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0005<br />
3a. prova - 30/03/2005 - Marcos Dorado - trabalhos\publicações\consórcio\cursos<br />
Os cientistas calculam que a diferença entre o DNA<br />
do homem e o DNA do chimpanzé é de apenas 2%.<br />
␣ Lançando mão de uma imagem que já se tornou<br />
clássica, pode-se comparar o mapeamento e seqüenciamento<br />
genético ao mapeamento de uma estra<strong>da</strong> que<br />
se estendesse, digamos, de Porto Alegre a Manaus. O Projeto<br />
Genoma Humano, conduzido pelos órgãos do governo,<br />
tem obtido <strong>da</strong>dos de alta quali<strong>da</strong>de e precisão,<br />
registrando os detalhes <strong>da</strong>s células humanas – inclusive<br />
as porções do DNA que não contêm gene algum e que<br />
constituem 97% do seu total. É como se alguém fosse<br />
percorrendo o trajeto a pé, registrando ca<strong>da</strong> montanha,<br />
ca<strong>da</strong> curva, ca<strong>da</strong> posto de gasolina, encontrado ao longo<br />
do caminho. A iniciativa priva<strong>da</strong>, porém, juntou-se ao<br />
projeto em vista do potencial de lucro que as pesquisas<br />
podem trazer, especialmente para as indústrias farmacêuticas.<br />
A rapidez na obtenção de resultados, que podem<br />
ser transformados em patentes, tornou-se crucial<br />
para elas. Então optaram por um método mais objetivo:<br />
concentrar-se apenas nos pontos principais, as “ci<strong>da</strong>des”,<br />
deixando de lado as árvores, os rios, ou ca<strong>da</strong> pedra do<br />
caminho. Isso significa, em termos científicos, dirigir a<br />
pesquisa para os genes específicos, buscando, através <strong>da</strong><br />
comparação do DNA de diferentes indivíduos, aqueles<br />
genes “defeituosos” que causam as doenças. Supõe-se<br />
que as 20 doenças mais comuns, que matam cerca de<br />
80% <strong>da</strong> população, estejam associa<strong>da</strong>s com aproxima<strong>da</strong>mente<br />
200 dos cerca de 80 mil genes que compõem o<br />
corpo humano. Concentrar-se apenas nestes, deixando<br />
de lado os demais, é uma abor<strong>da</strong>gem mais rápi<strong>da</strong>, evidentemente,<br />
embora menos precisa.<br />
Extraído de http://www.ufv.br/dbg/bio240/G12.htm,<br />
08 jul 2005.<br />
5. Com base no texto, atente para as seguintes afirmações:<br />
I. A proporção entre o número total de pares de bases do<br />
genoma de uma levedura em relação ao número total<br />
de pares de bases do homem é de aproxima<strong>da</strong>mente 5%.<br />
II. O Projeto Genoma optou por concentrar-se em menos<br />
de 0,3% dos genes que compõem o corpo humano, pois<br />
estima-se que sejam os genes responsáveis por cerca<br />
de 80% de mortes na população.<br />
III. Um dos objetivos do Projeto Genoma é determinar as<br />
seqüências dos 3 bilhões de bases químicas que compõem<br />
o DNA humano para posterior utilização em pesquisas<br />
de células tronco.<br />
Podemos afirmar que:<br />
a) I e II são corretas<br />
b) II e III são corretas<br />
c) Somente a questão II está correta<br />
d) Nenhuma <strong>da</strong>s questões está correta<br />
e) To<strong>da</strong>s as questões estão corretas<br />
6. Para convencer a população local <strong>da</strong> ineficiência <strong>da</strong><br />
Companhia Telefônica Vilatel na expansão <strong>da</strong> oferta de<br />
linhas, um político publicou no jornal local o gráfico I,<br />
representado a seguir. A Companhia Vilatel respondeu<br />
publicando dias depois o gráfico II, onde pretende justificar<br />
um grande aumento na oferta de linhas. O fato é que,<br />
no período considerado, foram instala<strong>da</strong>s, efetivamente,<br />
200 novas linhas telefônicas.<br />
n o total de<br />
linhas telefônicas<br />
Jan Abr Ago Dez<br />
4 CURSINHO DA POLI<br />
2 200<br />
2 150<br />
2 100<br />
2 050<br />
2 000<br />
gráfico I<br />
no gráfico II<br />
total de<br />
linhas telefônicas<br />
2 200<br />
2 150<br />
2 100<br />
2 050<br />
2 000<br />
Jan Abr Ago Dez<br />
Analisando os gráficos, pode-se concluir que:<br />
a) o gráfico II representa um crescimento real maior do que<br />
o do gráfico I.<br />
b) o gráfico I apresenta o crescimento real, sendo o II incorreto.<br />
c) o gráfico II apresenta o crescimento real, sendo o gráfico<br />
I incorreto.<br />
d) a aparente diferença de crescimento nos dois gráficos<br />
decorre <strong>da</strong> escolha <strong>da</strong>s diferentes escalas.<br />
e) os dois gráficos são incomparáveis, pois usam escalas<br />
diferentes.<br />
7. Leia o texto abaixo.<br />
Cabelos longos, brinco na orelha esquer<strong>da</strong>, físico de<br />
skatista. Na aparência, o estu<strong>da</strong>nte brasiliense Rui Lopes<br />
Viana Filho, de 16 anos, não lembra em na<strong>da</strong> o estereótipo<br />
dos gênios. Ele não usa pesados óculos de grau e<br />
está longe de ter um ar introspectivo. No final do mês<br />
passado, Rui retornou de Taiwan, onde enfrentou 419<br />
competidores de todo o mundo na 39 a Olimpía<strong>da</strong> Internacional<br />
de Matemática. A reluzente me<strong>da</strong>lha de ouro<br />
que ele trouxe na bagagem está dependura<strong>da</strong> sobre a<br />
cama de seu quarto, atulhado de rascunhos dos problemas<br />
matemáticos que aprendeu a decifrar nos últimos<br />
cinco anos.<br />
Veja – Vencer uma olimpía<strong>da</strong> serve de passaporte<br />
para uma carreira profissional meteórica?<br />
Rui – Na<strong>da</strong> disso. Decidi me dedicar à Olimpía<strong>da</strong> porque<br />
sei que a concorrência por um emprego é ca<strong>da</strong> vez<br />
mais selvagem e cruel. Agora tenho algo a mais para oferecer.<br />
O problema é que as coisas estão mu<strong>da</strong>ndo muito<br />
rápido e não sei qual será minha profissão. Além de ser<br />
muito novo para decidir sobre o meu futuro profissional,<br />
sei que esse conceito de carreira mudou muito.<br />
Entrevista de Rui Lopes Viana Filho à Veja,<br />
05 ago. 1998, n.31, p. 9-10.