primeiros campeonatos de surf em Portugal - Quimera Editores
primeiros campeonatos de surf em Portugal - Quimera Editores
primeiros campeonatos de surf em Portugal - Quimera Editores
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
As pranchas <strong>de</strong> 1977<br />
Prachas, competidores<br />
e público <strong>em</strong> 1977<br />
A competição <strong>de</strong>senrolou-se <strong>em</strong> três categorias: juvenis, juniores e seniores.<br />
Nos juvenis a classificação foi a seguinte: 1.º Paulo Inocentes; 2.º João Inocentes;<br />
3.º Paulo Esteves; 4.º Carlos Rocha; 5.º Ivo Cruz.<br />
Nos juniores: 1.º António Pedro Rocha; 2.º João Filipe Galvão; 3.º José Silva Pinto;<br />
4.º João Luís Santos; 5.º Mário Castanheira.<br />
Nos seniores: 1.º João Luís Rocha; 2.º Nuno Jonet; 3.º Manuel Cruz; 4.º João Mon-<br />
teiro; 5.º Pedro Lima (pai).<br />
Os três <strong>primeiros</strong> campeões nacionais saíam, todos eles, <strong>de</strong> Carcavelos. O João<br />
e o Tó-Pê Rocha pertenciam ao primeiro núcleo daquela praia; o Paulo Inocentes, à<br />
segunda geração <strong>de</strong>sse mesmo local.<br />
O menor tamanho das ondas fez “vítimas” entre os <strong>surf</strong>istas <strong>de</strong> ondas gran<strong>de</strong>s.<br />
Foi o caso do José Miguel Rocha, que não chegou às meias-finais na sua categoria <strong>de</strong><br />
júnior — todos os <strong>surf</strong>istas que o conheciam reiteraram a “injustiça” dos resultados.<br />
Por outro lado, o júri havia retido um outro <strong>surf</strong>ista “gran<strong>de</strong>”, o Pedro Lima filho, o<br />
“Pipas”, que só viria a competir <strong>em</strong> <strong>campeonatos</strong> ulteriores. O facto <strong>de</strong> a competição<br />
ter revelado estes resultados <strong>em</strong> nada alterava o mérito <strong>de</strong> cada um dos concorren-<br />
tes, o que se ganhava era, sobretudo, o convívio e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se fazer <strong>surf</strong> <strong>em</strong><br />
conjunto, algo <strong>de</strong> muito raro naquela época.<br />
Apuradas as classificações, estavam todos — atletas e acompanhantes — convi-<br />
dados para a entrega <strong>de</strong> prémios e para o esperado “banquete”, daí rumo a Santa<br />
Marta.<br />
Enquanto se ultimavam os preparativos para a entrada, aquele parque da Ericeira<br />
apresentava um ambiente <strong>de</strong> festa, com a animada confraternização dos <strong>surf</strong>istas<br />
olhada <strong>de</strong> soslaio pelos habitantes circunspectos da vila.<br />
Sala cheia, muita comida para os estômagos vazios dos <strong>surf</strong>istas e a entrega <strong>de</strong><br />
medalhas e das taças. Discursos <strong>de</strong> circunstância, convívio saudável, todos concordavam<br />
que tinha valido a pena.<br />
182 183<br />
Ondas pequenas<br />
mas <strong>surf</strong>áveis.<br />
Aproveitar mesmo<br />
as esquerdas...<br />
Paulo Inocentes: uma<br />
promessa do <strong>surf</strong> <strong>em</strong> 1977.<br />
À direita: Tó-Pê num heat<br />
<strong>de</strong> juniores