Edição 3 e 4 - Jornal Folha Cidade Baixa
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A<br />
reunião promovida pela ouvidoria<br />
municipal permitiu que os moradores<br />
declarassem suas principais<br />
queixas, tais como saneamento básico e<br />
alagamentos (falta de macro-drenagem),<br />
incômodo das obras no entorno, ausência<br />
de estímulo à arte para os jovens da região,<br />
poluição sonora, defi ciências na saúde,<br />
segurança pública, entre outras. Participaram<br />
o ouvidor geral Humberto Viana, o<br />
gestor do Sistema Integrado de Atendimento<br />
Regional (Siga), Elney Pitangueira de<br />
Andrade e Francisco de Assis, da Central<br />
de Planejamento e Acompanhamento das<br />
Ações de Descentralização Administrativa<br />
(CEPAD). Além de diversas representações<br />
comunitárias da região da Península e<br />
Subúrbio Ferroviário.<br />
9<br />
Polêmica<br />
Por Luciana Zacarias<br />
Toda <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> convive com<br />
problemas crônicos, como falta de<br />
acessibilidade, limpeza, transporte<br />
público inefi ciente e carência em<br />
infraestrutura.<br />
Moradores da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong><br />
reuniram-se com representantes da<br />
Ouvidoria Geral do Município de<br />
Salvador no último dia 10, no auditório<br />
do Colégio Estadual Costa<br />
e Silva, com o objetivo de discutir<br />
ações de melhoria para a Península<br />
Itapagipana.<br />
A reunião técnica permitiu que<br />
os moradores declarassem suas<br />
principais queixas, tais como saneamento<br />
básico e alagamentos<br />
(falta de macro-drenagem), incômodo<br />
das obras no entorno, ausência<br />
de estímulo à arte para os<br />
jovens da região, poluição sonora,<br />
defi ciências na saúde, segurança<br />
pública, entre outras. Para compor<br />
a mesa, participaram o ouvidor geral<br />
Humberto Viana, o gestor do<br />
Sistema Integrado de Atendimento<br />
Regional (Siga), Elney Pitangueira<br />
de Andrade e Francisco de<br />
Assis, da Central de Planejamento<br />
e Acompanhamento das Ações de<br />
Descentralização Administrativa<br />
(CEPAD).<br />
Para a líder comunitária<br />
Gildete Silva, um dos principais<br />
transtornos é a falta de avisos à<br />
população em casos de obras. Segundo<br />
ela, situações como essa já<br />
foram causa até mesmo de mortes<br />
na região. “Os moradores não são<br />
consultados”, afi rma.<br />
O morador Raimundo Nascimento<br />
chama atenção para a urgência<br />
da necessidade em realizar<br />
Representantes de diversas Associações de Moradores, discutiram os principais problemas da península e Subúrbio Ferroviário.<br />
macro-drenagem em áreas como<br />
a <strong>Baixa</strong> do Petróleo, Mangueira,<br />
<strong>Baixa</strong> do Fiscal e ruas do Uruguai.<br />
“Não existe na região área de descarte<br />
de entulho. Além disso, é<br />
preciso também cuidar de áreas<br />
vizinhas como o Lobato, que está<br />
intimamente ligado aos problemas<br />
da Ribeira”, acredita.<br />
Figura atuante da <strong>Cidade</strong><br />
<strong>Baixa</strong>, Jorge Souza ou “Jorginho do<br />
Reggae”, do Grupo Cultural Samba<br />
Terra, também fez suas considerações.<br />
“Por que não transformar os<br />
prédios abandonados em ofi cinas<br />
de arte?”, alude para a importância<br />
no combate às drogas, fl agelo<br />
que atinge, sobretudo, o segmento<br />
jovem. Ainda em pequena escala,<br />
ideias como a do músico já vêm<br />
sendo pauta de discussão do governo,<br />
que investirá na instalação<br />
física da Associação Fábrica Cultural,<br />
da cantora Margareth Menezes,<br />
a ser sediado no antigo prédio da<br />
fábrica Barreto de Araújo.<br />
“Infelizmente, temos no Brasil<br />
a cultura da não-resposta. Precisamos<br />
da participação popular para<br />
legitimar o exercício da cidadania.<br />
Esse contato não acaba aqui. A população<br />
precisa cobrar”, concluiu<br />
Humberto Viana. Sua afi rmação<br />
foi uma resposta à justifi cativa dos<br />
moradores sobre a pequena participação<br />
popular na ocasião, que,<br />
segundo eles, deve-se à descrença<br />
das promessas do governo e falta<br />
de retorno. Segundo Reginaldo de<br />
Souza, gestor da Associação Benefi<br />
cente e Democrática de Alagados<br />
e Itapagipe (Abdai), já foram realizados<br />
abaixo-assinados com até<br />
2 mil pessoas, para resolver questões<br />
como o alagamento da região,<br />
sem resultado. “Se continuar dessa<br />
forma, não vai para lugar nenhum”,<br />
disse.<br />
De acordo a Assessoria de Comunicação<br />
da Conder, as obras na<br />
Ribeira foram paralisadas devido<br />
à necessidade de realizar adequações<br />
no projeto de revitalização,<br />
que foram apresentadas pela prefeitura<br />
municipal e que estão sendo<br />
analisadas pela Caixa Econômica<br />
Federal. Após a aprovação das adequações<br />
no projeto pela Caixa Econômica<br />
Federal e a retomada das<br />
obras, será elaborado um novo cronograma<br />
que estabelecerá o prazo<br />
de conclusão”.