ANTROPOCENTRISMO E ECOPEDAGOGIA - La Salle
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Nossa ponderação sobre Antropocentrismo e Ecopedagogia focaliza um aspecto<br />
geralmente ausente das conversas e textos que se ocupam com discussões sobre<br />
desenvolvimento sustentável. Suspeitamos que, sob o atual quadro cultural antropocêntrico,<br />
este assunto, se encontra deslocado do foco e, por isso, requer educação para outro modelo<br />
cultural, tanto em vista da salvação da civilização humana, quanto dos eco-sistemas do planeta.<br />
Moacir Cadotti se constitui num clássico brasileiro e num pioneiro a alertar sobre a<br />
importância de uma ecopedagogia. A razão da nossa abordagem deste rico tema é a de lhe<br />
relacionar um importante aspecto filosófico cultural – o antropocentrismo - que se encontra no<br />
substrato de toda a degradação das relações humanas e com o planeta, e que,<br />
impreterivelmente, necessita ser substituído por outro modelo cultural a ser delineado. A<br />
ecopedagogia poderá constituir-se num eficaz itinerário educador para levar à criação de outros<br />
e novos valores que possam reger o futuro da ação humana com a multifacetária efervescência<br />
de vida no planeta Terra, bem como, a própria vida deste planeta.<br />
Nossa metodologia é de modesta inquirição filosófica sobre textos que abordam o tema, e<br />
deseja evidenciar que alguns sinais alentadores já podem ser vislumbrados para que ainda se<br />
continue a sonhar com dias melhores, pois, a produção de energia que não resulta da<br />
combustão fóssil, a produção de alimentos menos envenenados, e a capacidade de se viver de<br />
forma mais sóbria e parcimoniosa, além da crescente capacidade solidária e de partilha,<br />
indicam a direção do caminho para relações civilizatórias mais responsáveis, fruitivas e<br />
integradas com a multiplicidade dos sistemas de vida em nosso planeta.<br />
Como o antigo mito de Hércules, necessita-se descobrir, com outras pessoas, meios para<br />
que os gases, que hoje matam e restringem o fôlego dos que desejam continuar vivos, possam<br />
ser reduzidos através da liberação das águas de dois rios distantes, o da razão e o do<br />
sentimento, a fim de que um único canal integrador destas águas seja capaz de transformar o<br />
gás letal em fermento transformador do húmus poluidor em fonte de novas potencialidades de<br />
vida.