Julio Carrara – PUROS DEPRAVADOS - Encontros de Dramaturgia
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<strong>Julio</strong> <strong>Carrara</strong> Puros Depravados Pag.: 9<br />
LIMPA-CU 2 <strong>–</strong> Eu vou te “salpicar <strong>de</strong> lama”<br />
LIMPA-CU 1 <strong>–</strong> Eu te cago em cima.<br />
LIMPA-CU 2 <strong>–</strong> (PARA OS BUFÕES 1,4 e 5) Bosta pra ele...<br />
(COMEÇAM A JOGAR AS FEZES DO PENICO UM NO OUTRO. UM<br />
VERDADEIRO REBU. FINALIZAM A CENA CANTANDO A MESMA MÚSICA<br />
E SAEM. SÓ PERMANECE O BUFÃO CAGÃO, QUE DIZ UM POEMA)<br />
CAGÃO <strong>–</strong> Penetrei em minh’ alma<br />
Para tentar me encontrar<br />
Não me achei e percebi que aqui não é o meu lugar<br />
Fechei os meus olhos<br />
E no meio da escuridão<br />
Vi um espelho que refletia<br />
A imagem grotesca <strong>de</strong> um bufão<br />
Porém aquela figura<br />
Engraçada e sem beleza<br />
Em seus olhos eu via<br />
Somente a tristeza<br />
Tentei, mas incapacitado<br />
Não consegui tocá-lo<br />
Porque aquela barreira <strong>de</strong> vidro<br />
Não me <strong>de</strong>ixou libertá-lo<br />
De todas as formas aquela barreira<br />
Eu tentei quebrar<br />
Mas para libertar o meu bufão<br />
Primeiro eu preciso me encontrar<br />
(VOLTAM OS BUFÕES CANTANDO “CAGAR É BOM” COM COREOGRAFIA<br />
DE CAN-CAN. COBREM O CAGÃO, ENQUANTO MONTA-SE A PRÓXIMA<br />
CENA. O CAGÃO SE UNE AO GRUPO E SAEM DE CENA)
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