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3a. prova - 30/03/2005 - Marcos Dorado - trabalhos\publicações\consórcio\cursos<br />
A panela de pressão permite que os alimentos sejam cozidos<br />
em água muito mais rapi<strong>da</strong>mente do que em panelas<br />
convencionais. Sua tampa possui uma borracha de<br />
ve<strong>da</strong>ção que não deixa o vapor escapar, a não ser através<br />
de um orifício central sobre o qual assenta um peso que<br />
controla a pressão. Quando em uso, desenvolve-se uma<br />
pressão eleva<strong>da</strong> no seu interior. Para a sua operação segura,<br />
é necessário observar a limpeza do orifício central<br />
e a existência de uma válvula de segurança, normalmente<br />
situa<strong>da</strong> na tampa.<br />
O esquema <strong>da</strong> panela de pressão e um diagrama de fase<br />
<strong>da</strong> água são apresentados abaixo.<br />
diagrama de fase <strong>da</strong> água<br />
vapor<br />
líquido<br />
válvula de<br />
segurança<br />
pressão (atm)<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
líquido<br />
vapor<br />
0 20 40 60 80 100 120 140 160<br />
temperatura (ºC)<br />
35. A vantagem do uso de panela de pressão é a rapidez<br />
para o cozimento de alimentos e isto se deve:<br />
a) à pressão no seu interior, que é igual à pressão externa.<br />
b) à temperatura de seu interior, que está acima <strong>da</strong> temperatura<br />
de ebulição <strong>da</strong> água no local.<br />
c) à quanti<strong>da</strong>de de calor adicional que é transferi<strong>da</strong> à panela.<br />
d) à quanti<strong>da</strong>de de vapor que está sendo libera<strong>da</strong> pela<br />
válvula.<br />
e) à espessura <strong>da</strong> sua parede, que é maior que a <strong>da</strong>s panelas<br />
comuns.<br />
36. Se, por economia, abaixarmos o fogo sob uma panela<br />
de pressão logo que se inicia a saí<strong>da</strong> de vapor pela válvula,<br />
de forma simplesmente a manter a fervura, o tempo<br />
de cozimento:<br />
a) será maior porque a panela “esfria”.<br />
b) será menor, pois diminui a per<strong>da</strong> de água.<br />
c) será maior, pois a pressão diminui.<br />
d) será maior, pois a evaporação diminui.<br />
e) não será alterado, pois a temperatura não varia.<br />
37. A construção de grandes projetos hidroelétricos também<br />
deve ser analisa<strong>da</strong> do ponto de vista do regime <strong>da</strong>s<br />
águas e de seu ciclo na região. Em relação ao ciclo <strong>da</strong> água,<br />
pode-se argumentar que a construção de grandes represas:<br />
a) não causa impactos na região, uma vez que a quanti<strong>da</strong>de<br />
total de água <strong>da</strong> Terra permanece constante.<br />
b) não causa impactos na região, uma vez que a água que<br />
alimenta a represa prossegue depois rio abaixo com a<br />
mesma vazão e veloci<strong>da</strong>de.<br />
c) aumenta a veloci<strong>da</strong>de dos rios, acelerando o ciclo <strong>da</strong><br />
água na região.<br />
d) aumenta a evaporação na região <strong>da</strong> represa, acompanha<strong>da</strong><br />
também por um aumento local <strong>da</strong> umi<strong>da</strong>de relativa<br />
do ar.<br />
e) diminui a quanti<strong>da</strong>de de água disponível para a realização<br />
do ciclo <strong>da</strong> água.<br />
Ao observarmos o céu à noite, podemos perceber a presença<br />
de inúmeros corpos cintilantes – alguns planetas,<br />
e muitas estrelas! Durante o dia, a luz intensa de uma<br />
delas, o Sol, ofusca o brilho <strong>da</strong>s demais, e também dos<br />
planetas. Mas...de onde vem a luz <strong>da</strong>s estrelas e, portanto,<br />
do Sol?<br />
O “nascimento” de uma estrela pode ser compreendido<br />
como o momento quando, junto ao centro de gigantescas<br />
nuvens de gás hidrogênio, é atingi<strong>da</strong> a temperatura<br />
de cerca de 15 milhões de graus Celsius e pressão suficiente<br />
para que núcleos de átomos de hidrogênio sejam<br />
“esmagados”, transformando-se em núcleos de hélio, que<br />
vão se acumulando no centro <strong>da</strong> esfera. É possível que,<br />
durante a “vi<strong>da</strong>” <strong>da</strong> estrela, as condições de pressão e temperatura<br />
superem certo limite, além do qual os núcleos<br />
de hélio são fundidos, originando oxigênio ou carbono.<br />
Mas, no caso de estrelas muito grandes, é possível a existência<br />
de condições (cerca de 3 bilhões de graus Celsius)<br />
para a fusão dos núcleos de oxigênio e carbono em núcleos<br />
bem mais pesados, normalmente magnésio, níquel<br />
e ferro. Durante to<strong>da</strong>s essas fusões nucleares, quanti<strong>da</strong>de<br />
gigantesca de energia é libera<strong>da</strong>, parte dela na forma<br />
de luz visível.<br />
Depois de um ano e meio de impasse, os paísesmembros<br />
de um ambicioso projeto de produção de energia<br />
por meio de fusão nuclear finalmente chegaram a<br />
um acordo: vão construir seu reator em Ca<strong>da</strong>rache, no<br />
sul <strong>da</strong> França. O chamado ITER (Reator Internacional<br />
Termonuclear Experimental) deve levar pelo menos dez<br />
anos para ficar pronto, com a promessa de produzir energia<br />
limpa em quanti<strong>da</strong>des ilimita<strong>da</strong>s.<br />
Ao contrário dos reatores de hoje, que dependem <strong>da</strong><br />
chama<strong>da</strong> fissão nuclear (a “quebra” de certos átomos), o<br />
objetivo do ITER é usar a fusão nuclear, a mesma energia<br />
que abastece o núcleo <strong>da</strong>s estrelas. Nesse processo,<br />
dois núcleos de hidrogênio são fundidos, produzindo um<br />
átomo de hélio e grandes quanti<strong>da</strong>des de energia.<br />
O grande desafio é construir um reator capaz de manter<br />
temperaturas de cerca de 100 milhões de graus Celsius<br />
por tempo suficiente para gerar energia. Além do “combustível”<br />
muito barato, a grande vantagem <strong>da</strong> idéia é que<br />
a produção de poluentes seria manti<strong>da</strong> num nível bastante<br />
baixo se compara<strong>da</strong> à <strong>da</strong>s atuais usinas nucleares.<br />
Folha de S. Paulo, caderno Ciência, 29 jun. 2005.<br />
Representação esquemática do reator ITER<br />
CURSINHO DA POLI 11<br />
http://www.fusie-energie.nl/gallerij/pages/ITER.htm<br />
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