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Poltrona 47 – Três... é demais? - Moa Sipriano

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que ele. E não só fisicamente. Fiz valer minha vontade. Lábios cerrados, Voz Potente percebeu que<br />

não sairia dali sem sentir o beijo de um macho. O beijo de um homem experiente. Ele entregou os<br />

pontos. Nossas línguas se tocaram. Foi um beijo longo, quente, profundo. Voz Potente descobria o<br />

prazer de uma boca masculina. E entregou-se a esse prazer com muito prazer. Ele queria mais.<br />

Retirei meus lábios dos seus. Trocamos outro olhar. E juntos observamos Motorista tocando em si<br />

mesmo.<br />

“Continuem, não parem vocês dois”, o velho comandante exigia em gritos sufocados.<br />

Sentado confortavelmente na poltrona revestida de couro, ele socava uma deliciosa punheta<br />

enquanto observava dois machos entrelaçados.<br />

Voltei a atenção ao meu segundo objeto de desejo. Minha boca agora procurava seus<br />

mamilos. Mordi e beijei e lambi cada um inúmeras vezes. Voz Potente urrava de prazer. Era<br />

evidente a sua primeira vez. E os seus gritos aumentavam o meu desejo de possuí-lo cada vez<br />

mais.<br />

Sem palavras, minha língua percorria sua barriga. E num só movimento, pus abaixo a calça<br />

de elástico na cintura. Procurei e encontrei seu sexo tímido. E novamente “fiz o serviço”.<br />

Voz Potente ofegava e quase não conseguia inspirar o ar abafado do interior do velho ônibus.<br />

Sorriso Perfeito dormia a sono solto nas poltronas dianteiras. Motorista continuava a manipular o<br />

seu membro para cima e para baixo, extasiado com o show que estávamos lhe proporcionando.<br />

“Fode o cu dele. Fode o cu dele com a língua!”, gritou Motorista, adivinhando aquilo que me<br />

cega de prazer numa relação de sexo com outro homem. Virei o corpo de Voz Potente. Ele havia se<br />

entregado aos meus cuidados. E não houve qualquer resistência de sua parte. Abri suas pernas.<br />

Agachei-me. Senti o cheiro de graxa nos tecidos que estavam logo abaixo de mim. Senti o cheiro<br />

de suor na peça íntima depois de um dia inteiro de trabalho. Nada disso me incomodava. Mordi<br />

suas nádegas com certa força. Voz Potente engoliu um grito seco. Minha boca procurava seu ponto<br />

central. E saciei todas as nossas vontades com minha língua a penetrar aquele macho arredio.<br />

Enlouqueci. Saí de mim. A razão evaporou-se por alguns instantes. Quando ela retornou, já<br />

não podia fazer mais nada. O meu sexo estava dentro dele. Eu cavalgava naquele homem com toda<br />

a força do meu ser.<br />

“Mais, filho da puta, quero mais”, Voz Potente mordia o couro da poltrona. “Não pare. Isso <strong>é</strong><br />

muito bom!”, havíamos perdido a noção da realidade. Entregamos nossos corpos aos braços da<br />

Luxúria. Sexo sem proteção. Medo com razão. Conflitos em minha consciência. E meu corpo não<br />

obedecia as ordens da alma. Continuei. Como um animal selvagem. Rasgara a dignidade de Voz<br />

Potente. Ele queria. Eu continuava. Explodi num gozo demorado. Deixei a marca dos meus dentes<br />

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