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José Paulo Jesus Rainho Titanossilicatos dopados com terras raras ...

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Introdução<br />

_______________________________________________________________________________________<br />

de interferência [4], lasers [5] e guias de onda [6]. Quando estes materiais são <strong>dopados</strong><br />

<strong>com</strong> iões lantanídeos as suas aplicações ópticas podem ser alargadas à área das<br />

tele<strong>com</strong>unicações <strong>com</strong>o, por exemplo, em amplificadores ópticos e em guias de onda<br />

planares activos [7, 8]. A dopagem dos titanossilicatos <strong>com</strong> <strong>terras</strong> <strong>raras</strong> pode também<br />

permitir uma melhor caracterização da sua estrutura, i.e., o ião terra rara funciona <strong>com</strong>o<br />

uma sonda estrutural.<br />

Simkin e colaboradores publicaram na década de oitenta do século passado, os<br />

primeiros trabalhos que relatam o estudo da coordenação local do ião Eu 3+ num<br />

titanossilicato cristalino [9] e num titanossilicato vítreo [10]. Nestes estudos, os autores<br />

recorreram à excitação selectiva da banda de absorção 7 F0 → 5 D0 o que lhes permitiu, após<br />

a desconvolução dos espectros de emissão, determinar os parâmetros de campo cristalino<br />

k<br />

B q e inferir que na fase cristalina existem pelo menos dois ambientes locais para o ião<br />

Eu 3+ , enquanto que no vidro os iões Eu 3+ <strong>com</strong>portam-se <strong>com</strong>o formadores de rede ou<br />

formam <strong>com</strong>plexos quasi-moleculares.<br />

Em 1994, Almeida e colaboradores apresentaram o primeiro estudo sobre filmes<br />

finos de titanossilicatos vítreos <strong>dopados</strong> <strong>com</strong> <strong>terras</strong> <strong>raras</strong> [11]. Desde então, um grande<br />

número de trabalhos sobre titanossilicatos densos <strong>dopados</strong> <strong>com</strong> <strong>terras</strong> <strong>raras</strong> têm sido<br />

publicados por este grupo de investigação. Entre os vários trabalhos sobre filmes finos de<br />

titanossilicatos <strong>dopados</strong> <strong>com</strong> Nd 3+ , Er 3+ e Yb 3+ , refiram-se, por exemplo, alguns dos<br />

estudos feitos sobre a síntese [12], o crescimento de filmes [13], a co-dopagem [14],<br />

medidas de XPS e NEXAFS [15, 16], e medidas de EXAFS [17, 18]. Vários são também<br />

os trabalhos relatados por este grupo de investigação sobre a luminescência e tempos de<br />

vida dos titanossilicatos <strong>dopados</strong> <strong>com</strong> Nd 3+ [11, 14, 15, 19], Er 3+ [7, 8, 14, 19] e Yb 3+ [7, 8].<br />

De um modo geral, estes trabalhos visam encontrar a melhor <strong>com</strong>posição (o teor em terra<br />

rara e em co-dopantes) que maximiza a amplificação do sinal e reduz as perdas ópticas do<br />

sistema. Recentemente, Almeida e colaboradores [20] observaram uma melhoria do<br />

desempenho óptico (ganhos elevados e larguras de banda reduzidas) deste sistema quando<br />

introduziram nanocristais (contendo <strong>terras</strong> <strong>raras</strong>) na matriz vítrea, permitindo assim a<br />

utilização de maiores teores em Ln 3+ e evitando a formação de agregados Ln···Ln. De<br />

facto, a precipitação de nanocristalites de Er2Ti2O7 (ETO) e de ErPO4 (EPO) na matriz<br />

vítrea originou um aumento no tempo de vida do estado 4 I13/2 superior a 200 % [20].<br />

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