19.04.2013 Views

cinema é pintura na tela da representação - GT Nacional de História ...

cinema é pintura na tela da representação - GT Nacional de História ...

cinema é pintura na tela da representação - GT Nacional de História ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

VI Simpósio Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> <strong>História</strong> Cultural<br />

Escritas <strong>da</strong> <strong>História</strong>: Ver – Sentir – Narrar<br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Piauí – UFPI<br />

Teresi<strong>na</strong>-PI<br />

ISBN: 978-85-98711-10-2<br />

influenciados pelo Rock and Roll <strong>da</strong> d<strong>é</strong>ca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1950-1960. Batizados <strong>de</strong> “iê-iê-iê”,<br />

<strong>de</strong>vido à expressão “yeah, yeah, yeah” utiliza<strong>da</strong> em algumas canções dos Beatles. O<br />

repertório <strong>de</strong>sse gênero trazia letras românticas, <strong>de</strong>scontraí<strong>da</strong>s e <strong>da</strong>nçantes. Al<strong>é</strong>m disso,<br />

trouxe uma nova linguagem musical e novos padrões <strong>de</strong> comportamento para uma<br />

geração. A mo<strong>da</strong> adota<strong>da</strong> pelos apresentadores, para exemplificar, se espalhou<br />

rapi<strong>da</strong>mente. Eram calças colantes <strong>de</strong> uma, duas ou mais cores em formato <strong>de</strong> boca-<strong>de</strong>-<br />

sino, cintos, minissaias com botas <strong>de</strong> cano alto. Seus gestos e gírias, como broto,<br />

carango, legal, coroa, barra limpa e outras acabaram <strong>na</strong> vi<strong>da</strong> cotidia<strong>na</strong> <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong><br />

brasileiros. Em suma,<br />

A audiência do Jovem Guar<strong>da</strong> crescia assustadoramente, alavanca<strong>da</strong><br />

pelo novo sucesso <strong>de</strong> Roberto Carlos, ‘quero que vá tudo pro inferno’.<br />

A garota<strong>da</strong> iconoclasta superlotava o teatro Record <strong>na</strong>s tar<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

domingo, i<strong>de</strong>ntificando-se com os cabeludos <strong>de</strong> roupas extravagantes,<br />

acolhendo o alheamento como forma <strong>de</strong> revolta contra as<br />

preocupações e formali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, adotando as novas gírias como a<br />

linguagem <strong>de</strong> sua preferência e entregando-se à espontanei<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

ingênua <strong>da</strong>s letras e à alegria do ritmo para cantar e <strong>da</strong>nçar livremente.<br />

O iê-iê-iê começava a domi<strong>na</strong>r a bossa. (MELLO, 2003, pág. 118).<br />

Com sua populari<strong>da</strong><strong>de</strong> em alta e os sucessos que os festivais estavam fazendo,<br />

no ano <strong>de</strong> 1966, a Jovem Guar<strong>da</strong> realizou o seu I festival <strong>de</strong> Conjuntos, revelando novos<br />

talentos como “Loupha” e “The Cleans” que passou a integrar os componentes do<br />

programa.<br />

A partir <strong>de</strong> 1967 o programa foi per<strong>de</strong>ndo audiência <strong>de</strong>vido à exposição dos<br />

artistas em outras emissoras e outras formas <strong>de</strong> comunicação. Como o rock era<br />

consi<strong>de</strong>rado um produto americanizado e que alie<strong>na</strong>va as massas, os cantores do iê-iê-iê<br />

sofreram bastante criticas por parte do público que preferia canções engaja<strong>da</strong>s. Assim,<br />

crescia a rivali<strong>da</strong><strong>de</strong> no público entre a MPB (consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> participante) e o iê-iê-iê<br />

(consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> alie<strong>na</strong>do). Entre os cantores, a princípio, essa rivali<strong>da</strong><strong>de</strong> não existia.<br />

Outro <strong>de</strong>staque que intensificou o movimento musical entre 1965 e 1968 foi às<br />

chama<strong>da</strong>s “Era dos festivais” tamb<strong>é</strong>m promovidos pela emissora TV Record. Marcos<br />

Napolitano relata que os festivais <strong>de</strong> MPB oxige<strong>na</strong>ram este estilo musical,<br />

principalmente o II Festival (1966), que estavam sendo sufoca<strong>da</strong> pelo estilo <strong>da</strong> Jovem<br />

Guar<strong>da</strong>. Nas palavras <strong>de</strong> marcos Napolitano “o II festival <strong>de</strong> MPB <strong>da</strong> TV Record<br />

superou to<strong>da</strong>s as expectativas <strong>de</strong> público e consagrou um novo panteão <strong>de</strong> cantores<br />

5

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!