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2º dia - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ... - Cursinho da Poli

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N o <strong>da</strong> carteirinha: Sala:<br />

Nome:<br />

Simulado<br />

Novo<br />

ENEM<br />

<strong>Linguagens</strong>, códigos e <strong>suas</strong> tecnologias / Re<strong>da</strong>ção<br />

Matemática e <strong>suas</strong> tecnologias<br />

IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO<br />

1<br />

0009-2<br />

CURSINHO DA POLI


CURSINHO DA POLI<br />

0009-2<br />

2<br />

INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DO SIMULADO<br />

** LEIA COM MUITA ATENÇÃO **<br />

1. Você está recebendo este caderno de questões e um cartão de respostas. Use somente<br />

caneta azul ou preta para resolver a prova e preencher seu cartão de respostas.<br />

Preencha-os de acordo com a orientação do fi scal de sala. Lembre-se de preencher<br />

corretamente com seu número de carteirinha nos quadros devidos.<br />

Importante: não erre a marcação do seu número no cartão de respostas, pois será<br />

através dele que o computador fará a identifi cação. Se você não tiver certeza do<br />

modo correto de preenchimento do cartão, peça orientação ao fi scal de sala.<br />

2. Escreva seu número de carteirinha, seu nome, prédio e sala no seu cartão de respostas,<br />

na parte superior, e também na capa deste caderno, no espaço reservado para isso.<br />

Não escreva ou rabisque na<strong>da</strong> no verso do cartão de respostas.<br />

3. Esta prova contém 90 questões, ca<strong>da</strong> uma com cinco alternativas, <strong>da</strong>s quais somente<br />

uma é correta, e um tema de re<strong>da</strong>ção a ser desenvolvido. Você pode usar qualquer espaço<br />

livre <strong>da</strong> prova para rascunho e os espaços adequados para a re<strong>da</strong>ção no fi nal deste<br />

caderno. Assinale, no cartão de respostas, a alternativa que você julgar correta para<br />

ca<strong>da</strong> questão. Assinale apenas uma alternativa para ca<strong>da</strong> questão, pois será anula<strong>da</strong> a<br />

questão em que for assinala<strong>da</strong> mais de uma alternativa, ou que estiver totalmente em<br />

branco no cartão de respostas. Preste muita atenção para não assinalar uma resposta<br />

no espaço destinado a outra questão.<br />

4. A duração desta prova é de 5h30, e não haverá tempo suplementar para o preenchimento<br />

do cartão de respostas. Faltando cerca de 30 minutos para o término desse<br />

tempo, é aconselhável que você comece a preencher o cartão de respostas (se ain<strong>da</strong><br />

não o tiver feito).<br />

5. É proibido sair do local de prova antes de decorri<strong>da</strong>s duas horas do seu início, por<br />

qualquer motivo.<br />

Boa Prova!


Acervo <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção Patrimônio Histórico <strong>da</strong><br />

Energia de São Paulo<br />

REDAÇÃO<br />

No início do século XX, os carros, principal elemento de composição de um congestionamento, ain<strong>da</strong><br />

eram escassos. Com a falta desse elemento, o trânsito não era problema. Com bondes elétricos funcionando<br />

desde 1900 e a posterior introdução de ônibus (os primeiros, com carroceria de madeira, começaram a<br />

ser montados em 1934), a preocupação <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de era desenvolver e integrar sua malha de transportes.<br />

Com o gradual surgimento dos automóveis, a necessi<strong>da</strong>de de espaço fez as prefeituras criarem inúmeras<br />

novas vias na ci<strong>da</strong>de, como as aveni<strong>da</strong>s Nove de Julho e Ibirapuera, em São Paulo, na déca<strong>da</strong> de 1930. Foi<br />

quando a ci<strong>da</strong>de começou a se modelar para os carros – um processo que não seria sufi ciente para tantas<br />

ro<strong>da</strong>s, eixos e motores, que se acumulariam ao longo <strong>da</strong>s déca<strong>da</strong>s nas ruas e aveni<strong>da</strong>s <strong>da</strong> metrópole.<br />

http://urbani<strong>da</strong>des.arq.br/2008/02/0problema-do-transito/<br />

www.esta<strong>da</strong>o.com.br<br />

Os grandes aglomerados urbanos brasileiros amargam congestionamentos ca<strong>da</strong> vez maiores. De<br />

acordo com <strong>da</strong>dos do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), circulam pelas ruas e estra<strong>da</strong>s<br />

do país cerca de 45 milhões de veículos, entre automóveis, caminhões, motocicletas, tratores e ônibus. A<br />

região Sudeste concentra 24 milhões de veículos, dos quais 6 milhões transitam nos 17 000 quilômetros<br />

de vias <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de São Paulo. Além <strong>da</strong> capital paulista, o Rio de Janeiro, Brasília e Recife são algumas<br />

<strong>da</strong>s capitais que não suportam mais os frequentes engarrafamentos. O trânsito excessivo nas grandes<br />

ci<strong>da</strong>des tem consequências muito mais graves do que os atrasos e transtornos enfrentados <strong>dia</strong>riamente<br />

pelos motoristas. Ele custa muito dinheiro, prejudica a saúde <strong>da</strong> população e atrapalha o crescimento do<br />

país. Portanto, resolver (ou amenizar) o problema não é apenas uma questão de conforto e bem-estar – é<br />

também um importante incentivo ao desenvolvimento econômico e social.<br />

veja.abril.com.br<br />

O sistema de trânsito ocupa um papel de destaque, sob o aspecto social e econômico, na medi<strong>da</strong> em<br />

que envolve, no <strong>dia</strong>-a-<strong>dia</strong>, praticamente todos os ci<strong>da</strong>dãos brasileiros no exercício pleno de seu direito de<br />

ir e vir, de locomover-se livremente para a satisfação de <strong>suas</strong> necessi<strong>da</strong>des. Acompanhando o crescimento<br />

urbano, o fenômeno trânsito passou a ser visto como elemento de preocupação na gestão urbana, principalmente<br />

no que se refere à melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> nas ci<strong>da</strong>des. O trânsito é responsável pela<br />

ocorrência de 300 mil acidentes por ano, que deixam a expressiva marca de 30 mil mortos e outros 350<br />

mil feridos, representando custo anual de cerca de R$ 10 bilhões.<br />

www.ci<strong>da</strong>des.gov.br/denatran<br />

3<br />

0009-2<br />

CURSINHO DA POLI


CURSINHO DA POLI<br />

0009-2<br />

O trânsito <strong>da</strong>s grandes ci<strong>da</strong>des tem sido alvo de constantes reflexões e tem mobilizado urbanistas, geógrafos e<br />

pesquisadores <strong>da</strong>s mais diversas áreas <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de na busca de soluções que garantam maior quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> aos<br />

ci<strong>da</strong>dãos e seu direito de ir e vir. Congestionamentos infindáveis, transporte público de má quali<strong>da</strong>de, desrespeito às<br />

leis de trânsito por parte dos motoristas, violência, poluição ambiental e a falta de planejamento urbano são alguns<br />

dos problemas ime<strong>dia</strong>tamente relacionados a essa questão, o que evidencia sua complexi<strong>da</strong>de.<br />

Tomando como referência todos esses textos e outras informações que julgar pertinentes, crie um texto dissertativo<br />

cuja argumentação respon<strong>da</strong> à seguinte questão:<br />

4<br />

AFINAL, COMO RESOLVER O PROBLEMA DO TRÂNSITO NAS GRANDES CIDADES?<br />

Ao desenvolver seu texto, procure usar o conhecimento adquirido e as reflexões feitas ao longo de sua formação.<br />

Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista, sem ferir os direitos<br />

humanos.<br />

Observações:<br />

Seu texto deve ser escrito na mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de padrão <strong>da</strong> língua portuguesa.<br />

O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.<br />

O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado texto em branco.<br />

O rascunho pode ser feito na última página deste Caderno.<br />

A re<strong>da</strong>ção deve ser passa<strong>da</strong> a limpo na folha própria e escrita a tinta.


A charge a seguir será utiliza<strong>da</strong> nas questões 1 e 2.<br />

COMO OS RICOS<br />

ESTÃO VENDO A<br />

APROXIMAÇÃO<br />

COM OS POBRES?<br />

SEM PROBLEMAS. MEU CARRO<br />

É BLINDADO, O CONDOMÍNIO<br />

TEM SEGURANÇA REFORÇADA,<br />

O APARTAMENTO ALARMES,<br />

CÂMERAS POR TODO LADO E<br />

MEUS FILHOS ESTUDAM FORA<br />

DO PAÍS!<br />

Jornal <strong>da</strong> UFRJ, ano 3, n. 35, jun. 2008.<br />

1. O humor presente na charge decorre, principalmente:<br />

a) do texto não-verbal, já que o rico entrevistado é retratado<br />

de forma irônica.<br />

b) do fato de o rico entrevistado ter entendido erroneamente<br />

a pergunta do entrevistador.<br />

c) <strong>da</strong> ignorância do entrevistado rico em relação à vi<strong>da</strong><br />

dos pobres.<br />

d) do modo como o entrevistador refere-se àqueles que<br />

têm baixo poder aquisitivo.<br />

e) <strong>da</strong> ausência de proximi<strong>da</strong>de entre os filhos do rico<br />

entrevistado e as pessoas mais pobres.<br />

2. Qual termo ou expressão é responsável pelo malentendido<br />

ocorrido entre o entrevistador e o entrevistado?<br />

a) ricos<br />

b) pobres<br />

c) estão vendo<br />

d) aproximação<br />

e) sem problemas<br />

3. Considere a frase: “Reforço do Palmeiras opera antes<br />

<strong>da</strong> estreia” (Folha de S. Paulo, 10 jan. 2009, p. D4).<br />

A manchete tem duplo sentido, o que prejudica o entendimento<br />

<strong>da</strong> mensagem. Considerando o objetivo <strong>da</strong><br />

notícia, esse problema poderia ter sido evitado com a<br />

seguinte re<strong>da</strong>ção:<br />

a) antes <strong>da</strong> estreia, reforço do Palmeiras opera.<br />

b) opera reforço do Palmeiras antes <strong>da</strong> estreia<br />

c) reforço do Palmeiras é operado antes <strong>da</strong> estreia.<br />

d) reforço palmeirense opera antes <strong>da</strong> estreia.<br />

e) reforço do Palmeiras opera-se antes <strong>da</strong> estreia.<br />

4.<br />

Um homem, viajando sem destino, foi parar no<br />

velho Oeste. E mais do que isso. Acabou de sentinela<br />

no forte de um general americano. Um <strong>dia</strong>, ao raiar<br />

do sol, o homem descobre um bando de índios que se<br />

aproximavam rapi<strong>da</strong>mente do forte.<br />

– General, general. Índios à vista!<br />

O general, então, lá de dentro do forte, lhe pergunta:<br />

– São amigos?<br />

– Devem ser, general. Estão todos juntos.<br />

Ziraldo. As melhores anedotas do mundo.<br />

Rio de Janeiro: Globo, 1988. (a<strong>da</strong>ptado)<br />

Ao contrário do que ocorre na frase <strong>da</strong> questão anterior,<br />

a ambigui<strong>da</strong>de (ou seja, o duplo sentido) aqui é estilística:<br />

é nela que reside o humor do texto. A frase responsável<br />

pelo duplo sentido <strong>da</strong> anedota de Ziraldo é:<br />

a) “São amigos?”<br />

b) “Devem ser, general.”<br />

c) “Estão todos juntos.”<br />

d) “Índios à vista!”<br />

e) “bando de índios que se aproximavam rapi<strong>da</strong>mente<br />

do forte.”<br />

Leia o poema a seguir e respon<strong>da</strong> às questões 5 e 6.<br />

1<br />

5<br />

10<br />

Os poemas<br />

Os poemas são pássaros que chegam<br />

não se sabe de onde e pousam<br />

no livro que lês.<br />

Quando fechas o livro, eles alçam voo<br />

como de um alçapão.<br />

Eles não têm pouso<br />

nem porto<br />

alimentam-se um instante em ca<strong>da</strong> par de mãos<br />

e partem.<br />

E olhas, então, essas tuas mãos vazias,<br />

no maravilhoso espanto de saberes<br />

que o alimento deles já estava em ti...<br />

Mário Quintana. Esconderijos do tempo.<br />

Porto Alegre: L&PM, 1980.<br />

5. A expressão “deles” (v. 12) retoma o termo:<br />

a) pássaros<br />

b) eles<br />

c) poemas<br />

d) mãos<br />

e) alimento<br />

5<br />

0009-2<br />

CURSINHO DA POLI


CURSINHO DA POLI<br />

0009-2<br />

6. Considere as seguintes afi rmações:<br />

I. O texto é um poema que fala sobre poemas e, portanto,<br />

pode ser considerado metalinguístico.<br />

II. O primeiro verso contém uma metáfora, ou seja, uma<br />

comparação implícita.<br />

III. As imagens cria<strong>da</strong>s pelo poeta para explicitar o que é<br />

um poema são: “pássaros”, “porto” e “mãos vazias”.<br />

Consideramos corretas apenas a(s) proposição(ões):<br />

a) I<br />

b) II<br />

c) III<br />

d) I e II<br />

e) I, II e III<br />

7. Observe a seguinte reprodução de uma pintura de<br />

Debret:<br />

Palmatória, Jean-Baptiste Debret.<br />

O tratamento, retratado na pintura, oferecido aos escravos<br />

brasileiros – os quais eram, muitas vezes, castigados<br />

cruelmente no ambiente de trabalho – também pode<br />

ser encontrado no seguinte excerto:<br />

a) Ontem a Serra Leoa,<br />

A guerra, a caça ao leão,<br />

O sono dormido à toa<br />

Sob as ten<strong>da</strong>s d’amplidão!<br />

Hoje... o porão negro, fundo,<br />

Infecto, apertado, imundo,<br />

Tendo a peste por jaguar...<br />

E o sono sempre cortado<br />

Pelo arranco de um finado,<br />

E o baque de um corpo ao mar...<br />

6<br />

Castro Alves, “O navio negreiro”, 1869.<br />

b) uma prenha pela frente<br />

dois que saem no tapa<br />

no último banco se instala um samba<br />

um carinha se pica pela traseira<br />

o ceguinho dizendo que é o cobrador especial<br />

uma <strong>da</strong>ma cochilando de bobeira<br />

uma zorra total, suando que é um horror<br />

e a gente espumando de raiva<br />

‘Leva o carro motô!’<br />

José Carlos Limeira, “Leva o carro”, 2001<br />

c) A professora tinha sangue azul<br />

na palma e na alma.<br />

Nós não sabíamos na<strong>da</strong> dos verbos<br />

mas também não obedecíamos ao seu sangue azul:<br />

Cláudio mijava na sala<br />

Ari espiava as coxas-meninas e<br />

Eu ouvia a professora de sangue azul explicar<br />

“que nós faz”<br />

não é direito<br />

nem perfeito.<br />

Jônatas Conceição <strong>da</strong> Silva, “Na escola”,1989.<br />

d) A treze de maio<br />

Fica decretado<br />

Luto oficial na<br />

Comuni<strong>da</strong>de negra.<br />

E serão vistos<br />

Com maus olhos<br />

Aqueles que comemorarem,<br />

Festivamente,<br />

Esse treze inútil. E fica o lembrete:<br />

Liber<strong>da</strong>de se toma<br />

Não se recebe<br />

Digni<strong>da</strong>de se adquire<br />

Não se concede.<br />

Éle Semog, “Se ela faz eu desfaço”, 1979.<br />

e) Ó Fulô! Ó Fulô!<br />

(Era a fala <strong>da</strong> Sinhá<br />

Chamando a negra Fulô!)<br />

Cadê meu frasco de cheiro<br />

Que teu Sinhô me mandou?<br />

– Ah! Foi você que roubou!<br />

Ah! Foi você que roubou!<br />

Essa negra Fulô!<br />

Essa negra Fulô!<br />

O Sinhô foi ver a negra<br />

levar couro do feitor.<br />

A negra tirou a roupa,<br />

O Sinhô disse: Fulô!<br />

(A vista se escureceu<br />

que nem a negra Fulô).<br />

Jorge de Lima, “Essa negra Fulô”, 1929.<br />

8. Leia o seguinte poema de Oswald de Andrade e assinale<br />

a alternativa correta.<br />

O gramático<br />

Os negros discutiam<br />

Que o cavalo sipantou<br />

Mas o que mais sabia<br />

Disse que era<br />

Sipantarrou.<br />

fonte: www.revista.agulha.nom.br/oswal.html#ogramatico


a) O título do poema demonstra uma ironia por parte<br />

do autor em relação ao modo de falar do negro brasileiro.<br />

b) O autor demonstra preocupação com a cultura popular<br />

brasileira a partir <strong>da</strong> valorização <strong>da</strong> linguagem<br />

coloquial do negro.<br />

c) O autor desrespeita o negro, pois cria para ele um<br />

modo de falar que não existe, o que se pode perceber<br />

pelo termo “sipantarrou”.<br />

d) O negro mais erudito, ou seja, aquele a quem o poema<br />

se refere como “gramático”, utiliza-se <strong>da</strong> norma culta<br />

<strong>da</strong> língua.<br />

e) O eu lírico do poema critica a falta de educação do<br />

negro brasileiro e, portanto, denuncia a desigual<strong>da</strong>de<br />

social.<br />

Leia os trechos a seguir e depois respon<strong>da</strong> às questões<br />

9 a 13.<br />

texto 1<br />

– Enterra o corpo de tua esposa ao pé do coqueiro<br />

que tu amavas. Quando o vento do mar soprar nas<br />

folhas, Iracema pensará que é tua voz que fala entre<br />

seus cabelos.<br />

.........................<br />

O camucim, que recebeu o corpo de Iracema, embebido<br />

de resinas odoríferas, foi enterrado ao pé do<br />

coqueiro, à bor<strong>da</strong> do rio. Martim quebrou um ramo<br />

de murta, a folha <strong>da</strong> tristeza, e deitou-o no jazigo de<br />

sua esposa.<br />

A jan<strong>da</strong>ia pousa<strong>da</strong> no olho <strong>da</strong> palmeira repetia<br />

tristemente:<br />

– Iracema!<br />

..........................<br />

O cajueiro fl oresceu quatro vezes depois que Martim<br />

partiu <strong>da</strong>s praias do Ceará, levando no frágil barco o<br />

fi lho e o cão fi el. A jan<strong>da</strong>ia não quis deixar a terra onde<br />

repousava sua amiga e senhora.<br />

..........................<br />

A jan<strong>da</strong>ia cantava ain<strong>da</strong> no olho do coqueiro; mas<br />

não repetia já o mavioso nome de Iracema.<br />

Tudo passa sobre a terra.<br />

José de Alencar. Iracema. Cotia, SP: Ateliê, 2006, p. 247-253.<br />

texto 2<br />

[...]<br />

Terceiro mundo se for<br />

Pia<strong>da</strong> no exterior<br />

Mas o Brasil vai fi car rico<br />

Vamos faturar um milhão<br />

Quando vendermos to<strong>da</strong>s as almas<br />

Dos nossos índios em um leilão.<br />

Que país é este<br />

Legião Urbana/Renato Russo, “Que país é este”.<br />

texto 3<br />

Linguistas e missionários vêm mapeando a situação<br />

<strong>da</strong>s línguas no Brasil, no vácuo <strong>da</strong>s informações ofi ciais<br />

sobre o assunto. Além <strong>da</strong> lista elabora<strong>da</strong> pelo linguista<br />

Aryon Rodrigues, há duas outras fontes que pretendem<br />

apresentar o quadro geral linguístico do país.<br />

Em fevereiro de 2009, a Unesco lançou um atlas de<br />

línguas ameaça<strong>da</strong>s de extinção em todo o mundo. Só<br />

no Brasil foram contabilizados 190 idiomas, com graus<br />

variados de risco de desaparecimento. Os <strong>da</strong>dos foram<br />

reunidos a partir de uma compilação de pesquisas<br />

anteriores feitas por diversos linguistas, e que por isso<br />

muitas vezes são irregulares.<br />

Bruna Franchetto, ao lado do linguista do Museu<br />

Paraense Emilio Goeldi Denny Moore, liderou a compilação<br />

no Brasil, que classifi cou 45 línguas como em<br />

risco crítico de extinção.<br />

Também em 2009, em junho, foi lança<strong>da</strong> a pesquisa<br />

Ethnologue, feita pelo SIL (Summer Institute of Linguistics)<br />

– uma organização cristã que mapeia línguas pelo<br />

mundo visando à tradução <strong>da</strong> Bíblia. O Brasil é um dos<br />

principais focos de atuação dos missionários, que, em<br />

muitos casos, são também linguistas.<br />

Muitos acadêmicos no entanto criticam os métodos<br />

do SIL por interferir diretamente na cultura original dos<br />

índios.<br />

fonte: http://treinamento.folhasp.com.br/linguasdobrasil/<br />

linguascenso.html<br />

9. No texto 1, é narra<strong>da</strong> a morte de Iracema. Sabe-se<br />

que o nome <strong>da</strong> heroína indígena é um anagrama (rearranjo<br />

<strong>da</strong>s letras de uma palavra para formar outra)<br />

de América, fato que pode ser interpretado como uma<br />

marca <strong>da</strong> trajetória <strong>da</strong> ín<strong>dia</strong>, que se confunde com a dos<br />

ameríndios em geral, terminando em extinção. Costuma-se<br />

utilizar o nome “genocídio” para o assassinato<br />

físico em massa de pessoas; e o nome “etnocídio” para<br />

a destruição de uma etnia, ou seja, <strong>da</strong> cultura de um<br />

povo, como aconteceu a grande parte dos indígenas.<br />

Encontre a alternativa que, no romance de José de<br />

Alencar, pode representar essa per<strong>da</strong> cultural.<br />

a) Iracema, antes de morrer, pede para ser enterra<strong>da</strong> ao<br />

pé de seu coqueiro favorito, mas não é atendi<strong>da</strong>, o<br />

que caracteriza o desprezo do branco.<br />

b) O ramo de murta, planta europeia, que Martim quebra<br />

sobre o jazigo de Iracema, pode ser interpretado como<br />

a alegria <strong>da</strong> vitória do branco sobre o índio.<br />

c) Martim, quatro anos após a morte de sua ama<strong>da</strong> Iracema,<br />

volta para visitar o túmulo, mas o corpo havia sido roubado,<br />

o que mostra o descaso do branco pelo índio.<br />

d) A jan<strong>da</strong>ia, que ficou no coqueiro cantando o nome de<br />

Iracema, com o tempo deixa de fazê-lo, o que pode<br />

ser entendido como o esquecimento <strong>da</strong> ín<strong>dia</strong> e de sua<br />

cultura.<br />

e) Em “Tudo passa sobre a terra”, pode-se inferir que o<br />

autor previu o desaparecimento <strong>da</strong> cultura indígena,<br />

assim como o <strong>da</strong> europeia, conforme podemos observar<br />

no Brasil de hoje.<br />

7<br />

0009-2<br />

CURSINHO DA POLI


CURSINHO DA POLI<br />

0009-2<br />

10. No texto 2, a morte dos índios é abor<strong>da</strong><strong>da</strong> em um<br />

tom de:<br />

a) tristeza, como ocorre em Iracema, que serviu de inspiração<br />

para a canção.<br />

b) humor negro, já que se trata de uma pia<strong>da</strong> sobre os<br />

mortos.<br />

c) ironia, expressa na comercialização <strong>da</strong>s almas dos<br />

índios para enriquecer o país.<br />

d) indiferença, já que o texto não propõe nenhuma<br />

reflexão sobre esse problema.<br />

e) mágoa, uma vez que o autor deixa claro que é descendente<br />

de índios.<br />

11. No texto 3, a ideia de etnocídio no Brasil aparece de<br />

forma mais precisa em:<br />

a) “Linguistas e missionários vêm mapeando a situação<br />

<strong>da</strong>s línguas no Brasil, no vácuo <strong>da</strong>s informações oficiais<br />

sobre o assunto.”<br />

b) “Em fevereiro de 2009, a Unesco lançou um atlas de<br />

línguas ameaça<strong>da</strong>s de extinção em todo o mundo.”<br />

c) “Só no Brasil foram contabilizados 190 idiomas, com<br />

graus variados de risco de desaparecimento.”<br />

d) “Os <strong>da</strong>dos foram reunidos a partir de uma compilação<br />

de pesquisas anteriores feitas por diversos linguistas,<br />

e que por isso muitas vezes são irregulares.”<br />

e) “Bruna Franchetto, ao lado do linguista do Museu<br />

Paraense Emilio Goeldi Denny Moore, liderou a compilação<br />

no Brasil, que classificou 45 línguas como em<br />

risco crítico de extinção.”<br />

12. Além do verso “Quando vendermos to<strong>da</strong>s as almas<br />

dos nossos índios num leilão”, de “Que país é este”, outras<br />

canções brasileiras também aludem ao extermínio<br />

físico e/ou cultural do índio. Assinale a alternativa que<br />

contenha um exemplo:<br />

a) “Ver TV a cores na taba de um índio programa<strong>da</strong> pra<br />

só dizer ‘sim’, ‘sim’” (“Brasil”, Cazuza / George Israel /<br />

Nilo Roméro)<br />

b) “Um índio descerá de uma estrela colori<strong>da</strong> e brilhante”<br />

(Um índio”, Caetano Veloso)<br />

c) “Apesar <strong>da</strong> minha roupa, também sou índio” (“Cara<br />

de índio”, Djavan)<br />

d) “To<strong>da</strong> nossa tribo... somos todos índios” (Vinicius<br />

Cantuária / Evandro Mesquita)<br />

e) “Os estu<strong>da</strong>ntes e operários que passavam <strong>da</strong>vam risa<strong>da</strong><br />

e gritavam: ‘Viva o índio do Xingu!’” (“Um sonho”,<br />

Gilberto Gil)<br />

13. Em “Só no Brasil foram contabilizados 190 idiomas,<br />

com graus variados de risco de desaparecimento”, o<br />

vocábulo só tem o mesmo signifi cado que em:<br />

a) Só, em casa, o velho via antigas fotografias.<br />

b) Só no primeiro álbum havia dezenas de fotos, to<strong>da</strong>s<br />

em preto-e-branco.<br />

8<br />

c) A só alegria que sentiu foi quando encontrou uma<br />

foto desapareci<strong>da</strong> <strong>da</strong> ama<strong>da</strong>.<br />

d) Então, só, olhava ao redor, mas não encontrava ninguém.<br />

e) Deitou-se e, depois de um tempo, expirou só, enquanto<br />

dormia.<br />

Textos para as questões 14 e 15:<br />

texto 1<br />

HUGO – Laerte<br />

SANTA EDWIGES, AJUDE-ME<br />

A PAGAR OS SETE MILHÕES<br />

QUE EU DEVO PRA MÁFIA E<br />

EU LHE ACENDO UMA VELA!!<br />

texto 2<br />

TÁ BOM,<br />

DUAS<br />

VELAS.<br />

www.laerte.com.br<br />

“Prometo rezar mil padre-nossos e mil ave-marias,<br />

se José Dias arranjar que eu não vá para o seminário.”<br />

A soma era enorme. A razão é que eu an<strong>da</strong>va carregado<br />

de promessas não cumpri<strong>da</strong>s. [...] Realmente,<br />

a matéria do benefício era agora imensa, não menos<br />

que a salvação ou o naufrágio <strong>da</strong> minha existência<br />

inteira. Mil, mil, mil. Era preciso uma soma que pagasse<br />

os atrasados todos. Deus po<strong>dia</strong> muito bem, irritado<br />

com os esquecimentos, negar-se a ouvir-me sem muito<br />

dinheiro... Homem grave, é possível que estas agitações<br />

de menino te enfadem, se é que não as achas ridículas.<br />

Sublimes não eram. Cogitei muito no modo de resgatar<br />

a dívi<strong>da</strong> espiritual. Não achava outra espécie em que,<br />

me<strong>dia</strong>nte a intenção, tudo se cumprisse, fechando a<br />

escrituração <strong>da</strong> minha consciência moral sem defi cit.<br />

Machado de Assis. Dom Casmurro.<br />

Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008, p. 952-53.<br />

14. Em ambos os textos pode-se observar que:<br />

a) as promessas religiosas são trata<strong>da</strong>s com serie<strong>da</strong>de e<br />

genuína devoção.<br />

b) as promessas religiosas são trata<strong>da</strong>s com desprezo e<br />

escárnio pela fé.<br />

c) as promessas religiosas são trata<strong>da</strong>s como transação<br />

comercial.<br />

d) as promessas religiosas são trata<strong>da</strong>s com crítica feroz<br />

à ven<strong>da</strong> de indulgência.<br />

e) as promessas religiosas seguem fielmente os rituais<br />

católicos.<br />

15. As promessas feitas por Hugo, na tirinha de Laerte,<br />

e Bentinho, no livro de Machado, têm como característica:<br />

a) o pagamento de Hugo ser exagerado e o de Bentinho<br />

mais avarento.


) o pagamento de Hugo ser mais avarento e o de Bentinho<br />

mais exagerado.<br />

c) o pagamento de ambos ser adequado à graça que<br />

pretendem receber.<br />

d) o pagamento de ambos ser exagerado.<br />

e) o pagamento de ambos ser avarento.<br />

Texto para as questões 16 e 17:<br />

Ela saltou em meio <strong>da</strong> ro<strong>da</strong>, com os braços na cintura,<br />

rebolando as ilhargas e bamboleando a cabeça, ora<br />

para a esquer<strong>da</strong>, ora para a direita, como numa sofreguidão<br />

de gozo carnal, num requebrado luxurioso que<br />

a punha ofegante; já correndo de barriga empina<strong>da</strong>; já<br />

recuando de braços estendidos, a tremer to<strong>da</strong>, como se<br />

se fosse afun<strong>da</strong>ndo num prazer grosso que nem azeite,<br />

em que se não toma pé e nunca se encontra fundo.<br />

Depois, como se voltasse à vi<strong>da</strong>, soltava um gemido<br />

prolongado, estalando os dedos no ar e vergando as<br />

pernas, descendo, subindo, sem nunca parar com os<br />

quadris, e em segui<strong>da</strong> sapateava, miúdo e cerrado,<br />

freneticamente, erguendo e abaixando os braços, que<br />

dobrava, ora um, ora outro, sobre a nuca, enquanto a<br />

carne lhe fervia to<strong>da</strong>, fi bra por fi bra, tirilando.<br />

Aluísio Azevedo. O cortiço. São Paulo: O Estado<br />

de S. Paulo/Klick, 1997, p. 62.<br />

16. Com relação ao trecho acima, há uma série de<br />

verbos no gerúndio, como “rebolando” e “bamboleando”,<br />

que contribuem para caracterizar a <strong>da</strong>nça <strong>da</strong><br />

personagem Rita Baiana. O efeito criado por essa forma<br />

verbal realça:<br />

a) a lentidão dos gestos de Rita, que são bem coreografados.<br />

b) o dinamismo e a sensuali<strong>da</strong>de dos movimentos de<br />

Rita.<br />

c) a fragmentação <strong>da</strong> cena, marca<strong>da</strong> pela angústia do<br />

esforço de Rita.<br />

d) o humor, causado pelos passos desajeitados de Rita.<br />

e) a rapidez convulsiva, já que Rita estava doente e<br />

febril.<br />

17. “[...] e em segui<strong>da</strong> sapateava, miúdo e cerrado,<br />

freneticamente, erguendo e abaixando os braços, que<br />

dobrava, ora um, ora outro, sobre a nuca [...]”<br />

Ain<strong>da</strong> sobre o texto anterior, os termos destacados no<br />

fragmento acima, de acordo com o contexto, podem<br />

ser classifi cados como:<br />

a) aditivos.<br />

b) adversativos.<br />

c) alternativos.<br />

d) conclusivos.<br />

e) explicativos.<br />

18.<br />

figura 1<br />

Cena do fi lme O sétimo selo, Ingmar Bergman, 1957<br />

figura 2<br />

OS ÚLTIMOS DIAS DO CAPITALISMO<br />

– Eu arrisco! O dinheiro não é meu, mesmo!<br />

Charge de Angeli, Folha de S. Paulo, 2008<br />

O sétimo selo tem como contexto a Europa no século<br />

XIV, durante a Peste Negra, e mostra o retorno de um<br />

cavaleiro ao seu país, depois de ter lutado por dez anos<br />

nas Cruza<strong>da</strong>s. Ao encontrar a Morte, que pretende leválo,<br />

o cavaleiro então sugere uma parti<strong>da</strong> de xadrez, para<br />

tentar continuar vivo. Bergman faz do fi lme um retrato<br />

do declínio <strong>da</strong> era medieval.<br />

Angeli, em sua charge, aproveita a cena do fi lme para<br />

ironizar as decisões do governo Bush com relação à<br />

quebra do banco Lehman Brothers, que se tornou o<br />

estopim <strong>da</strong> atual crise econômica mun<strong>dia</strong>l, e com ela<br />

uma possível derroca<strong>da</strong> do sistema capitalista como o<br />

conhecemos.<br />

Com base nas imagens e informações acima, podemos<br />

afi rmar que o recurso empregado pelo autor <strong>da</strong> fi gura<br />

2, com relação à fi gura 1, é:<br />

9<br />

0009-2<br />

CURSINHO DA POLI


CURSINHO DA POLI<br />

0009-2<br />

a) a metalinguagem, pois se trata de uma linguagem, a<br />

charge, utiliza<strong>da</strong> para descrever outra linguagem, o<br />

filme.<br />

b) a paró<strong>dia</strong>, pois se trata de uma imitação, a charge, que<br />

possui efeito cômico, ridicularizando o filme.<br />

c) o plágio, pois o autor <strong>da</strong> charge apresentou como sua<br />

uma ideia de outro, o autor do filme.<br />

d) a intertextuali<strong>da</strong>de, pois há o diálogo de um texto, a<br />

charge, com outro, o filme.<br />

e) inspiração, pois o autor <strong>da</strong> charge foi estimulado a<br />

criá-la exclusivamente pelo autor do filme.<br />

Textos para as questões 19 a 21:<br />

texto 1<br />

10<br />

A formiga má<br />

Já houve entretanto, uma formiga má que não<br />

soube compreender a cigarra e com dureza a repeliu<br />

de sua porta.<br />

Foi isso na Europa, em pleno inverno, quando a neve<br />

recobria o mundo com seu cruel manto de gelo.<br />

A cigarra, como de costume, havia cantado sem<br />

parar o estio inteiro e o inverno veio encontrá-la desprovi<strong>da</strong><br />

de tudo, sem casa onde abrigar-se nem folhinhas<br />

que comesse.<br />

Desprovi<strong>da</strong>, bateu à porta <strong>da</strong> formiga e implorou –<br />

emprestado, notem! – uns miseráveis restos de comi<strong>da</strong>.<br />

Pagaria com juros altos aquela comi<strong>da</strong> de empréstimo,<br />

logo que o tempo o permitisse.<br />

Mas a formiga era uma usurária sem entranhas.<br />

Além disso, invejosa. Como não soubesse cantar, tinha<br />

ódio à cigarra por vê-la queri<strong>da</strong> de todos os seres.<br />

– Que fazia você durante o bom tempo?<br />

– Eu... eu cantava!...<br />

– Cantava? Pois <strong>da</strong>nce agora, vagabun<strong>da</strong>! – e fechou-lhe<br />

a porta no nariz.<br />

Resultado: a cigarra ali morreu entanguidinha; e<br />

quando voltou a primavera o mundo apresentava um<br />

aspecto mais triste. É que faltava na música do mundo<br />

o som estridente <strong>da</strong>quela cigarra, morta por causa <strong>da</strong><br />

avareza <strong>da</strong> formiga. Mas se a usurária morresse, quem<br />

<strong>da</strong>ria pela falta dela?<br />

“Os artistas – poetas, pintores, escritores, músicos<br />

– são as cigarras <strong>da</strong> humani<strong>da</strong>de”.<br />

Monteiro Lobato. Fábulas. Rio de Janeiro: Globo, 2009, p. 13.<br />

texto 2<br />

Alegoria: 1. Exposição de um pensamento sob forma<br />

fi gura<strong>da</strong>. 2. Ficção que representa uma coisa para <strong>da</strong>r<br />

ideia de outra. 3. Sequência de metáforas que signifi cam<br />

uma coisa nas palavras e outra no sentido.<br />

Novo Dicionário Aurélio <strong>da</strong> Língua Portuguesa. 3. ed. Curitiba:<br />

Positivo, revista e atualiza<strong>da</strong> do Aurélio Século XXI,<br />

O Dicionário <strong>da</strong> Língua Portuguesa, 2004.<br />

19. De acordo com os dois textos, a alegoria presente<br />

na fábula de Monteiro Lobato pode ser melhor interpreta<strong>da</strong><br />

em:<br />

a) A cigarra, que é a figura do artista, não teve sua ativi<strong>da</strong>de<br />

valoriza<strong>da</strong> pela formiga, que simboliza o capitalista<br />

prático.<br />

b) A cigarra, por ser artista, deveria viver como parasita,<br />

às custas <strong>da</strong> formiga, que representa o trabalhador.<br />

c) A cigarra, símbolo <strong>da</strong> malandragem e <strong>da</strong> boemia,<br />

mereceu o castigo imposto pela formiga, que exerce<br />

o papel de juiz.<br />

d) A cigarra, mártir <strong>da</strong> classe popular, sacrifica-se para<br />

denunciar a exploração <strong>da</strong> formiga, representante do<br />

burguês.<br />

e) A cigarra, artista limita<strong>da</strong> que só sabia cantar, mas<br />

não <strong>da</strong>nçar, foi por isso despreza<strong>da</strong> pela exigente<br />

formiga.<br />

20. De acordo com o texto 2, de uma maneira geral não<br />

podem ser considerados exemplos de alegoria:<br />

a) as parábolas, como a <strong>da</strong> Ovelha Desgarra<strong>da</strong>, de Jesus,<br />

que mostra um pastor que consegue recuperar um<br />

animal que se perdeu do rebanho.<br />

b) os apólogos, como um de Machado de Assis que narra<br />

a discussão entre uma agulha e um novelo de linha.<br />

c) os autos, como o <strong>da</strong> Barca do Inferno, que mostra<br />

dois juízes, o Anjo e o Diabo, decidindo o destino de<br />

almas.<br />

d) os ditados populares, como, por exemplo, “mais vale<br />

um pássaro na mão do que dois voando”.<br />

e) os romances documentais, como O cortiço, que analisa<br />

cientificamente o comportamento dos seres humanos<br />

num ambiente coletivo.<br />

21. No fragmento do texto 1 “Mas a formiga era uma<br />

usurária sem entranhas”, a expressão em destaque,<br />

dentro do contexto, signifi ca que:<br />

a) a formiga não tinha cérebro, ou seja, inteligência.<br />

b) a formiga não tinha nervos, ou seja, paciência.<br />

c) a formiga não tinha coração, ou seja, compaixão.<br />

d) a formiga não tinha estômago, ou seja, apetite.<br />

e) a formiga não tinha pulmões, ou seja, voz para<br />

cantar.<br />

22.<br />

Café com pão<br />

Café com pão<br />

Café com pão<br />

Trem de ferro<br />

Virge Maria que foi isto maquinista?


Agora sim<br />

Café com pão<br />

Agora sim<br />

Voa, fumaça<br />

Corre, cerca<br />

Ai seu foguista<br />

Bota fogo<br />

Na fornalha<br />

Que eu preciso<br />

Muita força<br />

Muita força<br />

Muita força<br />

[...]<br />

Manuel Bandeira. Estrela <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> inteira.<br />

Rio de Janeiro: José Olympio, 1989, p. 132.<br />

No texto acima, o poeta vale-se de um jogo de sonori<strong>da</strong>de<br />

que se aproxima <strong>da</strong> onomatopeia, palavra que<br />

imita o som <strong>da</strong>s coisas, animais etc., no caso, o som<br />

produzido por um trem a vapor em pleno movimento.<br />

Também ocorre a prosopopeia ou personifi cação, pois<br />

o trem, inanimado, adquire características humanas,<br />

como a capaci<strong>da</strong>de de falar. Assinale a alternativa em<br />

que são utilizados os mesmos recursos.<br />

a) De repente <strong>da</strong> calma fez-se o vento<br />

Que dos olhos desfez a última chama<br />

E <strong>da</strong> paixão fez-se o pressentimento<br />

E do momento imóvel fez-se o drama<br />

b) Quando os sons dos violões vão soluçando,<br />

Quando os sons dos violões nas cor<strong>da</strong>s gemem,<br />

E vão dilacerando e deliciando,<br />

Rasgando as almas que nas sombras tremem.<br />

c) Amor é fogo que arde sem se ver,<br />

é feri<strong>da</strong> que dói, e não se sente;<br />

é um contentamento descontente,<br />

é dor que desatina sem doer.<br />

d) No meio do caminho tinha uma pedra<br />

tinha uma pedra no meio do caminho<br />

tinha uma pedra<br />

no meio do caminho tinha uma pedra.<br />

e) “Ora (direis) ouvir estrelas! Certo<br />

Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,<br />

Que, para ouvi-las, muita vez desperto<br />

E abro as janelas, pálido de espanto...<br />

Textos para as questões 23 a 27:<br />

texto 1<br />

texto 2<br />

Saudosa maloca<br />

Si o senhor não tá lembrado<br />

Dá licença de contá<br />

Que aqui onde agora está<br />

Esse edifício arto<br />

Era uma casa véia<br />

Um palacete assobra<strong>da</strong>do<br />

Foi aqui, seu moço<br />

Que eu, Mato Grosso e o Joca<br />

Construímos nossa maloca<br />

Mais um <strong>dia</strong><br />

nóis nem pode se alembrá<br />

Veio os home cas ferramentas<br />

O dono mandô derrubá<br />

Peguemos tudo as nossas coisa<br />

E fumos pro meio <strong>da</strong> rua<br />

Preciá a demolição<br />

Que tristeza que nóis sentia<br />

Ca<strong>da</strong> tauba que caía<br />

Duía no coração<br />

Mato Grosso quis gritá<br />

Mas em cima eu falei:<br />

Os homi tá ca razão<br />

Nós arranja outro lugá<br />

Só se conformemos quando o Joca falou:<br />

“Deus dá o frio conforme o cobertô”<br />

E hoje nóis pega a paia nas grama do jardim<br />

E prá esquecê nóis cantemos assim:<br />

Saudosa maloca, maloca queri<strong>da</strong>,<br />

Que dim donde nóis passemos <strong>dia</strong>s feliz de nossa vi<strong>da</strong><br />

Adoniran Barbosa<br />

fonte: http://letras.terra.com.br/adoniran-barbosa/43969/<br />

A notícia <strong>da</strong> construção de um parque às margens<br />

do rio Tietê, na capital paulista, levou apreensão aos<br />

moradores <strong>da</strong> área. O governo do Estado vai desapropriar<br />

5 100 famílias a partir do fi nal de 2010 para<br />

construir o Várzeas do Tietê, “maior parque linear do<br />

mundo”, conforme anunciou hoje o governador José<br />

Serra (PSDB). [...] Serra prometeu hoje, <strong>dia</strong>nte de uma<br />

plateia de cerca de cem pessoas no Parque Ecológico<br />

do Tietê, que as famílias serão leva<strong>da</strong>s para mora<strong>dia</strong>s<br />

populares “perto” do local onde atualmente moram. [...]<br />

Neves, de 57 anos, 32 deles vividos nessa vizinhança, foi<br />

surpreendido pela notícia <strong>da</strong> construção do parque linear<br />

– e <strong>da</strong>s desapropriações. “Ninguém conversou na<strong>da</strong><br />

disso com a gente”, disse. “Vou atrás <strong>da</strong>s informações<br />

a partir de agora.”<br />

http://noticias.uol.com.br/ultnot/agencia/2009/07/20/<br />

ult4469u43917.jhtm<br />

11<br />

0009-2<br />

CURSINHO DA POLI


CURSINHO DA POLI<br />

0009-2<br />

23. Ambos os textos têm como tema comum:<br />

a) a denúncia <strong>da</strong>s condições precárias de saneamento<br />

básico <strong>da</strong> população carente.<br />

b) a descrição <strong>da</strong>s mora<strong>dia</strong>s deteriora<strong>da</strong>s onde as pessoas<br />

habitavam antes do despejo.<br />

c) a desapropriação de residências e a consequente<br />

reação dos moradores <strong>dia</strong>nte disso.<br />

d) a insensibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s autori<strong>da</strong>des <strong>dia</strong>nte <strong>da</strong> expulsão<br />

<strong>da</strong>s pessoas de seus lares.<br />

e) a construção de um parque em área de mananciais<br />

onde pessoas vivem irregularmente.<br />

24. Ain<strong>da</strong> sobre os dois textos, é possível afi rmar que:<br />

a) no texto 1, os moradores foram realocados, enquanto<br />

no texto 2 isso não irá acontecer.<br />

b) nos textos 1 e 2, os moradores seriam realocados.<br />

c) nos textos 1 e 2, os moradores não foram, nem serão<br />

realocados.<br />

d) no texto 1, os moradores não foram realocados, enquanto<br />

no texto 2 isso irá acontecer.<br />

e) em ambos, as autori<strong>da</strong>des se comprometem realocar<br />

os moradores desapropriados.<br />

25. No texto 1, ocorrem diversos desvios gramaticais,<br />

como “tá”, “arto”, “alembrá” e “Veio os homi cas ferramentas”.<br />

Com relação a isso, assinale a alternativa<br />

correta.<br />

a) Os desvios são válidos, pois retratam de maneira precisa<br />

a total ignorância <strong>da</strong>s personagens, dissecando<br />

assim sua miséria.<br />

b) Os desvios são inválidos, pois afetam a quali<strong>da</strong>de<br />

literária <strong>da</strong> canção, uma vez que todo texto escrito<br />

deve seguir rigi<strong>da</strong>mente a norma culta.<br />

c) Os desvios são válidos, pois representam uma vitória<br />

dos compositores modernos que defendem que ca<strong>da</strong><br />

um pode escrever do jeito que fala.<br />

d) Os desvios são inválidos, pois os compositores têm a<br />

obrigação de corrigir em seus textos os erros cometidos<br />

pelas pessoas, para educá-las.<br />

e) Os desvios são válidos, pois refletem com naturali<strong>da</strong>de,<br />

nesse caso, a fala coloquial de pessoas simples,<br />

evidenciando a diversi<strong>da</strong>de linguística.<br />

26. Em “Deus dá o frio conforme o cobertô”, temos um<br />

ditado, fruto <strong>da</strong> sabedoria popular. A sentença cujo<br />

sentido mais se aproxima do contexto e <strong>da</strong> que foi dita<br />

por Joca, na canção de Adoniran, é:<br />

a) Deus o deu, Deus o levou.<br />

b) Deus aju<strong>da</strong> quem cedo madruga.<br />

c) Deus nunca fechou uma porta que não abrisse outra.<br />

d) Deus escreve certo por linhas tortas.<br />

e) Deus dá nozes a quem não tem dentes.<br />

12<br />

27. No texto 2, observe o fragmento: “Serra prometeu<br />

hoje, <strong>dia</strong>nte de uma plateia de cerca de cem pessoas<br />

no Parque Ecológico do Tietê, que as famílias serão<br />

leva<strong>da</strong>s para mora<strong>dia</strong>s populares ‘perto’ do local onde<br />

atualmente moram”. Assinale a alternativa em que o<br />

termo em destaque exerça a mesma função que na<br />

frase acima.<br />

a) O novo parque linear, que fica às margens do rio Tietê,<br />

será o maior do mundo.<br />

b) As pessoas esperam, apesar do receio, que o governador<br />

cumpra sua promessa.<br />

c) As atuais mora<strong>dia</strong>s, que serão desapropria<strong>da</strong>s, estão<br />

em área imprópria.<br />

d) Na<strong>da</strong> assusta mais o povo que a incerteza de não saber<br />

onde vai morar.<br />

e) Há vários anos que o projeto de criação do parque<br />

estava engavetado.<br />

Texto para as questões 28 a 30:<br />

Sexa<br />

– Pai…<br />

– Hmmm?<br />

– Como é o feminino de sexo?<br />

– O quê?<br />

– O feminino de sexo.<br />

– Não tem.<br />

– Sexo não tem feminino?<br />

– Não.<br />

– Só tem sexo masculino?<br />

– É. Quer dizer, não. Existem dois sexos. Masculino<br />

e feminino.<br />

– E como é o feminino de sexo?<br />

– Não tem feminino. Sexo é sempre masculino.<br />

– Mas tu mesmo disse que tem sexo masculino e<br />

feminino.<br />

– O sexo pode ser masculino ou feminino. A palavra<br />

“sexo” é masculino. O sexo masculino, o sexo<br />

feminino.<br />

– Não devia ser “a sexa”?<br />

– Não.<br />

– Por que não?<br />

– Porque não! Desculpe. Porque não. “Sexo” é sempre<br />

masculino.<br />

– O sexo <strong>da</strong> mulher é masculino?<br />

– É. Não! O sexo <strong>da</strong> mulher é feminino.<br />

– E como é o feminino?<br />

– Sexo mesmo. Igual ao do homem.<br />

– O sexo <strong>da</strong> mulher é igual ao do homem?<br />

– É. Quer dizer… Olha aqui. Tem o sexo masculino<br />

e o sexo feminino, certo?<br />

– Certo.<br />

– São duas coisas diferentes.<br />

– Então como é o feminino de sexo?


– É igual ao masculino.<br />

– Mas não são diferentes?<br />

– Não. Ou, são! Mas a palavra é a mesma. Mu<strong>da</strong> o<br />

sexo, mas não mu<strong>da</strong> a palavra.<br />

– Mas então não mu<strong>da</strong> o sexo. É sempre masculino.<br />

– A palavra é masculina.<br />

– Não. “A palavra” é feminino. Se fosse masculina<br />

seria “o pal…”<br />

– Chega! Vai brincar, vai.<br />

O garoto sai e a mãe entra. O pai comenta:<br />

– Temos que fi car de olho nesse guri…<br />

– Por quê?<br />

– Ele só pensa em gramática.<br />

Luis Fernando Verissimo. Comé<strong>dia</strong>s para se ler na escola.<br />

Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p. 53.<br />

28. Com relação à crônica de Verissimo, escritor contemporâneo<br />

gaúcho, assinale a alternativa correta:<br />

a) O filho quer perguntar sobre sexo ao pai, mas fica<br />

envergonhado e acaba se confundindo, irritando-o.<br />

b) O filho quer descobrir apenas o gênero <strong>da</strong> palavra, mas<br />

o pai aproveita para falar sobre educação sexual.<br />

c) O filho quer saber do pai por que o sexo do homem<br />

é diferente do <strong>da</strong> mulher, mas não consegue.<br />

d) O filho quer entender por que a palavra “sexo” não tem<br />

gênero feminino, uma vez que ela denomina algo que<br />

pode ser igual, mas também diferente do homem.<br />

e) O filho quer aprender sobre sexo, mas para não entrar<br />

diretamente no assunto, questiona sobre o gênero <strong>da</strong><br />

palavra.<br />

29. A fi gura de linguagem responsável pelo humor<br />

fi nal no texto é:<br />

a) o exagero, pois o pai perde a paciência com o filho<br />

por este perguntar demais sobre sexo e gramática.<br />

b) a ironia, pois o pai se preocupa com o fato de o filho<br />

pensar só em gramática, mas não em sexo, que seria<br />

mais natural.<br />

c) a inversão, pois o filho inverte o sentido de to<strong>da</strong>s as<br />

explicações que o pai dá sobre sexo.<br />

d) a gra<strong>da</strong>ção, pois o filho desenvolve uma série de<br />

ideias que confundem o pai, até chegar ao desfecho<br />

surpreendente.<br />

e) a comparação, pois pai e filho falam sobre as diferenças<br />

entre os sexos, tanto os órgãos como as palavras.<br />

30. No fragmento “Mas tu mesmo disse que tem sexo<br />

masculino e feminino”, há um desvio na norma culta,<br />

uma vez que o ideal seria “tu disseste”, ou “você disse”.<br />

Isso ocorre porque to<strong>da</strong> língua tem diferenças, que<br />

nesse caso são de caráter:<br />

a) geográfico e vocabular, pois o autor é de uma região<br />

onde se usa mais a palavra “tu”.<br />

b) histórico e vocabular, pois o autor viveu no século XIX<br />

e utiliza palavras <strong>da</strong>quela época.<br />

c) social e vocabular, pois o autor, de origem humilde,<br />

comete vários outros desvios no texto.<br />

d) geográfico e frasal, pois o autor é português, e para<br />

eles a concordância difere <strong>da</strong> brasileira.<br />

e) histórico e frasal, pois o autor tenta reproduzir um<br />

diálogo entre pai e filho no século XVIII.<br />

Leia a tabela e o texto a seguir para responder às questões<br />

31 e 32.<br />

TABELA DA MÁFIA<br />

Relação de preços dos órgãos humanos cobrados pelo<br />

esquema criminoso (em reais)<br />

coração 100 mil<br />

córnea 20 mil<br />

rim 80 mil<br />

fígado 30 mil<br />

pulmão 60 mil<br />

pâncreas 30 mil<br />

cadáver 30 mil<br />

fonte: https://conteudoclippingmp.planejamento.<br />

gov.br/ca<strong>da</strong>stros/noticias/2009/5/18/trafi co-de-orgaos/<br />

Fácil é denunciar, cagar regra e caguetar. O que é<br />

que tem? O rim não é meu [...]? Cui<strong>da</strong>r <strong>da</strong> minha saúde<br />

ninguém cui<strong>da</strong>. Se não fosse eu mesmo me alimentar.<br />

Arranjar batata e caruá, pirão de caranguejo. Não tenho<br />

medo de cara feia.<br />

Por que vocês não se preocupam com os meninos<br />

aí, soltos na rua? Tanta criança morta e inteirinha, desperdiça<strong>da</strong><br />

em tudo que é esquina. Tanta córnea e tanta<br />

espinha. Por que não se aproveita na<strong>da</strong> no Brasil, ora<br />

bosta? Viu? Aqui se mata mais que na Etiópia, à míngua.<br />

Meu rim ia salvar uma vi<strong>da</strong>, não ia salvar? Diz, não ia<br />

salvar? Perdi dez mil, e agora?<br />

A polícia em minha porta, vindo pra cima de mim.<br />

Puta que pariu, que sufoco! De inveja, sei que vão encher<br />

meu pobre rim de soco.<br />

Marcelino Freire. Contos Negreiros.<br />

Rio de Janeiro: Record, 2005, p. 54-5.<br />

31. O texto de Marcelino Freire tematiza a ven<strong>da</strong> de<br />

órgãos humanos. Apesar do tema bastante polêmico,<br />

o autor utiliza forte carga de humor ácido em seu texto,<br />

de onde decorrem inúmeras ironias. Assinale o trecho<br />

em que isso não ocorre.<br />

a) “Tanta criança morta e inteirinha, desperdiça<strong>da</strong> em<br />

tudo que é esquina.”<br />

b) “Por que não se aproveita na<strong>da</strong> no Brasil?”<br />

c) “Meu rim ia salvar uma vi<strong>da</strong>, não ia salvar?”<br />

d) “Não tenho medo de cara feia.”<br />

e) “Se não fosse eu mesmo me alimentar.”<br />

13<br />

0009-2<br />

CURSINHO DA POLI


CURSINHO DA POLI<br />

0009-2<br />

32. A obra menciona<strong>da</strong> de Marcelino Freire não tem ilustrações internas, mas traz na contracapa<br />

a imagem ao lado.<br />

Dela podemos concluir que:<br />

a) a função do código de barras é apenas retirar a carga erótica que se apresentaria na imagem<br />

com a exibição de órgãos genitais.<br />

b) o código de barras alude ao caráter mercadológico com o qual o negro foi tratado em<br />

diversos momentos <strong>da</strong> história brasileira.<br />

c) o código de barras alude aos valores morais cristãos, aos quais o negro pouco se a<strong>da</strong>ptou<br />

desde que chegou às terras brasileiras.<br />

d) a postura ereta do negro na foto manifesta sua aceitação <strong>dia</strong>nte <strong>da</strong> escravidão.<br />

e) o código de barras ressalta traços étnicos e culturais africanos.<br />

Leia o seguinte texto e respon<strong>da</strong> às questões 33 a 35.<br />

I Peço à musa do improviso<br />

Que me dê inspiração,<br />

Ciência e sabedoria,<br />

Inteligência e razão,<br />

Peço que Deus que me proteja<br />

Para falar de uma igreja<br />

Que comete aberração.<br />

II Pelas fogueiras que arderam<br />

No tempo <strong>da</strong> Inquisição,<br />

Pelas mulheres queima<strong>da</strong>s<br />

Sem apelo ou compaixão,<br />

Pensava que o Vaticano<br />

Tinha mu<strong>da</strong>do de plano,<br />

Abolido a excomunhão.<br />

III Mas o bispo Dom José,<br />

Um homem conservador,<br />

Tratou com impie<strong>da</strong>de<br />

A vítima de um estuprador,<br />

Massacra<strong>da</strong> e abusa<strong>da</strong>,<br />

Sofri<strong>da</strong> e violenta<strong>da</strong>,<br />

Sem futuro e sem amor.<br />

IV Depois que houve o estupro,<br />

A menina engravidou.<br />

Ela só tem nove anos,<br />

A Justiça autorizou<br />

Que a criança abortasse<br />

Antes que a vi<strong>da</strong> brotasse<br />

Um fruto do desamor.<br />

14<br />

A excomunhão <strong>da</strong> vítima<br />

V O aborto, já previsto<br />

Na nossa legislação,<br />

Teve o apoio declarado<br />

Do ministro Temporão,<br />

Que é médico bom e zeloso,<br />

E mostrou ser corajoso<br />

Ao enfrentar a questão.<br />

VI Além de excomungar<br />

O ministro Temporão,<br />

Dom José excomungou<br />

Da menina, sem razão,<br />

A mãe, a vó e a tia<br />

E se brincar puniria<br />

Até a quarta geração.<br />

VII É esquisito que a igreja,<br />

Que tanto prega o perdão,<br />

Resolva excomungar médicos<br />

Que cumpriram sua missão<br />

E num beco sem saí<strong>da</strong><br />

Livraram uma pobre vi<strong>da</strong><br />

Do fel <strong>da</strong> desilusão.<br />

VIII Mas o mundo está virado<br />

E cheio de desatinos:<br />

Missa virou presepa<strong>da</strong>,<br />

Tem <strong>da</strong>nça até do pepino,<br />

Padre que usa bermu<strong>da</strong>,<br />

Deixando mulher buchu<strong>da</strong><br />

E bolindo com os meninos.<br />

IX Milhões morrendo de Aids:<br />

É grande a devastação,<br />

Mas a igreja acha bom<br />

Furunfar sem proteção<br />

E o padre prega na missa<br />

Que camisinha na linguiça<br />

É uma coisa do Cão.<br />

X E esta quem me contou<br />

Foi Lima do Camarão:<br />

Dom José excomungou<br />

A equipe de plantão,<br />

A família <strong>da</strong> menina<br />

E o ministro Temporão,<br />

Mas para o estuprador,<br />

Que por certo perdoou,<br />

O arcebispo reservou<br />

A vaga de sacristão.<br />

Miguezim de Princesa<br />

fonte: grandespontospot.com.br<br />

33. O título do poema de cordel “A excomunhão <strong>da</strong> vítima” carrega em si uma oposição essencial, a qual manifesta<br />

a opinião do autor. Nele podemos apontar a presença de uma construção:<br />

a) metafórica b) paradoxal c) antitética<br />

d) eufemística e) ambígua<br />

34. Além do título, outros versos do poema que também expressam contradição são:<br />

a) Teve o apoio declarado/ Do ministro Temporão<br />

b) Milhões morrendo de Aids:/ É grande a devastação<br />

c) Massacra<strong>da</strong> e abusa<strong>da</strong>/ Sofri<strong>da</strong> e violenta<strong>da</strong><br />

d) Pensava que o Vaticano/ Tinha mu<strong>da</strong>do de plano<br />

e) Tratou com impie<strong>da</strong>de/ A vítima de um estuprador


35. Levando em conta o tipo de rima e os traços de<br />

estilo, pode-se dizer que o poema:<br />

a) é inadequado, pois apresenta temática corriqueira e<br />

rimas que não se encaixam ao tipo de texto.<br />

b) apesar de ter rimas ricas, é desimportante em seu<br />

conteúdo, pois trata de fatos banais e desgastados<br />

pela mí<strong>dia</strong>.<br />

c) não utiliza metáforas, pois abor<strong>da</strong> seus assuntos unicamente<br />

com expressão direta.<br />

d) usa termos chulos e gírias, que contrastam com sua<br />

linguagem marca<strong>da</strong> por recorrer à tradição poética e<br />

religiosa.<br />

e) refere-se ao aborto por meio de um eufemismo: “fel<br />

<strong>da</strong> desilusão”.<br />

36. Leia a seguir um trecho de entrevista em que Gilberto<br />

Gil trata <strong>da</strong>s infl uências de Oswald de Andrade<br />

no processo de composição <strong>da</strong> canção “Batmakumba”<br />

(1968).<br />

O Oswald estava muito presente na época; nós<br />

estávamos descobrindo a sua obra e nos encantamos<br />

com o poder de premonição que ela tem. A ideia de unir<br />

o antigo e o moderno, o primitivo e o tecnológico, era<br />

preconiza<strong>da</strong> em sua fi losofi a.<br />

Gilberto Gil. To<strong>da</strong>s as letras – incluindo letras comenta<strong>da</strong>s pelo compositor.<br />

Org. Carlos Rennó, São Paulo: Cia. <strong>da</strong>s Letras, 1996, p. 98.<br />

Gilberto Gil, op.cit.<br />

P<br />

T<br />

W<br />

Levando em conta os aspectos visuais e tipográfi cos e<br />

o contexto em que a letra <strong>da</strong> canção foi escrita, NÃO se<br />

pode concluir que:<br />

a) a adoção de K em lugar de C, bem como a de Y em<br />

lugar de I, aludem aos gêneros estrangeiros que estavam<br />

em mo<strong>da</strong> na música <strong>da</strong> época.<br />

b) além de gerar significado por meio <strong>da</strong>s palavras, a<br />

letra <strong>da</strong> canção amplia sua carga semântica graças à<br />

disposição gráfica.<br />

c) o uso <strong>da</strong> letra K se relaciona, entre outras coisas, ao<br />

formato do texto como um todo.<br />

d) o termo “oba”, que aparece ao final de alguns versos,<br />

tem valor de sau<strong>da</strong>ção ou interjeição, e não se refere<br />

a elementos <strong>da</strong> cultura africana.<br />

e) a letra <strong>da</strong> canção une elementos culturais primitivos<br />

a símbolos <strong>da</strong> moderni<strong>da</strong>de.<br />

Texto para as questões 37 e 38:<br />

Muitos dos trabalhos de Escher se constroem a partir<br />

de conceitos matemáticos como solidez, rotação e<br />

simetrias.<br />

Observe o esboço de uma de <strong>suas</strong> obras:<br />

fonte: www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/escher/escher2<br />

37. O esboço <strong>da</strong> obra de Escher é formado por inúmeros<br />

triângulos. Se admitirmos que a base do triângulo D1, representa<strong>da</strong><br />

pelo segmento de reta QU, tem comprimento<br />

equivalente a 1 uni<strong>da</strong>de de medi<strong>da</strong> (u.m.), o comprimento<br />

<strong>da</strong>s bases dos triângulos D2, D3 etc. será:<br />

a) 1 2 , 1 3 , 1 4 , 1 5 , 1 u.m. e assim por <strong>dia</strong>nte<br />

6<br />

b) 1 2 , 1 4 , 1 , 1 , 1 u.m. e assim por <strong>dia</strong>nte<br />

8 16 32<br />

c) 2, 3, 4, 5, 6 u.m. e assim por <strong>dia</strong>nte<br />

d) o dobro de QU<br />

e) medi<strong>da</strong>s equivalentes à de QU<br />

15<br />

0009-2<br />

Q<br />

U<br />

CURSINHO DA POLI


CURSINHO DA POLI<br />

0009-2<br />

38. Das pinturas de Escher reproduzi<strong>da</strong>s a seguir, qual<br />

mantém uma maior relação de semelhança com o<br />

esboço apresentado, considerando as <strong>suas</strong> fi guras e a<br />

disposição delas?<br />

a)<br />

d)<br />

b)<br />

c)<br />

Observe a peça publicitária a seguir para responder às<br />

questões 39 e 40.<br />

OU VOCÊ FICA COM UM 4 DOMITÓRIOS QUALQUER, NUM MORUMBI QUALQUER,<br />

sala de estar só<br />

3 dormitórios<br />

reversíveis em 1<br />

sala “muito” íntima<br />

16<br />

OU FICA COM 4 SUÍTES DE VERDADE, NO MORUMBI DE VERDADE.<br />

e)<br />

Edifício no Morumbi, mas quase na divisa com Itapecerica <strong>da</strong> Serra.<br />

Copa, cozinha e<br />

área integradíssimas<br />

1/4 de<br />

emprega<strong>da</strong><br />

vaga para<br />

exímios<br />

manobristas<br />

fonte: Platão e Fiorim, Lições de texto: leitura e re<strong>da</strong>ção. São Paulo: Ática, 1998, p. 321.<br />

39. Após analisar a propagan<strong>da</strong>, assinale a alternativa<br />

correta:<br />

a) Em “3 dormitórios reversíveis em 1”, há um elogio à<br />

reversibili<strong>da</strong>de, isto é, ao fato de que um aposento<br />

pode ser, após modificações, usado com outras finali<strong>da</strong>des.<br />

b) A expressão “sala de estar só” enfatiza a solidão que<br />

o imóvel pode gerar em quem ali residir.<br />

c) Em “ 1 de emprega<strong>da</strong>”, a indicação por numeral fracio-<br />

4<br />

nário reforça a ideia de que o compartimento não chega<br />

a ter o tamanho de um dormitório convencional.<br />

d) Em “sala ‘muito’ íntima”, o advérbio entre aspas sugere<br />

um lugar onde se podem vivenciar experiências<br />

sensuais.<br />

e) A expressão “copa, cozinha e área integradíssimas”<br />

revela a facili<strong>da</strong>de de locomoção pelo imóvel.<br />

40. Após observar a imagem e a referência ao local onde<br />

se situa o imóvel, assinale a alternativa INCORRETA.<br />

a) Ao começar o texto com “ou”, a peça publicitária<br />

expõe reais possibili<strong>da</strong>des ao consumidor.<br />

b) Ao adotar uma embalagem de ovos para representar<br />

o imóvel, sugere-se que seu espaço é extremamente<br />

limitado.<br />

c) A indicação inicial <strong>da</strong> localização do imóvel sugere<br />

que ele está em uma região valoriza<strong>da</strong> (Morumbi);<br />

porém, o uso <strong>da</strong> conjunção “mas” revela que ele está<br />

próximo a uma região menos valoriza<strong>da</strong> (Itapecerica<br />

<strong>da</strong> Serra).<br />

d) A oposição entre “num Morumbi qualquer” e “no<br />

Morumbi de ver<strong>da</strong>de” faz crer que existem muitos Morumbis<br />

quaisquer e apenas um Morumbi de ver<strong>da</strong>de.<br />

e) Graças ao recurso <strong>da</strong> ironia, entende-se que muitas<br />

frases do anúncio devem ser li<strong>da</strong>s em sentido contrário<br />

ao que dizem.<br />

41.<br />

O rio que fazia uma volta atrás de nossa casa era a<br />

imagem de um vidro mole que fazia volta atrás de casa.<br />

Passou um homem depois e disse: Essa volta que o<br />

rio faz por trás de sua casa se chama ensea<strong>da</strong>.<br />

Não era mais a imagem de uma cobra de vidro que<br />

fazia uma volta atrás <strong>da</strong> casa.<br />

Era uma ensea<strong>da</strong>.<br />

Acho que o nome empobreceu a imagem.<br />

Manoel de Barros. O Livro <strong>da</strong>s Ignorãças. 6 ed.<br />

Rio de Janeiro: Record, 1993, p. 25.<br />

Uma <strong>da</strong>s possibili<strong>da</strong>des de uso <strong>da</strong> metáfora é o emprego<br />

de expressões referentes a elementos do mundo<br />

material para sugerir relações imateriais. Tendo isso<br />

em vista, considere as seguintes afi rmações sobre o<br />

texto anterior:<br />

I. Nele ocorrem percepções opostas: uma que aponta<br />

para o sentido concreto, material, construindo significados<br />

por meio de associações (entre as curvas do rio<br />

e as de uma cobra, por exemplo); e outra que aponta<br />

para a abstração <strong>da</strong> linguagem, afastando to<strong>da</strong>s as<br />

possibili<strong>da</strong>des associativas em favor de um só nome<br />

arbitrário (ensea<strong>da</strong>).


II. A metáfora apresenta<strong>da</strong> no poema desenvolve-se a<br />

tal ponto que se modifica completamente na segun<strong>da</strong><br />

vez em que aparece: inicialmente “vidro”; posteriormente<br />

“cobra”.<br />

III. O verso “Era um ensea<strong>da</strong>” forma um único período<br />

porque indica um modo pouco analógico de percepção,<br />

isto é, pouco metafórico, pouco associativo.<br />

Está correto o que se afi rma somente em:<br />

a) I<br />

b) II<br />

c) III<br />

d) I e II<br />

e) I e III<br />

42. Leia o poema “Bomba”, de Haroldo de Campos.<br />

O poeta cria uma combinação fônico-gráfica para<br />

representar o signo verbal e produzir determinados<br />

efeitos de sentido. Reproduzimos a seguir duas versões<br />

do poema: a primeira é conforme a publicação<br />

original, e na segun<strong>da</strong> optou-se por decompô-lo em<br />

raios sonoros.<br />

fonte: Ricardo Araújo, Poesia visual e vídeo poesia.<br />

Coleção Debates. São Paulo: Perspectiva, 1999, p. 37 e 45.<br />

Considere as seguintes afi rmações:<br />

I. As palavras “poema” e “bomba” aparecem em um<br />

movimento centrífugo, sugerindo a presença de<br />

estilhaços em ambos os casos.<br />

II. Os fonemas “p” e “b”, assim como “e” e “m”, passam<br />

por um processo de metamorfose por meio do qual<br />

se mesclam os termos poema e bomba.<br />

III. No caso <strong>da</strong> decomposição sonora, obtêm-se cinco<br />

prismas, os quais poderiam se transformar em três<br />

outros graças às aproximações visuais.<br />

É correto o que se afi rma em:<br />

a) I<br />

b) II<br />

c) I e II<br />

d) I, II e III<br />

e) I e III<br />

43. Leia a seguir duas tirinhas de Mafal<strong>da</strong>, do cartunista<br />

Quino, uma extraí<strong>da</strong> <strong>da</strong> “Declaração dos Direitos <strong>da</strong><br />

Criança Comenta<strong>da</strong> por Mafal<strong>da</strong> e seus amigos para a<br />

UNICEF” e outra <strong>da</strong> obra To<strong>da</strong> Mafal<strong>da</strong>.<br />

Assim que nasce, a criança tem direito a um nome<br />

e a uma nacionali<strong>da</strong>de.<br />

Quino, To<strong>da</strong> Mafal<strong>da</strong>. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 471.<br />

Quino, op. cit., p. 233.<br />

Após a leitura comparativa dos textos, é possível afi rmar<br />

que:<br />

a) os termos “Batman” e “yeah” não <strong>dia</strong>logam, pois estão<br />

em contextos bastante diferentes.<br />

b) ambos tematizam a nacionali<strong>da</strong>de, embora no primeiro<br />

ocorra a negação total de valores estrangeiros.<br />

c) no segundo texto, diferentemente do primeiro, ocorre<br />

ironia, já que a essência <strong>da</strong> nacionali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> turma<br />

se manifesta em um idioma diferente do adotado<br />

oficialmente.<br />

d) a temática dos quadrinhos é compatível, já que ambos<br />

revelam a interessante influência que uma cultura<br />

exerce sobre outra.<br />

e) no primeiro quadrinho, a cultura estrangeira é visualiza<strong>da</strong><br />

por meio de estereótipos ingênuos e pouco<br />

relevantes às crianças.<br />

17<br />

0009-2<br />

CURSINHO DA POLI


CURSINHO DA POLI<br />

0009-2<br />

44. Trecho de uma entrevista sociolinguística com um<br />

menino em situação de rua de Goiânia:<br />

18<br />

pesquisadora: Você quer contar como os policiais<br />

mataram o A<strong>da</strong>uto?<br />

menino: Nóis tava dormino lá em casa, às treis<br />

hora <strong>da</strong> manhã, i os pm chegaro, deu um tiro na porta,<br />

pegô na perna do “fulano” aí em segui<strong>da</strong> ez arrebentô<br />

a porta, aí deu oto tiro pegô na cabeça do A<strong>da</strong>uto, ez<br />

viro que tinha acertado o A<strong>da</strong>uto [...] foi eu e o fulano<br />

buscá socorro pra ele.<br />

pesquisadora: E onde vocês foram?<br />

menino: Nóis fomo nu’a casa, lá em frente, aí o<br />

home deu sistença pra nós.<br />

fonte: Rodolfo Ilari e Renato Basso. O português <strong>da</strong> gente.<br />

São Paulo: Contexto, 2006, p. 178.<br />

Após ler a entrevista e verifi car as variantes linguísticas,<br />

pode-se concluir que:<br />

a) o registro <strong>da</strong> fala do menino é o retrato do português<br />

mal falado pelas baixas cama<strong>da</strong>s sociais do país.<br />

b) a ausência de marcas de plural na fala do menino é<br />

um recurso de economia linguística comum em várias<br />

situações.<br />

c) não há diferenças entre a variante do português adota<strong>da</strong><br />

pelo menino e pela pesquisadora.<br />

d) o menino adota o português-padrão em sua fala.<br />

e) a elocução do menino é incompreensível em função<br />

do apagamento <strong>da</strong> consoante “d” nos gerúndios.<br />

45.<br />

Capitu<br />

De um lado vem você com seu jeitinho<br />

Hábil, hábil, hábil<br />

E pronto!<br />

Me conquista com seu dom<br />

De outro esse seu site petulante<br />

WWW<br />

Ponto<br />

Poderosa ponto com<br />

É esse o seu modo de ser ambíguo<br />

Sábio, sábio<br />

E todo encanto<br />

Canto, canto<br />

Raposa e sereia <strong>da</strong> terra e do mar<br />

Na tela e no ar<br />

[...]<br />

Luiz Tatit. CD O meio, Dabliú, 2000.<br />

O trecho <strong>da</strong> letra de Luiz Tatit se refere a uma <strong>da</strong>s personagens<br />

mais polêmicas <strong>da</strong> literatura brasileira: Capitu,<br />

personagem de Dom Casmurro, clássico macha<strong>dia</strong>no.<br />

Do excerto NÃO podemos concluir que:<br />

a) a relação entre os meios eletrônicos e a personagem se<br />

apoia no caráter virtual, imaterial que Capitu assume<br />

aos olhos de Bento.<br />

b) a associação entre Capitu e a raposa está diretamente<br />

liga<strong>da</strong> ao adultério supostamente praticado pela<br />

personagem.<br />

c) a analogia entre Capitu e a sereia é notória, uma vez<br />

que Bento Santiago conduz a narrativa de modo a<br />

convencer o leitor de que fora seduzido pelos encantos<br />

<strong>da</strong> moça tal qual um pescador.<br />

d) a repetição “hábil, hábil, hábil” remete sonoramente<br />

à linguagem dos meios virtuais, rimando com<br />

“WWW”.<br />

e) a personagem é apresenta<strong>da</strong>, tanto no romance<br />

quanto no fragmento, como decidi<strong>da</strong> e pouco contraditória.<br />

46.<br />

Um em ca<strong>da</strong> 500 adolescentes brasileiros<br />

vai ser morto até os 19 anos, revela estudo<br />

Pelo menos um em ca<strong>da</strong> 500 adolescentes brasileiros<br />

será morto antes de completar 19 anos. A conclusão<br />

é do estudo feito pelo Laboratório de Análise <strong>da</strong> Violência<br />

<strong>da</strong> Uerj (Universi<strong>da</strong>de Estadual do Rio de Janeiro),<br />

em parceria com o Unicef (Fundo <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s<br />

para a Infância) e com o Observatório de Favelas, que<br />

foi apresentado nesta terça-feira (21/07) pela Secretaria<br />

Especial de Direitos Humanos.<br />

O levantamento, baseado em informações sobre<br />

jovens de 12 a 19 anos de 267 municípios brasileiros com<br />

mais de 100 mil habitantes, calcula pela primeira vez o<br />

índice de homicídios na adolescência (IHA), que mede<br />

a probabili<strong>da</strong>de de um adolescente ser assassinado. O<br />

valor médio do IHA brasileiro é de 2,03. Ou seja, 2,03<br />

jovens em ca<strong>da</strong> mil serão vítimas de homicídio.<br />

A ci<strong>da</strong>de com pior índice é Foz do Iguaçu (PR),<br />

onde 9,7 jovens são mortos a ca<strong>da</strong> grupo de mil. Em<br />

segui<strong>da</strong>, vêm Governador Vala<strong>da</strong>res (MG), com IHA de<br />

8,5, e Cariacica (ES), com 7,3. O Rio de Janeiro aparece<br />

em 21º lugar, com 4,9, e São Paulo está em 151º, com<br />

índice de 1,4.<br />

fonte: www.uol.com.br (a<strong>da</strong>ptado)<br />

Lendo essa matéria jornalística, podemos concluir que,<br />

de acordo com o IHA, o município de Foz do Iguaçu (PR)<br />

é o que apresenta, no país, a maior violência contra<br />

adolescentes. De acordo com o Instituto Brasileiro de<br />

Geografi a e Estatística (IBGE), Foz do Iguaçu tinha, em<br />

2008, cerca de 320 mil habitantes.


Com base no texto, pode-se afi rmar que:<br />

a) de acordo com os <strong>da</strong>dos apresentados, estima-se que,<br />

em 2008, cerca de 3 100 adolescentes foram mortos<br />

no município de Foz do Iguaçu.<br />

b) com os <strong>da</strong>dos apresentados, é possível concluir que,<br />

em Foz do Iguaçu, o número de adolescentes mortos<br />

é cerca de 8% maior que o do município de São Paulo.<br />

c) mesmo ca<strong>da</strong> município tendo número diferente de<br />

adolescentes, Foz do Iguaçu continuaria sendo o município<br />

com maior número absoluto de adolescentes<br />

mortos em 2008.<br />

d) o IHA é um índice que pode ser usado para pessoas<br />

entre 20 e 29 anos.<br />

e) não é possível estimar o número de adolescentes<br />

mortos em 2008 no município de Foz do Iguaçu, pois<br />

não é fornecido o número de adolescentes desse<br />

município, nesse ano.<br />

O texto a seguir refere-se às questões 47 e 48.<br />

Plutarco, discípulo de Aristóteles, conta que Tales de<br />

Mileto mediu o comprimento <strong>da</strong> sombra <strong>da</strong> pirâmide<br />

fi ncando uma vara vertical no extremo dessa sombra,<br />

formando dois triângulos semelhantes.<br />

Note que, para entender este relato, é preciso saber<br />

o que são triângulos semelhantes.<br />

Observamos no desenho abaixo que a vara coloca<strong>da</strong><br />

no extremo C <strong>da</strong> sombra <strong>da</strong> pirâmide forma<br />

com sua sombra o triângulo DCE, que é semelhante<br />

ao triângulo ABC.<br />

D<br />

E C<br />

AB BC<br />

CD × BC<br />

= ⇒ AB =<br />

CD CE CE<br />

Pela fórmula, vemos que, medindo as duas sombras<br />

e a altura <strong>da</strong> vara, podemos determinar a altura <strong>da</strong><br />

pirâmide.<br />

A<br />

B<br />

fonte: www.ime.usp.br/~leo (a<strong>da</strong>ptado)<br />

47. As pirâmides de Gizé, no Egito, são um complexo<br />

formado principalmente pelas pirâmides de Queóps,<br />

Quéfren e Miquerinos e fazem parte <strong>da</strong>s Sete Maravilhas<br />

do Mundo Antigo.<br />

Sabe-se que podem ser considera<strong>da</strong>s pirâmides quadrangulares<br />

e regulares, pois sua altura intercepta a<br />

base em seu centro, que é um quadrado. O lado <strong>da</strong> base<br />

<strong>da</strong> pirâmide de Queóps tem 440 varas egípcias e projeta,<br />

em certo instante do <strong>dia</strong>, uma sombra medindo 448<br />

varas. Nesse mesmo momento, a sombra <strong>da</strong> pirâmide<br />

de Miquerinos, que tem cerca de 125 varas egípcias de<br />

altura, mede 200 varas.<br />

Sabendo que a pirâmide de Queóps mede aproxima<strong>da</strong>mente<br />

147 metros e que vara egípcia foi uma uni<strong>da</strong>de<br />

de medi<strong>da</strong> muito utiliza<strong>da</strong> na época <strong>da</strong> construção <strong>da</strong>s<br />

famosas pirâmides, podemos concluir que uma vara<br />

egípcia corresponde, em metros, a:<br />

a) 0,552<br />

b) 0,522<br />

c) 0,552<br />

d) 0,525<br />

e) 0,555<br />

48. O obelisco do Ibirapuera,<br />

em São Paulo, é o principal<br />

símbolo <strong>da</strong> Revolução Constitucionalista<br />

de 1932 e abriga<br />

os corpos dos estu<strong>da</strong>ntes<br />

Martins, Miragaia, Dráusio e<br />

Camargo (MMDC).<br />

Certo <strong>dia</strong>, em visita ao monumento,<br />

um grupo de estu<strong>da</strong>ntes<br />

decidiu estimar sua<br />

altura, e o fi zeram por meio<br />

do mesmo processo utilizado<br />

por Tales de Mileto. Fincaram<br />

uma estaca de dois metros<br />

na extremi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> sombra projeta<strong>da</strong> pelo obelisco e<br />

verifi caram que sua sombra me<strong>dia</strong> um metro. Ao mesmo<br />

tempo, mediram a sombra projeta<strong>da</strong> pelo obelisco,<br />

que tinha 36 metros.<br />

A partir dessas informações, assinale a alternativa<br />

correta:<br />

a) Em meio aos cálculos, os alunos concluíram que não é<br />

possível estimar a altura do obelisco, pois não se sabe<br />

se ele foi construído perpendicularmente ao solo.<br />

b) A altura obti<strong>da</strong> pelos alunos foi próxima de 60 metros,<br />

pois o ângulo de incidência dos raios solares naquele<br />

instante era de aproxima<strong>da</strong>mente 30º.<br />

c) Como o seno do ângulo de incidência dos raios solares<br />

naquele momento era maior que 1, os alunos concluíram<br />

que o processo adotado por Tales de Mileto não<br />

era válido.<br />

d) Os alunos só puderam estimar a altura do obelisco<br />

porque sabiam que o cosseno do ângulo de incidência<br />

dos raios solares naquele instante era 3<br />

2 .<br />

e) Após os cálculos, os alunos concluíram que a altura<br />

do obelisco é próxima de 72 metros.<br />

www.sampaonline.com.br<br />

19<br />

0009-2<br />

CURSINHO DA POLI


CURSINHO DA POLI<br />

0009-2<br />

49. Considere a sequência: a, 70, b, x, d, 30, e. Sabendo<br />

que, <strong>da</strong>dos quaisquer três termos consecutivos, temos<br />

as medi<strong>da</strong>s, em graus, dos três ângulos de um triângulo,<br />

o valor de x é:<br />

a) 20 b) 40 c) 80<br />

d) 100 e) 160<br />

50. O conceito de número e o processo de contar<br />

desenvolveram-se muito antes dos primeiros registros<br />

históricos. Há evidencias arqueológicas de que,<br />

50 000 a.C., o ser humano era capaz de contar. Com a<br />

gra<strong>da</strong>tiva evolução <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, tornaram-se inevitáveis<br />

contagens simples.<br />

Quando foi preciso fazer contagens mais extensas, o<br />

processo teve de ser sistematizado, dispondo-se os<br />

números em grupos básicos convenientes. Escolheu-se<br />

certo número b como base de agrupamento e se usaram<br />

símbolos (algarismos) de 0 a b – 1. Hoje, a mais usa<strong>da</strong><br />

é a base 10, ou seja, fazemos agrupamentos de 10 em<br />

10 e os representamos com algarismos de 0 a 9. Por<br />

exemplo, o número 198 pode ser expresso por:<br />

1 ⋅ 102 + 9 ⋅ 101 + 8 ⋅ 100 O uso generalizado <strong>da</strong> base dez não diminui a importância<br />

de outras bases. Um exemplo é a base binária,<br />

muito usa<strong>da</strong> na informática. O mesmo número decimal<br />

198 pode ser escrito em outras bases; observe o procedimento<br />

para escrever o número 198 na base 4, através<br />

de divisões sucessivas.<br />

198 4<br />

2 49 4<br />

1 12 4<br />

0 3 4<br />

3 0<br />

Portanto, 198 na base 10 é equivalente a 3 012 na base<br />

4, pois:<br />

3 ⋅ 43 + 0 ⋅ 42 + 1 ⋅ 41 + 2 ⋅ 40 = 198<br />

De acordo com essas informações, podemos afi rmar<br />

que o número 15 na base 10 será escrito na base binária<br />

(base 2) como na alternativa:<br />

a) 1 100 b) 1 111 c) 1 001<br />

d) 1 010 e) 1 000<br />

51. Considere um operário cuja jorna<strong>da</strong> diária de trabalho<br />

é <strong>da</strong>s 9h às 18h. Devido a um aumento na produção,<br />

ele teve que cumprir horas extras em três <strong>dia</strong>s de certa<br />

semana. Na lista a seguir, se observa seu horário de<br />

saí<strong>da</strong>, segundo seu cartão de ponto:<br />

21 de julho: 19h45<br />

22 de julho: 19h56<br />

23 de julho: 20h32<br />

Sabendo que ele não chegou atrasado em nenhum<br />

desses <strong>dia</strong>s, o total de horas extras acumula<strong>da</strong>s por<br />

esse operário nesse período foi de:<br />

20<br />

a) 5 horas e 33 minutos.<br />

b) 6 horas e 33 minutos.<br />

c) 4 horas e 13 minutos.<br />

d) 5 horas e 13 minutos.<br />

e) 6 horas e 13 minutos.<br />

52. A questão a seguir foi extraí<strong>da</strong> de uma prova de<br />

vestibular, a qual foi anula<strong>da</strong>, pois o resultado indica<br />

6,2 km como sendo a medi<strong>da</strong> do raio estimado <strong>da</strong> Terra.<br />

Uma <strong>da</strong>s maneiras de se calcular o raio <strong>da</strong> Terra,<br />

considerando-a como uma esfera, é escalar o topo de<br />

uma montanha cuja altitude acima do nível do mar<br />

seja conheci<strong>da</strong> e medir o ângulo entre a vertical e a<br />

linha do horizonte. Sabendo-se que a altitude do topo<br />

do Pico <strong>da</strong>s Agulhas Negras, em Itatiaia/RJ, é de 2 791<br />

metros em relação ao nível do mar e que desse ponto<br />

ao ponto no horizonte sobre o Oceano Atlântico faz-se<br />

um ângulo de 43,6° com a vertical, o raio estimado <strong>da</strong><br />

Terra, em quilômetros, é:<br />

Use: sen (43,6°) = 0,69<br />

Anula<strong>da</strong> Anula<strong>da</strong> Anula<strong>da</strong> Anula<strong>da</strong><br />

h<br />

A<br />

AAnula<strong>da</strong> AA<br />

r<br />

B<br />

O<br />

43,6º<br />

r<br />

C<br />

Anula<strong>da</strong><br />

a) 2,1 km b) 4,4 km c) 4,7 km<br />

d) 6,2 km e) 9,7 km<br />

Sabendo que o raio <strong>da</strong> Terra é de aproxima<strong>da</strong>mente<br />

6,4 × 10 6 m e que a defi nição de seno no triângulo retângulo<br />

é <strong>da</strong><strong>da</strong> pela razão entre as medi<strong>da</strong>s do cateto<br />

oposto ao ângulo e a hipotenusa, qual <strong>da</strong>s alternativas<br />

abaixo indica o erro cometido pelo autor ao elaborar<br />

essa questão:<br />

a) o uso de um triângulo retângulo, cuja área é a metade<br />

do produto <strong>da</strong> base pela altura.<br />

b) o uso de seno em vez de cosseno, pois a definição do<br />

cosseno é a razão entre o cateto adjacente ao ângulo<br />

e a hipotenusa.<br />

c) não é possível medir o ângulo <strong>da</strong> Terra por meio dessa<br />

relação.<br />

d) a medi<strong>da</strong> do ângulo estimado na questão é de aproxima<strong>da</strong>mente<br />

metade do ângulo real entre o pico e<br />

um ponto no horizonte do oceano Atlântico.<br />

e) a figura está fora de escala.


Texto para as questões 53 e 54:<br />

O jogo Senha, também conhecido como Mooble, foi<br />

mo<strong>da</strong> na déca<strong>da</strong> de 1970. Como o próprio nome sugere,<br />

seu objetivo é descobrir, por meio de lógica, uma<br />

sequência preestabeleci<strong>da</strong> pelo oponente.<br />

As regras são simples:<br />

I. A ca<strong>da</strong> joga<strong>da</strong> (coluna em destaque), quatro bolinhas<br />

com símbolos diferentes, de um total de seis, devem<br />

ser inseri<strong>da</strong>s numa coluna.<br />

II. Na parte superior do tabuleiro, informam-se o número<br />

de símbolos corretos, com pininhos com um pontinho<br />

no meio, e o número de posições certas, com pininhos<br />

brancos.<br />

III. O jogo termina quando quatro pininhos brancos<br />

aparecem na parte superior do tabuleiro, ou seja, a<br />

senha foi descoberta.<br />

Na ilustração a seguir, o jogador escolheu na primeira<br />

ro<strong>da</strong><strong>da</strong>, de cima para baixo, os símbolos lua, estrela, sol<br />

e fogo, dos quais três estão corretos. Assim, na ro<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

seguinte, o jogador trocou um dos quatro símbolos por<br />

um que ain<strong>da</strong> não tinha usado.<br />

Na segun<strong>da</strong> ro<strong>da</strong><strong>da</strong>, há dois símbolos e uma posição<br />

correta; note que um dos símbolos ain<strong>da</strong> não foi encontrado.<br />

As indicações não mostram que símbolos<br />

ou que posições estão corretos, mas apenas quantos<br />

símbolos ou posições o jogador acertou.<br />

jogar<br />

53. Conforme a situação apresenta<strong>da</strong> na fi gura, podese<br />

afi rmar que as “bolinhas” em posições erra<strong>da</strong>s são<br />

os de símbolos:<br />

a) sol e estrela<br />

b) estrela e lua<br />

c) lua e água<br />

d) água e sol<br />

e) sol e lua<br />

54. Imagine uma variação do jogo em que se escolhem<br />

quatro de um total de cinco símbolos distintos. Qual é<br />

a probabili<strong>da</strong>de de se acertarem os quatro símbolos<br />

na primeira joga<strong>da</strong>?<br />

a) 1 b)<br />

4<br />

5 c)<br />

1<br />

4<br />

d)<br />

1<br />

5 e)<br />

1<br />

20<br />

Texto para as questões 55 e 56:<br />

Um ano solar tem 365 <strong>dia</strong>s, 5 horas 48 minutos e 46<br />

segundos, mas consideramos apenas 365 <strong>dia</strong>s. Para corrigir<br />

o problema desse arredon<strong>da</strong>mento, determinou-se<br />

que de 4 em 4 anos, um teria 366 <strong>dia</strong>s, é o chamado ano<br />

bissexto. Isso se deve ao fato de aproximarem-se para 6<br />

as 5 horas, 48 minutos e 46 segundos não contabiliza<strong>da</strong>s<br />

na contagem de ca<strong>da</strong> ano; assim, acumulando-se 4 anos,<br />

aparece um <strong>dia</strong> a mais. Mas, por não serem exatamente<br />

365 <strong>dia</strong>s e 6 horas, a intercalação de anos bissextos também<br />

não é tão simples. No século XVI, o papa Gregório<br />

XIII determinou que nenhum ano que terminasse em 00<br />

fosse bissexto, exceto os divisíveis por 400. Assim, no<br />

nosso calendário (chamado calendário gregoriano), os<br />

anos bissextos são divisíveis por 4, exceto os terminados<br />

em 00 que não são divisíveis por 400.<br />

55. Considere as seguintes afi rmações:<br />

I. O ano 1900 foi bissexto.<br />

II. O ano 2400 será bissexto.<br />

III. O ano 2000 foi bissexto.<br />

Com base no texto, as sentenças ver<strong>da</strong>deiras são:<br />

a) II e III.<br />

b) I e III.<br />

c) nenhuma.<br />

d) to<strong>da</strong>s.<br />

e) I e II.<br />

56. Desde o ano de 1895 até o ano de 1983, quantos<br />

anos foram bissextos?<br />

a) 20<br />

b) 21<br />

c) 22<br />

d) 23<br />

e) 24<br />

57. A fi gura a seguir é parte do gráfi co <strong>da</strong> função logarítmica<br />

f(x) = log x, em que log x é o logaritmo decimal<br />

de x, com alguns valores apresentados.<br />

(10 000, 4)<br />

(100 000, 5)<br />

log x<br />

Note que a variação sobre o eixo x é mais expressiva se<br />

compara<strong>da</strong> com a variação sobre eixo y. Dessa forma,<br />

pode-se dizer que a variação sobre o eixo y entre os<br />

valores de log 12 e log 12 000 000 é de:<br />

a) 4 uni<strong>da</strong>des.<br />

b) 5 uni<strong>da</strong>des.<br />

c) 6 uni<strong>da</strong>des.<br />

d) 7 uni<strong>da</strong>des.<br />

e) 8 uni<strong>da</strong>des.<br />

x<br />

21<br />

0009-2<br />

CURSINHO DA POLI


CURSINHO DA POLI<br />

0009-2<br />

58. É comum administradores de empresas usarem<br />

funções para modelar seus custos e ganhos. Em certa<br />

empresa, o custo de um lote que contém x uni<strong>da</strong>de de<br />

um produto é expresso pela relação C(x) = 50 + 2x, e<br />

C(x) é <strong>da</strong>do em reais.<br />

Sabendo que essa empresa aplica 20% sobre o valor de<br />

custo de seus produtos, determine o preço de ven<strong>da</strong> de<br />

ca<strong>da</strong> item de um lote com 500 uni<strong>da</strong>des.<br />

a) 3,51<br />

b) 2,13<br />

c) 4,05<br />

d) 2,52<br />

e) 3,04<br />

59. Quatro professores de matemática, Eduardo, Rafael,<br />

Edson e Thais, foram questionados pelos alunos de uma<br />

sala sobre qual deles teria sido o autor de uma questão<br />

de lógica, no simulado. Para estimular os alunos a pensarem<br />

em resoluções de questões desse tipo, resolveram<br />

fornecer a resposta em forma de um problema de<br />

lógica. As respostas <strong>da</strong><strong>da</strong>s foram as seguintes:<br />

Rafael: Foi a Thais.<br />

Thais: Foi o Edson.<br />

Eduardo: Não fui eu.<br />

Edson: A Thais não disse a ver<strong>da</strong>de.<br />

Sabendo que só um deles disse a ver<strong>da</strong>de e que só um foi<br />

autor <strong>da</strong> questão, pode-se concluir que esse autor foi:<br />

a) Thais.<br />

b) Edson.<br />

c) Rafael.<br />

d) Eduardo.<br />

e) Não é possível concluir com essas informações.<br />

Texto para as questões 60 e 61:<br />

22<br />

Muitos atribuem aos<br />

egípcios a arte de curtir<br />

couro e fabricar sapatos,<br />

mas há indícios de que os<br />

sapatos foram inventados<br />

muito antes, no final do<br />

Período Paleolítico.<br />

Existem evidências que<br />

a história do sapato começa<br />

a partir de 10 mil a.C.,<br />

pois pinturas dessa época, em cavernas na Espanha e<br />

no sul <strong>da</strong> França, fazem referência ao calçado.<br />

No Antigo Egito, as sandálias eram feitas de palha,<br />

papiro ou de fi bra de palmeira, e era comum as pessoas<br />

an<strong>da</strong>rem descalças, carregando as sandálias e usandoas<br />

apenas quando necessário. Sabe-se que apenas os<br />

nobres <strong>da</strong> época possuíam sandálias. Mesmo um faraó<br />

como Tutancamon usava sandálias e sapatos de couro<br />

simples, apesar dos enfeites de ouro.<br />

Sapato de couro de 800 a 400 a.C.<br />

Museu Hallstatt, na Áustria.<br />

fonte: pt.wikipe<strong>dia</strong>.org<br />

Como se pode perceber, os calçados fazem parte <strong>da</strong><br />

vi<strong>da</strong> do ser humano há muito tempo. Nos tempos modernos,<br />

observou-se a necessi<strong>da</strong>de de criar padrões no<br />

tamanho dos calçados. No Brasil, a expressão usa<strong>da</strong> é<br />

c =<br />

5p + 28<br />

, em que c representa o número do calçado<br />

4<br />

e p o comprimento, em cm, do respectivo pé. Note, porém,<br />

que pessoas que calçam um determinado número<br />

de calçado não têm necessariamente o mesmo tamanho<br />

de pé. O gráfi co a seguir mostra isso melhor.<br />

número do<br />

calçado<br />

50<br />

40<br />

30<br />

29<br />

20<br />

10<br />

tamanho do pé<br />

10 30 40<br />

(cm)<br />

17,6 18,4<br />

intervalo correpondente ao<br />

calçado de número 30<br />

60. Com base nesses <strong>da</strong>dos, pode-se dizer que pessoas<br />

que calçam número 38, de acordo com as normas brasileiras,<br />

têm o comprimento de seus pés no intervalo,<br />

em cm:<br />

a) [23,2; 24,5]<br />

b) ]24; 24,8]<br />

c) [24,5; 25,6]<br />

d) ]24,8; 26]<br />

e) [24,5; 26[<br />

61. Nos EUA, o sistema de numeração dos calçados é<br />

muito diferente do que se usa no Brasil, e se distinguem<br />

os calçados femininos, masculinos e infantis. Veja duas<br />

tabelas de conversão:<br />

calçados masculinos<br />

país numeração<br />

Brasil 39 40 41 42 43 44 45 46<br />

EUA 7,5 8,5 9,5 10 11 12 12,5 13,5<br />

calçados femininos<br />

país numeração<br />

Brasil 33 34 35 36 37 38 39<br />

EUA 4,5 5,5 6 7 7,5 9 10


Sabendo dessa diferenciação, uma importadora brasileira<br />

que compra tênis nos EUA decidiu comprar seus<br />

produtos por meio do comprimento; encomendou<br />

calçados masculinos e femininos que variavam entre<br />

23,5 cm e 28,8 cm. Assim, a empresa estrangeira enviou<br />

os produtos com a numeração estadunidense entre:<br />

a) 8,5 e 12<br />

b) 7,5 e 9,5<br />

c) 4,5 e 7,5<br />

d) 7,5 e 11<br />

e) 10 e 13,5<br />

62. Organizando sua coleção de cartões postais, Lígia<br />

percebeu que, se os separasse de 8 em 8, sobravam 4.<br />

Se os separasse de 10 em 10, também. Numa última<br />

vez, Lígia separou os cartões de 12 em 12 e, surpreendentemente,<br />

também sobraram 4 postais. Para que sua<br />

coleção tenha 180 postais, ain<strong>da</strong> faltam:<br />

a) 56<br />

b) 60<br />

c) 120<br />

d) 124<br />

e) 146<br />

Texto para as questões 63 e 64:<br />

Um jogo muito conhecido é o Tetris, cuja regra é encaixarem-se<br />

peças formando linhas completas, que são<br />

elimina<strong>da</strong>s e se ganham pontos por isso. Veja aqui uma<br />

versão similar, em que o jogador deve formar um cubo<br />

3 × 3 × 3 para acumular os pontos. As peças podem ser<br />

gira<strong>da</strong>s à vontade, mas não desmonta<strong>da</strong>s. Num determinado<br />

momento do jogo, há a seguinte confi guração<br />

de peças já encaixa<strong>da</strong>s.<br />

63. Sendo a fi gura composta por cubos e não havendo<br />

espaços além <strong>da</strong>queles que estão visíveis, o número de<br />

cubos colocados e o número de cubos que faltam para<br />

completar a meta do jogo são, respectivamente:<br />

a) 14 e 13<br />

b) 12 e 15<br />

c) 16 e 11<br />

d) 13 e 14<br />

e) 15 e 12<br />

64. As 3 peças que completariam o quebra-cabeça <strong>da</strong><br />

fi gura podem ser:<br />

a)<br />

b)<br />

c)<br />

d)<br />

e)<br />

65. Um comerciante comprou determina<strong>da</strong> mercadoria<br />

por R$ 7,00 e a vendeu por R$ 8,00, recomprou-a por<br />

R$ 9,00 e, por fi m, vendeu-a por R$ 10,00. Depois dessas<br />

transações, pode-se afi rmar corretamente que:<br />

a) o comerciante teve um lucro de R$ 2,00.<br />

b) o comerciante teve um lucro de R$ 1,00.<br />

c) o comerciante não teve lucro ou prejuízo.<br />

d) o comerciante teve um prejuízo de R$ 1,00.<br />

e) o comerciante teve um prejuízo de R$ 2,00.<br />

66.<br />

Em grego, cryptos significa secreto, oculto.<br />

A criptografi a estu<strong>da</strong> os métodos para codifi car uma<br />

mensagem de modo que só seu destinatário legítimo<br />

consiga interpretá-la. É a arte dos códigos secretos, que<br />

todos já praticamos quando crianças. O mais simples<br />

desses códigos consiste em substituir uma letra pela<br />

seguinte, isto é, em transla<strong>da</strong>r o alfabeto uma casa para<br />

<strong>dia</strong>nte. Um código semelhante foi usado por César para<br />

comunicar-se com as legiões em combate pela Europa.<br />

Esse parece ter sido o primeiro exemplo de um código<br />

de que se tem notícia.<br />

S. C. Coutinho. Números inteiros e criptografi a RSA.<br />

Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplica<strong>da</strong> (Impa).<br />

Uma desvantagem desse código de substituição é<br />

que ele preserva a frequência <strong>da</strong>s letras do texto original,<br />

tornando fácil sua decodifi cação. Outros métodos<br />

para codifi car um texto foram inventados, e hoje um<br />

dos exemplos de aplicação matemática <strong>da</strong> teoria dos<br />

números é a segurança na internet, que é basea<strong>da</strong><br />

em códigos que usam números inteiros, num tipo de<br />

criptografi a chama<strong>da</strong> RSA.<br />

23<br />

0009-2<br />

CURSINHO DA POLI


CURSINHO DA POLI<br />

0009-2<br />

Outra forma de codifi car uma mensagem são as<br />

cifras de Hill, basea<strong>da</strong>s em transformações matriciais.<br />

Veja um exemplo de codifi cação <strong>da</strong> palavra AMOR:<br />

Para usar uma matriz n × n, separamos a palavra em<br />

conjuntos de n letras. Para uma matriz 2 × 2, a palavra<br />

fi cará assim: AM – OR.<br />

Invente uma matriz 2 × 2, por exemplo, A =<br />

0 2<br />

2 1 e<br />

multiplique-a por uma matriz coluna forma<strong>da</strong> pelos números<br />

correspondentes às letras que foram separa<strong>da</strong>s<br />

<strong>da</strong> palavra AMOR, conforme a tabela a seguir:<br />

A B C D E F G H I J K L M<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13<br />

N O P Q R S T U V W X Y Z<br />

14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 0<br />

24<br />

Para AM, obtemos 1<br />

13<br />

e para OR, 15<br />

18 .<br />

Dessa forma, para codifi car AM, fazemos:<br />

0 2<br />

2 1<br />

× 1<br />

13<br />

Dados para as questões 67 e 68:<br />

= 26<br />

15<br />

Note que a letra A foi cifra<strong>da</strong> para 26, como esse<br />

valor não existe na tabela, devemos tomar o resto <strong>da</strong><br />

divisão desse valor por 26 (total de letras), ou seja, 0,<br />

que resulta na letra Z. A letra M foi cifra<strong>da</strong> para 15, que<br />

na tabela corresponde à letra O.<br />

Para codifi car OR, fazemos:<br />

0 2 15 36<br />

× =<br />

2 1 18 48 .<br />

A letra O foi codifi ca<strong>da</strong> para 36, cujo resto <strong>da</strong> divisão<br />

por 26 é 10, que, conforme a tabela, corresponde à letra<br />

J. Já a letra R foi codifi ca<strong>da</strong> para 48, que resulta em 22<br />

(resto <strong>da</strong> divisão de 48 por 26), ou seja, a letra V.<br />

Assim, a palavra AMOR foi codifi ca<strong>da</strong> para ZOJV.<br />

H. A. Anton e C. Rorres. Álgebra Linear com aplicações.<br />

Porto Alegre: Artmed, 2001.<br />

Com base no texto, a alternativa que apresenta uma<br />

codifi cação para a palavra CASA feita pelo método de<br />

cifras de Hill a partir <strong>da</strong> matriz B =<br />

1 0<br />

2 1 é:<br />

a) CGSN<br />

b) CSNG<br />

c) CCBN<br />

d) CVBG<br />

e) CGSM<br />

Os gráfi cos seguintes mostram a evolução <strong>da</strong> captação líqui<strong>da</strong> em investimentos em poupança e em fundos DI/<br />

ren<strong>da</strong> fi xa. Analise-os e respon<strong>da</strong> às questões que seguem:<br />

BALANÇO DOS<br />

RENDIMENTOS<br />

Rentabili<strong>da</strong>de<br />

acumula<strong>da</strong>, no 1o semestre, em %<br />

Ibovespa<br />

37,06<br />

Fundos de ren<strong>da</strong> fi xa 5,64<br />

Fundos DI<br />

5,47<br />

CDB<br />

5,19<br />

Poupança<br />

3,58<br />

Dólar –15, 85<br />

fonte: Folha de S.Paulo, 7 jul. 2009


67. Do gráfi co e <strong>da</strong>s informações adicionais, é possível<br />

concluir que:<br />

a) as aplicações em ren<strong>da</strong> fixa tiveram maior rendimento<br />

que a poupança, no período considerado.<br />

b) as aplicações em poupança renderam mais que as<br />

aplicações em fundos DI, em junho de 2009.<br />

c) a alta captação em dezembro de 2008 tanto em<br />

poupança quanto em fundos DI/ren<strong>da</strong> fixa se deve<br />

ao recebimento do décimo terceiro salário dos trabalhadores.<br />

d) sempre que há um aumento na captação <strong>da</strong> poupança,<br />

há uma que<strong>da</strong> na captação dos fundos DI/ren<strong>da</strong><br />

fixa.<br />

e) o gráfico mostra que, na maior parte do tempo<br />

considerado, os depósitos superaram os saques em<br />

poupança.<br />

68. Em relação ao gráfi co de fundos DI/ren<strong>da</strong> fi xa, podese<br />

afi rmar que:<br />

a) a maior captação foi em abril de 2009.<br />

b) o segundo semestre de 2008 teve uma captação<br />

acumula<strong>da</strong> negativa, ou seja, os saques superaram<br />

os depósitos todos os meses.<br />

c) os depósitos só foram superiores aos saques em janeiro<br />

de 2009.<br />

d) os saques superam os depósitos durante todo o período<br />

considerado.<br />

e) os depósitos superam os saques durante todo o período<br />

considerado.<br />

69. A preservação de espécies animais é um tema muito<br />

abor<strong>da</strong>do atualmente. Mas, antes de tomar providências<br />

que visem à preservação, é necessário contar a<br />

população de uma determina<strong>da</strong> espécie. E como calcular,<br />

por exemplo, a população de uma espécie em<br />

seu habitat?<br />

Um método estatístico funciona assim:<br />

sabe-se que numa floresta existem x indivíduos;<br />

capturam-se alguns deles;<br />

todos eles são marcados (adequa<strong>da</strong>mente);<br />

depois eles são soltos e, após certo tempo, faz-se nova<br />

captura;<br />

verifica-se quantos indivíduos desta amostra têm a<br />

marca;<br />

supõe-se que será manti<strong>da</strong> a proporção entre animais<br />

marcados e não marcados que estão no hábitat em<br />

qualquer quanti<strong>da</strong>de de amostra (desde que significativa)<br />

e calcula-se o número de indivíduos usando<br />

essa proporção.<br />

Biólogos e ecólogos estavam interessados em estimar<br />

a população de uma espécie e seguiram os passos descritos<br />

acima, com os seguintes resultados:<br />

1a captura: 50 indivíduos<br />

2a captura: 75 indivíduos, dos quais 15 estavam marcados<br />

Pode-se estimar que a população <strong>da</strong> espécie em questão<br />

naquele habitat é de:<br />

a) 200<br />

b) 210<br />

c) 230<br />

d) 280<br />

e) 250<br />

70. Leia atentamente o texto abaixo.<br />

A matemática e o caipira<br />

Esta história tem dois personagens: o caipira e o<br />

advogado. Um <strong>dia</strong>, o advogado resolve comprar um<br />

sítio de poucos alqueres, com a intenção de construir<br />

uma casa e nela passar seus fi ns de semana. Como<br />

não havia nascente no sítio, resolveu man<strong>da</strong>r cavar<br />

um poço, quando fi cou sabendo que seu vizinho, um<br />

caipira que ali morava havia muito tempo, tinha em<br />

sua proprie<strong>da</strong>de uma nascente com água boa e farta.<br />

Procurou o vizinho e fez a proposta:<br />

– Eu instalo um cano de uma polega<strong>da</strong> de diâmetro<br />

na sua nascente, conduzo a água para meu sítio e lhe<br />

pago x reais por mês.<br />

A proposta foi aceita na hora. Passa-se o tempo, e<br />

o advogado resolve criar porcos; para isso, iria precisar<br />

de mais água. Voltou a procurar o caipira e lhe fez uma<br />

nova proposta:<br />

– Gostaria de trocar o cano de uma polega<strong>da</strong> por<br />

outro de duas polega<strong>da</strong>s de diâmetro e pagar por isso<br />

2x reais por mês.<br />

Luis Marcio Imenes e José Jacubovik. Revista do Professor de<br />

Matemática. São Paulo: Socie<strong>da</strong>de Brasileira de Matemática, v.<br />

1, n. 1, 1982.<br />

Segundo o texto e seus conhecimentos de geometria,<br />

o caipira deveria:<br />

a) recusar a nova proposta, pois, se o diâmetro de um<br />

círculo dobra, sua área diminui, portanto, o advogado<br />

deveria pagar x reais por mês.<br />

2<br />

b) aceitar a nova proposta, pois, se o diâmetro de um<br />

círculo dobra, sua área dobra, portanto, é justo o<br />

pagamento de 2x reais por mês.<br />

c) recusar, pois, se o diâmetro de um círculo dobra, sua<br />

área quadruplica, portanto, o advogado deveria pagar<br />

4x reais por mês.<br />

d) aceitar a nova proposta, pois, se o diâmetro de um círculo<br />

dobra, sua área não sofre alteração significativa,<br />

portanto o pagamento de 2x reais por mês é justo.<br />

e) recusar a nova proposta, pois, se o diâmetro de um<br />

círculo dobra, sua área quadruplica, portanto, o advogado<br />

deveria pagar x reais por mês.<br />

4<br />

25<br />

0009-2<br />

CURSINHO DA POLI


CURSINHO DA POLI<br />

0009-2<br />

Texto para as questões 71 e 72:<br />

Ana, Beatriz e Carolina foram a uma loja e encontraram<br />

os seguintes produtos em promoção.<br />

26<br />

calça jeans R$ 27,00<br />

minissaia R$ 18,00<br />

miniblusa R$ 13,00<br />

Entusiasma<strong>da</strong>s com a promoção, compraram os produtos<br />

nas quanti<strong>da</strong>des apresenta<strong>da</strong>s na tabela. Note<br />

que as quanti<strong>da</strong>des compra<strong>da</strong>s por Carolina não foram<br />

informa<strong>da</strong>s.<br />

calça jeans minissaia miniblusa<br />

Ana 2 3 1<br />

Beatriz 1 2 3<br />

Carolina x y z<br />

Sabe-se que o gasto total <strong>da</strong>s três meninas foi de<br />

R$ 322,00.<br />

71. Nessas condições, Carolina gastou um total de:<br />

a) R$ 89,00<br />

b) R$ 99,00<br />

c) R$ 109,00<br />

d) R$ 119,00<br />

e) R$ 129,00<br />

72. Analise as seguintes afi rmações:<br />

II. Carolina não comprou miniblusas.<br />

III. Carolina não comprou calças jeans.<br />

IV. Carolina não comprou minissaias.<br />

Estão INCORRETAS as afi rmações:<br />

a) I somente.<br />

b) II somente.<br />

c) I e III.<br />

d) II e III.<br />

e) I, II e III.<br />

73. A seguir, há um gráfi co sobre a população rural (A)<br />

e urbana (B) no Brasil no período de 1940 a 1990.<br />

evolução <strong>da</strong> população rural e urbana<br />

%<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

B<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

A<br />

1940 1950 1960 1970 1980 1990<br />

fonte: IBGE<br />

Assinale a alternativa correta quanto ao que está exposto<br />

no gráfi co.<br />

a) a população rural era 30% <strong>da</strong> população total, em<br />

1940.<br />

b) a população rural supera a urbana na déca<strong>da</strong> de<br />

1950.<br />

c) é na transição <strong>da</strong>s déca<strong>da</strong>s de 1960 para 1970 que a<br />

população rural supera a urbana.<br />

d) a população urbana era 70% <strong>da</strong> população rural, em<br />

1940.<br />

e) é na transição <strong>da</strong>s déca<strong>da</strong>s de 1960 para 1970 que a<br />

população urbana supera a rural.<br />

74. Um prêmio de R$ 9 612 000,00 de loteria saiu para<br />

dois cartões. Um dos cartões foi um “bolão” (aposta<br />

conjunta) entre seis apostadores. Nesse caso, ca<strong>da</strong> um<br />

dos seis apostadores que participaram do bolão deve<br />

receber:<br />

a) R$ 4 806 000,00<br />

b) R$ 1 602 000,00<br />

c) R$ 1 373 142,86<br />

d) R$ 801 000,00<br />

e) R$ 675 642,36<br />

Texto para as questões 75 e 76:<br />

Considere as seguintes informações sobre o campeonato<br />

brasileiro de futebol, o Brasileirão 2009, Série A.<br />

(O <strong>da</strong>do é de 19 jul. 2009.)<br />

O gráfi co abaixo relaciona número de jogadores com<br />

número de gols marcados. Por exemplo, 86 jogadores<br />

conseguiram marcar exatamente 1 gol no campeonato<br />

até a ro<strong>da</strong><strong>da</strong> em questão, enquanto apenas 3 jogadores<br />

alcançaram a marca de 8 gols. A tabela 1 mostra os<br />

times com os melhores e os piores ataques, a tabela 2<br />

mostra os nomes dos jogadores, o time que representam<br />

e o número de gols (até a 4 a colocação), a tabela 3<br />

mostra os 10 primeiros classifi cados e seus respectivos<br />

números de vitórias, empates e derrotas, e a tabela 4, os<br />

pontos atribuídos a ca<strong>da</strong> vitória, empate ou derrota.<br />

número de jogadores<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

86<br />

Artilharia no campeonato brasileiro<br />

<strong>da</strong>dos até a 12 ro<strong>da</strong><strong>da</strong> (119 jogos)<br />

38<br />

19<br />

9 7 3 2 3<br />

1 2 3 4 5 6 7 8<br />

número de gols<br />

fonte: globoesporte.globo.com


tabela 1 – ataques dos times<br />

melhores ataques<br />

28 gols marcados Barueri<br />

25 gols marcados Atlético-MG<br />

24 gols marcados Santos<br />

piores ataques<br />

10 gols marcados Cruzeiro<br />

11 gols marcados Fluminense<br />

11 gols marcados Náutico<br />

tabela 2 – artilheiros<br />

gols jogador time<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

Felipe Goiás<br />

Roger Vitória<br />

Val Baiano Barueri<br />

Adriano Flamengo<br />

Diego Tardelli Atlético-MG<br />

Pedrão Barueri<br />

Ronaldo Corinthians<br />

Éder Luís Atlético-MG<br />

Emerson Flamengo<br />

Keirrison Palmeiras<br />

Kléber Pereira Santos<br />

Marcelinho Paraíba Coritiba<br />

Maxi López Grêmio<br />

Nilmar Internacional<br />

Obina Palmeiras<br />

tabela 3<br />

posição equipe vitórias empates derrotas<br />

1 Atlético-MG 7 4 1<br />

2 Palmeiras 7 4 1<br />

3 Internacional 7 2 3<br />

4 Vitória 6 3 3<br />

5 Barueri 5 6 1<br />

6 Corinthians 6 2 4<br />

7 Grêmio 5 3 4<br />

8 Goiás 4 5 3<br />

9 Santo André 4 5 3<br />

10 Flamengo 4 4 4<br />

tabela 4<br />

pontos<br />

vitória 3<br />

empate 1<br />

derrota 0<br />

fonte <strong>da</strong>s tabelas: globoesporte.globo.com<br />

75. Considere as seguintes afi rmações:<br />

I. O total de gols no campeonato até o ponto em que<br />

se tomaram os <strong>da</strong>dos era de 346.<br />

II. Esse campeonato tem a maior mé<strong>dia</strong> de gols dos<br />

últimos campeonatos.<br />

III. A mé<strong>dia</strong> de gols por jogo é de 2,9.<br />

IV. Em ca<strong>da</strong> jogo, foram marcados pelo menos dois gols.<br />

De acordo com os <strong>da</strong>dos apresentados, pode-se concluir<br />

que são ver<strong>da</strong>deiras as afi rmações:<br />

a) I e II somente.<br />

b) II e III somente.<br />

c) I e III somente.<br />

d) I e IV somente.<br />

e) to<strong>da</strong>s.<br />

76. Com base nos <strong>da</strong>dos apresentados, é possível perceber<br />

uma relação entre os jogadores que marcaram<br />

mais gols e os times cujo ataque é o melhor. Assinale a<br />

alternativa que NÃO representa essa relação.<br />

a) Os jogadores Val Baiano e Pedrão são responsáveis<br />

por 50% dos gols do time que representam.<br />

b) Os jogadores Diego Tardelli e Eder Luís são responsáveis<br />

pela maioria dos gols do Atlético Mineiro.<br />

c) Os times que constam na lista de piores ataques não<br />

têm representantes na lista <strong>da</strong>s quatro primeiras posições<br />

de artilheiros.<br />

d) A soma dos gols marcados pelos três melhores times<br />

atacantes é inferior à soma dos gols marcados pelos<br />

artilheiros que ocupam até a quarta colocação.<br />

e) Dois terços dos gols do Santos foram do jogador<br />

Kleber Pereira.<br />

77. Observando a classificação geral dos times no<br />

campeonato, pode-se observar o que parece ser uma<br />

discrepância: o 5 o colocado tem menos vitórias que o<br />

6 o colocado, mas isso pode ser entendido facilmente<br />

com a relação entre as tabelas 3 e 4, em que se mostra<br />

que o número de pontos do 5 o e do 6 o colocados são,<br />

respectivamente:<br />

a) 21 e 20 b) 20 e 21 c) 19 e 20<br />

d) 21 e 22 e) 19 e 21<br />

78. Sendo x o total de gols marcados pelos jogadores<br />

que constam na tabela 2 e y o total de gols marcados<br />

no campeonato até a ro<strong>da</strong><strong>da</strong> em questão, o valor de x y<br />

é de aproxima<strong>da</strong>mente _____, o que mostra que esses<br />

artilheiros são responsáveis por mais de _____ dos gols<br />

marcados no campeonato.<br />

Completam-se corretamente as lacunas com os termos<br />

apresentados na alternativa:<br />

a) 0,26 e 1 4 b) 0,13 e 1 8 c) 0,52 e 1 2<br />

d) 0,13 e 1 4<br />

e) 0,26 e 1 8<br />

27<br />

0009-2<br />

CURSINHO DA POLI


CURSINHO DA POLI<br />

0009-2<br />

Texto para as questões 79 e 80:<br />

No noticiário sobre esportes, certo jornalista analisa o<br />

arremesso de um jogador de basquete. Em casa, um<br />

espectador observa que a bola segue uma trajetória<br />

que pode ser modela<strong>da</strong> pela função y = – 1 5 x2 + 6 x + 2,<br />

5<br />

com x e y em metros, considerando o piso <strong>da</strong> quadra<br />

como sendo o eixo x e o eixo y passando pelo centro <strong>da</strong><br />

bola no momento do arremesso. Além disso, observa-se<br />

que a cesta está a uma altura de 3 metros.<br />

28<br />

y<br />

O<br />

79. Com base na situação descrita, a distância entre<br />

o jogador e a cesta e a altura <strong>da</strong> bola no momento do<br />

arremesso são, respectivamente:<br />

a) 3 e 5 metros.<br />

b) 5 e 2 metros.<br />

c) 3 e 2 metros.<br />

d) 2 e 5 metros.<br />

e) 2 e 2 metros.<br />

80. Sabe-se que o ponto de intersecção entre uma parábola<br />

e seu eixo de simetria é chamado vértice, cujas<br />

coordena<strong>da</strong>s se representam pela notação (x v , y v ).<br />

Como a parábola é uma curva simétrica, podemos obter<br />

x v (coordena<strong>da</strong> x do vértice) pela mé<strong>dia</strong> aritmética de<br />

quaisquer dois valores distintos de x pertencentes ao<br />

domínio que estiverem associados a uma mesma imagem<br />

y. Consequentemente, obtém-se y v (coordena<strong>da</strong><br />

y do vértice) pela lei de formação <strong>da</strong> função.<br />

Com base nessas informações, pode-se concluir que a<br />

altura máxima atingi<strong>da</strong> pela bola é:<br />

a) 4 metros.<br />

b) 5 metros.<br />

c) 3,8 metros.<br />

d) 4,2 metros.<br />

e) 3 metros.<br />

x<br />

81. Para aprimorar seus conhecimentos acerca dos<br />

estados físicos <strong>da</strong> água, um estu<strong>da</strong>nte fez o seguinte<br />

experimento:<br />

I. tomou um recipiente com a capaci<strong>da</strong>de de 1 litro e o<br />

completou com água;<br />

II. tirou 200 mL do líquido e formou cubos de gelo;<br />

III. em outro recipiente, também de 1 litro, colocou os<br />

cubos de gelo formados, e em segui<strong>da</strong> despejou o<br />

resto <strong>da</strong> água do primeiro recipiente.<br />

Após analisar esse processo, o estu<strong>da</strong>nte concluiu<br />

que:<br />

a) transbor<strong>da</strong>ram 92 mL de água, já que a densi<strong>da</strong>de do<br />

gelo é de 0,92 g/cm3 .<br />

b) preencheu-se completamente a capaci<strong>da</strong>de do segundo<br />

recipiente.<br />

c) restaram 92 mL de água para preencher o segundo<br />

recipiente.<br />

d) não se pode concluir na<strong>da</strong>, pois, durante a transposição<br />

<strong>da</strong> água restante do primeiro recipiente para o<br />

segundo, o gelo derreteu.<br />

e) pelo fato de a densi<strong>da</strong>de do gelo ser menor que a<br />

<strong>da</strong> água (0,92 g/cm3 ), restaram 184 mL de água para<br />

preencher o segundo recipiente, mas, após o gelo<br />

derreter, o nível foi atingido.<br />

82. O gráfi co a seguir apresenta a taxa mensal de desemprego.<br />

8,0<br />

8,7<br />

taxa mensal de desemprego, em %<br />

8,6<br />

8,5<br />

7,9 7,9 8,1<br />

8,5<br />

8,2<br />

7,6 7,7<br />

7,5 7,6<br />

6,8<br />

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun<br />

2008 2009<br />

fonte: IBGE<br />

fonte: Folha de S. Paulo, 24 jul. 2009.<br />

9,0<br />

8,9 8,1<br />

Considerando o período de janeiro de 2008 a junho de<br />

2009, pode-se concluir que:<br />

a) a maior taxa de desemprego foi em fevereiro de<br />

2008.<br />

b) as taxas de fevereiro a outubro de 2008 são estritamente<br />

decrescentes.<br />

c) o melhor momento para o mercado de trabalho foi<br />

dezembro de 2008.<br />

d) a taxa de abril de 2008 é responsável pela diminuição<br />

<strong>da</strong> taxa mé<strong>dia</strong> anual de 2008.<br />

e) o momento em que o mercado mais contratou trabalhadores<br />

foi o segundo trimestre de 2009.<br />

8,7


Texto para as questões 83 e 84:<br />

As curvas de nível são um dos resultados <strong>da</strong> Altimetria,<br />

ciência que mede alturas ou altitudes e representa<br />

grafi camente a confi guração de um terreno.<br />

Veja o exemplo:<br />

S 3<br />

S 2<br />

S 1<br />

A<br />

S 6<br />

B<br />

D<br />

C<br />

A’ B’ C’ D’ E’ F’ G’ H’<br />

I’<br />

Considere a seguinte representação, cujos <strong>da</strong>dos são<br />

expressos em metros:<br />

0 400 1000 1600<br />

200<br />

50<br />

100<br />

150<br />

A<br />

250 C<br />

D<br />

B<br />

50<br />

300 350<br />

83. Assinale a alternativa que representa o perfi l <strong>da</strong><br />

curva disposta na fi gura acima.<br />

a)<br />

altitude (em metros)<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0 A<br />

C<br />

E<br />

F<br />

G<br />

400 1000<br />

B<br />

1600<br />

D<br />

H<br />

I<br />

b)<br />

c)<br />

d)<br />

e)<br />

altitude (em metros)<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0 A<br />

altitude (em metros)<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0 A<br />

altitude (em metros)<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0 A<br />

altitude (em metros)<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0 A<br />

C<br />

400 1000<br />

B<br />

1600<br />

400 1000<br />

B<br />

1600<br />

D<br />

C D<br />

C D<br />

400 1000<br />

B<br />

1600<br />

C D<br />

400 1000<br />

B<br />

1600<br />

84. Um grupo de pessoas<br />

vai passar o fim de semana<br />

perto <strong>da</strong> área representa<strong>da</strong><br />

nas curvas de nível do texto<br />

inicial e resolve construir uma<br />

tirolesa (ativi<strong>da</strong>de esportiva<br />

que consiste em fixar horizontalmente<br />

em dois pontos um cabo aéreo pelo qual<br />

a pessoa desliza, senta<strong>da</strong> numa cadeira de alpinismo,<br />

presa por uma rol<strong>da</strong>na).<br />

A partir dos <strong>da</strong>dos iniciais, uma estimativa <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>de<br />

de cabo de que o grupo necessita para construir<br />

uma tirolesa entre os pontos C e D é:<br />

a) 920 m b) 820 m c) 720 m<br />

d) 620 m e) 520 m<br />

29<br />

0009-2<br />

CURSINHO DA POLI


CURSINHO DA POLI<br />

0009-2<br />

Dados para as questões 85 e 86:<br />

Os gráfi cos a seguir referem-se à mortali<strong>da</strong>de infantil<br />

(mortes a ca<strong>da</strong> mil, até o primeiro ano de vi<strong>da</strong>) no estado<br />

de São Paulo e em alguns países.<br />

A tabela nos dá a taxa de mortali<strong>da</strong>de infantil em alguns<br />

estados do Brasil.<br />

30<br />

28<br />

26<br />

24<br />

22<br />

20<br />

18<br />

16<br />

14<br />

12<br />

10<br />

30<br />

24,5<br />

mortali<strong>da</strong>de infantil no estado de São Paulo<br />

estimativas Ministério <strong>da</strong> Saúde – 2007<br />

21,5<br />

17,4<br />

16<br />

14,8<br />

13 13 12,5<br />

95 96 97 98 99 0 01 02 03 04 05 06 07 08<br />

Brasil<br />

Costa Rica<br />

Chile<br />

Cuba<br />

Canadá<br />

França<br />

Itália<br />

Japão<br />

estado taxa de mortali<strong>da</strong>de infantil<br />

AL 41,3<br />

MA 30,07<br />

DF 11,09<br />

SC 12,46<br />

estimativas do Ministério <strong>da</strong> Saúde (<strong>da</strong>dos de 2007)<br />

Taxa de mortali<strong>da</strong>de infantil<br />

<strong>da</strong>dos <strong>da</strong> ONU – estimativas de 2007<br />

3<br />

3<br />

4<br />

5<br />

5<br />

8<br />

0 5 10 15 20<br />

10<br />

19,3<br />

85. Considere as seguintes afi rmações:<br />

I. A mortali<strong>da</strong>de infantil no estado de São Paulo caiu<br />

praticamente pela metade no período considerado.<br />

II. Em comparação com países desenvolvidos, o estado<br />

de São Paulo tem uma taxa de mortali<strong>da</strong>de mais baixa.<br />

III. Embora haja um decréscimo na taxa de mortali<strong>da</strong>de<br />

infantil nos últimos 13 anos, esse número ain<strong>da</strong> é<br />

alto se comparado ao de alguns países <strong>da</strong> América<br />

Latina.<br />

IV. A taxa de mortali<strong>da</strong>de infantil do estado de São Paulo<br />

é a mais baixa do Brasil.<br />

São ver<strong>da</strong>deiras apenas as afi rmações:<br />

a) I e III.<br />

b) I e II.<br />

c) II e IV.<br />

d) I, II e III.<br />

e) to<strong>da</strong>s.<br />

86. Considere que o número de nascimentos no Brasil<br />

em 2007 foi de aproxima<strong>da</strong>mente 2,8 milhões. Com<br />

base nas informações, pode-se dizer que o número de<br />

mortes de crianças com meno de um ano em 2007 foi<br />

cerca de:<br />

a) 52 000<br />

b) 54 000<br />

c) 56 000<br />

d) 58 000<br />

e) 60 000<br />

87. Certo proprietário tem, no quintal de sua casa, uma<br />

grande extensão de terra coberta com grama. Num<br />

determinado <strong>dia</strong>, cansado de comer vegetais cheios de<br />

agrotóxicos, ele pensou: “Vou fazer em meu quintal um<br />

cercadinho retangular e cultivar uma bela horta.” Assim,<br />

decidiu medir a parte do terreno destina<strong>da</strong> à horta,<br />

mas, como tinha perdido a trena, usou um pe<strong>da</strong>ço de<br />

barbante. Depois de medir a largura e o comprimento<br />

dessa parte, viu que a soma <strong>da</strong>s duas medi<strong>da</strong>s valia 25<br />

vezes o comprimento do barbante. Então, comprou<br />

180 m de arame, o sufi ciente para construir uma cerca<br />

de 3 fi os, sem sobras. Qual <strong>da</strong>s alternativas apresenta a<br />

medi<strong>da</strong> do pe<strong>da</strong>ço de barbante usado pelo proprietário<br />

em <strong>suas</strong> medições?<br />

a) 12 cm<br />

b) 3,6 cm<br />

c) 2,4 m<br />

d) 36 cm<br />

e) 1,2 m<br />

88.<br />

Cientistas descobrem novo planeta,<br />

maior que Netuno<br />

A descoberta de novos planetas extrassolares,<br />

também chamados de exoplanetas, está se tornando<br />

corriqueira. Esse aumento no número de descobertas é<br />

sem dúvi<strong>da</strong> consequência direta <strong>da</strong> melhoria dos instrumentos<br />

e <strong>da</strong>s técnicas de observação, que <strong>dia</strong> após<br />

<strong>dia</strong> se tornam mais precisos e sofi sticados.<br />

Na última semana, astrônomos do Centro de Astrofísica<br />

Harvard-Smithsoniano anunciaram a descoberta<br />

de um novo corpo celeste, maior e mais massivo que<br />

Netuno, orbitando uma estrela a 120 anos-luz <strong>da</strong> Terra.<br />

Enquanto Netuno tem 3,8 vezes o diâmetro <strong>da</strong> Terra, o<br />

novo planeta, batizado HAT-P-11b, é 4,7 maior que o<br />

nosso planeta e sua massa, 25 vezes maior.<br />

fonte: www.apolo11.com, 21 jan. 2009. (a<strong>da</strong>ptado)


Quanto vale um ano-luz?<br />

O ano-luz é uma medi<strong>da</strong> de comprimento que corresponde<br />

à distância percorri<strong>da</strong> pela luz em um ano.<br />

“Isso signifi ca aproxima<strong>da</strong>mente 9,5 trilhões de quilômetros”,<br />

explica o físico Charles Bonatto, professor do<br />

Departamento de Astronomia do Instituto de Física <strong>da</strong><br />

Universi<strong>da</strong>de Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).<br />

Mais precisamente, são 9 460 536 207 068 016 de<br />

metros percorridos com uma veloci<strong>da</strong>de de 299 792<br />

458 metros por segundo durante 365 <strong>dia</strong>s. Só para se<br />

ter uma ideia <strong>da</strong> rapidez, o tempo que a luz leva para<br />

percorrer os 149 597 870 de quilômetros que separam<br />

a Terra do Sol é de apenas 8,3 minutos.<br />

fonte: www.terra.com.br, 31 jul. 2009. (a<strong>da</strong>ptado)<br />

Figura para as questões 89 e 90:<br />

PIRATAS DO TIETÊ – Laerte<br />

A partir dos <strong>da</strong>dos contidos nesses textos, é possível<br />

concluir, acerca do novo planeta HAT-P-11b, que:<br />

a) sua massa é de cerca de 100 sextilhões de tonela<strong>da</strong>s.<br />

b) partindo <strong>da</strong> Terra, os astronautas demorariam cerca<br />

de 120 anos para chegar até ele.<br />

c) seu diâmetro é aproxima<strong>da</strong>mente 23% maior que<br />

o de Netuno, e ele orbita uma estrela a cerca de<br />

1,14 × 10 15 km de distância <strong>da</strong> Terra.<br />

d) sua massa é aproxima<strong>da</strong>mente 9% maior que a de<br />

Netuno, e seu diâmetro é 3,8 vezes maior que o <strong>da</strong><br />

Terra.<br />

e) se uma uni<strong>da</strong>de astronômica (UA) mede cerca de<br />

150 milhões de quilômetros, sua distância a Terra é<br />

aproxima<strong>da</strong>mente 106 UA.<br />

fonte: Folha de S. Paulo, 24 jul. 2009.<br />

89. No texto <strong>da</strong> tirinha de Laerte, citam-se diversos termos matemáticos. Com base em seus conhecimentos e analisando<br />

a ilustração, conclui-se que o termo matemático empregado de forma imprópria foi:<br />

a) altura, pois o mais comum é fazer referência à medi<strong>da</strong> de um dos diâmetros, seja vertical, horizontal ou oblíquo.<br />

b) medi<strong>da</strong>, pois deveria apresentar uma uni<strong>da</strong>de pertencente ao Sistema Internacional de medi<strong>da</strong>s (SI).<br />

c) círculo, pois não há distinção entre circunferência e círculo.<br />

d) proporção, porque não se trata de um estudo científico.<br />

e) medi<strong>da</strong>, pois não se apresenta nenhuma escala.<br />

90. Observando a tirinha, percebe-se claramente que o autor se refere a um simples estudo <strong>da</strong> anatomia humana.<br />

Dessa forma, considerando ver<strong>da</strong>deiras as informações <strong>da</strong><strong>da</strong>s no texto, se o raio do círculo que compõe a cabeça<br />

de uma pessoa, segundo o desenho, medir 9 cm, pode-se dizer que a medi<strong>da</strong> <strong>da</strong> altura dessa pessoa (não superherói):<br />

a) estará entre 1,80 m e 1,90 m.<br />

b) será menor que 1,80 m.<br />

c) estará entre 1,90 m e 2,00 m.<br />

d) será maior que 2,00 m.<br />

e) será exatamente 1,95 m.<br />

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CURSINHO DA POLI


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Simulado ENEM - re<strong>da</strong>ção<br />

AFINAL, COMO RESOLVER O PROBLEMA DO TRÂNSITO NAS GRANDES CIDADES?<br />

Aluno: ____________________________________________________ Turma: ___________ Sala: _______<br />

Orientador: ________________________________________________ Data: ________________________<br />

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Rascunho<br />

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Simulado ENEM - re<strong>da</strong>ção<br />

AFINAL, COMO RESOLVER O PROBLEMA DO TRÂNSITO NAS GRANDES CIDADES?<br />

Aluno: ____________________________________________________ Turma: ___________ Sala: _______<br />

Orientador: ________________________________________________ Data: ________________________<br />

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