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social, na construção da interação com o outro, fornecendo-o conceitos e uma organização<br />
do real, estabelecendo assim uma relação entre o leitor e o objeto de conhecimento, sendo<br />
assim, deve ocupar o lugar de “linguagem a ser conhecida, descoberta nos aspectos que lhe<br />
são próprios (internos), e reconhecida como portadora de inúmeras significações (sócio-<br />
culturais, históricas, emocionais, lingüísticas, literárias)”. (BRASIL, 1992, p.31).<br />
No momento da história percebemos o entusiasmo das crianças ao mergulharem no<br />
mundo da imaginação ouvindo a leitura de contos, sejam conto de fadas, contos populares,<br />
entre outros, que chamam a atenção das crianças, despertando-as e estimulando-as no gosto<br />
pela leitura. Segundo Bettelheim (2007, p. 11 e 12),<br />
[...] no conjunto da literatura infantil – com raras exceções -, nada é tão<br />
enriquecedor e satisfatório, seja para a criança, seja para o adulto, do que<br />
o conto de fadas popular [...], por meio deles pode-se aprender mais sobre<br />
os problemas íntimos dos seres humanos e sobre as soluções corretas para<br />
suas dificuldades em qualquer sociedade do que em qualquer outro tipo de<br />
história compreensível por uma criança.<br />
O trabalho sistemático com os contos é um importante aliado nesse processo<br />
complexo e com temporalidades inerentes a cada alfabetizando, principalmente, por<br />
despertar e formar pequenos leitores, além de enriquecer o processo ensino-aprendizagem<br />
tornando-o lúdico, instigante e desafiador.<br />
Como esclarece (AMARILHA, 2003, p.91), “na relação criança e ficção, o caminho<br />
do lúdico é o acesso seguro na elaboração do significado textual. O lúdico é uma forma de<br />
como a comunicação textual se dá, estimulando a memória semântica do leitor, que é<br />
essencial à aprendizagem formal”.<br />
Como dito anteriormente a leitura e a escrita é um processo longo, que se constitui<br />
numa atividade cognitiva complexa, não implicando apenas, num processo de codificação e<br />
decodificação. De acordo com Gallart (1998/1999), as habilidades de codificação e<br />
decodificação constituem um importante componente, mas não são os únicos implicados na<br />
leitura e escrita, pois é necessário também atribuição de sentidos, motivação e prazer.<br />
A leitura pressupõe na aproximação das crianças de algo que elas já conhecem,<br />
proporcionando-as experiências divertidas, ricas e gratificantes e que faz parte da sua vida.<br />
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