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mesma capela, e com igual acompanhamento do cabido, clero e<br />
irmanda<strong>de</strong>s, em 10 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1836.<br />
Na noite <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1841, foi a capela arrombada<br />
pelos ladrões, que apenas levaram alguma cera, por mais nada <strong>de</strong><br />
valor ali existir então.<br />
Fechou-se este cemitério para enterramentos no dia 11 <strong>de</strong> Maio<br />
<strong>de</strong> 1879, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> benzido o novo cemitério municipal, no monte da<br />
Atouguia, do qual em seguida me ocupo.<br />
© Socieda<strong>de</strong> Martins <strong>Sarmento</strong> | <strong>Casa</strong> <strong>de</strong> <strong>Sarmento</strong><br />
Cemitério municipal<br />
Já em 1855, reconhecendo a câmara a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dotar a<br />
cida<strong>de</strong> com um cemitério mais amplo e em melhores condições,<br />
resolvera em sessão <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Setembro, para tal fim, a escolha<br />
<strong>de</strong>finitiva do campo da Quintã, um pouco a poente do hospital geral;<br />
todavia nunca isto chegou a realizar-se.<br />
Só mais tar<strong>de</strong>, tratando-se do mesmo assunto, em sessão <strong>de</strong> 14<br />
<strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1870, foi escolhido e aprovado um espaçoso local no<br />
planalto do monte <strong>de</strong> Atouguia, on<strong>de</strong> actualmente se vê.<br />
Vencidas as dificulda<strong>de</strong>s da expropriação dos terrenos e a<br />
relutância dos que votaram contra a escolha do local, principiaram as<br />
obras e correram morosamente até ao estado em que o vemos, ainda<br />
incompleto.<br />
Fica este cemitério num formoso e eminente lugar, no monte da<br />
Atouguia - como disse - limites da freguesia <strong>de</strong> S. Miguel <strong>de</strong> Creixomil,<br />
a noroeste da cida<strong>de</strong>, e distante <strong>de</strong>la menos dum quilómetro.<br />
Foi solenemente benzido no dia 11 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1879, às doze<br />
horas da manhã, pelo rev. arcipreste <strong>de</strong>ste julgado, António Manuel <strong>de</strong><br />
Matos então aba<strong>de</strong> do mosteiro <strong>de</strong> Souto. Assistiram a este acto<br />
solene as Or<strong>de</strong>ns Terceiras, quase todas as irmanda<strong>de</strong>s e confrarias <strong>de</strong><br />
<strong>Guimarães</strong>, a câmara municipal e gran<strong>de</strong> concurso <strong>de</strong> povo.<br />
Des<strong>de</strong> este dia terminaram na cida<strong>de</strong> os enterramentos <strong>de</strong>ntro<br />
<strong>de</strong> barreiras.<br />
Falarei doutros cemitérios ainda, embora muito <strong>de</strong> passagem,<br />
quando me ocupar da gafaria <strong>de</strong> S. Lázaro e da capela <strong>de</strong> S. Roque da<br />
Serra.<br />
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