19.04.2013 Views

José Paulo Jesus Rainho Titanossilicatos dopados com terras raras ...

José Paulo Jesus Rainho Titanossilicatos dopados com terras raras ...

José Paulo Jesus Rainho Titanossilicatos dopados com terras raras ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Introdução<br />

_______________________________________________________________________________________<br />

O AM-4, Na3(Na,H)Ti2O2(Si2O6)·2H2O, é outro titanossilicato de sódio <strong>com</strong><br />

estrutura lamelar constituída por tetraedros SiO4 e octaedros TiO6 (Figura 1.5). As<br />

principais características da sua estrutura são as cadeias do tipo piroxena [Si2O6]∞,<br />

formadas pelos tetraedros SiO4, e as cadeias em zig-zag, formadas pelos octaedros TiO6.<br />

Estes ligam-se uns aos outros <strong>com</strong>partilhando as arestas, em contraste <strong>com</strong> o ETS-10, no<br />

qual as ligações entre os octaedros TiO6 se efectuam através dos vértices. No mesmo<br />

período, Clearfield e colaboradores publicaram também a síntese de um titanossilicato<br />

lamelar que apresenta muitas semelhanças <strong>com</strong> o AM-4 [150].<br />

1.3.2 − Materiais microporosos <strong>dopados</strong> <strong>com</strong> <strong>terras</strong> <strong>raras</strong><br />

Os primeiros estudos que relatam a luminescência de materiais microporosos<br />

<strong>dopados</strong> <strong>com</strong> <strong>terras</strong> <strong>raras</strong> foram publicados por Arakawa e colaboradores em 1979<br />

[151, 152]. Nestes trabalhos, os autores doparam o zeólito Y <strong>com</strong> Eu 3+ (via permuta<br />

iónica) e verificaram que o material dopado apresenta transições radiativas associadas ao<br />

ião Eu 3+ . Quando desidrataram o material a 300º C observaram uma emissão centrada a<br />

ca. 445 nm, devida ao ião Eu 2+ . Estas observações permitiram inferir que quando este<br />

material é desidratado há libertação de oxigénio, e quando é re-hidratado há libertação de<br />

hidrogénio. Posteriormente, vários foram os trabalhos publicados sobre zeólitos <strong>dopados</strong><br />

<strong>com</strong> <strong>terras</strong> <strong>raras</strong>, <strong>com</strong> especial incidência no zeólito Y. De facto, o zeólito Y dopado <strong>com</strong><br />

<strong>terras</strong> <strong>raras</strong> também foi caracterizado por outras técnicas de análise, nomeadamente,<br />

difracção de raios-X [153], e espectroscopias de EXAFS [154−156], XANES [157],<br />

infravermelho (FTIR) [158] e ressonância magnética nuclear (RMN) [159, 160]. Vários<br />

têm sido os artigos que relatam a luminescência do zeólito Y dopado <strong>com</strong> Eu 3+ [161−165].<br />

De um modo geral, em todos estes artigos o ião Eu 3+ é utilizado <strong>com</strong>o sonda estrutural,<br />

possibilitando a monitorização da posição final ocupada pelo ião terra rara nas cavidades<br />

zeolíticas. Recentemente, têm surgido outros trabalhos [166−168] que relatam a<br />

incorporação de outras <strong>terras</strong> <strong>raras</strong> (<strong>com</strong>o por exemplo o Tb 3+ ) no zeólito Y, o que potencia<br />

a sua utilização, por exemplo, em dispositivos emissores de luz branca conforme o relatado<br />

por Chen e colaboradores [168].<br />

15

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!