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Guimarães - Casa de Sarmento

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Padres aquilo que bem parecer aos mordomos e irão com cruz<br />

alevantada e estarão presentes todos os mordomos e rezarão todos<br />

sobre suas sepulturas por suas almas, e este responso e vigília se<br />

dirão no dito dia <strong>de</strong> Cinza a tar<strong>de</strong> e acabado ele farão os ditos<br />

confra<strong>de</strong>s por uma mesa na dita Igreja e todos assentados a ela com<br />

muita quietação farão uma consoada e gastarão nela aquilo que bem<br />

lhes parecer e comerão e beberão por um copo e não querendo<br />

obe<strong>de</strong>cer o riscarão da Confraria e o que se puser à mesa não sendo<br />

confra<strong>de</strong> pagará meia libra <strong>de</strong> cera».<br />

Esta célebre disposição tinha por fim, muito louvável, o terminar<br />

ódios e <strong>de</strong>savenças entre os confra<strong>de</strong>s, que se dariam por congraçados<br />

bebendo pelo mesmo copo.<br />

Foi reformada esta capela em 1849, e levantaram-lhe o novo<br />

frontispício no ano <strong>de</strong> 1852.<br />

© Socieda<strong>de</strong> Martins <strong>Sarmento</strong> | <strong>Casa</strong> <strong>de</strong> <strong>Sarmento</strong><br />

Recolhimento do Anjo<br />

É opinião comum entre nós, que o actual recolhimento do Anjo,<br />

sito no largo <strong>de</strong> S. Paio, fôra o antigo hospital chamado do concelho,<br />

on<strong>de</strong> os fra<strong>de</strong>s franciscanos vieram <strong>de</strong> Vila Ver<strong>de</strong> - arrabal<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

<strong>Guimarães</strong> - instalar o seu segundo convento.<br />

Mas se aten<strong>de</strong>rmos à posição do recolhimento, e ao local, que os<br />

antigos escritores assinam ao hospital, em breve nos convenceremos,<br />

que havia dois edifícios muito distintos, e colocados em lugar muito<br />

diverso, sem que este recolhimento jamais servisse aos fra<strong>de</strong>s <strong>de</strong> S.<br />

Francisco. - Veja-se Igreja e convento <strong>de</strong> S. Francisco.<br />

A memória mais remota que pu<strong>de</strong> encontrar a respeito <strong>de</strong>ste<br />

recolhimento, atinge aos anos <strong>de</strong> 1600: época em que ele servia às<br />

beatas franciscanas, como se vê na parte em que trato do convento da<br />

Madre <strong>de</strong> Deus.<br />

Passou este recolhimento por várias reformas na sua fábrica;<br />

sendo mudada a capela para o lugar, que hoje ocupa, e benzida em<br />

1748. Consta esta apenas dum altar-mor <strong>de</strong> talha sem importância,<br />

pintado a cores, e tem fronteiro à porta da sacristia outro pequeno<br />

altar, <strong>de</strong>dicado ao Senhor da Cana Ver<strong>de</strong>. O coro <strong>de</strong> cima ocupa quase<br />

meio recinto <strong>de</strong> toda a capela, e sobre os <strong>de</strong>graus do altar-mor do lado<br />

da Epístola há uma gran<strong>de</strong>, que serve <strong>de</strong> comungatório às recolhidas.<br />

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