CAPÍTULO 1 A FOTOGRAFIA - WordPress.com
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é a natureza técnica do processo fotográfico, o princípio elementar da<br />
impressão luminosa regida pelas leis da física e da química. Em primeiro<br />
lugar, o traço, a marca (...) isso significa que a fotografia aparenta-se <strong>com</strong> a<br />
categoria dos signos (..) todos esses sinais têm em <strong>com</strong>um o fato de serem<br />
realmente afetados por seu objeto (DUBOIS, 1994. p. 50) 83 .<br />
Também é possível observar que esse traço indicial, marca apenas um momento do<br />
processo fotográfico. Para Dubois, antes e depois desse momento de impressão da imagem<br />
sobre a superfície, existem<br />
gestos <strong>com</strong>pletamente culturais, codificados, que dependem inteiramente de<br />
escolhas e de decisões humanas”. Antes, entram a escolha do sujeito, o tipo<br />
de equipamento usado, o tipo de filme, a exposição escolhida (relação<br />
abertura/ velocidade), o ângulo de visão... Depois, vamos desde a forma<br />
<strong>com</strong> que o material é revelado e copiado até <strong>com</strong>o entra e circula nos<br />
circuitos de difusão. Assim, é somente entre uma série de códigos, apenas<br />
no instante da exposição propriamente dita, que a foto pode ser considerada<br />
<strong>com</strong>o uma mensagem sem código – um traço (DUBOIS, 1994. p. 51) 84 .<br />
Dessa forma, retomando Barthes (1984), uma fotografia será sempre um indicativo da<br />
existência de algo. Sempre estará dizendo “ olhe”, “é isso”, “está aqui”. A fotografia será<br />
sempre um testemunho (um atestado de presença) da existência de uma da realidade, embora<br />
jamais o seja de seu sentido.<br />
83 DUBOIS, P. Op. Cit. 1994. P 50<br />
84 DUBOIS, P. Op. Cit. 1994. P.51.<br />
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