ANTROPOCENTRISMO E ECOPEDAGOGIA - La Salle
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Terá que recuperar-se algo que os nossos antepassados já souberam viver melhor, isto é,<br />
viver de forma mais simples, com maior sintonia com a natureza, com mais consciência<br />
planetária e com mais quietude advinda da paz interior. Portanto, precisa-se repensar e rever a<br />
cultura que sustenta o atual modo de ser. É possível produzir alimentos mais saudáveis; é<br />
possível usar menos venenos na agricultura e que significa menos degradação de águas, solos e<br />
biodiversidades; é possível repensar os hábitos de degustação e de consumo de alimentos<br />
industrializados com excesso de conservantes, corantes e calorias; é possível superar a noção<br />
consumista de que tudo pode ser adquirido e substituído.<br />
Epílogo<br />
Enfim, resta crer e apostar que a mesma humanidade que foi capaz de gerar esta profunda<br />
crise sócio-ambiental, é também capaz de se transcender pela educação, tanto para reparar os<br />
estragos, quanto para gerar relações mais respeitosas e integradas com o meio ambiente<br />
através de uma cidadania planetária.<br />
Para tal inovação, presume-se ainda como necessária a substituição do obstinado ecologismo<br />
elitista e meramente idealizado, por um ecologismo crítico e efetivo, capaz de abrir crescente<br />
espaço para que todos os seres possam constituir, neste planeta, o desejado cosmos.<br />
Não bastam extremadas formas de proteção a certos animais de estimação, enquanto,<br />
paralelamente, nada se faz para evitar que seres morram por razões estúpidas de simples<br />
negação do seu direito de viver. Para tanto, precisam mudar os modelos econômicos e mentais,<br />
pois, ecopedagogia não se coaduna com a continuidade da queima de combustíveis fósseis,<br />
procedimento que além de aumentar a temperatura do planeta, aumenta o nível dos oceanos e<br />
inviabiliza as condições de vida humana no planeta.<br />
Na ambição de boa parte dos seres humanos, quais “Reis Áugias” de nossos dias, o efeito dos<br />
gases do esterco tende a entrar pelo o nariz de quem já é vítima da ambição. Infelizmente, não<br />
são os maiores predadores que se constituem nas maiores vítimas, ou, fármacos para serem<br />
imolados no altar dos grandes projetos desenvolvimentistas. Tampouco os estonteados pelos<br />
gases, sobretudo, os das drogas e vícios degradantes, são agentes diretos do desequilíbrio do<br />
clima, mas, se constituem em vítimas ilibadas para os agrados de Molloch do sistema<br />
capitalista, que continua cada dia mais obsessivo e obstinado por sangue de vítimas humanas.