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Lurdes Rodrigues inaugura centro escolar

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22-09-08 - www.noticiasalentejo.pt<br />

INSTRUÇÕES PRIMÁRIAS<br />

Como que diário<br />

O prazer de escrever, ou o sabermos<br />

que somos lidos mesmo<br />

quando escrevemos para nós<br />

próprios.<br />

Efeito des:<br />

Desafrodisíaco<br />

Desaperitivo<br />

Sem telefone:<br />

Pequeno incêndio nas grandes<br />

ruínas da Fábrica do Divor, poste<br />

de telefone queimado pela base,<br />

fios fundidos, sem telefone e<br />

sem Net, sem saber o que é feito<br />

do rosto de anciã, a que chamei<br />

de Rostro-Povich.<br />

Ontem à noite -11 e pouco –<br />

ao regressar a casa, encontro<br />

inesperado com um bando(?),<br />

vara(?), rebanho (?) de javalis:<br />

Seis – contados – com uma<br />

extensa prole impossível de contar.<br />

Como já conhecia de África,<br />

ficam apardalados ante a luz intensa<br />

dos faróis do automóvel,<br />

enrodilhados como cardume<br />

sem comando. Tinham atravessado<br />

uma cerca de arame farpado,<br />

em carreiro bem nítido, que<br />

até podia ser de um único exemplar.<br />

Qual quê! surpresa ao ver<br />

uma fila tão longa e homogénea.<br />

Descontando as crias, claro.<br />

Vêm do lado da ribeira, obstruída<br />

de mato, vegetação<br />

espontânea, detritos vegetais.<br />

A ribeira está ecologicamente<br />

morta, tem pegos grandes, onde<br />

seria possível e agradável nadar<br />

mas onde tudo é poluição em<br />

extremo. Não tem peixes: barbos,<br />

carpas, pardelhas, achegãs<br />

– próprios da época agrícola<br />

sem fertilizantes de síntese nem<br />

pesticidas. Sobrevivem os cágados.<br />

Nem as rãs resistem<br />

Os javalis refugiam-se nas<br />

moitas impenetráveis da ribeira,<br />

durante o dia. À noite, já bem<br />

tarde, demandam as luxuriantes<br />

searas de milho, onde se distraem<br />

a comer e a brincar na lama<br />

ou na terra húmida que resulta<br />

das regas copiosas.<br />

Até seriam levados a pensar<br />

que a vida é sempre assim: barriguinha<br />

cheia, circo/diversão,<br />

correria tresloucada por sobre a<br />

floresta de milho meio-maduro,<br />

cobrição contínua, não fora<br />

daqui por um mês o seu teatro<br />

de recreio já não passar de um<br />

campo desértico e inóspito –<br />

sem nada que os distraia ou<br />

alimente – a maçaroca se calhar<br />

já a transmutar-se em biodísel,<br />

os impenitentes caçadores a<br />

afiarem o dente para os seus<br />

lombos cevados, suculentos .<br />

Alguns handicapes da condição<br />

de presa.<br />

De manhã, na mesma estrada,<br />

um casal de perdizes passeava<br />

uma reduzida ninhada de<br />

filhotes: 4. Efeitos da superpopulação<br />

de gatos – nesta hora 12,<br />

distribuídos por 4 gerações.<br />

Lembrar ainda que, em finais<br />

de choco das perdizes, a gata<br />

matriarca logrou caçar e banquetear-se<br />

com uma que estaria<br />

perto de “dar à luz”uma pródiga<br />

filharada. Natureza cruel, ou<br />

nossa deficiente capacidade de<br />

entendê-la.<br />

Do outro lado, próximo da ribeira,<br />

o meu filho, em viagem de<br />

calendário ao pai, na ânsia de<br />

descobrir a natureza, era contemplado<br />

com a visão mágica<br />

de uma lontra.<br />

Descontraída, folgazona,<br />

esgueirando-se em direcção à<br />

água mal apercebida da presença<br />

do intruso.<br />

Terminados Jogos Olímpicos<br />

e Volta a Portugal em Bicicleta,<br />

ficamos mais despertos para as<br />

coisas naturais. De natural, de<br />

como eu julgo que as coisas deviam<br />

suceder, ficou-me dos JO a<br />

notícia de que o supercampeão<br />

recordista dos 100 e 200 metros<br />

livres – um jamaicano campeão<br />

também de simpatia – doou 50<br />

000 dólares em benefício das<br />

vítimas do sismo que assolou<br />

uma província chinesa em vésperas<br />

da monumental realização.<br />

Sendo natural que se<br />

reparta o que excede a capacidade<br />

de alguém utilizar.<br />

No meu fraco entender, claro.<br />

Pensassem como o supercampeão<br />

dos 100 e 200 metros<br />

das últimas Olimpíadas os<br />

incontáveis multimilionários do<br />

planeta, e não estaríamos agora<br />

mergulhados na vergonha das<br />

falências em série no país paradigma<br />

da Democracia.<br />

Sim, porque o que acontece<br />

nos Estados Unidos da América<br />

devia envergonhar toda a humanidade<br />

António Saias<br />

PAÍS<br />

Governos destruiram SNS, diz Arnaut<br />

O criador da lei que instituiu o Serviço Nacional<br />

de Saúde acusou os últimos governos de terem<br />

destruído o SNS, tendo considerado que é urgente<br />

uma reforma a este sistema. Ouvido pela<br />

TSF, António Arnault acusou os últimos governos<br />

de praticamente terem acabado com as carreiras<br />

médicas e de as terem transformado em «contratos<br />

individuais» colocando os novos médicos<br />

«sujeitos a despedimentos e sem grandes garantias<br />

de estabilidade». «Isso é que tem de ser<br />

reformado, porque não há um SNS sem carreiras<br />

médicas efectivas e que dêem estabilidade e segurança<br />

e condições de trabalho. Também têm de<br />

ser revistos os vencimentos», acrescentou este<br />

ex-ministro dos Assuntos Sociais.<br />

Futebol: III Divisão - Série F<br />

Campinense-Castrense, 0-0<br />

Farense-Atlético, 1-3<br />

Lusitano-Barreirense, 1-1<br />

Fabril-Juventude, 0-1<br />

C. Piedade-Messinense, 2-0<br />

Quarteirense-Louletano, 0-1<br />

Silves-Pescadores, 3-4<br />

1. Cova da Piedade e Louletano, 9 pontos;<br />

3. Atlético de Reguengos de Monsaraz e Quarteirense,<br />

6; 5. Campinense, 5; 6. Fabril, Farense e<br />

Lusitano, 4; 9. Fabril, Farense e Juventude, 3; 12.<br />

Barreirense, 2; 13. Castrense, 1; 14. Silves, 0.<br />

Educação: «Explicações» e Terceiro Mundo<br />

A ministra da Educação diz que a dependência<br />

dos alunos portugueses das explicações é uma<br />

situação típica do «Terceiro Mundo» e uma situação<br />

já «muito antiga» em Portugal. Reagindo ao estudo<br />

feito por três investigadores da Universidade de<br />

Aveiro sobre o mercado das explicações em Portugal,<br />

Maria de <strong>Lurdes</strong> <strong>Rodrigues</strong> lembrou aquilo que<br />

costumava dizer que «havia escola pública de manhã<br />

e privada à tarde». «De manhã, os alunos estão<br />

na escola, de tarde, vão para a explicação. Isso não<br />

é uma situação aceitável e portanto é necessário<br />

criar condições para que os alunos possam fazer<br />

a sua aprendizagem para que possam ter acesso<br />

a uma efectiva aprendizagem de qualidade no espaço<br />

da escola», defendeu. Em declarações à TSF,<br />

a ministra assinalou ainda que o «país não se pode<br />

conformar com a dependência que as famílias têm<br />

do mercado de explicações para o êxito <strong>escolar</strong>,<br />

para o sucesso <strong>escolar</strong> dos alunos e dos jovens».<br />

Governo investiu 900 milhões na rede <strong>escolar</strong><br />

Foram aprovados 606 projectos que envolvem<br />

investimento de 900 milhões de euros para a construção<br />

ou beneficiação de escolas existentes formando<br />

os novos Centros Escolares (pré-<strong>escolar</strong> e<br />

primeiro ciclo) apurou a Lusa junto do Ministério<br />

da Educação. Dos 606 projectos, espalhados por<br />

todo o país, cerca de dois terços respeitam à construção<br />

de novos equipamentos <strong>escolar</strong>es (388) e<br />

os restantes (218) são propostas de reabilitação de<br />

escolas já existentes. A reorganização da rede de<br />

escolas resulta de um trabalho conjunto do Ministério<br />

da Educação com as autarquias, identificando<br />

a situação no terreno para a recuperação ou construção<br />

de estabelecimentos de ensino.

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