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os pilotos para o domingo de manhã, antes da corrida principal, com o objetivo de estabelecer algumas atitudes a serem tomadas. - o - Domingo, 1º de maio de 1994. Os acontecimentos dos últimos dois treinos classificatórios proporcionariam mudanças significativas no automobilismo mundial. Na reunião da GPDA, como primeira modificação, os presentes decidiram aumentar a proteção feita pelo cockpit, que deixava a cabeça do piloto muito exposta. - Inclusive, no final de semana seguinte, outro piloto austríaco quase morreu também. Ele bateu e tocou com a cabeça na proteção, porque o rosto ficava muito aberto. Foi até pra UTI, relembrou Luis. Então, naquela manhã de domingo, a reunião foi feita no alto da torre instalada no circuito de Ímola. No mesmo momento havia uma corrida preliminar, uma competição de Porsche, e, para a surpresa de todos, mais um acidente. Mika Hakkinen bateu forte. - Todos ficaram muito apavorados, olhando para a pista, pois tomaram um susto. Inclusive, foi a última vez que vimos Ayrton sem capacete, contou Luis. Os pilotos desceram para o autódromo e o então repórter da Jovem Pan, Nilson Cesar, e Luis Roberto, foram ao encontro do Senna. Nilson questionou o 38
39 LANCES DE UMA VIDA brasileiro: - E aí, Ayrton? - A GPDA foi criada. Foi a única coisa que ele falou. Luis Roberto continuou a indagá-lo na busca por mais informações: - Alguma novidade pra gente? Levando em conta as providências que deveriam ser tomadas quanto à segurança, Senna fi nalizou: - A Fórmula 1 nunca mais será a mesma. Não quero falar. De acordo com Luis, Ayrton era uma pessoa muito fechada. Espontâneo em alguns momentos e difícil em outros. O piloto entrou no Box da Williams e parou em frente ao seu carro. - Ele estava com o macacão. É uma imagem que fi cou marcada, porque ele botou a mão na asa do carro e olhou. Ficou parado com as mãos no veículo por alguns momentos. A imagem fi caria marcada para sempre na memória dos fãs de Ayrton Senna e, até hoje, provoca polêmica, pois alguns acreditam que ele estava pressentindo a morte. Luis Roberto não acredita nesse tipo de análise. - Sinceramente, ele não estava tendo pressentimentos. Ayrton repetia este gesto sempre. Tinha uma forma própria de observar tudo, diferente dos outros. Senna parou na entrada do Box, olhando também
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