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práticas mecânicas

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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ESTRATÉGIA E<br />

PLANEJAMENTO DA CONSERVAÇÃO DA ÁGUA<br />

- Escolha dos métodos e <strong>práticas</strong> de conservação.<br />

Práticas Vegetativas<br />

Práticas Edáficas<br />

Práticas Mecânicas


- Florestamento e reflorestamento<br />

PRÁTICAS VEGETATIVAS<br />

- Plantas de cobertura; adubação verde<br />

- Cobertura morta<br />

Crotalária júncea florescida no campo.<br />

www.iac.sp.gov.br/Tecnologias /Crotalaria/Crotalaria.htm.<br />

Cobertura morta em plantio direto de soja.<br />

www.agrisus.org.br/foto.asp?cod=12.


- Combinação de culturas<br />

Sistema agroflorestal envolvendo pinus, erva-mate e<br />

soja aos dois anos e meio após a implantação.<br />

http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Ervamate/CultivodaErvaMate<br />

- Rotação de culturas: É uma prática prática já bastante bastante difundida difundida principalmente principalmente para que os nutrientes do solo se<br />

recomponham. Propicia uma maior maior cobertura, melhora as condições físicas do solo, reduz a erosão e enxurrada<br />

desde que a área em descanso esteja recoberta por uma vegetação rasteira para que a água da chuva não impacte o<br />

solo desnudo.<br />

Colheita de soja seguida de plantio de<br />

milho em Sorriso (MT).<br />

www.agrisus. org.br/foto. Créditos: Grupo Pinesso.


- Manejo de pastagem / Controle de pastoreio : Consiste em retirar o gado de uma<br />

pastagem quando as plantas ainda recobrem toda área. O pasto mal conduzido, pelo<br />

contrário, torna-se uma das maiores causas de degradação de terras agrícolas.<br />

Pastagem exaurida e degradada.


- Ressemeio: Prática usada em pastagem para repovoar as áreas descobertas,<br />

protegendo o solo da erosão por impacto.<br />

- Ceifa do mato: Prática usada em fruticultura em que capinas são substituídas por ceifa,<br />

permanecendo o sistema radicular que aumenta a resistência à desagregação do solo.<br />

- Manejo do mato e alternância de capinas: É a prática usada em fruticultura, em<br />

que linhas de plantas niveladas são capinadas alternadamente, criando obstáculos ao<br />

escoamento superficial.


Quebra-vento e Bosque sombreador: Quebra-ventos arbóreos são barreiras constituídas de renques<br />

de árvores dispostos em direção perpendicular aos ventos dominantes com a finalidade de reduzir a<br />

velocidade do vento e, em maciços no meio do pasto, como Bosque sombreador, melhorando as<br />

condições ambientais para o desenvolvimento das culturas e da pecuária.<br />

Diferentes situações de emprego de quebra-vento e bosque sombreador em pastagem.<br />

Diferentes situações de emprego de Quebra-vento e Bosque sombreador em pastagem


Plantio em faixa de retenção / Cordões de vegetação permanente: são fileiras de plantas<br />

perenes de crescimento denso, de largura específica, dispostas em contorno e niveladas entre<br />

faixas de rotação. Plantas mais utilizadas: cana-de-açúcar, capim-vetiver, erva-cidreira, capimgordura,<br />

capim elefante, etc. São utilizados em áreas com acentuada inclinação, profundidade rasa<br />

e dificuldade de usar moto-mecanização pela existência de pedras na superfície do solo. Estes<br />

cordões são pequenos terraços de base estreita, demarcados em nível ou desnível, com capim<br />

plantado sobre o camalhão. Diminui em até 80% as perdas de terra e adubo.<br />

Cordões de vegetação permanente.


PRÁTICAS EDÁFICAS<br />

- Cultivo de acordo com a capacidade de uso do solo: as terras devem ser utilizadas em função<br />

da sua aptidão agrícola, que pressupõe a disposição adequada de florestas/reservas, cultivos<br />

perenes, cultivos anuais, pastagens, etc, racionalizando, assim, o aproveitamento do potencial das<br />

áreas e sua conservação.<br />

- Adubação (verde, química e orgânica) e Calagem: como parte de uma agricultura racional, estas<br />

<strong>práticas</strong> proporcionam melhoramento do sistema solo, no sentido de se dispor de uma plantação<br />

mais produtiva e protetora das áreas agrícolas. No interior do solo, se dá um enriquecimento em<br />

matéria orgânica, tornando-o poroso, capaz de absorver e reter grande quantidade de água e, além<br />

disso, a decomposição das raízes das plantas forma galerias no solo, aumentando a infiltração da<br />

água, melhorando a estrutura do solo pela adição de matéria orgânica, contribuindo assim, para a<br />

retenção de água e diminuição da velocidade de escoamento da enxurrada pelo aumento do atrito na<br />

superfície.


Uso criterioso do fogo: o fogo, apesar de ser uma das maneiras mais fáceis e econômicas de<br />

limpar o terreno, quando aplicado indiscriminadamente é um dos principais fatores de degradação<br />

do solo e do ambiente. Assim, em condições em que o uso dessa prática é indispensável, por falta<br />

de estrutura, recurso financeiro ou outras razões, a queima de forma controlada e criteriosa deve<br />

diminuir os efeitos negativos intrínsecos dessa antiga prática agrícola.<br />

Efeito da queimada de restos de cultura.<br />

Fonte:http://www.semarh.df.gov.br/semarh/site/cafuringa/ Sec07/Sec_07_03.htm.


PRÁTICAS MECÂNICAS<br />

Preparo do solo, plantio e <strong>práticas</strong> mecanizadas executadas em curva de nível: É a primeira<br />

medida a ser adotada e uma das mais simples e de grande eficiência. Neste método todas as<br />

operações de preparo do terreno, balizamento, semeadura, etc, são realizadas em curva de nível.<br />

No cultivo em nível ou contorno ocorre a formação de pequenos camalhões sobre o terreno que,<br />

juntamente com o cultivo, servirá de obstáculo à formação de escorrimento, retardando o fluxo,<br />

incrementando a infiltração da água no solo. Este pode ser considerado um dos princípios básicos,<br />

constituindo-se em uma das medidas mais eficientes na conservação da água e solo<br />

Plantio e <strong>práticas</strong> culturais mecanizadas (colheita) executadas em curva de nível.


Cultivo mínimo: É o uso minimizado de máquinas agrícolas sobre o solo, com a finalidade de menor<br />

revolvimento e compactação.<br />

Carreadores e estradas planejadas: A distribuição racional dos caminhos pressupõe colocá-los, ao<br />

máximo do sentido do contorno fazendo-os funcionarem como verdadeiros terraços, ajudando a<br />

defender as culturas contra erosão. Planeja-se também um menor numero possível de carreadores em<br />

pendente, que fazem ligação entre os nivelados. O planejamento dessas vias deve ser feito juntamente<br />

com do sistema de terraços, buscando-se possibilitar acesso a todas a áreas de produção, durante<br />

todo o ano.<br />

Plantio direto: É a implantação de uma cultura diretamente sobre a resteva de outra, com a finalidade<br />

de manter o solo coberto, evitando o impacto da gota da chuva.<br />

Cobertura morta em sistema de plantio direto de milho.


Terraceamento: Os terraços são sulcos ou valas construídas transversalmente à direção do maior<br />

declive, com a função de controlar a erosão e aumentar a penetração da água no solo. Os objetivos dos<br />

terraços são:<br />

1. Diminuir a velocidade e volume da enxurrada.<br />

2. Diminuir as perdas de solo, sementes e adubos.<br />

3. Aumentar a infiltração de água aumentando a umidade no solo e a recarga da água subterrânea.<br />

4. Reduzir o pico de descarga dos cursos d’água.<br />

5. Amenizar a topografia e melhorar as condições de mecanização das áreas agrícolas.<br />

O terraceamento (exige investimentos), deve ser usado apenas quando não é possível controlar a<br />

erosão em níveis satisfatórios com a adoção de outras <strong>práticas</strong> mais simples de conservação do solo.<br />

No entanto, o terraceamento é fundamental em locais onde é comum a ocorrência de chuvas cuja<br />

intensidade e volume superam a capacidade de infiltração da água do solo e onde outras <strong>práticas</strong><br />

conservacionistas são insuficientes para controlar a enxurrada.<br />

Terraceamento em área declivosa.


A<br />

D<br />

B C<br />

Cordões de contorno, localizado na parte alta da encosta, construído com arado de tração animal. A<br />

terra é deixada abaixo da vala, dando uma forma de camalhão, para aumentar a eficiência na<br />

contenção das águas. (B e C) Detalhe do Cordão de contorno seco e após uma chuva,<br />

respectivamente; (D e E) Cordões de contorno, após uma chuva e secos, respectivamente,<br />

construídos em encosta íngreme de pastagem. www.saaevicosa.com.br/cmcn/artigo.htm.<br />

E


Bacias de retenção ou Caixas de captação<br />

Como os terraços em desnível não têm a capacidade e nem a função de reter toda a água escoada,<br />

mas sim de transportá-la em segurança, o uso de bacias de retenção ou caixas de captação nas<br />

extremidades torna-se necessário para o armazenamento da enxurrada. São buracos construídos no final<br />

dos terraços, cordões de contorno, etc, e, também, às margens de estradas e carreadores, que tem a<br />

função de receber o fluxo infiltrá-lo lentamente, no seu fundo ou liberá-lo gradativamente, para os<br />

desaguadouros ou caixas de recepção, em seqüência.<br />

A<br />

C D<br />

(A e B) da construção e a caixa de captação terminada e; (C e D) caixas de captação em seqüência,<br />

secas e inundadas. www.saaevicosa.com.br/cmcn/artigo.htm.<br />

B


Canais escoadouros ou canais de deságüe vegetados<br />

Há, ainda, situações em que a água da enxurrada dos terraços pode escoar pelas laterais da<br />

área dispensando as bacias de retenção sendo substituídas por canais escoadouros ou canais de<br />

deságüe vegetados.<br />

São estruturas naturais (depressões) ou especialmente construídas e localizadas, protegidas<br />

por vegetação nativa, com dimensão suficiente para conduzi o fluxo coletado até as partes baixas do<br />

terreno, sem perigo de erosão em seu leito. Normalmente procura-se aproveitar as depressões<br />

naturais, áreas de pasto ou bordas de matos, bosques ou zonas arbustivas. Essas estruturas são<br />

muito usadas em associação com curvas em desnível para regiões de baixa infiltração.<br />

Outras estruturas de dissipação de energia da enxurrada<br />

Por fim, para o recebimento da enxurrada dos terraços podem ser utilizadas outras estruturas de<br />

dissipação de energia da enxurrada, como pré-moldados criando uma escada de dissipação, etc.<br />

Convém ressaltar que os custos totais poderão ser bem mais elevados, ficando a decisão ser<br />

embasada pela orientação do profissional da área.


Subsolagem: É o rompimento de compactação sub-superficial. Quebra-se a camada profunda<br />

adensada (pé de arado ou de grade), com a finalidade de aumentar a permeabilidade do solo.<br />

Subsolagem com implemento de três hastes.www.seagri.ba.gov.br/pdf/pesquisa_ agricola01_v7n3.pdf.<br />

Escarificação: É o uso do escarificador no preparo reduzido do solo, quebrando a camada densa<br />

superior e formando rugosidade superficial.


Estruturas de contenção de Voçorocas<br />

Voçorocas são sulcos de erosão de grandes dimensões cuja recuperação, na maioria das<br />

vezes, é um processo lento e oneroso devendo-se recorrer à uma associação de<br />

procedimentos práticos, tais como:<br />

- o fechamento da área,<br />

- construção de um canal divergente na cabeceira ou cordões de contorno,<br />

- suavização dos taludes,<br />

- implantação de vegetação protetora e<br />

- construção de paliçadas dentro e fora da Voçoroca, transversal ao curso da água.


Segundo www.cnpab.embrapa.br/publicacoes/:<br />

O isolamento da área no contorno da voçoroca, visa evitar-se pastoreio de animais<br />

com cerca de arame, construção de aceiros contra queimadas, construção de um cordão<br />

de contorno na cabeceira e reflorestamento, principalmente da parte a cima da voçoroca<br />

são as primeiras atividades a serem realizadas.<br />

Para o reflorestamento no contorno e dentro da voçoroca, tem-se constatado que<br />

utilizando leguminosas de rápido crescimento inoculadas com microrganismos, a cobertura<br />

florestal da área pode ocorrer em cerca de 3 a 5 anos, passando a atuar de forma<br />

significativa no controle da erosão.<br />

Tanto dentro como fora das voçorocas, as paliçadas têm a função de quebrar a força<br />

da enxurrada e reter os sedimentos. Devem ser construídas com materiais de baixo custo e<br />

facilmente disponíveis como bambu, pneus usados e sacos de ráfia. Para uma boa<br />

eficiência destas estruturas, deve-se escolher local que apresente barrancos firmes e<br />

estáveis para que venha suportar a força que será exercida nas paliçadas através da<br />

enxurrada.


Em seguida, se deve fazer canaletas tanto nas paredes laterais quanto no leito da voçoroca,<br />

de maneira que a paliçada fique bem encaixada sem deixar brechas para a passagem da<br />

água. A distância entre uma canaleta e outra indica o tamanho em que se deve cortar os<br />

bambus.<br />

Dentro da voçoroca, a importância das paliçadas está na retenção dos sedimentos que<br />

saem da voçoroca, diminuindo o assoreamento, de fontes e corpos d'água assim como danos<br />

às residências situadas abaixo.<br />

Para a montagem da paliçada, deve-se antes fincar estacas a cada metro de distância, onde<br />

os bambus serão empilhados e amarrados com arame. No caso de paliçadas de pneus,<br />

esses devem ser vestidos nas estacas, e posteriormente, enchidos com terra. As estacas<br />

podem ser do mesmo material, ou seja, estacas de bambu.<br />

Finalmente, colocar os sacos de ráfia abertos e amarrados nos bambus ou pneus cobrindo<br />

toda paliçada.<br />

Em relação à distância e altura das paliçadas, obtêm-se bons resultados utilizando<br />

espaçamento de 5 m entre uma paliçada e outra e com altura de 1 a 1,20 m.


A<br />

B<br />

(A) Planejamento das linhas dos cordões de contôrno; (B e C) Paliçadas para contenção do fluxo da<br />

voçoroca, instaladas dentro delas; (D) Paliçadas de bambu vedadas com sacos de ráfia.<br />

(A) Planejamento das linhas dos cordões de contôrno; (B e C) Paliçadas para<br />

www.saaevicosa.com.br/cmcn/artigo.htm e www.cnpab.embrapa.br/publicacoes/<br />

contenção do fluxo da voçoroca, instaladas dentro delas; (D) Paliçadas de bambu vedadas<br />

com sacos de ráfia . www.saaevicosa.com.br/cmcn/artigo.htm e<br />

D<br />

C

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