Lances de Uma Vida - palmeiras futebol clube
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LANCES DE UMA VIDA<br />
No início dos anos 70, a febre em todo o estado<br />
<strong>de</strong> São Paulo era o <strong>futebol</strong> Dente-<strong>de</strong>-leite. Foi nessa<br />
época que Luis Roberto <strong>de</strong>scobriu o rádio.<br />
- O Ito Amorim comandava o noticiário <strong>de</strong> esporte<br />
na Rádio Difusora, que <strong>de</strong>pois virou Piratininga.<br />
Ouvia os resultados do Campeonato Amador. Cada<br />
timaço...! Meu ídolo era o centroavante do Pratinha,<br />
<strong>de</strong> nome sonoro como o do Rei do Futebol: Colé!<br />
Além do Amador, o encanto para Luis Roberto<br />
eram os campeonatos rurais.<br />
- Naquela década, mais da meta<strong>de</strong> dos brasileiros<br />
vivia no campo. Cada fazenda tinha seu “gramado”. As<br />
tar<strong>de</strong>s <strong>de</strong> domingo eram movidas a gran<strong>de</strong>s jogos. Os<br />
maiores jogadores da cida<strong>de</strong> eram “contratados” pelos<br />
times da zona rural. Houve uma época que o “ruralzão”<br />
era mais forte que o amador. Terminados os jogos,<br />
todo mundo se reunia em torno do rádio <strong>de</strong> pilha.<br />
Pelas ondas curtas se ouviam os gran<strong>de</strong>s jogos <strong>de</strong> São<br />
Paulo e do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
Durante a adolescência, Luis Roberto acompanhou<br />
a equipe profi ssional da cida<strong>de</strong>, o Palmeiras Futebol<br />
Clube, com gran<strong>de</strong> paixão. A mãe, Sebastiana,<br />
precisou comprar panos pretos e brancos para costurar<br />
uma ban<strong>de</strong>ira alvinegra, cores do time <strong>de</strong> São João.<br />
- Tianinha caprichou, tinha até um PFC bordado.<br />
De mãos dadas com meu pai, fui ao primeiro jogo no<br />
estádio Getúlio Vargas Filho. Afonso me guiava com