Guimarães - Casa de Sarmento

É elegante e bastante espaçosa; pois além do altar principal e
capela-mor, a dentro dum arco de pedra, tem mais dois altares
laterais, púlpito e coro.
A frontaria de pedra é formosa e bem lançada; tendo a porta
principal entre elegantes colunatas e adornando-lhe o frontão a
imagem, em pedra, da rainha Santa Isabel.
Esta capela, hoje a mais asseada da cidade, foi ultimamente
restaurada no interior, pela magnanimidade do benemérito ministro da
Ordem, o comendador Cristovão José Fernandes e Silva: o qual com o
subsídio de mais algumas esmolas de particulares, a mandou estucar,
azulejar e dourar, adaptando os dois altares laterais para receberem
duas novas imagens, a Virgem das Dores e o Coração de Maria,
oferecidas ambas à Ordem: aquela em cumprimento dum voto de D.
Custódia de Matos Chaves, e esta pela piedade de alguns fiéis.
Concluída esta restauração, em que se gastaram perto de cinco
anos, foi a capela solenemente benzida na sexta-feira, 30 de Julho de
1880, pelo comissário da Ordem, padre António Joaquim Teixeira;
cantando-se missa em seguida com exposição do SS. Sacramento, e
assistindo a todos os actos a mesa desta corporação.
É igualmente formosa e asseada no gosto moderno a sacristia,
tendo no centro um altar dedicado ao Senhor dos Passos: celebrou-se
aqui missa pela vez primeira a 17 de Janeiro de 1881.
Há nesta capela, além doutras solenidades religiosas,
Lausperene em todas as sextas-feiras do ano, instituído por Manuel
Pereira Soares, da cidade do Porto, em 1809.
© Sociedade Martins Sarmento | Casa de Sarmento
Capela do Campo Santo
No princípio do século XVI, quando a antiga confraria da
Misericórdia existia na capela de S. Brás, nos claustros da Colegiada,
era o cemitério público - para enterramento dos pobres - nos mesmos
claustros, e no espaço circuitado por estes. Mas com a mudança da
confraria para a sua nova igreja, no campo da Misericórdia, ficou
servindo de cemitério público o adro de S. Sebastião, junto ao campo
de S. Francisco.
A irmandade da Misericórdia ainda hoje, em 1 de Novembro de
cada ano - por ocasião da procissão de defuntos e da visita a várias
igrejas da cidade, encomendando a Deus as almas dos mortos, que
8