Download - Auxiliares do Sacerdocio

entregue em 1922 ao padre com
quem falou do seu projeto, ela anota:
“A Igreja me formulará seu julgamento
pela voz de seus ministros
(se assim o julgar bom). Eu peço só
uma coisa: o cumprimento da vontade
divina”.
Ela passou muitos anos antes de
falar do seu projeto. Um traço da
humanidade de Marie é sua paciência,
seu senso do momento presente.
Em Natal de 1911, ela recebe a
luz de sua vida: fundar uma obra
para o sacerdócio. Ela sente que
“não é para se realizar logo.” Os
acontecimentos são contrários; a
guerra de 1914 não facilita as relações
nem os agrupamentos. Em
casa, pai e tia estão doentes, eles
falecerão depois de ter recebido
atenção e cuidados de Marie. O
futuro é sombrio, mas somente o
momento presente abre à presença
de Deus “escondido no trabalho,
nas pessoas que vejo neste momento”.
O encontro com o Padre Thellier
de Poncheville em 1922 é decisivo.
A futura Fundadora aprende dele a
confiar seu desejo de ajudar os padres
ao Coração de Cristo, fonte de
todo amor, “amor feito Sacerdote”.
Ela não vê o sacerdócio como uma
função a preencher, mas como o amor
de Cristo que salva e dá vida, simbolizado
pelo seu coração transpassado
e o pão eucarístico partilhado.
Neste momento a unidade se
realiza nela. A devoção ao Coração
de Jesus irriga a graça de 1911, “o
Coração Sacerdotal de Jesus convida
os padres a fazer uma obra de
amor.” As experiências de juventude
alimentam seu senso apostólico,
os sofrimentos encontrados tornamse
oferenda “para a Igreja, o sacerdócio,
as almas do mundo inteiro”.
A congregação pode começar.
O Bispo da Diocese de Autun
acolhe o projeto, e as Irmãs
contemplativas da Visitação de
Paray le Monial, ‘Cidade do Coração
de Jesus’ abrem suas portas:
Marie recebe uma formação religiosa
e fará um estágio numa Escola
Social. No final de 1923 uma casa
é encontrada na cidade, uma placa é
colocada na porta com o nome de
“Bethléem” = Belém. Essa primeira
comunidade numa casa modesta no
centro da cidade será uma dica para
quem seguirá: As Auxiliares escolhem
de preferência a casa simples
do lugar onde elas são enviadas.
Irmãs Auxiliares do Sacerdócio – 11