além disso, um <strong>Estado</strong> popular,<br />
como nenhum outro jamais o foi. Não é um <strong>Estado</strong> <strong>de</strong>mocrático, no sentido<br />
antigo <strong>de</strong>ssa expressão, porque não dá soberania ao povo, mas é um<br />
<strong>Estado</strong> eminentemente <strong>de</strong>mocrático, no sentido <strong>de</strong> que penetra a massa por<br />
mil caminhos, guia-a espiritualmente, sente-lhe as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, vive-lhe a<br />
vi<strong>da</strong>, coor<strong>de</strong>na-lhe a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> [...] Segundo a concepção totalitária do<br />
fascismo, o <strong>Estado</strong> <strong>de</strong>ve presidir e dirigir a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> nacional em todos os<br />
seus setores. Nenhuma organização, quer política, quer moral, quer<br />
econômica, po<strong>de</strong> subsistir fora do <strong>Estado</strong>. (ROCCO apud MELLO &<br />
COSTA, 1999, p. 314).<br />
O texto acima foi escrito por um a<strong>de</strong>pto do fascismo italiano em 1931 e<br />
expressa a concepção fascista <strong>de</strong> <strong>Estado</strong>, que incorpora em si to<strong>da</strong>s as instituições<br />
e sufoca os indivíduos e as enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s sociais autônomas.<br />
A palavra fascismo vem <strong>de</strong> fascio, que em italiano quer dizer<br />
“feixe”,”união”. Era o antigo símbolo dos imperadores romanos. No fascismo aparece<br />
um feixe <strong>de</strong> varas amarrado a um machado e que foi usado na Itália, por Mussolini.<br />
Devido a sua origem, relembrando períodos áureos <strong>da</strong> nação italiana. Esta foi uma<br />
<strong>da</strong>s táticas usa<strong>da</strong> por lí<strong>de</strong>res fascistas no intuito <strong>de</strong> sensibilizar as pessoas, a<br />
simbologia, os rituais, os slogans, enfim usavam <strong>de</strong> ações que tocariam<br />
psicologicamente as pessoas. Num momento <strong>de</strong> <strong>de</strong>silusão, <strong>de</strong> <strong>de</strong>sesperança.<br />
Tanta na Itália quanto na Alemanha, fora usado a propagan<strong>da</strong> para fazer<br />
o marketing do sistema adotado e com isso conquistar a confiança <strong>da</strong>s pessoas.<br />
“Creio em Deus, creio no gênio <strong>de</strong> Mussolini”.<br />
8
Crianças italianas tinham que copiar <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> vezes lemas fascistas<br />
como: “Melhor viver um dia como leão que cem anos como cor<strong>de</strong>iro”.<br />
Tinham que <strong>de</strong>corar uma oração mais ou menos assim:<br />
“Creio em Deus, creio no gênio <strong>de</strong> Mussolini”.<br />
“Uma mentira repeti<strong>da</strong> mil vezes se torna uma ver<strong>da</strong><strong>de</strong>”. (Goebbels, o<br />
mestre <strong>da</strong> propagan<strong>da</strong> política <strong>de</strong> Hitler ao manipular informações).<br />
Agora analise e respon<strong>da</strong>:<br />
O que você enten<strong>de</strong> por <strong>Estado</strong>? Conceitue: O quer dizer <strong>Estado</strong><br />
agnóstico? E <strong>Estado</strong> <strong>de</strong>mocrático? Quais eram as forças sociais que <strong>de</strong>veriam ser<br />
enquadra<strong>da</strong>s no <strong>Estado</strong>, segundo este discurso? Pesquise e exponha sua opinião<br />
ao grupo:<br />
3.3 Nazismo<br />
Nos dias atuais quando se fala em Nazismo, as pessoas <strong>de</strong> meia i<strong>da</strong><strong>de</strong> se<br />
lembram <strong>de</strong> Hitler, o seu precursor e sentem repúdio por sua figura. Já os jovens <strong>da</strong><br />
atuali<strong>da</strong><strong>de</strong>, assim como a juventu<strong>de</strong> hitlerista, vêem no Führer um herói e a suástica<br />
como símbolo po<strong>de</strong>r. Mas quem ele era? A figura dócil, carismática e educa<strong>da</strong> que<br />
aparece no filme A Que<strong>da</strong>? Homem sensível que pintava quadros?<br />
Certamente carisma e perspicácia não lhe faltavam. Era digno <strong>de</strong> uma<br />
inteligência brilhante e criativa. Teve assessores leais a sua causa, inclusive um<br />
marqueteiro <strong>de</strong> plantão e uma secretaria particular muito fiel e companheira.<br />
Conseguiu conquistar a confiança <strong>da</strong>s pessoas, principalmente dos jovens alemães.<br />
Aproveitou-se <strong>da</strong> fragili<strong>da</strong><strong>de</strong> do povo que li<strong>de</strong>rava, num momento em que as<br />
frustrações pelas per<strong>da</strong>s, não só materiais, mas também morais passaram a fazer<br />
parte do seu cotidiano e apelou para o nacionalismo como tábua <strong>de</strong> salvação.<br />
Prometendo reconstruir o que a guerra arrasou; recuperar territórios perdidos pelo<br />
Tratado <strong>de</strong> Versalhes; fortalecer a economia que outrora fora pródiga; fortalecer o<br />
<strong>Estado</strong> e não permitir o avanço do socialismo pelos comunistas.<br />
Enfim, fazer <strong>da</strong> Alemanha, um país próspero como era antes <strong>da</strong> guerra.<br />
Apelou para o discurso (era um excelente orador), <strong>de</strong> que a digni<strong>da</strong><strong>de</strong> do povo<br />
ariano tinha que ser restaura<strong>da</strong>. Enfim, suas táticas foram certeiras para alcançar<br />
9
seus objetivos.<br />
Mas, como chegou ao po<strong>de</strong>r?<br />
Veremos mais a diante:<br />
3.4 Contextualizando<br />
Para enten<strong>de</strong>r como Nazismo nasceu na Alemanha é preciso conhecer o<br />
contexto do país nesta época.<br />
Participara <strong>da</strong> Primeira Guerra Mundial juntamente com a Áustria- Hungria<br />
enfrentando a princípio a França, Grã- Bretanha e Rússia e mais tar<strong>de</strong> muitos outros<br />
países tiveram que se posicionar a favor ou contra os grupos formados. Per<strong>de</strong>ra a<br />
Guerra que durou quatro anos e <strong>de</strong>pois disso fora julgado e obrigado a cumprir as<br />
regras <strong>de</strong> um Tratado realizado pelos países que se sentiram lesados por essa<br />
guerra sangrenta e <strong>de</strong>sgastante.<br />
Além <strong>da</strong>s per<strong>da</strong>s materiais e humanas que tivera, teria segundo este<br />
tratado que diminuir seus exércitos, reduzir a marinha e aceitar a proibição do<br />
funcionamento <strong>da</strong> aeronáutica e <strong>de</strong> fabricação <strong>de</strong> armamentos. Fora também<br />
obriga<strong>da</strong> a <strong>de</strong>volver territórios anexados e a pagar in<strong>de</strong>nizações altíssimas aos<br />
países vencedores.<br />
O cumprimento do Tratado enterrou a economia do país que já estava<br />
abala<strong>da</strong> em conseqüência dos gastos com a guerra. Nas duas déca<strong>da</strong>s seguintes a<br />
Alemanha sofreu problemas financeiros e morais como <strong>de</strong>semprego, inflação e<br />
<strong>de</strong>svalorização <strong>de</strong> sua moe<strong>da</strong>. Diante <strong>de</strong>ste quadro surgiu um sentimento <strong>de</strong><br />
revanchismo por parte do povo alemão que se sentia humilhado com essa situação.<br />
Um país que tivera sido outrora uma superpotência tinha agora que recuperar sua<br />
economia e ain<strong>da</strong> assumir to<strong>da</strong> a culpa pela guerra. Motivos que causaram<br />
<strong>de</strong>sencanto político na população alemã e fez eclodir movimentos e a criação <strong>de</strong><br />
partidos extrema direita por parte principalmente <strong>de</strong> membros que faziam parte do<br />
partido majoritário alemão (Liga <strong>de</strong> Spartacus). Estes se retiraram do governo e<br />
fun<strong>da</strong>ram o Partido Comunista.<br />
As idéias bolcheviques passaram a ecoar fortemente no seio do<br />
proletariado, sensível a teses revolucionárias...<br />
10
O que era a Liga <strong>de</strong> Spartacus? Por que tinha esse nome?<br />
Quem eram estes lí<strong>de</strong>res? O que aconteceu com eles?<br />
Conseguiram alcançar seus i<strong>de</strong>ais?<br />
Pesquise e construa uma narrativa histórica com suas conclusões:<br />
... A República cria<strong>da</strong> no final <strong>da</strong> guerra, que era composta por um<br />
parlamento, o Reichstag (Assembléia), composto por representantes dos <strong>Estado</strong>s.<br />
Suas principais tendências políticas eram: Partido Nacional, dos gran<strong>de</strong>s<br />
proprietários; Partido Democrata e Partido Populista, <strong>da</strong> gran<strong>de</strong> burguesia<br />
capitalista; Partido Centro Católico dos pequenos proprietários do sul e oeste e o<br />
Partido Social-Democrata, dos operários marxistas e sindicalizados.<br />
Assim, entre 1924 e 1929, a República Weimar que passara por<br />
dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s no seu início com um país <strong>de</strong>vastado, sem condições <strong>de</strong> exercer a<br />
<strong>de</strong>mocracia plena por falta <strong>de</strong> bases sóli<strong>da</strong>s, tem um período <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.<br />
Mas, mesmo retomando o <strong>de</strong>senvolvimento político e industrial, o país<br />
sofria com o elevado índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego e as altíssimas taxas inflacionárias, que<br />
faziam multiplicar os protestos contra o governo e as greves dos trabalhadores.<br />
Entusiasmados com o exemplo <strong>da</strong> Revolução Russa, importantes setores do<br />
operariado alemão protestavam contra a exploração capitalista, em movimentos<br />
organizados pelo Partido Social Democratas (SPD) e pelo Partido Comunista<br />
Alemão (KPD).<br />
Hitler filiou-se ao Partido dos Trabalhadores Alemães, fun<strong>da</strong>do em janeiro<br />
<strong>de</strong> 1919 e que no ano seguinte passaria a se chamar Partido Nacional Socialista dos<br />
Trabalhadores Alemães. Pouco tempo <strong>de</strong>pois, em julho <strong>de</strong> 1921, Hitler tornou-se<br />
chefe absoluto <strong>de</strong>sse partido. Com as letras iniciais do nome do partido foi forma<strong>da</strong> a<br />
sigla NAZI, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> vem o nazismo.<br />
Depois <strong>de</strong> conturba<strong>da</strong> atuação e aparente estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, a República <strong>de</strong><br />
Weimar começa a sentir os efeitos <strong>da</strong> crise <strong>de</strong> 1929 e conseqüentemente <strong>da</strong> Gran<strong>de</strong><br />
Depressão <strong>de</strong> 1930, que começara nos EUA e se esten<strong>de</strong>ra por todo o mundo<br />
capitalista.<br />
Com a crise mundial, aguçou as tendências comunistas e as<br />
nacionalistas. Monarquistas conservadores e empresários se articulavam. Pensavam<br />
usar Hitler em proveito próprio. Isto facilitou sua ascensão ao cargo <strong>de</strong> chanceler em<br />
1933. Sendo que antes disso tentara um golpe <strong>de</strong> <strong>Estado</strong> que não <strong>de</strong>u certo e<br />
cumprira oito meses <strong>de</strong> prisão por isso.<br />
11
Na ca<strong>de</strong>ia escreveu Mein Kamppf (“Minha luta”), obra que se tronaria o<br />
livro sagrado do nazismo, on<strong>de</strong> fora sistematiza<strong>da</strong> a doutrina nazista.<br />
Nazista.<br />
Quando saiu <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia Hitler <strong>de</strong>dicou-se ao crescimento do Partido<br />
O nazismo foi difundido por meio do talento oratório <strong>de</strong> Hitler, <strong>da</strong>s<br />
publicações do partido e do uso <strong>de</strong> meios espetaculares para influenciar a opinião<br />
pública, como gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sfiles militares e a adoção <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> ritos<br />
pomposos que manifestaram noções <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m, firmeza, disciplina e força.<br />
Depois <strong>de</strong> assumir o cargo <strong>de</strong> chanceler, em 30 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1933, Hitler<br />
empenhou-se em fortalecer o po<strong>de</strong>r alcançado.<br />
Os principais métodos utilizados pelo nazismo foram a violência brutal ou<br />
opressiva contra opositores, bem como maciça propagan<strong>da</strong> junto às massas<br />
populares.<br />
Em 27 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1933, grupos nazistas, a mando <strong>de</strong> Hitler,<br />
incendiaram secretamente a se<strong>de</strong> do parlamento alemão. O incêndio, entretanto, foi<br />
atribuído ao Partido Comunista. Era o pretexto <strong>de</strong> que Hitler precisava para <strong>de</strong>cretar<br />
a suspensão <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> política dos partidos marxistas e dos jornais<br />
socialistas.<br />
Em março, do mesmo ano, o Partido Nazista obteve nova vitória nas<br />
eleições para o Reichstag e Hitler conseguiu que o presi<strong>de</strong>nte Hin<strong>de</strong>nburg<br />
<strong>de</strong>cretasse a dissolução do partido alemão. Então, o po<strong>de</strong>r Legislativo passou a ser<br />
exercido pelo Executivo. Promulgaram-se leis reestruturando a administração<br />
pública do <strong>Estado</strong>, com objetivo <strong>de</strong> excluir <strong>da</strong> administração todos os funcionários<br />
que fossem a<strong>de</strong>ptos do nazismo.<br />
Com po<strong>de</strong>res <strong>de</strong> exceção, Hitler suprimiu todos os partidos políticos,<br />
exceto o nazista; dissolveu os sindicatos; cassou o direito <strong>de</strong> greve; fechou os<br />
jornais <strong>de</strong> oposição; estabeleceu a censura à imprensa; implantou, por intermédio<br />
<strong>da</strong>s AS, SS e Gestapo (polícia política), um terror policial; passou a perseguir os<br />
ju<strong>de</strong>us e outros grupos humanos consi<strong>de</strong>rados inferiores ou que se opunham ao<br />
nazismo.<br />
Com a morte do presi<strong>de</strong>nte Hin<strong>de</strong>nburg, Hitler assumiu o título <strong>de</strong> Führer<br />
(guia), acumulando as funções <strong>de</strong> chanceler e <strong>de</strong> presi<strong>de</strong>nte. Nessas condições<br />
anunciou ao mundo a fun<strong>da</strong>ção do III Reich (Terceiro Império) alemão...<br />
Pesquise: o que era a Gestapo, como funcionava, quem fazia parte, quais<br />
12
suas ações.<br />
O que eram a SA e a SS, sucessivamente.<br />
Por que III Reich, outros teriam existido antes?<br />
Escreva quais impressões teve com esta pesquisa.<br />
Sugestão <strong>de</strong> filme: Olga<br />
...Então Hitler que se auto<strong>de</strong>nominou o guia <strong>da</strong> nação alemã e massacrou<br />
opositores, como tinha sistematizado no livro que escrevera na ca<strong>de</strong>ia ”Minha Luta”.<br />
Começou a perseguir os ju<strong>de</strong>us, negros, eslavos, homossexuais e outros que<br />
consi<strong>de</strong>rava como inferiores à raça ariana, <strong>da</strong> qual professava originar o povo<br />
alemão que seria superior aos outros.<br />
Quanto ao sistema educacional está escrito em Mein Kampf (Minha Luta):<br />
“O povo alemão, hoje <strong>de</strong>struído, morrendo, entregue, sem <strong>de</strong>fesa, aos pontapés do<br />
resto do mundo, tem a absoluta necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> força que a confiança em si<br />
proporciona. Todo o sistema educacional <strong>de</strong>ve ter como objetivo <strong>da</strong>r às crianças <strong>de</strong><br />
nosso povo a certeza <strong>de</strong> que são superiores aos outros povos”.<br />
Os professores nas escolas alemãs tinham que prestar juramento <strong>de</strong><br />
fi<strong>de</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> ao Führer e difundir a doutrina nazista em suas aulas.<br />
Além <strong>da</strong>s escolas, havia as associações educativas, com o por exemplo,<br />
a juventu<strong>de</strong> hitlerista, que organizava entre outros jovens alemães, diversas<br />
competições esportivas, reuniões políticas e exercícios <strong>de</strong> preparação para guerra.<br />
agiam e por que:<br />
Pesquise e discuta com seus colegas sobre a Juventu<strong>de</strong> hitlerista. Como<br />
“To<strong>da</strong> a ação é <strong>de</strong>signa<strong>da</strong> em termos do fim que se preten<strong>de</strong> atingir”. Ou<br />
seja: ”o fim justifica os meios”. Maquiavel<br />
No livro O Príncipe, Maquiavel cita algumas frases como a que<br />
apresentamos acima e afirma ser a história a mestra dos atos humanos,<br />
especialmente dos governantes, e que o mundo sempre foi habitado por homens<br />
com as mesmas paixões, sempre existindo governantes e governados, bons e maus<br />
súditos. Aqueles que se rebelam <strong>de</strong>vem, portanto ser punidos.<br />
comportamento?<br />
Para refletir:<br />
Teria Hitler se inspirado em Maquiavel quando agiu com tal<br />
Para ilustrar o conteúdo abor<strong>da</strong>do, cita-se trecho do livro <strong>de</strong> iniciação à<br />
Filosofia, Pensando Melhor:<br />
13
A morte do amor<br />
Em 1933, Hitler estava com 43 anos e exercia um fascínio alucinado na<br />
população alemã. O nazismo havia tirado <strong>da</strong>s ruínas a economia do país e<br />
ele se movimentava com <strong>de</strong>senvoltura no papel <strong>de</strong> salvador <strong>da</strong> pátria.<br />
Despertava furor incontrolável entre as mulheres. Não era para menos: uma<br />
economia forte e uma i<strong>de</strong>ologia simplista <strong>de</strong>volviam aos alemães o prestígio<br />
ufanista que a <strong>de</strong>rrota na Primeira Guerra Mundial havia tirado.<br />
Ju<strong>de</strong>u, comunista e médico psiquiatra, Wilhelm Reich traduzia atentamente<br />
as causas <strong>da</strong> ascensão nazista num livro que lançou poucos meses antes<br />
<strong>da</strong>quela visita do chanceler Hitler. No Psicologia <strong>de</strong> massas do fascismo,<br />
Reich ia ao centro <strong>da</strong> questão.<br />
[Para ele], o respaldo <strong>de</strong> Hitler tinha suas raízes no apelo com que sua<br />
i<strong>de</strong>ologia manipulava o lado emocional e místico <strong>da</strong>s massas, através <strong>de</strong><br />
uma eficiente propagan<strong>da</strong> <strong>de</strong> dogmas raciais. A teoria racial era chave para<br />
a compreensão do sucesso nazista. Ela garantia a pureza do sangue<br />
alemão. Aquele povo que se recuperou tão bem e tão rapi<strong>da</strong>mente <strong>da</strong>s<br />
ruínas <strong>de</strong>veria ser especial. (LA BOÉTIE apud SÁTIKO & WUENSCH,1997,<br />
p. 289)<br />
Para o estudo do momento histórico em que Hitler colocou em prática sua<br />
i<strong>de</strong>ologia nazista, é preciso analisar o contexto que fez com que se chegasse ao<br />
genocídio, como solução final.<br />
Sempre que se consultar qualquer arquivo histórico sobre a origem do<br />
nazismo, o principal argumento é que Adolf Hitler buscava incessantemente o<br />
sucesso <strong>de</strong> seus três erres: reich (império); raun (território); e rasse (raça).<br />
O primeiro se referia ao resgate do nacionalismo alemão abalado no final<br />
<strong>da</strong> Primeira Gran<strong>de</strong> Guerra. O segundo era a conquista <strong>de</strong> territórios tomados <strong>da</strong><br />
própria Alemanha em virtu<strong>de</strong> <strong>da</strong> per<strong>da</strong> <strong>da</strong> guerra e o terceiro era a busca <strong>de</strong> uma<br />
raça pura <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> por ele ariana, segundo a qual somente os alemães mais<br />
fortes <strong>de</strong>veriam sobreviver.<br />
O resultado <strong>de</strong> to<strong>da</strong> essa planificação foi uma atroci<strong>da</strong><strong>de</strong> sem<br />
prece<strong>de</strong>ntes em nossa história, com resultados aterrorizantes e assustadores. Como<br />
o que foi chamado <strong>de</strong> “A solução final”.<br />
Solução Final ou Solução Final <strong>da</strong> questão Ju<strong>da</strong>ica refere-se ao plano<br />
nazista <strong>de</strong> genocídio sistemático contra a população ju<strong>da</strong>ica, durante a Segun<strong>da</strong><br />
Guerra Mundial.<br />
O termo foi criado por Adolf Eichmann, oficial alemão capturado, julgado e<br />
executado pelas autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s israelenses em 1961-62.<br />
A implementação <strong>da</strong> Solução Final é consi<strong>de</strong>rado um dos aspectos mais<br />
hediondos do Holocausto, resultado do pensamento nazista <strong>de</strong> que os ju<strong>de</strong>us eram<br />
um problema na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> européia e por isso <strong>de</strong>veriam ser eliminados.<br />
A palavra holocausto <strong>de</strong> origem grega, quer dizer queimado e tem origens<br />
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emotas em sacrifícios e rituais religiosos <strong>da</strong> antigüi<strong>da</strong><strong>de</strong>, em que animais eram<br />
oferecidos às divin<strong>da</strong><strong>de</strong>s, sendo completamente queimados durante a noite para que<br />
ninguém visse. Neste caso holocausto quer dizer cremação <strong>de</strong> corpos. Este tipo <strong>de</strong><br />
sacrifício também foi praticado por tribos ju<strong>da</strong>icas, como evi<strong>de</strong>ncia no livro do Êxodo,<br />
capítulo 18, versículo 12: Então, Jefro, sogro <strong>de</strong> Moisés, trouxe holocausto e<br />
sacrifícios para Deus.<br />
A partir do séc.XIX, a palavra holocausto passou a <strong>de</strong>signar gran<strong>de</strong>s<br />
catástrofes e massacres, até que após a Segun<strong>da</strong> Guerra Mundial o termo<br />
Holocausto (com inicial maiúscula) passou a ser utilizado especificamente para se<br />
referir ao extermínio <strong>de</strong> milhões <strong>de</strong> ju<strong>de</strong>us e outros grupos consi<strong>de</strong>rados in<strong>de</strong>sejados<br />
pelo regime nazista <strong>de</strong> Adolf Hitler.<br />
A maior parte dos exterminados era judia, mas também havia militantes<br />
comunistas, homossexuais, ciganos, eslavos, <strong>de</strong>ficientes motores, <strong>de</strong>ficientes<br />
mentais, prisioneiros <strong>de</strong> guerra soviéticos, membros <strong>da</strong> elite intelectual polaca, russa<br />
e <strong>de</strong> outros países do Leste Europeu, além <strong>de</strong> ativistas políticos, testemunhas <strong>de</strong><br />
Jeová, alguns sacerdotes católicos e sindicalistas, pacientes psiquiátricos e<br />
criminosos <strong>de</strong> <strong>de</strong>lito comum.<br />
Estima-se que o número <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong>sapareci<strong>da</strong>s, mortas e<br />
assassina<strong>da</strong>s durante o conflito soma cerca <strong>de</strong> seis milhões.<br />
Tudo isso foi comprovado através <strong>de</strong> documentos apresentados durante o<br />
julgamento <strong>de</strong> Nuremberg, on<strong>de</strong> os criminosos responsáveis por essa barbárie foram<br />
julgados e con<strong>de</strong>nados.<br />
As teses racistas e anti-semitas <strong>de</strong> Adolf Hitler e seus objetivos para a<br />
Alemanha ficaram patentes no livro que escrevera em 1924 ”Mein Kampf” (minha<br />
luta), e também foram analisa<strong>da</strong>s no mesmo tribunal.<br />
auto<strong>de</strong>nominava)<br />
Para pesquisar, refletir e <strong>de</strong>bater:<br />
Por que justamente estes grupos foram perseguidos?<br />
O que faziam que incomo<strong>da</strong>va o Führer? (chefe supremo, como Hitler se<br />
Será que o nazismo é um assunto do passado?<br />
Você já ouviu falar em neonazistas? Pesquise e apresente para a turma<br />
suas conclusões sobre esta pesquisa.<br />
Sugestão <strong>de</strong> filme: A outra história americana.<br />
Hitler, o precursor do nazismo também foi julgado no Tribunal <strong>de</strong><br />
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Nuremberg? Ele estava presente? Como acabou seus dias? Pesquise, respon<strong>da</strong> e<br />
justifique sua resposta:<br />
Muitos foram os campos <strong>de</strong> Extermínio, <strong>de</strong>scubra os nomes e localização<br />
<strong>de</strong>stes e como eram reconhecidos segundo a simbologia usa<strong>da</strong>:<br />
Quais eram as condições <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> nos campos <strong>de</strong> concentração? Faça<br />
uma narrativa <strong>de</strong>talha<strong>da</strong> sobre o assunto após pesquisá-lo em livros didáticos ou na<br />
Internet:<br />
Sugestão <strong>de</strong> Romances, biografias e ví<strong>de</strong>os:<br />
- FEST, Joachim. Hitler. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Nova Fronteira, 1996.<br />
Biografia <strong>de</strong> Hitler que fornece ampla visão do processo <strong>de</strong> ascensão do<br />
nazismo, com ênfase especial no período que vai <strong>da</strong> sua fun<strong>da</strong>ção até o início <strong>da</strong><br />
Segun<strong>da</strong> Guerra Mundial.<br />
Louis Malle.)<br />
- A<strong>de</strong>us meninos (França/Alemanha, 1987, 103 min., Globo Ví<strong>de</strong>o. Dir:<br />
Baseado nas reminiscências <strong>de</strong> infância do diretor, o filme mostra o<br />
cotidiano <strong>de</strong> um colégio interno na França ocupa<strong>da</strong> por Hitler, em 1944. Os alunos<br />
<strong>de</strong>nunciados por serem ju<strong>de</strong>us são levados do colégio pelos nazistas.<br />
Peter Cohen.)<br />
- Arquitetura e Destruição (Suécia, 1989, 121 min. Play Art Films. Dir.:<br />
Documentário sobre a importância <strong>de</strong> um padrão estético na construção e<br />
na manutenção <strong>da</strong> i<strong>de</strong>ologia nazista <strong>de</strong> Hitler, na Alemanha <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1930.<br />
Michael Verhoeven.)<br />
- Uma ci<strong>da</strong><strong>de</strong> sem passado (Alemanha, 1989, 111 min., globo Ví<strong>de</strong>o. Dir.:<br />
Uma garota <strong>de</strong>scobre a colaboração dos moradores <strong>de</strong> sua ci<strong>da</strong><strong>de</strong> com o<br />
nazismo. Ao fazer uma pesquisa escolar sobre o tema, ela esbarra na burocracia e<br />
no cinismo <strong>da</strong>s pessoas que <strong>de</strong>sejam apagar o passado.<br />
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4 CONCLUSÃO<br />
Este trabalho: Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> Didática sobre o Nazismo será com certeza <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong> valia no trabalho do professor <strong>de</strong> História, na oitava série do ensino<br />
Fun<strong>da</strong>mental. Por se tratar <strong>de</strong> um assunto tão sério que <strong>de</strong>ve ser entendido e não<br />
mais repetido é necessário que haja gran<strong>de</strong> exploração do mesmo no sentido <strong>de</strong><br />
sensibilizar e conscientizar os jovens e evitar que sejam manipulados por grupos<br />
neonazistas ou outros que ajam <strong>da</strong> mesma forma.<br />
Juntamente com este assunto po<strong>de</strong>-se explorar as questões “raciais”,<br />
sociais ou <strong>de</strong> gênero e as discriminações em contextos atuais.<br />
Po<strong>de</strong>-se explorar a Declaração dos Direitos Humanos que foi cria<strong>da</strong> com<br />
a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> que crimes hediondos não mais acontecessem. E o que é bom<br />
lembrar: “Déca<strong>da</strong>s antes <strong>de</strong> isso tudo acontecer”.<br />
Enfim, este material didático traz reflexões importantes e instigadoras que<br />
po<strong>de</strong>m sensibilizar os educandos, tornando-os mais interessados nas questões<br />
sociais e contribuindo para a ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia dos mesmos. Tornando o trabalho com a<br />
disciplina <strong>de</strong> História mais significativa para os mesmos.<br />
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5 REFERÊNCIAS<br />
ARANHA, Maria Lúcia <strong>de</strong> Arru<strong>da</strong>; MARTINS, Maria Helena pires. Temas <strong>de</strong><br />
Filosofia. São Paulo: Editora Mo<strong>de</strong>rna, 1998.<br />
BARROS, José D’Assunção. O campo <strong>da</strong> história: especiali<strong>da</strong><strong>de</strong>s e abor<strong>da</strong>gens.<br />
Petrópolis: Vozes, 2004.<br />
HOBSBAWM, Eric J. A era dos extremos: o breve século XX. São Paulo:<br />
Companhia <strong>da</strong>s Letras, 2002<br />
MELLO, Leonel Itaussu; COSTA, César Amad. História Mo<strong>de</strong>rna e<br />
Contemporânea. São Paulo: Scipione, 1999.<br />
SÁTIKO, Angélica; WUENSCH, Ana Miriam. Pensando melhor: Iniciação ao<br />
filosofar. São Paulo: Saraiva, 1997.<br />
SEED. Diretrizes Curriculares Para o Ensino <strong>de</strong> História na Educação Básica.<br />
Governo do <strong>Estado</strong> do Paraná, 2007.<br />
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